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8

Adrian Hades

Enquanto eu e Crystal caminhávamos em direção ao carro, a cidade pulsava ao nosso redor. O som do tráfego intenso e o murmúrio das pessoas nas calçadas formavam uma sinfonia vibrante, refletindo a energia frenética de Nova York. Era um lugar onde os sonhos se entrelaçam com a realidade, e eu estava prestes a mergulhar de cabeça nesse mundo caótico e fascinante.

- Então, o que você espera dessa viagem? - perguntou Crystal, quebrando o silêncio que se formara entre nós.

- Espero que seja um sucesso absoluto
- respondi, sem desviar o olhar da janela.
A verdade era que a ideia de trabalhar com ela me deixava nervoso. Nossas interações frequentemente pareciam uma dança entre rivalidade e atração, e eu não sabia como equilibrar isso.

Ela soltou uma risada curta, quase desdenhosa.

- Espero que você não esteja contando com meu brilho para iluminar sua jornada.

Desviei o olhar, tentando não dar muita importância ao que ela disse. A última coisa que eu precisava era me distrair com o jeito como ela desafiava a lógica e a razão.

- E o que você acha que William vai fazer enquanto isso? - perguntei, mudando de assunto, mas meu tom carregava a curiosidade.

- Ele vai se manter ocupado, com certeza. Mas não posso deixar que suas inseguranças afetem minha confiança. Esta é a minha chance de brilhar, e eu não vou deixar nada ou ninguém me deter - declarou ela, com uma determinação que eu não podia ignorar.

Fiquei em silêncio por um momento, admirando sua confiança, mas também me perguntando se seria o suficiente para lidar com a pressão que nos esperava. Chegamos ao aeroporto e, enquanto nos dirigíamos ao terminal, a ansiedade e a excitação começaram a se misturar em meu estômago.

Após algumas horas de voo, finalmente aterrissamos em Nova York. O ar era diferente, vibrante, e a cidade parecia estar iluminada por uma energia inigualável. O skyline era uma visão deslumbrante, e eu não consegui conter um sorriso ao sair do aeroporto.

- Bem-vinda à cidade que nunca dorme! - exclamou Crystal, animada.

- Paris também não dorme - retorqui, olhando para ela com um sorriso travesso, sabendo que isso a irritaria.

Ela revirou os olhos, mas não consegui evitar o brilho desafiador em seu olhar.

- Aqui vamos nós! - disse ela, com um entusiasmo que poderia facilmente ser confundido com determinação. Mas eu sabia que havia uma tensão subjacente entre nós, uma rivalidade que não se apagaria tão facilmente.

Assim que chegamos ao hotel, a atmosfera era eletricamente carregada. O lobby exibia um design moderno, com luzes brilhantes e um fluxo constante de pessoas. Enquanto aguardávamos o check-in, Crystal começou a revisar a agenda que tínhamos preparado.

- Temos uma reunião com o designer do restaurante às 14h - ela disse, olhando para o seu tablet. - E precisamos discutir a lista de fornecedores antes disso.

- Ótimo, só não me faça ouvir sua voz falando sobre tecidos e louças por muito tempo. Esse tipo de coisa me entedia - respondi, tentando provocar uma reação.

Crystal virou-se para mim, os olhos brilhando com um misto de desafio e diversão.

- Você pode até achar que é assim, mas esses detalhes são cruciais para o sucesso do restaurante. Não podemos nos dar ao luxo de ignorá-los - retrucou, sua determinação inabalável.

Após o check-in, nos dirigimos ao nosso quarto. A vista era de tirar o fôlego, com arranha-céus se erguendo em direção ao céu. Crystal parou em frente à janela, admirando a paisagem.

- É incrível, não é? - disse ela, quase em um sussurro, como se estivesse compartilhando um pensamento íntimo.

- A cidade ou a vista? - perguntei, tentando manter a conversa leve.

Ela se virou para mim, e por um breve momento, pude ver a vulnerabilidade em seu olhar.

- Ambas. É um lugar repleto de possibilidades - respondeu, a seriedade retornando à sua voz.

Decidi que era hora de mudar de assunto antes que a conversa se tornasse muito profunda.

- Bem, se vamos conquistar essa cidade, precisamos de um plano. E o primeiro passo é encontrar um bom lugar para comer. Você conhece algum? - perguntei, tentando direcionar nossa energia para algo mais leve.

Crystal sorriu, a tensão entre nós momentaneamente aliviada.

- Na verdade, conheço alguns lugares incríveis. Vou te mostrar o que é comida de verdade, não aquele "prato de competição" que você sempre insiste em servir - provocou, sua confiança resplandecendo.

- Vamos ver quem impressiona mais, então - desafiei, erguendo uma sobrancelha.

Depois de nos arrumarmos, decidimos explorar um pouco antes das reuniões. A cidade estava vibrante, cheia de vida. Cada esquina parecia prometer uma nova descoberta. Caminhamos pelas ruas, rindo e trocando provocações, cada uma mais afiada que a anterior. Era uma batalha constante, mas, ao mesmo tempo, havia uma sensação de camaradagem que se formava entre nós.

Chegamos a um pequeno bistrô francês, um lugar acolhedor que exibia uma combinação de charme e sofisticação. Ao entrar, o aroma de pão fresco e pratos gourmet nos envolveu, e eu sabia que Crystal estava prestes a se animar ainda mais.

- Agora sim, isso é o que eu chamo de comida - disse ela, olhando o menu com um brilho nos olhos.

- Espero que tenha algo no cardápio que você saiba cozinhar, porque vou precisar de uma vantagem na próxima competição de culinária - respondi, tentando manter a rivalidade leve.

Nos sentamos à mesa e a conversa fluiu naturalmente. Entre pratos saborosos e risadas, percebi que, apesar da tensão e da rivalidade, havia algo mais profundo emergindo entre nós. Uma conexão que desafiava as barreiras que havíamos construído.

- Você nunca mais cantou no Mangé - comentei enquanto a observava.

Ela levantou os olhos do prato, a expressão desinteressada.

- Sem tempo para essa bobagem - respondeu, continuando a comer.

- Foi o William que não deixou, certo? - perguntei, provocando-a.

Ela parou por um momento, mas logo retomou o disfarce de indiferença.

- O que o William tem a ver com isso? - respondeu, tentando soar desinteressada.

Eu sorri, sabendo que havia tocado em um ponto sensível.

- Você acha que conhece o William melhor do que eu? Eu sou o melhor amigo dele - falei, mantendo meu olhar fixo nela.

Ela colocou o garfo no prato com um pouco mais de força do que o necessário, os olhos faiscando de irritação.

- Ah, claro, o grande confidente de William. Você realmente se acha, não é? - rebateu, a voz carregada de sarcasmo.

Ela suspirou, parecendo cansada de tanto fingimento.

- Você realmente não entende, não é? - disse ela, a voz mais baixa, quase um sussurro.

Eu me inclinei para frente, interessado.

- Então me explique - incentivei, tentando manter minha voz firme, mas sem esconder a curiosidade.

Ela hesitou, os olhos fixos nos meus, como se estivesse decidindo se valia a pena abrir aquela porta.

- William me proibiu de cantar no Mangé isso é verdade mas eu parei porque... - ela fez uma pausa, olhando para o lado, como se buscasse coragem. - Porque cantar lá me lembrava de tudo o que eu perdi. Era um lugar onde eu podia ser eu mesma, sem julgamentos, sem expectativas. Mas depois de tudo o que aconteceu, simplesmente não consigo mais.

Eu não esperava por aquela confissão. Ela sempre parecia tão forte, tão inabalável. Ver aquela vulnerabilidade me fez perceber que talvez eu não a conhecesse tão bem quanto pensava.

- Eu não sabia - admiti, sinceramente tocado.

Ela deu um meio sorriso, triste e resignado.

- Claro que não sabia. Você estava muito ocupado sendo o melhor amigo de William para notar.

Aquelas palavras doeram mais do que eu esperava. Mas, de alguma forma, também fizeram com que eu quisesse conhecer a verdadeira pessoa por trás da fachada.

- Quando William me apresentou você, confesso que pensei que você estava atrás de dinheiro, uma espécie de caçadora de herança - falei, mantendo meu olhar fixo nela.

Ela parou por um momento, os olhos se estreitando enquanto absorvia minhas palavras. Em seguida, soltou uma risada amarga e pegou o copo de água.

- Eu? Caçadora de herança? Se eu quisesse dinheiro, já teria me livrado de William há muito tempo - disse ela, levando o copo aos lábios e tomando um gole lento.

Havia algo no tom dela, uma mistura de ironia e mágoa, que me fez perceber o quão errada minha suposição tinha sido. Decidi que era hora de ser mais direto, de tentar entender o que realmente se passava por trás daquela fachada.

- Me responda uma coisa, com toda a sinceridade - falei, fixando meu olhar nos olhos dela.

Ela ergueu uma sobrancelha, um leve sorriso cínico brincando nos lábios.

- O que? - perguntou, ainda com aquele ar desafiador.

Respirei fundo, sabendo que minha próxima pergunta poderia mudar tudo.

- Você está feliz? Ou seja você é feliz?- perguntei, a voz suave, mas séria.

O sorriso dela desapareceu instantaneamente, substituído por uma expressão de surpresa e, talvez, um pouco de desconforto.

- Que pergunta idiota é essa? - retrucou, fechando o semblante.

- Apenas responda - insisti, mantendo meu olhar fixo no dela.

Ela desviou o olhar, como se estivesse procurando uma saída. O silêncio se alongou, carregado de tensão. Então, o celular dela tocou, quebrando o momento.

Ela olhou para a tela e se levantou abruptamente.

- Preciso atender, é o William - disse Crystal, já caminhando para longe, o celular na mão.

Enquanto ela se afastava, fiquei ali, refletindo sobre a pergunta que pairava no ar, sem resposta. A verdade é que, por trás de toda a rivalidade, eu estava começando a ver as fissuras na armadura dela, a perceber que talvez houvesse muito mais do que eu imaginava.

Ao vê-la falar ao telefone, com a expressão tensa e concentrada, me dei conta de que, por mais inimigos que fôssemos, havia uma complexidade ali que eu não podia ignorar. E, de alguma forma, isso me fez querer conhecê-la ainda mais, entender o que realmente a motivava, o que a fazia ser como era.

Quando ela voltou para a mesa, a tensão ainda estava presente, mas algo havia mudado. Talvez fosse a minha percepção ou talvez fosse uma pequena fagulha de compreensão mútua.

- Desculpe por isso. O William precisava de mim - disse ela, sentando-se novamente, a voz um pouco mais suave.

- Sem problemas. Vamos voltar para o hotel? Amanhã será um dia longo - falei, tentando manter o tom casual.

- Ok , eu já paguei a conta - falou ela se levantando.

Enquanto caminhávamos em silêncio para o hotel, a tensão pairava no ar. Era como se ambos estivéssemos conscientes de que algo havia mudado, mas nenhum de nós estava disposto a admitir. Ao chegarmos ao elevador, senti um impulso inesperado de quebrar o gelo, mas não o fiz. Em vez disso, permanecemos em silêncio, ambos imersos em nossos próprios pensamentos.

O elevador chegou ao nosso andar e caminhamos até a suíte master do hotel. Assim que entramos, a grandiosidade do espaço parecia amplificar ainda mais a distância entre nós.

- Eu vou dormir na sala e você pode ir para o quarto - falei, tentando evitar qualquer discussão desnecessária.

Ela assentiu brevemente, a expressão dela inalterada.

- Tá bom - respondeu, se dirigindo à sua mala, que estava encostada perto da porta.

Observei-a por um momento, tentando decifrar os pensamentos que passavam por sua mente. Mas, como sempre, ela era uma fortaleza impenetrável. Peguei algumas roupas e uma escova de dentes, me preparando para passar a noite no sofá.

Crystal desapareceu no quarto, fechando a porta atrás de si com um clique suave. O silêncio na suíte era quase ensurdecedor, apenas o som distante do tráfego noturno lá fora quebrava a quietude.

Enquanto me acomodava no sofá, não pude deixar de pensar na pergunta que havia feito a ela mais cedo. Será que ela estava feliz?

Deitado no sofá, olhei para o teto, as sombras dançando com a luz suave do abajur. Minhas pálpebras começaram a pesar, mas minha mente estava a mil. O que havia por trás daquele sorriso cínico? O que a fazia ser tão fechada, tão resistente a qualquer tentativa de aproximação?

Pouco a pouco, o cansaço começou a vencer a batalha e meus pensamentos foram se dissipando. Me deixei levar pelo sono, a mente ainda vagando entre as complexidades de Crystal e nossa relação tumultuada.

Depois de algumas horas, fui despertado abruptamente por um barulho vindo do quarto de Crystal. Era um som abafado, mas carregado de angústia. Imediatamente, me levantei do sofá, ainda meio grogue, e caminhei até a porta do quarto. O instinto de proteção me guiava.

Bati na porta suavemente, tentando não alarmá-la.

- Crystal? - chamei, adentrando o quarto com cautela.

A visão que encontrei me deixou alarmado. Crystal estava se rebatendo na cama, os lençóis enredados ao seu redor, o rosto contorcido em uma expressão de terror.

- Não faça isso, por favor! - gritou ela, ainda presa no pesadelo.

Meu coração apertou. Eu não sabia o que fazer, mas sabia que precisava ajudá-la. Me aproximei rapidamente, tentando não assustá-la mais.

- Crystal? - chamei novamente, a voz mais firme, mas cheia de preocupação.

Ela continuava se debatendo, as palavras saindo entrecortadas e carregadas de desespero.

- Por favor, me deixe ir! - implorou, ainda presa no seu tormento.

Sem pensar duas vezes, me sentei na beirada da cama e a envolvi em meus braços, tentando transmitir segurança e calma.

- Crystal, é só um pesadelo - falei suavemente, apertando-a um pouco mais contra mim. - Estou aqui. Você está segura.

Ela se debateu por mais alguns segundos, mas aos poucos, senti seu corpo relaxar sob meu toque. Os gritos diminuíram até se transformarem em soluços suaves. Continuei a segurá-la, murmurando palavras de conforto até que seus olhos finalmente se abriram, confusos e cheios de lágrimas.

- Você está bem - sussurrei, enxugando uma lágrima que escorria pelo seu rosto. - Foi só um pesadelo.

Crystal olhou para mim, a vulnerabilidade estampada em seus olhos. Por um momento, toda a fachada de força e desafio havia desaparecido, revelando uma fragilidade que eu nunca tinha visto antes.

- Desculpe - murmurou, a voz trêmula. - Eu... eu não queria te acordar.

- Não se desculpe - respondi, mantendo meu tom suave. - Qualquer um teria ficado assustado. Você quer falar sobre isso?

Ela hesitou por um momento, como se estivesse considerando a oferta. Finalmente, balançou a cabeça.

- Não agora. Só... só preciso de um pouco de água - falou ela, soltando-se do meu abraço.

Assenti e me levantei, caminhando até a pequena cozinha da suíte. Enchi um copo com água fresca e voltei para o quarto. Crystal estava sentada na beira da cama, os olhos fixos no chão, ainda tentando recuperar o controle.

- Aqui está - disse, entregando o copo a ela.

Ela pegou o copo com mãos trêmulas e deu um gole, respirando fundo enquanto fazia isso. O silêncio entre nós era pesado, mas não desconfortável. Era como se ambos estivéssemos processando o que havia acabado de acontecer.

- Obrigada - disse ela finalmente, a voz um pouco mais firme.

- De nada - respondi, me sentando ao seu lado novamente. - Se precisar de qualquer coisa, estarei na sala.

Ela assentiu, e eu voltei para a sala. Sentei no sofá, olhando para a janela. As luzes da cidade brilhavam, um contraste com a escuridão do quarto onde Crystal enfrentava seus demônios.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para minha irmã, assegurando que estava tudo bem. "Tudo bem aqui. Vou tentar descansar. Nos falamos amanhã", escrevi.

Minha irmã respondeu rapidamente: "Cuide-se. Te amo."

Deitei no sofá novamente, tentando encontrar uma posição confortável. Depois de alguns minutos, decidi pegar um cobertor. Com o cobertor sobre mim, fechei os olhos e tentei acalmar minha mente.Finalmente, o cansaço me dominou e eu me deixei levar pelo sono.

Terminei meu banho e, com a toalha cobrindo a parte inferior do corpo, fui até a sala onde havia deixado minhas roupas. Ao entrar, encontrei Crystal tomando café da manhã na mesa.

Ela estava impecavelmente vestida com um conjunto de alfaiataria em tons de marrom claro, composto por um blazer oversized e uma calça de corte reto. A blusa sob o blazer era da mesma cor, criando um visual elegante e coeso. Nos pés, usava botas de cano curto em couro preto com salto, e óculos de sol grandes e escuros escondiam seus olhos. Seu cabelo estava preso, destacando seu rosto sereno e determinado.

- Bom dia, senhora Harper - cumprimentei, tentando não parecer desconcertado enquanto me dirigia de volta ao banheiro.

- Estamos atrasados - respondeu ela, sem levantar os olhos do prato.

Ainda sentindo a adrenalina da manhã, me vesti rapidamente no banheiro, escolhendo uma roupa que combinasse profissionalismo e praticidade. A presença de Crystal, sempre tão impecável e controlada, exercia uma pressão sutil, mas constante, para que eu estivesse à altura das expectativas.

Voltei à sala, agora vestido e mais preparado para enfrentar o dia. Crystal já havia terminado seu café da manhã e estava organizando alguns papéis sobre a mesa. A eficiência dela era impressionante, e por mais que nossa relação fosse marcada por rivalidades e tensões, eu não podia deixar de admirar sua dedicação.

- Pronto para ir? - perguntei, tentando soar confiante.

Ela levantou os olhos dos papéis e me lançou um olhar avaliativo por trás dos óculos de sol.

- Finalmente - disse ela, com um leve tom de ironia na voz. - Temos uma reunião importante em trinta minutos e precisamos estar lá antes de todos.

Pegamos nossas coisas e saímos do quarto rapidamente. No elevador, o silêncio era carregado, mas não hostil. Havia uma compreensão tácita de que, apesar das diferenças, éramos uma equipe e precisávamos trabalhar juntos.

Ao sair do hotel, o motorista já nos aguardava. Entramos no carro e, durante o trajeto, revisei mentalmente os pontos principais da reunião. Crystal, ao meu lado, estava focada em seu tablet, provavelmente conferindo os últimos detalhes.

- Sobre a reunião de hoje... - comecei, quebrando o silêncio. - Alguma coisa específica que devemos destacar?

Ela levantou os olhos do tablet por um momento, considerando minha pergunta.

- Apenas lembre-se de que eles estão procurando confiança e inovação. Precisamos transmitir isso em cada palavra e gesto - respondeu ela, voltando a atenção para a tela.

Assenti, absorvendo suas palavras. O trânsito fluía devagar, mas a nossa mente estava a mil. Finalmente, chegamos ao destino, um imponente edifício de vidro que refletia o sol da manhã. Descemos do carro e, juntos, caminhamos em direção à entrada, prontos para enfrentar mais um desafio.

Entramos no imponente edifício de vidro, onde o ar condicionado proporcionava um alívio imediato do calor lá fora. No lobby, a recepcionista nos cumprimentou e indicou o caminho para a sala de reuniões no 25º andar. Crystal e eu pegamos o elevador, e o silêncio entre nós era cheio de uma tensão palpável, mas também de uma espécie de sinergia. Sabíamos que estávamos ali com um propósito claro.

Quando as portas do elevador se abriram, fomos recebidos por um longo corredor com paredes de vidro que ofereciam uma vista panorâmica da cidade. Caminhamos em direção à sala de reuniões, onde uma mesa de madeira maciça estava cercada por cadeiras de couro. Já havia algumas pessoas presentes, incluindo o diretor da empresa com quem iríamos nos reunir.

- Senhor Hades, Crystal - cumprimentou o diretor, levantando-se para apertar nossas mãos. - É um prazer tê-los aqui.

- O prazer é nosso - respondi, tentando espelhar a confiança de Crystal.

Nos acomodamos e a reunião começou. Crystal apresentou os pontos principais com uma clareza e precisão impecáveis, cada palavra dela parecia cuidadosamente escolhida para causar o máximo impacto. Eu complementei suas observações com dados e exemplos, tentando manter o equilíbrio entre autoridade e acessibilidade.

A reunião prosseguiu sem grandes percalços, mas com muita intensidade. A cada pergunta, a cada desafio, nos ajustávamos e respondíamos de maneira sincronizada, mostrando que éramos uma equipe coesa e preparada.

Após cerca de uma hora e meia, o diretor finalmente nos deu um sorriso satisfeito.

- Estou impressionado - disse ele. - Vocês abordaram todas as nossas preocupações e apresentaram soluções inovadoras. Acho que podemos avançar com a parceria.

Crystal e eu trocamos um olhar de triunfo silencioso. A reunião havia sido um sucesso.

Saímos do prédio com uma sensação de alívio e satisfação. O sol ainda estava alto, e o dia parecia mais brilhante do que antes.

- Bom trabalho - disse Crystal, sem sua habitual ironia. Havia um toque de genuína apreciação em sua voz.

- Igualmente - respondi, sorrindo.

- Agora vamos ver o local onde vai ser construído o Mangé e depois vamos assinar alguns documentos - falou ela olhando para mim.

- Sim senhora - falei olhando para ela.

Saímos do prédio com uma sensação de alívio e satisfação. O sol ainda estava alto, e o dia parecia mais brilhante do que antes, refletindo o sucesso que acabávamos de alcançar.

- Bom trabalho - disse Crystal, sem sua habitual ironia. Havia um toque de genuína apreciação em sua voz.

- Igualmente - respondi, sorrindo.

Ela consultou rapidamente sua agenda no celular antes de olhar para mim.

- Agora vamos ver o local onde será construído o Mangé e, depois, assinaremos alguns documentos - informou, de forma objetiva.

Assenti, tentando esconder o entusiasmo que sentia ao pensar no próximo passo desse projeto tão importante.

- Sim, senhora - respondi, mantendo o tom profissional.

Pegamos o carro novamente e seguimos para o local da futura construção. O trajeto foi marcado por uma conversa mais leve sobre as expectativas para o projeto, as dificuldades que poderíamos enfrentar e como planejávamos superá-las. Crystal, com seu olhar afiado e mente estratégica, fornecia insights valiosos que eu absorvia com atenção.

Chegamos ao terreno, um espaço amplo e ainda vazio, mas que já começava a ganhar vida na nossa imaginação. Crystal caminhava pelo local com uma expressão concentrada, visualizando cada detalhe do que seria o Mangé.

- Aqui será o lobby principal - disse ela, apontando para uma área específica. - E ali, o jardim interno.

Eu seguia suas indicações, visualizando o que ela descrevia. Era evidente que ela tinha uma visão clara e detalhada do projeto, e isso era inspirador.

- Acredito que esse projeto vai revolucionar a área - comentei, admirado com a clareza das ideias dela.

- Sem dúvidas - respondeu ela, com um brilho nos olhos. - Mas será preciso muito trabalho e dedicação.

Após percorrermos todo o terreno e discutirmos os planos, voltamos ao carro e seguimos para o escritório onde assinaríamos os documentos finais. A atmosfera entre nós estava mais leve, mais colaborativa. Parecia que, a cada passo, construíamos não apenas um projeto, mas também uma parceria mais sólida.

Chegando ao escritório, fomos recebidos por uma equipe jurídica que já havia preparado todos os documentos. Crystal e eu revisamos cada detalhe atentamente antes de assinarmos.

- Isso é apenas o começo - disse ela, enquanto assinava a última folha.

- Concordo - respondi, assinando logo em seguida.

Com os documentos assinados, nos levantamos e apertamos as mãos, selando oficialmente a parceria.

- Vamos fazer história com esse projeto - disse ela, com determinação.

- Estou ansioso para ver onde isso nos levará - respondi, confiante.

Deixamos o escritório com a sensação de que estávamos no caminho certo. O Mangé não seria apenas uma construção inovadora, mas também um marco na nossa jornada profissional, um projeto que, sem dúvida, fortaleceria nossa colaboração e, quem sabe, até nossa amizade.

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