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Crystal Harper

Ajeitei o colar de pérolas ao redor do meu pescoço, sentindo o toque frio e suave das joias contra minha pele. O espelho do imenso closet refletia uma mulher elegante e confiante. As pérolas, com seu brilho discreto e refinado, complementavam harmoniosamente meu vestido vermelho de alta costura que abraçava minhas curvas com perfeição.

A luz suave do closet iluminava cada detalhe, desde o delicado bordado do vestido até o brilho sutil das pérolas. Respirei fundo, absorvendo a aura de sofisticação que emanava do ambiente. Meu cabelo, cuidadosamente penteado em ondas soltas, caía sobre meus ombros, adicionando um toque de glamour ao visual.

Lá embaixo, sabia que William já me aguardava na sala. Ele, sempre impecável, vestia um smoking que parecia feito sob medida para ele. A figura exata do homem poderoso e seguro que todos admiravam. Sua presença era magnética, e o som de seus passos firmes no chão de mármore ecoava pela casa, aumentando a expectativa do encontro.

Fomos convidados para mais um evento de gala, desta vez em homenagem à inauguração de uma nova galeria de arte no centro da cidade. A ocasião era grandiosa, e a elite estava ansiosa para prestigiar o trabalho de Adrian, um artista emergente cujo talento e ousadia estavam em alta.

Quando desci as escadas, William olhou para mim com um sorriso orgulhoso, mas não pude deixar de perceber a ausência de brilho em seus olhos, uma falta de conexão que me inquietava.

— Você está deslumbrante, como sempre — ele disse, estendendo a mão para mim.

— Obrigada, querido— respondi mecanicamente, aceitando sua mão.

Ao chegarmos à galeria, a atmosfera estava eletrizante. Roupas de luxos, taças de champanhe e conversas sofisticadas preenchiam o espaço. Logo avistei Adrian em meio à multidão. Ele estava rodeado de pessoas, mas seus olhos fixaram nos meus por um breve momento. Aquele olhar amigável no meio de tantas pessoas.

William foi cumprimentar alguns investidores, deixando-me livre para perambular entre as obras de arte. Quando me aproximei da peça central, um magnífico retrato de uma mulher envolta em sombras, senti um leve toque em meu braço.

— Crystal— sussurrou Adrian, aproximando-se de mim. — Gostou da minha nova obra?

Sorri, um sorriso verdadeiro pela primeira vez naquela noite. — É intensa e bela, como tudo o que você faz.

— Então como está a melhor cunhada do mundo inteiro?— perguntou Adrian olhando para mim sorrindo.

— Bem e aproveito para convidar você para um jantar lá em casa , ok? Você voltou da Itália seria feio não o convidar para um jantar — falei dando um sorriso falso.

Adrian riu, mas havia um tom cortante em sua risada.

— Crystal, sempre tão cordial. Mas será que é só isso? — ele perguntou, seu sorriso transformando-se em algo mais sardônico.

Eu revirei os olhos, tentando manter a compostura.

— Sabe, Adrian, algumas pessoas acreditam em boas maneiras. Mas, claro, você sempre foi a exceção — retruquei, cruzando os braços.

— Ah, isso mesmo. Eu sou o vilão da sua história, não é? — ele disse, dando um passo mais perto, sua presença como uma sombra ameaçadora. — Mas não se engane, Crystal. Eu conheço você melhor do que imagina.

— Talvez conhecesse a menina que eu era. Mas não a mulher que sou agora — retruquei, mantendo meu olhar firme no dele.

Adrian arqueou uma sobrancelha, um sorriso desdenhoso nos lábios.

— E o que mudou, exatamente? Ainda vejo a mesma garota teimosa e desafiadora.

— E eu vejo o mesmo homem arrogante e provocador — rebati, meu tom ácido. — Mas talvez, só talvez, possamos deixar isso de lado por uma noite e sermos civilizados.

— Civilizados? — ele riu, um som seco. — Você acha que podemos ser civilizados depois de tudo?

— Podemos tentar, pelo menos — respondi, tentando não deixar a irritação transparecer. — Afinal, somos família, mesmo que você goste de esquecer isso.

Adrian me olhou por um momento, algo indecifrável em seus olhos.

— Certo, Crystal. Aceito o desafio. Mas não espere que eu mude quem sou só para agradar você.

— Eu não espero nada de você, Adrian. Nunca esperei — respondi, meu tom frio. — Mas talvez seja hora de provar que você pode ser mais do que apenas uma dor de cabeça.

Ele sorriu, um sorriso enigmático e provocador.

— Veremos, Crystal. Veremos.
Adrian deu um passo para trás, ainda com aquele sorriso enigmático nos lábios, enquanto eu tentava acalmar meu coração acelerado. Havia algo nele que sempre mexia comigo, uma mistura de fascínio e frustração.

— Então, quando é o jantar? — ele perguntou, seu tom agora um pouco mais leve, mas ainda carregado de uma tensão subjacente.

— Amanhã à noite — respondi, tentando não demonstrar o quanto sua proximidade me afetava. — Às oito. E tente não se atrasar, por favor.

— Estarei lá — ele disse, com uma piscadela que me fez revirar os olhos. — Prometo não trazer meu lado arrogante... pelo menos não demais.

— Seria um alívio — murmurei, mais para mim mesma do que para ele.

Adrian riu novamente, mas dessa vez havia algo mais genuíno em seu riso, algo que me fez questionar a verdadeira natureza de nossa relação. Talvez houvesse mais camadas a serem descobertas, mais do que apenas as nossas desavenças.

William finalmente voltou acompanhado de um casal que aparentava ser alguns anos mais velho que nós. Ele colocou um braço possessivo ao redor da minha cintura, um gesto que me fez sentir uma mistura de orgulho e desconforto.

— E esta é a minha senhora — disse William, com um brilho nos olhos.

O homem à sua frente sorriu calorosamente.

— Que bela mulher, William. Muito prazer, senhora...?

— Ah, desculpem-me pela falta de formalidade! — William interrompeu rapidamente. — Crystal, estes são o senhor e a senhora Hills.

— Encantada em conhecê-los — respondi, estendendo a mão e oferecendo meu melhor sorriso.

— O prazer é nosso, minha querida — disse o senhor Hills, apertando minha mão firmemente. — William nos falou muito sobre você.

A senhora Hills, uma mulher elegantemente vestida e com um ar de sofisticação, inclinou-se ligeiramente para a frente.

— William mencionou que você é a mente brilhante por trás da rede de restaurantes "Mangé", estou certa?

Senti um calor subir ao rosto, mas mantive a compostura.

— Sim, é verdade. Mangé é um projeto muito querido para mim. Trabalhamos arduamente para oferecer uma experiência culinária única aos nossos clientes.

— Oh, eu adoro o Mangé! — exclamou a senhora Hills, com um entusiasmo contagiante. — A atmosfera, a comida... é tudo maravilhoso. Você deve estar extremamente orgulhosa.

— Muito obrigada — respondi, sentindo-me genuinamente grata pelo elogio. — É sempre gratificante ouvir que nosso trabalho é apreciado.

— Crystal é realmente uma visionária no que faz. Tenho a sorte de tê-la ao meu lado — disse William, apertando minha cintura com carinho.

— Ah, meu amor — murmurei, inclinando-me para dar um beijo em sua bochecha.

A senhora Hills, sempre curiosa e cheia de perguntas, não pôde conter a próxima.

— Como vocês se conheceram? Um joalheiro e uma empresária é algo completamente aleatório! — disse ela, com um sorriso inquisitivo.

Confesso que a senhora Hills era uma fonte inesgotável de perguntas, mas essa em particular sempre me fazia sorrir.

— Eu adoro essa história — comecei, sentindo uma onda de nostalgia. — A empresa dele organizou um evento em um dos nossos restaurantes. Eu estava tão ocupada com os preparativos que acabei confundindo William com um dos funcionários. Pedi a ele que servisse duas mesas!

O senhor e a senhora Hills riram de maneira delicada, suas risadas ecoando suavemente pelo ambiente.

— Ah, a juventude — suspirou o senhor Hills, trocando um olhar cúmplice com a esposa.

— O mais engraçado é que William, em vez de me corrigir, simplesmente pegou a bandeja e começou a servir! — acrescentei, mal conseguindo conter o riso ao me lembrar da cena.

— Eu não podia perder a oportunidade de impressionar uma mulher tão determinada e bonita — disse William, piscando para mim.

— E foi aí que percebi meu erro — continuei. — Quando ele voltou com um sorriso malicioso e uma bandeja vazia, percebi que havia algo de diferente nele. Perguntei seu nome e, para minha surpresa, descobri que ele era o próprio William, o joalheiro renomado que organizava o evento.

— Foi amor à primeira vista — completou William, rindo. — Ou pelo menos, um grande interesse à primeira confusão.

A senhora Hills, ainda sorrindo, comentou:

— Isso é maravilhoso. As melhores histórias de amor sempre têm um toque de humor e imprevistos.

— E desde então, nossos caminhos se entrelaçaram de maneiras que nunca imaginamos — disse, sentindo uma onda de gratidão e amor. — Trabalhamos juntos em vários projetos, combinando nossas paixões e habilidades.

— Vocês são um casal inspirador — disse o senhor Hills, levantando sua taça. — Um brinde ao amor e às histórias que nos fazem sorrir.

— Ao amor e às histórias — repetimos todos, erguendo nossas taças e brindando.

Enquanto a noite avançava, a conversa continuava fluindo com naturalidade. Compartilhamos mais histórias, risadas e momentos que reforçaram o quão sortudos éramos por termos nos encontrado. O jantar foi um sucesso, e a atmosfera estava carregada de uma energia positiva e acolhedora. Naquele momento, senti que não poderia pedir por uma noite melhor.

A certa altura, William, com seu charme habitual, foi cumprimentar investidores e acionistas da empresa, deixando-me sozinha por um momento. Olhando ao redor, observei as obras de arte que adornavam o ambiente. O problema da elite é que, não importa o lugar, o importante é sempre fazer negócios. Mesmo em meio a uma festa, as conversas formais e os apertos de mão eram inevitáveis.

Aproveitei a oportunidade para degustar alguns canapés requintados, cada um mais delicioso que o outro, e bebi algumas taças de champanhe. Eu realmente adoro uma boa comida, e a seleção daquela noite estava impecável. Os sabores se fundiam perfeitamente, criando uma sinfonia gastronômica que agradava todos os sentidos.

À medida que a noite chegava ao fim, as pessoas começaram a se despedir, deixando o salão aos poucos. O brilho das luzes diminuía gradualmente, e uma sensação de tranquilidade começava a tomar conta do ambiente. Nós também nos preparávamos para partir.

William dirigiu-se a Adrian, seu melhor amigo, e o abraçou calorosamente.

— Adrian, meu irmão, foi um prazer estar presente aqui — disse William, com um sorriso sincero.

— A vossa presença é um privilégio — respondeu Adrian, retribuindo o abraço com igual afeto.

Com essas palavras, despedimo-nos e seguimos nosso caminho. O ar estava carregado de uma mistura de perfumes e risadas ecoando no ar, como se a cidade estivesse ainda vibrando com a energia da festa.

Entramos no carro de William, um McLaren preto esportivo que brilhava sob as luzes da cidade como uma joia rara. O design aerodinâmico e as linhas elegantes do carro refletiam a sofisticação e o luxo do evento que havíamos acabado de deixar para trás. O motor ronronava suavemente, prometendo uma viagem rápida e confortável. A elegância do veículo combinava perfeitamente com a sofisticação da noite que havíamos acabado de viver.

Enquanto o carro deslizava pelas ruas silenciosas, eu olhava pela janela, observando as luzes da cidade passarem como um borrão de cores e brilhos. As vitrines das lojas, os postes de luz e os edifícios reluziam como estrelas urbanas. A excitação da noite começava a dar lugar a um cansaço agradável, e tudo o que eu desejava era chegar em casa, tirar os saltos altos e me afundar na maciez do meu travesseiro.

— Só quero chegar em casa, tirar esses saltos e dormir — murmurei, sentindo o alívio antecipado que essa simples ação traria. Meus pés estavam doloridos, e a ideia de afundar em um colchão macio era extremamente tentadora.

William olhou para mim com um sorriso compreensivo, seus olhos brilhando sob a iluminação suave do painel do carro, sem tirar os olhos da estrada.

— Foi uma noite longa, mas valeu cada momento — disse ele, sua voz suave e reconfortante.

Concordei com um aceno de cabeça, sentindo-me grata por termos compartilhado essa experiência juntos. A viagem continuou em um silêncio confortável, interrompido apenas pelo som do motor e pelo leve murmúrio da cidade adormecida. Finalmente, avistamos a familiar fachada de nossa casa, e uma sensação de alívio e contentamento tomou conta de mim.

Estacionamos e, ao sair do carro, a brisa fresca da noite tocou meu rosto, trazendo consigo a promessa de uma noite de descanso bem merecida. O céu estava pontilhado de estrelas, e uma lua crescente lançava uma luz prateada sobre tudo. Subimos os degraus e entramos, deixando para trás o brilho e a agitação da noite.

Ao cruzar a porta, tirei os saltos e senti o chão frio sob meus pés, uma sensação que era pura e simples felicidade. William colocou uma música suave para tocar, criando uma atmosfera de tranquilidade e conforto. Enquanto ele preparava uma xícara de chá para nós dois, fui até o quarto e troquei de roupa, colocando uma camisola confortável.

E assim, com o coração leve e a mente cheia de boas lembranças, preparei-me para o merecido descanso. Deitei-me na cama, sentindo o corpo relaxar instantaneamente. O som distante do carro ainda ressoava em meus ouvidos, e a música suave embalava meus pensamentos. Pronta para sonhar com as aventuras que o amanhã poderia trazer, fechei os olhos e deixei-me levar pelo abraço reconfortante do sono.


Acordei com o som insistente do alarme, o toque ecoando pelo quarto silencioso. O sol ainda mal despontava no horizonte, tingindo o céu com um leve tom alaranjado. Suspirei profundamente, tentando afastar o sono que ainda pairava sobre mim.

— Bom dia, Flor do Dia! — a voz melodiosa de Ophelia, minha assistente, ressoou pelo quarto ao mesmo tempo em que ela abria as cortinas, deixando a luz suave da manhã invadir o ambiente.

Seu sorriso radiante era contagiante, e seus olhos brilhavam com uma energia quase inumana. Ela parecia sempre pronta para encarar o dia, independente das circunstâncias.

— Vamos começar o dia super animadas! — continuou Ophelia, com um entusiasmo que me fez sorrir, apesar do meu humor matinal não ser dos melhores.

— Bom dia para você também, Ophelia — respondi, esfregando os olhos e sentindo o frescor da manhã invadir meus pulmões. Levantei da cama com esforço, sentindo a maciez do tapete sob meus pés descalços.

Com um breve aceno para Ophelia, me dirigi ao banheiro, ansiosa por um banho revigorante. A água quente foi um alívio bem-vindo, lavando o cansaço e a preguiça que ainda me envolviam. Aproveitei para fazer minha rotina de skincare enquanto ainda estava no chuveiro, aplicando cuidadosamente cada produto que prometia renovar minha pele.

Após o banho, senti-me muito mais desperta e preparada para enfrentar o dia. Com a toalha enrolada ao redor do corpo, fui até a pia e continuei minha rotina de cuidados com a pele. Tonificador, sérum e hidratante, cada passo era um pequeno ritual de autocuidado que me ajudava a começar o dia com o pé direito.

Enquanto passava o hidratante, ouvi Ophelia mexendo na cozinha, provavelmente preparando um café da manhã delicioso. Sua eficiência e alegria eram sempre um alívio para mim, especialmente nos dias em que eu precisava de um empurrãozinho extra para começar.

Vesti uma roupa confortável: uma blusa de algodão branca, macia e levemente ajustada ao corpo, com mangas compridas que eu gentilmente dobrei até os cotovelos. Combinei-a com uma calça jeans de lavagem clara, que abraçava minha cintura de forma confortável e se afunilava até os tornozelos. Nos pés, optei por sapatilhas de couro bege, que completavam o look de forma prática e elegante.

Desci as escadas com passos leves e graciosos, sentindo o aroma delicioso do café da manhã se espalhando pela casa. Ao chegar à sala de jantar, avistei meu marido, William, sentado em sua poltrona favorita, imerso na leitura do jornal matinal. Seus olhos azuis percorriam as páginas com concentração, enquanto sua expressão séria denotava o interesse pelo conteúdo.

Me aproximei dele com um sorriso no rosto e, inclinando-me suavemente, dei-lhe um pequeno beijo na bochecha. Senti o calor de seu rosto contra meus lábios e o toque macio de sua barba por fazer. William retribuiu o gesto com um sorriso sincero e acolhedor, antes de voltar sua atenção ao jornal.

Sentei-me à mesa, que estava elegantemente decorada com uma toalha branca de linho e uma variedade de pratos e travessas repletas de deliciosas iguarias. Meus olhos percorreram a mesa, admirando a variedade de alimentos cuidadosamente preparados. Havia frutas frescas e suculentas, pães recém-assados, geleias caseiras, ovos mexidos, queijos e frios, além de uma seleção de biscoitos e bolos tentadores.

Decidi começar minha refeição com uma xícara de café com leite, apreciando o aroma envolvente que se espalhava pela sala. Peguei um dos biscoitos amanteigados e mergulhei-o no líquido quente, saboreando a combinação perfeita entre a crocância do biscoito e a cremosidade do café.

Enquanto desfrutava da minha primeira mordida, compartilhei com William uma novidade que havia esquecido de mencionar na noite anterior.

— Ah, meu amor, eu esqueci de te contar ontem, mas convidei Adrian para um jantar aqui em casa hoje à noite — disse, dando outro gole na minha bebida.

William levantou os olhos do jornal, surpreso com a notícia, mas logo assentiu com um sorriso compreensivo.

— Como você quiser. Será um prazer recebê-lo em nossa casa — respondeu ele, enquanto tomava um gole de um de seus energéticos matinais.

Levantei-me da mesa, decidida a preparar a bebida energética de William para o dia. Dirigi-me à cozinha com passos determinados, pronta para misturar os ingredientes necessários para lhe proporcionar um impulso de energia para encarar as atividades do dia.

Enquanto mexia a bebida com cuidado e precisão, sentia uma mistura de gratidão e alegria pelo momento tranquilo que compartilhávamos nas manhãs. A casa estava repleta de harmonia, e a presença de William ao meu lado era um conforto constante.

E assim, com a bebida energética pronta, retornei à sala de jantar, onde William ainda estava mergulhado nas notícias do jornal. Coloquei o copo à sua frente, sorrindo com afeto.

— Aqui está, meu amor. Tenha um dia cheio de energia e sucesso — disse, depositando um beijo suave em sua testa.

William sorriu, agradecido pelo gesto, e segurou minha mão por um breve momento antes de voltar sua atenção ao jornal. Nossos olhares se encontraram por um instante, reafirmando o amor e a cumplicidade que compartilhávamos.

— Crystal quer dizer senhora Harper — falou Ophelia, vendo que William ainda estava na sala.

— Sim, Lia? — perguntei, olhando para ela. — As novas decorações para o restaurante sede já chegaram. — falei, dirigindo-me à minha melhor amiga e assistente.

— Você está mudando a decoração? — perguntou William, levantando os olhos do jornal.

— Estou sim. Eu estou falando sobre isso há dias com você — respondi, olhando para ele com um sorriso forçado.

— Eu esqueci, meu amor. Estou saindo e, a propósito, este é o meu novo assistente, Marcus Daven — falou, apontando para o homem que acabava de entrar.

Marcus entrou na sala com um sorriso discreto e cumprimentou-nos com um aceno de cabeça. Ele parecia ser eficiente e bem-apessoado, mas havia algo em seu olhar que me deixou intrigada. Talvez fosse a confiança quase arrogante ou a maneira como seus olhos pareciam avaliar cada detalhe ao seu redor.

— Prazer em conhecê-la, senhora Harper — disse Marcus, estendendo a mão para mim. Seu aperto de mão era firme, mas não esmagador, e seu olhar se manteve fixo no meu, como se tentasse ler meus pensamentos.

— O prazer é meu, senhor Daven — respondi, tentando esconder minha curiosidade crescente. — Espero que você e William façam uma boa equipe.

William sorriu, aparentemente alheio à minha inquietação. — Tenho certeza de que Marcus será uma grande adição à nossa equipe. Ele tem um currículo impressionante.

— Isso é ótimo — disse Ophelia, interrompendo a tensão que começava a se formar no ar. — Marcus, se precisar de algo, estarei por aqui. A senhora Harper e eu estamos muito ocupadas com as novas decorações.

— Claro, Ophelia. Agradeço. — Marcus respondeu com um sorriso que parecia ensaiado.

Enquanto William e Marcus saíam, voltei minha atenção para Ophelia. — O que você acha dele? — perguntei, sem conseguir disfarçar minha preocupação.

Ophelia franziu a testa ligeiramente. — Ele parece competente, mas... Não sei, algo nele me deixa um pouco desconfortável.

— Concordo — suspirei. — Espero que seja apenas impressão minha.

Com um último olhar pela janela, onde William e Marcus já desapareciam ao longe, decidi voltar ao trabalho. As novas decorações estavam chegando, e eu precisava me concentrar em transformar o restaurante em um lugar ainda mais acolhedor e elegante. Mas, no fundo da minha mente, a presença de Marcus continuava a me intrigar.

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