🩸₊˚ˑ 𝗡ó𝘀, 𝗱𝗲 𝗡𝗼𝘃𝗼
Jisung se encontrava na cozinha, lavando algumas louças sujas do jantar quando escutou um choro baixinho no andar de cima. Reconhecia muito bem aquela vozinha fina que vez ou outra soluçava durante o choro. Sua filha de seis meses havia acordado.
Nix é uma neném fruto de algo que se não tivesse acontecido, Han nunca acreditaria. Ele carregou ela em sua barriga durante nove meses, obteve uma gestação normal como qualquer outra - a diferença era que carregava um bebê em seu ventre masculino. Nem mesmo sabia que tinha essa condição extremamente rara.
Todos os enjoos, tontura e sintomas de gravidez começaram exatamente seis dias depois do "sonho maluco que Han teve com um vampiro" - assim titulou Jisung.
Naquela manhã, após acordar de um sonho intenso com um vampiro encantador e interessante, Jisung acordou no sofá. Havia pegado no sono durante uma de suas crises de hiperatividade. Invés de sair para fumar, ele só sentou no sofá e se manteve são. Não jogaria tudo ao ar apenas por uma vontade momentânea. E foi isso, ele deitou e dormiu - até simples demais para quem não estava aguentando o sentimento.
Quando acordou, seus amigos estavam o cutucando, pedindo para que ele se levantasse pois já passava das duas da tarde. Os amigos tinham guardado comida para ele e, mesmo que estivesse sem fome, tinha que comer algo, pois pela tarde iriam embora.
Jisung se levantou do sofá, procurando por suas pantufas, mas, incrivelmente, não as achou em lugar nenhum da casa. Assim como foi culpado pelo cigarro e o isqueiro que desapareceram. Han não sabia o que havia acontecido, e até alegou que queria fumar, mas não o fez.
O assunto foi esquecido quando tonturas que levavam a desmaios começaram. Jisung foi levado ao médico, passaram um simples remédio para ele, mas não constava nada. Ele voltou várias vezes até que modificações em seu corpo o chamou a atenção. Jisung se sentia meio... Inchado, por assim dizendo. Novamente ele esteve no médico, dessa vez um raio x foi feito. A resposta para tudo foi chocante para todos.
Han Jisung estava grávido e gerava um filho - ou melhor, filha. De início, quando recebeu a notícia, ele riu, achava uma piada para si aquele tipo de coisa. Mas depois, quando viu o ultrassom, desmaiou, e aquilo o fez ficar de cama por um tempo. Vários testes foram feitos e no fim descobriram que ele poderia cuidar do bebê - felizmente ele havia parado de fumar, caso contrário iria prejudicá-los.
E mesmo sem explicação de como estava grávido, cuidou do feto em segurança, também com a ajuda dos amigos e familiares. Os pais de Han gostaram da notícia, visto que Jisung era filho único. Eles verdadeiramente queriam ser avós, e aceitaram aquela condição como benção em suas vidas. Os amigos ajudaram Han e não saíram de perto dele, estavam sempre muito ansiosos para conhecer a criancinha.
E foram nove meses difíceis, mas os melhores nove meses de toda a vida de Jisung. Agora entendia o que as mulheres passavam na gestação. As explicações ainda não existiam, mas tudo bem se ele fosse escolhido para aquilo, se tinha propósito, tudo bem. Aquela criança o fez se afastar de bebidas e saideiras, assim como ajudou os amigos, que também evitavam se embebedar, a fim de serem bons tios para as crianças.
A neném nasceu. Foi adorada por todos, pois ela era fofa e tinha bochechas gordinhas e rechonchudas como as de Han - também tinha uma graciosa pinta na bochecha, incrivelmente no mesmo lugar que a do pai. Alguns outros traços estavam na face da criança: olhos de gatos, uma pintinha no nariz e um lábio superior cheinho.
Jisung conhecia aqueles rasos traços de algum lugar, apenas não se lembrava.
O "sonho" com o vampiro fora há muito tempo atrás, não havia como lembrar, estava focado em outras coisas.
O processo de pós parto foi calmo, tinha que ser cuidadoso com o corte na barriga - por onde a pequena Nix havia saído.
Voltando ao presente, o moreno rapidamente deixou seus afazeres na cozinha e correu para o andar de cima.
Passou pelo corredor não muito extenso e parou na penúltima porta, sua neném havia parado de chorar. Na madeira branca havia uma pequena plaquinha de nuvem, indicando o nomezinho Nix em cor vermelha. Jisung sorriu curto antes de tocar a maçaneta e abri-la.
Empurrou a porta, e ao ter visão do quarto com decoração de bebê, se deparou com um homem alto, segurando sua graciosa nos braços. Ele vestia um sobretudo preto, suas calças eram escuras e seus sapatos também. Seus cabelos eram um estilo 'loiro queimado' e ele cantarolava baixinho. Soava-se como uma canção de ninar.
Jisung instantaneamente arregalou os olhos e levou a mão até a boca, tampando qualquer som que fosse sair de sua boca. Sua bebê estava em mãos desconhecidas. O medo lhe atingiu, mas o instinto protetor logo veio.
Han caminhou apressadamente até estar de frente com o homem, que ao notar a presença de Han, segurou a bebê com apenas um braço e pediu silêncio levando o dedo indicador para frente dos lábios.
ㅡ Q-Quem é v-você? Por que está aqui? Vá embora! ㅡ Não obedeceu sobre ficar em silêncio, mas não ousou a se mexer, não sabia o que poderia acontecer com Nix se os movimentos assustassem aquele homem. Tal permaneceu em silêncio, voltando a balançar seu corpo tranquilamente enquanto ninava a bebê.
O homem loiro olhou para Jisung e sua expressão, antes calma, se fechou. Han franziu os lábios e manteve o olhar no maior quando sentiu algo diferente em si. Seu peito acelerou e a sensação de conhecê-lo se fez presente.
A luz presente no quarto era muito vaga. Apenas um abajur clarinho estava ligado sobre o armário onde haviam quadros com fotos da bebê - de Jisung com a bebê, e também de seus tios e Nix. Mas a pouca luz não impedia Han, não mais. O reconhecimento despontou em seu rosto. Aqueles olhos de gato, a pintinha no nariz, o lábio avantajado e um único piercing na sobrancelha. Além de uma semelhança extrema com sua filha, ele não era estranho.
Han reconhecia aquele cara de algum lugar, suas roupas de época em colocação vermelha - por baixo do sobretudo - eram nostálgicas. Principalmente o rosto, que de alguma forma era familiar.
O olhar firme do homem continuou preso em Han. Até se pronunciar com a voz baixa, e um tanto rouca:
ㅡ Eu queria ver minha filha ㅡ Afirmou o loiro e Jisung deu um passo para trás.
ㅡ S-Sua filha? Não! Ela é minha filha! ㅡ Disse firme, mantendo-se estável diante de olhos vibrantes em um tom chocolate. Mas, por dentro estava extremamente apavorado.
Agora lembrava de onde era aquele homem. Ele era o vampiro do sonho que teve quando estava na cabana com seus amigos
Nix choramingou novamente, despertando o pai de seu transe. O converseiro, e o tom elevado, acabou tirando a pequena de seu soninho tranquilo. Jisung apenas pensava o pior, o que aquele alguém estava fazendo em sua casa?
O loiro, vestido a vinho e veludo, fez alguns sons de "shi, shi, shi", acalmando a criança enquanto fazia um carinho nos cabelos curtinhos e loirinhos da mesma. A neném fechou os olhinhos e sua mãozinha pequena apertou o dedo do homem, segurando-o.
ㅡ Está errado, Jisung. Nix também é minha filha ㅡ Afirmou com um tom seco. De repente seus olhos ficaram vermelho vinho.
Han entre abriu os lábios. Se lembrava bem da intensidade daqueles olhar. Se lembrava perfeitamente de tudo que houve quando seguiu aquele par de olhos em meio às árvores.
Não estava com medo, não sentia medo. Era apenas curiosidade, pois não entendia.
A bebê não chorava, estava acordada e quando ouviu o mais velho falar, deu uma risadinha gostosa que apenas os bebês conseguem, deixando que o único dentinho aparecesse. A neném ganhou olhinhos vermelhos, assim como quem alegava ser seu pai.
Han estava estático. Ele franziu o cenho e caminhou para perto de Nix, tocando as bochechas gordinhas e quentinhas em um carinho calmo. Inacreditável, sua bebê nunca havia feito aquilo. Jisung olhou para o homem e depois para a bebê, a semelhança era enorme. Ele piscou algumas vezes, e tentou respirar, mas era como se o ar estivesse faltando.
Até pareciam pai e filha.
ㅡ Minha bebê tem lindos olhos vermelhos ㅡ Disse mirando Jisung, que tinha uma expressão meio desesperada. Estava apavorado por acreditar em coisas que sua mente cogitava. E estava agoniado por não sentir medo.
Seu peito subia e descia descompassado. Não era possível que Lee Know ㅡ ou como o outro havia deixado Jisung chamar: Minho ㅡ estava em sua frente
Não era uma miragem. Ele estava fora do sonho. Ele era real. Será que... Tudo foi real? Todos esse tempo ㅡ esse um ano e três meses jurando ser apenas um mero sonho, uma coisa de sua cabeça, e uma gravidez por sorte, na verdade... Era tudo verdadeiro?
ㅡ Minho... ㅡ Balbuciou. Estava sensível e até jurou sentir sua perna fraquejar, mas se manteve de pé.
ㅡ E, em breve, o papai Ji também terá ㅡ Continuou falando, em vez de olhar para Nix, olhando para Jisung. Que soltou um ar pela boca, nem ao mesmo sabia que estava prendendo. Minho beijou a testa da garotinha e a balançou calmamente antes de devolvê-la para o berço branco com cobertas rosas e brinquedos de teto que giravam.
ㅡ Lee Minho. C-Como...? ㅡ Indagou um pouco surpreso. O loiro era real? Ele realmente existia? Como havia achado a si? Tantas perguntas para zero respostas.
Minho olhou a bebê uma última vez, a mesma havia adormecido. Ela sempre foi bem obediente e calminha.
Know caminhou pelo quarto, olhando cada pequeno detalhe do mesmo. Desde o tapete até os desenhos de fadinhas na parede azul bebê ㅡ assim como a cor do céu. Por fim ele se sentou na poltrona branca que tinha no canto contrário de onde Han estava.
ㅡ Jisung, a gente precisa conversar ㅡ Disse e suspirou fundo. Han fechou os olhos por um momento, tentando se manter calmo com aquilo ㅡ Venha aqui, por favor ㅡ Chamou com o dedo. Han se arrepiou, passou a língua entre os lábios e mordeu o inferior, puxando uma pelinha.
ㅡ Sai da minha casa ㅡ Mandou, engolindo a seco ao ver o homem olhar suspeito enquanto virava a cabeça levemente ㅡ Por favor. Eu não sei quem-
ㅡ Me poupe, meu humano. Precisamos conversar, e eu estou falando sério ㅡ Apoiou os braços na braçadeira da poltrona ㅡ Vem, Jisung ㅡ Seus olhos voltaram a ficar vermelhos.
Igualmente na noite em que Han sentiu-se ser puxado como um ímã até o par de olhos, novamente ele era guiado até Minho.
Jisung tinha perguntas a fazer, e se aquele fosse o momento perfeito, ele não desperdiçaria. O moreno caminhou até Lee e parou em frente ao corpo forte do mesmo. Minho fez as honras e deixou Jisung perguntar o que tinha para perguntar.
ㅡ A gente... Na noite da cabana, na árvore e depois na sua casa...? Não foi um sonho, não é? ㅡ Han perguntou. Queria como resposta que o loiro negasse e dissesse que Jisung estava delirando e então de repente ele acordasse, notando ser apenas um sonho, novamente.
ㅡ A gente transou sim, Jisung. De onde você tirou que era um sonho? ㅡ Arqueou as sobrancelhas. Jisung mordeu o lábio e desviou o olhar, dando de ombros. Tinha tirado suas próprias conclusões por não ter quem o contasse a verdade ㅡ Cacete.
ㅡ Pare de xingar, minha filha-
ㅡ Nossa filha, Jisung. Nossa filha ㅡ Corrigiu o moreno. Han ainda desacreditava daquilo, mesmo que reunindo todas as provas em sua mente, e sabendo que aquilo levaria a uma única solução: Minho era pai de sua pequena Nix, que até então, era apenas um fruto da sorte.
ㅡ Nixie está no quarto. Não use esses termos e muito menos xingue ㅡ Respirou fundo após dar uma pequena bronca em Minho, que concordou se desculpando. Continuou: ㅡ Então se realmente dormimos juntos, por que eu não acordei ao seu lado, e sim, na cabana? Você me levou até lá e me deixou!
ㅡ Não Jisung, não te levei lá, e não lhe abandonei. E eu não sei, eu também não estava em casa quando acordei na manhã seguinte. Aparentemente meu pai resolveu voltar dos mortos sem avisar e de uma hora para outra estávamos todos, incluindo meus tios e a mamãe, em uma das casas antigas dele ㅡ Falou a verdade. Não iria mentir para o pai de sua filha. E, sejamos sinceros, não era apenas "pai de sua filha", mas também alguém que ocupava um bom espaço em seu coração.
ㅡ Por que demorou tanto para aparecer? ㅡ Cruzou os braços. Seu queixo tremeu e suas sobrancelhas se juntaram. Jisung ficou mal com aquilo, se soubesse que tudo era real, que Nix tinha um outro pai... E saber que passou a gestação toda sem o apoio principal, que deveria ser o de Minho. O feria amargamente ㅡ Por que não me procurou? ㅡ Fez um biquinho magoado, segurando o choro.
ㅡ Hannie... ㅡ Tocou o quadril de Han, que não se afastou, queria aquele toque, precisava ㅡ Eu te procurei, meu amor, eu te procurei. Eu juro. Mas eu não te achava em lugar nenhum. Me desculpa ㅡ Abraçou a cintura, deitando a cabeça no peito do moreno.
Jisung fungou entristecido, passando as costas da mão por seu rosto, para evitar deixar as lágrimas pintarem suas bochechas. Com receio, mas lotado de delicadeza, tocou os fios loiros, fazendo um carinho. Minho levantou a cabeça, olhando para o rostinho fofo de Han, mesmo depois de todo esse tempo, mesmo depois de ter amadurecido, ainda sim era aquele rostinho que viu quando estava escorado na árvore.
ㅡ Tudo bem... A culpa não é sua... ㅡ Seus olhos vibraram ao olhar para os de Minho. Ambas as pupilas estavam dilatadas, consequência da dopamina se fazendo presente nos organismos. Era tão bom estar com alguém que de alguma forma os fazia bem.
ㅡ Tem mais coisas te perturbando, por favor, fale comigo. Eu vou ser a pessoa que mais vai te apoiar de hoje em diante, eu vou recobrar todo esse tempo que perdi ㅡ Se levantou, deixando as mãos na cintura delineada de Han. Uau, era incrível como aquela cinturinha continuava tão curvilínea. Digamos que a recuperação de um homem pós parto é bem menos complicada.
ㅡ Por que fiquei grávido? ㅡ Indagou. Seria o certo perguntar para o vampiro? Não sabia, mas precisava de respostas plausíveis, e esperava que Minho soubesse ㅡ Tipo... Eu sou um homem, eu fiquei grávido.
ㅡ Culpa minha, desculpa. Eu sou um vampiro. Meu esperma é capaz de fazer coisas que você não faz ideia ㅡ Contou com o tom malicioso, tirando um sorriso de Jisung ㅡ Olhe, sei que não há uma explicação óbvia para isso. E eu também sei que você quer saber se eu tenho outros filhos por aí. Sua resposta é não. Foi só com você.
ㅡ Você era virgem? ㅡ Abriu a boca, chocado.
ㅡ Não! Digo que você foi o único com quem não usei proteção ㅡ Desviou o olhar e coçou a nuca ㅡ E talvez eu tenha feito isso propositalmente ㅡ Disse baixinho, mas o suficiente para Han escutar.
ㅡ O que? Seu filho da puta. Me engravidou de propósito! ㅡ Jisung estapeou o peito de Minho, o afastando. Não acreditava no que estava ouvindo. Lee sabia dos riscos e mesmo assim fez?
ㅡ Não pode xingar, Nix está aqui ㅡ Sorriu ladino e Jisung suspirou ㅡ E olha, na minha cabeça na manhã seguinte a gente acordaria juntos, e todo o resto seria entre nós. Mas meu pai fez merda, e a culpa é minha por não ter evitado isso.
ㅡ Eu quero te matar, Lee Minho! Vou enfiar uma estaca nesse seu coração, se é que você tem um ㅡ Jisung deu as costas, suspirou profundamente e passou a mão nos cabelos, empurrando os fios castanhos para trás.
ㅡ Eu tenho um, mas ele não bate ㅡ Caminhou até Han, abraçando-o por trás. O humano se arrepiou inteirinho ao sentir as mãos gélidas em si e o corpo tão próximo ㅡ Na verdade, às vezes bate, mas só quando estou com você. A sensação é estranhamente boa ㅡ Beijou a nuca branquinha ㅡ Desculpa, mais uma vez.
Jisung fechou os olhos, por um instante, apoiando a cabeça no ombro de Minho. Quando os abriu, mirou os olhos em sua pequena Nixie. Caminhou lentamente, pois Minho ainda estava abraçado em si, até a garotinha.
ㅡ Ela é fofa, Hannie ㅡ Apoiou o queixo no ombro do humano, olhando a pequena dormir tranquilamente ㅡ Olha só, até que fizemos um bom trabalho, nossa cópia perfeita. Eu tô doido pra ver ela crescer. Saber se suas presinhas serão afiadas como as minhas, se ela irá voar como a mim. Ou, espera, e se ela for mais humana do que vampira? O que você gosta de fazer, Hannie? Talvez Nixie tenha puxado mais para você.
Minho estava animado com a notícia de ser pai. Queria ter uma família grande com vários monstrinhos correndo pela casa. Ah sim, pretendia chamar Jisung para morar com si em uma das grandes propriedades de seu pai.
ㅡ A gente vai morar em uma casa enorme, vai ter espaço para muitos filhotinhos-
ㅡ Lee, calma! Não é pra tanto assim, a gente ainda tem muito o que resolver. Vamos conversar. Pra variar, a gente nem se conhece direito, então por favor, vamos maneirar na sua vontade de ter filhos, por agora Nix já está ótimo! ㅡ Se virou para Minho, segurando os ombros do mesmo. O loiro farfalhou, revirando os olhos.
ㅡ Tá bem, me desculpa... Certo. O que faremos agora? ㅡ Perguntou, olhando para os olhos de Han, mas em seguida para a boca.
ㅡ Vem, primeiro vamos deixar ela dormir em paz ㅡ Pegou a mão de Minho e a entrelaçou com a sua, puxando o vampiro para fora do quarto. Lee apenas o seguiu. Quando Jisung iria fechar a porta do quarto, Know impediu, segurando a porta.
ㅡ Sonhe com os anjos minha vampirinha ㅡ Colocou a cabeça para dentro do quarto e desejou 'boa noite' para a bebê, em seguida fechou a porta. Jisung sorriu todo bobinho, era apenas disso que ele precisava, um homem em sua vida, e um segundo pai para sua bebê.
ㅡ Como você me achou? ㅡ Han indagou curioso. De fato, Minho disse que o procurou e nunca o achou, mas naquele momento, Lee estava ali, em sua frente.
ㅡ Eu procurei por todos os lugares por longos meses, eu perdi as forças, mas foi quando o desgraçado do meu querido pai me ajudou. Pela primeira vez na vida. Mas enfim, ele disse que eu poderia ir a maternidades e procurar por seu nome. Foi meio difícil porque a cidade é grande e boa parte não queria revelar os nomes, mas eu te achei e é o que importa ㅡ Enquanto falava, Jisung prestava a atenção, e o mesmo se surpreendia mais e mais com a história que Lee contou.
Até parecia falsa, mas entendia toda a vontade dele de o achar. Han agradecia que Minho tivesse continuado, e o encontrado. Muitos desistem facilmente, ainda mais quando tem crianças no meio. Mas o vampiro é diferente, persistiu e no fim teve o que tanto queria.
ㅡ Minha vez ㅡ Lee disse e Han arqueou as sobrancelhas ㅡ Por que Nix? ㅡ Perguntou, estava curioso sobre o porquê daquele nome. Já Jisung não entendeu muito bem onde aquela pergunta chegaria ㅡ Por que escolheu que o nome dela fosse Nix? ㅡ Reformulou a questão. O moreno mordeu internamente as bochechas.
ㅡ Porque Nix significa personificação da noite. Parece sombrio, mas não é, na verdade era de uma deusa da mitologia grega, mas pouco se falava dela. Não vem ao acaso. Eu escolhi pois de alguma forma ela me lembrava a noite em que... A gente transou, você sabe. E mesmo que eu achasse que tudo não passava de um sonho, porque era o que se encaixava nos fatos, meu coração dizia que era o certo. E eu fiz.
Enquanto Jisung contava, juntos eles desciam as escadas que davam para o primeiro andar. A fala cessou exatamente quando pisaram o pé na sala. Han achou que poderia ser um ótimo lugar para conversar, e no momento não estava ligando muito para suas tarefas domésticas na cozinha.
ㅡ Porra, você é foda demais, Jisung ㅡ Minho disse e rapidamente pegou Han no colo, que deu um gritinho pelo ato repentino ㅡ Eu nunca teria pensando tão bem quanto você ㅡ Sussurrou rente a boca de Jisung ㅡ Eu quero te beijar ㅡ Disse e se sentou no sofá, o humano se manteve sobre si, com as pernas uma de cada lado da sua cintura.
ㅡ Podemos conversar primeiro? ㅡ Han realmente queria conversar com Minho, foram longos meses sem se ver. Tinham ficado por uma noite, e agora recebiam a responsabilidade de cuidar de uma bebê.
ㅡ Claro, Hannie, fale o que precisar- Uh, seus peitos cresceram? ㅡ Seu olhar rapidamente parou na elevação no peito de Jisung, pareciam maiores sim, não tinha como negar.
ㅡ Eu fui pai, e ainda estou amamentando minha bebê ㅡ Contou como se não fosse óbvio, revirando os olhos e apoiando as mãos no ombro de Lee. Este que fechou a cara.
ㅡ Nossa, nossa bebê, Jisung ㅡ Corrigiu o humano. Han concordou rapidamente. Ainda era meio difícil para si. De uma dia para a noite Nix havia ganhado mais um pai.
ㅡ É, sim, nossa. Desculpa, estou me acostumando, ok?
ㅡ Ok. E... Saí leite dos seus peitos? ㅡ Lambeu os lábios, subindo as mãos que estavam apoiadas na cintura até a costela de Han, deixando os dedos brincarem um pouco abaixo do peito. Os bicos estavam bem avantajados, chamavam muita a atenção de Minho.
ㅡ Por que está perguntando? Pare de me olhar assim! ㅡ Segurou o maxilar do vampiro e fez com que ele parasse de olhar para seus mamilos ㅡ Merda.
ㅡ Se eu chupá-los provarei de seu leite?
ㅡ Lee Minho! ㅡ O estapeou, ganhando uma risada do loiro, que levantou os braços em rendição ㅡ Está me fazendo perder a paciência. Olhe só, desviou do que eu precisava falar. É sério, a gente tem que resolver tudo.
ㅡ Desculpa, Hannie.
ㅡ Hm, certo. A gente nem se conhece direito, ficamos um tempo sem se falar, eu não sei quem é você, o que faz da vida. Você também não sabe nada sobre mim. Somos completamente estranhos um para o outro e- Eu só tô um pouquinho perdido com tudo, vamos ter que explicar aos meus pais, eles vão querer te conhecer, e aí você terá que contar que é um vampiro, e tem sua família-
ㅡ Jisung, respira, amor ㅡ Pediu, segurando os ombros de Han, que parou para respirar fundo como lhe foi pedido. O apelido lhe tirou um peso das costas ㅡ Calma, a gente tem a vida toda. Eu vou viver com você e com Nix se você quiser, a gente vai se conhecer, eu quero te conhecer. Eu não te acho um estranho, desde o momento que fez meu coração bater, você se tornou bem mais que um qualquer. Sim, nossas famílias precisam se conhecer, e calma, tudo tem seu tempo.
ㅡ Minho, eu tô desesperado ㅡ Disse. Realmente, não era para menos, tudo subitamente veio como um baque, afetando Jisung. Sua ansiedade simplesmente o dominou, que loucura.
Lee juntou as testas e deixou um beijinho de esquimó, em seguida um selinho nos lábios do humano. Han fechou os olhos, ganhou uma massagem calma nos ombros, relaxando os músculos tensos.
ㅡ Que tal eu te dar um banho na água bem quentinha, e depois lhe fazer uma massagem, hein? Não quero te deixar mal ㅡ Ofereceu, e a oferta parecia tentadora, Jisung, sem nem pensar, concordou, precisava daquilo.
Minho se levantou, ainda com o moreno em seu colo, e foi guiado por Han, que indicava para onde tinham que ir para chegar ao banheiro.
Jisung mal sabia que sua vida iria começar daquele dia em diante. Lee era um bom homem, e faria de tudo para que Han ficasse bem. O moreno era extremamente por ter encontrado Minho, ele é bom, é perfeito. Seu sonho é ter um lar, é alguém de compromisso que procurou por isso durante seus milênios de vida. Um novo ciclo iria se iniciar, seria a melhor fase de sua vida. E, quem sabe, poderia durar para sempre se futuramente se tornasse um mortal; um vampiro, assim como sei homem e sua pequena.
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