- Trouxeste-o? – Questionou Draco alarmado.

- Eu tinha de o trazer... - Defendeu-se Hermione. O loiro suspirou e cumprimentou o moreno com um leve aceno.

- Diz lá o que sabes, Malfoy. – Pediu Harry de braços cruzados.

- Ele quer que eu mate o Dumbledore...

- O quê? – Questionou a morena.

- Não é tudo, há também o Snape... Ele fez um juramento inquebrável para o caso de eu não conseguir concluir a tarefa...

- Então se não fores tu a fazê-lo, faz o Snape? – Questionou Harry. Draco apenas fez que sim com a cabeça. Hermione percebendo o quanto Draco estava afetado com aquilo tudo pediu ao Harry para ir falar com o Dumbledore.

Quando o moreno já não estava presente na sala Hermione aproximou-se do loiro.

- O que fizeste foi muito corajoso, Draco. Estou orgulhosa de ti.

- Não, Mi, não fui corajoso, ainda vou ter de ser obrigado a matar uma pessoa que no fundo eu admiro... Só para não ser eu ou alguém da minha família morrer...

Draco não olhava para a morena ele encarava os seus próprios pés, só para não ter de ver a desilusão que ele achava estar estampada no rosto da morena. Hermione levantou o seu rosto para que os seus olhos se encontrassem com os dela.

- O Snape pode fazê-lo, não tens de ser tu, Draco. Ele nunca descobrirá.

- Não é bem assim...

- Que queres dizer?

- Eu... Eu tenho de consertar um armário que existe numa das salas aqui na sala das necessidades para que a Bellatrix e mais alguns devoradores da morte entrem...

- Tens tido sucesso?

- Não... e se não...

- Não existe " e se não" eu vou ajudar-te a consertá-lo. – Declarou a morena decidida.

- O quê?! Mas tu enlouqueceste?! Eles matam-te se descobrem que tu estás a ajudar-me, isto já vai ser perigoso e...

- Draco! Primeiro: Não, não enlouqueci. Segundo: Eu sou a melhor amiga do Harry Potter perigo foi o que eu tenho vivido nestes últimos seis anos, é algo que eu já tenho em mente. Porque eu sei que o perigo não pode diminuir, apenas aumentar. Além disso eles não vão descobrir que tu estás do nosso lado, por isso eles não vão saber que eu te vou ajudar.

- Mas, e se...

- Não, nós estamos nisto juntos, lembras-te?

- Porque que é que eu não tenho a tua coragem?

Hermione sorriu perante a pergunta do Draco, deixando-o confuso.

- Porque assim nós não faríamos uma boa equipa.

- Como assim?

- Simples, eu tenho a coragem e tu a ambição.

- É bom saber que acreditas nisso.

- Tu não?

- Não é não acreditar, é duvidar que eu possa fazer parte de alguma coisa...

- Não digas isso... - Pediu a morena.

- Adiante... Eu ainda não sei o que vou fazer na Guerra...

- Há muita coisa que podes fazer, Draco, mas precisamos de ti dentro do grupo para sabermos o que fazer... 

- Como sugeres que o façamos?

- Ainda não sei... Mas eu vou descobrir.

- E se não descobrires? Como vou poder informar-vos sem saber sequer se estão vivos? - Questionou o loiro temeroso.

- Estás preocupado, Draco?

- Bom... o facto de ires andar por aí com o Potter sendo ele o inimigo número 1 dele, e tu sendo filha de muggles, vocês vão ser a maior presa para os devoradores.

- Agradeço a preocupação, mas eu vou tratar de tudo para podermos sobreviver. Além disso, como eu já disse, eu conheço bem o perigo.

O Draco apenas assentiu e suspirou.

A semana arrastou, tanto que quando chegou o fim de semana os alunos ficaram surpreendidos. Nesse fim de semana os Gryffindor iriam defrontar os Slytherin na manhã de sábado e no domingo os alunos poderiam ir até Hogsmade.

Durante o pequeno almoço o clima estava tenso no salão principal. A maior parte dos alunos dos Ravenclaw e Hufflepuff iriam apoiar os Gryffindor, mas nem por isso os pertencente à equipa verde e prateada estavam minimamente receosos.

Hermione encontrava-se sentada na mesa dos Gryffindor do lado direito do Harry e de frente para a Ginny.

- Então, Mione? Vais apoiar por quem? - Questionou o Harry.

- Pelos Gryffindor, claro.

- Hum... Pensei que fosses apoiar os Slytherin...

- O quê? Só porque eu e o Draco somos amigos não quer dizer que eu não possa apoiar a minha equipa num simples jogo de quidditch...

- Se tu o dizes... 

- Que queres dizer? - Questionou a morena confusa.

- Nada, Mione, não é nada. - Respondeu o Harry com um sorriso. - Ginny, podes passar-me o sumo de abóbora?

- Olha porque é que não o vens buscar tu? - Inquiriu a ruiva irritada, que logo se levantou deixando-os sozinhos.

- O que é que ela tem? Eu só lhe perguntei se ela podia passar-me o sumo - Defendeu-se o moreno confuso. - Olha, ela nem comeu quase nada e...

- Harry, não te preocupes, eu depois do jogo digo-te. Agora termina de comer.

- Eu não tenho mais fome...

- Harry... - Começou Hermione. No entanto foi interrompida por alguém que se aproximou.

- Boa sorte para hoje, Potter.

Harry e Hermione viram-se para o loiro, que se encontrava de pé ao lado deles.

- Para ti também, Malfoy. - Respondeu o moreno, apertando a mão do loiro, que se encontrava estendida na sua direção.

- Boa sorte para os dois. - Desejou a morena para os dois rapazes. - E por favor não se magoem demasiado no campo.

Wow tive um comentário!!!! Agradeço imenso pelos votos e pelo comentário da AnaCarolSchmitt muito obrigada mesmo. Por favor continuem a comentar que assim terão mais capítulos mais depressa!

bjs