007
001 — O que estão achando até agora?
002 — Não esqueçam de votar e principalmente, comentar!
003 — Postei um video da fanfic na minha conta do tiktok (sumoconnor), vão lá dar uma olhadinhaaa
PHOENIX SE SENTIA ACABADA ENQUANTO se arrastava pela estação, ela e seu irmão haviam decidido irem sozinhos, não querendo passar mais tempo que o necessário com sua família.
A loira empurrou o carrinho enquanto Draco Malfoy olhava para todos com uma expressão azeda, um aviso silêncio para ninguém tentar se aproximar dos dois. Eles rapidamente embarcaram no trem, ignorando as famílias unidas e felizes que se despediam dos seus filhos.
— Hogwarts é uma merda.
Ela revirou os olhos.
— Para de reclamar, é o nosso penúltimo ano — resmungou, colocando suas coisas na primeira cabine disponível — Ao menos, temos alguns meses para conseguir respirar sem ninguém na nossa cola.
Draco fez uma careta.
— Não é bem assim.
Phoenix ficou tensa ao lembrar do que o irmão estava se referindo, a missão que Voldemort havia dado para Draco. Por um momento, ela considerou pedir ajuda para o diretor, mas a garota aprendeu que ele só fazia o que era do seu próprio interesse.
— A vida é uma merda.
A loira começou a arrumar suas coisas dentro da cabine e ajeitou as luvas que usava, para esconder a pequena onda de fúria de Bellatrix na semana anterior. A mulher era extremamente adepta a castigos físicos, o corpo de Phoenix era a prova da criatividade da tia.
— Eu não sei o que vamos fazer, de verdade.
— Eu também não.
Ele passou as mãos pelo rosto.
— Vou dar uma volta, para ver se acho a Pansy.
A garota forçou um sorriso.
— Ah, a sua namoradinha — ela provocou — sua futura esposa, mãe dos seus filhos, o amor da sua...
— Cala a boca.
Phoenix gargalhou da expressão mal humorada do irmão. Ela sabia que ele só estava indo até Pansy por querer um pouco de conforto e normalidade na vida, não era como se ele realmente tivesse sentimentos pela garota.
Ela observou Draco sair de dentro da cabine, então sentou no banco, encostando a cabeça na parede e fechando os olhos por um momento.
— Ei.
A loira abriu um dos olhos apenas para ver Harry Potter parado ali, parecendo nervoso e sem saber o que fazer. Ela suspirou e considerou a possibilidade de apenas fechar os olhos e fingir que ele não estava ali.
— O que você quer, Potter?
Ele entrou na cabine e se sentou no banco.
— Conversar.
— Não temos muito sobre o que conversar — ela murmurou — e sinceramente, eu não estou com disposição para isso.
Harry respirou fundo.
— Queria saber como foi o seu verão.
— Uma merda — Phoenix respondeu — se era só isso, você já tem a sua resposta.
O garoto conhecia a loira desde que estava no Beco Diagonal comprando seu uniforme para o primeiro ano e ele nunca havia visto ela tão na defensiva. Havia olheiras profundas embaixo dos olhos de Phoenix, sua pele estava mais pálida que o normal e ela parecia terrivelmente magra.
— Nós podemos conversar, se você quiser.
Phoenix suspirou.
— Harry, conversar com você não vai resolver todos os meus problemas em um passe de mágica — ela murmurou, cansada — Na verdade, a maior parte dos meus problemas é porque existe um lunático que é obcecado por você.
— Eu queria poder te ajudar.
— Mas você não pode — Phoenix retrucou — Você não pode salvar todo mundo, infelizmente.
Aquelas palavras ficariam para sempre marcadas na mente de Harry Potter, soando em sua mente enquanto olhava ao redor da Batalha de Hogwarts e via todos os corpos sem vida espalhados pelo chão do castelo, principalmente enquanto via Ronald Weasley chorando desesperadamente.
"Você teve que me matar, mas isso também te matou
Me amaldiçoando, desejando que eu tivesse ficado"
PHOENIX ENCAROU O SEU REFLEXO NO espelho, ela não conseguia reconhecer a garota que lhe encarava naquele momento. Ela sentia como se estivesse perdendo todo o controle, prestes a enlouquecer, como se tudo que fizesse ela ser ela mesma, tivesse sido arrancado de dentro dela durante o verão.
— Está tudo bem — sussurrou para si mesma — tudo bem. Vai ficar tudo bem, basta acreditar.
Ela acreditava que se repetisse aquilo muitas vezes, se tornaria verdade.
As palavras de Albus Dumbledore voltaram a sua mente, sobre como fênix sempre voltaram a ressurgir das cinzas, ela não acreditava que pudesse sobreviver.
— Você é Phoenix Malfoy — sussurrou — filha de Lúcio e Narcisa Malfoy, tem um irmão gêmeo chamado Draco, sua casa é a Sonserina, gosta de poções, odeia altura, gosta de dançar. Essa sou eu e ninguém pode me tirar isso.
No fundo do seu coração, ela temia que alguém pudesse arrancar aquilo dela também.
A porta do banheiro dos monitores abriu e ela se preparou para xingar a pessoa que estava entrando, mas congelou ao ver que era Ron Weasley. Os dois pararam por um momento, sem saber o que fazer, era a primeira vez que ficavam no mesmo ambiente desde o trágico e doloroso término.
A loira se recuperou primeiro e andou até a porta, desviando do ruivo na tentativa de sair do local o mais rápido possível.
— Phoenix.
Ron agarrou o pulso dela, fazendo a garota parar no meio do caminho.
— O que você quer?
Ele respirou fundo, parecendo nervoso.
— Podemos conversar?
Phoenix o encarou, uma expressão dura no seu rosto.
— Você vai pedir desculpas?
O ruivo respirou fundo. Ele sabia que merecia a frieza da loira, todos faziam questão de dizer que ele estava errado naquela história.
— Eu sei que errei — ele murmurou — mas você podia ter me contado.
A loira arqueou a sobrancelha.
— Eu estava certa em não te contar, porque você agiu exatamente como eu achei que iria, nem me deixou explicar.
— Eu me importo com você e sei que agi de forma exagerada...
Ela estreitou os olhos.
— Você está citando o que a Hermione te disse? — Phoenix perguntou, desconfiada.
O garoto corou.
— Você está dificultando as coisas — ele resmungou — eu estou tentando me desculpar, de verdade.
Phoenix respirou fundo, puxando seu braço que o ruivo estava segurando.
— Quando você realmente quiser se desculpar, não apenas ficar repetindo o que outras pessoas te falaram — a loira retrucou — repetir o que outros falam, qualquer um pode fazer.
Ron Weasley observou, sem reação, a garota ir embora.
Ele sabia que tinha ferrado tudo, mas não imaginou que as coisas iriam ficar tão ruins ao ponto da garota sequer querer ouvir suas desculpas.
Droga.
"Você se transformou no que mais temia
E você está culpando outros, embriagado nessa dor
Riscando os bons anos"
PHOENIX NUNCA IMAGINOU QUE ALGUÉM conseguiria fazer ela sentir tanto ódio no seu coração, mas ela sentia vontade de fazer tudo o que sua tia havia imaginado cada vez que via Lavender Brown.
— Seu olho está tremendo.
Ela respirou fundo e forçou um sorriso para Hermione.
— Desculpa?
— Seu olho está tremendo — Hermione Granger repetiu — e você está com uma expressão assassina.
A loira forçou uma risadinha.
— Bobagem.
— RonRon! Você é tão lindo.
Hermione observou o sorriso de Phoenix morrer e seus olhos focarem novamente na nova namorada de Ron Weasley.
A verdade é que Phoenix Malfoy foi uma criança que sempre teve absolutamente tudo o que queria e nunca precisou dividir nada, nem mesmo com o seu irmão gêmeo. Ela simplesmente não estava preparada para dividir algo, principalmente se isso fosse o coração de Ronald Weasley.
— Eu vou matá-la — Phoenix sussurrou — Lentamente e da forma mais dolorosa possível. Ela nem vai saber o que a atingiu, eu juro...
— Eu não acho que seja uma boa ideia, por mais tentador que seja.
Phoenix bufou.
— Hermione, eu não me importo se é ou não uma boa ideia — ela retrucou — até o jeito que essa garota fala me irrita, sério. Se ela inventar mais um apelido idiota para o Weasley, eu surto.
— Você precisa ter calma.
A loira revirou os olhos.
— Quer saber? Eu tenho uma aula agora.
Ela se afastou de Hermione, sua varinha estava girando entre os seus dedos enquanto ela passava pelo casal, em um simples movimento, Phoenix fez a garota tropeçar e ir de cara no chão.
Os olhos de Ron imediatamente focaram na loira.
— Phoenix!
A loira piscou os olhos, inocente.
— O que foi, Weasley? — ela bufou — Eu não tenho culpa se a sua namorada não olha por onde anda.
Phoenix seguiu seu caminho para as escadas, dando um breve olhar para trás, apenas para ver o ruivo ajudando a garota a levantar, todo preocupado. A loira revirou os olhos e começou a subir as escadas, resmungando diversas maldições no caminho.
O que Ron via naquela idiota sem sal?
Harry encontrou a loira no meio da escada e olhou confuso para a mesma, que tinha uma expressão mortal no rosto.
— Por que parece que você acabou de ver o próprio Voldemort?
— Se eu tivesse visto ele, estaria feliz — retrucou, de mal humor — Aquela namoradinha idiota do Ron.
Compreensão cruzou o rosto do garoto.
— Ah, você viu a Lavender.
Phoenix bufou.
— Os dois não combinam, não tem nada haver, pelo amor de Merlin.
Ele mordeu o lábio inferior, nunca havia imaginado que veria Phoenix Malfoy morrendo de ciúmes de Ron Weasley.
— Se serve de consolo, eu também penso isso.
— Não serve.
Nos próximos dias, a atividade favorita de Phoenix Malfoy era fazer da vida de Lavender Brown um inferno. A loira iria azarar a garota toda a vez que passasse por ela, iria fazer comentários maldosos e convencer todos os alunos da Sonserina que Lavender era o inimigo número um de Hogwarts.
Draco observou com diversão a versão mesquinha e má da sua gêmea. A forma que a loira estava agindo, lhe devolveu o cargo como rainha da casa das cobras.
— Sabe, eu nunca imaginei que veria você assim.
Phoenix desviou o olhar da sua lição de casa e focou no irmão.
— Do que está falando?
— As pessoas têm medo de você agora, sabia?
A loira franziu a testa.
— Não faço a mínima ideia do que você está falando — ela retrucou, voltando sua atenção para o livro — Eu tenho um trabalho enorme de DCAT para entregar.
— Ok, vou deixar você com o seu trabalho, eu também tenho coisas para resolver.
Ele se afastou, deixando a irmã sozinha enquanto estudava no pátio do castelo, estudar era uma das únicas coisas que conseguia distrair Phoenix dos problemas que estavam acontecendo na sua vida.
Não demorou muito para alguém surgir, com um olhar furioso no rosto.
— Phoenix!
A garota levantou seu olhar, apenas para encarar Ron Weasley, que olhava para ela de forma furiosa.
— Weasley, o que quer? — ela perguntou, então riu baixinho — Já sei, você veio me agradecer pela incrível música que ajudei meu irmão a escrever, "Weasley é nosso rei...", obrigada, sempre soube que tinha talento para artes.
Ron bufou.
— Eu não estou aqui por causa dessa merda — o ruivo retrucou — estou aqui para dizer para você fazer com que os Sonserinos parem de incomodar a minha namorada.
Phoenix arqueou a sobrancelha.
— E por que eu faria isso?
Ron bufou, indignado.
— Ciúmes? Porque você é tão mimada quanto o seu irmão? Eu tenho uma lista de motivos.
Ela forçou um sorriso.
— E você acha que eu me importo o suficiente com você ao ponto de convencer todos os alunos da minha casa a atormentar a sua namoradinha sem graça? — perguntou, rindo sarcasticamente — Você não deixa de me surpreender, Weasley.
O ruivo respirou fundo.
— Eu sei que você está magoada, mas a sua mágoa é comigo, não com ela. Hoje a Lavender quase parou na enfermaria por causa de uma azaração de um Sonserino.
Phoenix se levantou de onde estava, fechando o livro com força.
— Talvez você devesse gastar o seu precioso tempo cuidando da sua namoradinha ao invés de ficar me enchendo, me acusando de coisas que eu obviamente não fiz — ela retrucou — mas é isso que você adora fazer, não? Me acusar de coisas e me falar idiotices.
Ele agarrou o pulso dela, a impedindo de ir embora.
— Eu sei que foi você — sussurrou, cansado — então você pode só admitir e fazer eles pararem para a gente acabar logo com isso?
A loira parou na frente dele, levantando a cabeça para olhar diretamente nos seus olhos.
— Me responde uma dúvida... Você ama ela como me amava? Ela faz você se sentir como eu fazia? Ela toca você como eu tocava? — perguntou, com a voz baixa — Eu sei que sou muito melhor que ela e não vejo o porque de você estar perdendo tempo com a idiota enquanto poderia estar comigo. Eu faria qualquer coisa por você, sem pensar duas vezes.
Ron fechou os olhos por um momento, tentando não demonstrar os efeitos que as palavras da garota causavam nele.
— Lavender não tem uma vida complicada e eu não preciso esconder que estou com ela, não preciso me preocupar a todo momento o que vai acontecer se a pessoa errada descobrir sobre nós — sussurrou — É fácil.
— Esse é o problema então? É difícil demais para você estar comigo?
Ele olhou para ela com os olhos lacrimejando.
— A questão não é ser difícil e sim perigoso — respondeu — o que aconteceria se você-sabe-quem descobrisse sobre nós?
Phoenix ficou tensa.
— Isso não importa.
— É óbvio que importa — ele retrucou — Eu posso ser um idiota gigante, mas não quero ver você machucada por causa de nós. Sei que machuquei você com a forma como agi aquele dia, mas eu estava assustado e tudo se tornou real, não somos dois adolescentes normais que podem ficar juntos sem se importar com as consequências.
A loira se afastou.
— Isso...
— E se você não pode tomar a decisão difícil de terminar tudo o que a gente tinha e não reatar — sussurrou, quebrado — então eu vou tomar. É melhor assim, por mais merda que seje.
— Você é um idiota.
Ela se afastou, tentando limpar as lágrimas silenciosas que escorriam pelo seu rosto.
"E está me amaldiçoando, desejando que eu tivesse ficado
Olhe como minhas lágrimas ricocheteiam"
QUANDO HERMIONE CONTOU PARA Phoenix que Ron estava na enfermaria, a garota não pensou duas vezes antes de correr até o local, encontrando o lugar lotado. Lavender estava ao lado da cama do ruivo, segurando a mão dele enquanto chorava dramaticamente, Phoenix sentiu seu estômago revirar enquanto observava aquela cena.
Gina Weasley foi a primeira a notar a presença da loira, suspirando em alívio.
— Eu acho que deveríamos dar algum espaço para o Ron descansar e se recuperar, para ficar bom logo — ela sugeriu, rapidamente — Lavender, vamos.
Lavender Brown piscou, confusa.
— Mas...
Harry Potter arregalou os olhos ao entender o que a ruiva estava tentando fazer.
— Exatamente, deveríamos dar espaço para o Ron — ele concordou — pessoal, vamos embora... Nem pode ter tanta gente na enfermaria.
Os alunos da Grifinória começaram a sair, logo restando apenas Gina, Lavender, Harry e Phoenix. A loira se aproximou lentamente, parando ao lado do menino que sobreviveu, que passou a mão pelas suas costas.
— O que ela está fazendo aqui?
A voz incrédula de Lavender fez Phoenix suspirar.
— Olha...
— Você é um monstro que vive me atormentando! Decidiu ver a minha sofrência de perto?
Gina agarrou o braço de Lavender.
— Me escuta, vamos embora, depois você volta.
— Mas...
Ron disse alguma coisa incompreensível, mas que chamou a atenção dos quatro, a garota chorosa logo se debruçou sobre a cama do ruivo.
— Ele disse meu nome! RonRon, eu estou aqui, amor.
Phoenix deu um passo para trás, começando a pensar que havia sido uma péssima ideia ter vindo, mas então o ruivo falou novamente e o coração dela parou, por um momento, ela pensou que ele havia dito o seu nome.
E então, em um murmúrio baixo, ele repetiu:
— Phoenix.
Lavender ficou confusa e olhou sem entender para o ruivo, então seu olhar foi diretamente para a loira, que ainda parecia congelada.
— Ele... Está chamando o seu nome — sussurrou, perdida — Por que ele está chamando o seu nome?
A loira respirou fundo.
— Eu acho que você deveria acompanhar Gina para fora da enfermaria.
Compreensão brilhou nos olhos de Lavender e ela levantou de onde estava, completamente furiosa enquanto avançava na direção de Phoenix.
— Vocês tem alguma coisa! É por isso que você fez da minha vida um inferno.
Gina agarrou Lavender, impedindo que ela conseguisse se aproximar o suficiente da loira.
— Vocês duas não vão brigar enquanto meu irmão está desmaiado, pelo amor de Merlin — resmungou.
A ruiva arrastou Lavender para fora da enfermaria e Phoenix suspirou, sentando-se onde a outra garota estava antes. A loira pegou a mão de Ron, apertando a mesma e desejando que ele abrisse logo os olhos.
— Ei, ruivinho — sussurrou — eu estou aqui.
Harry sorriu.
— Vou deixar vocês sozinhos.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro