005
001 — Preparem os corações, pois eles serão quebrados.
002 — Não esqueçam de votar e principalmente, comentar!
PHOENIX FOI ACORDADA NO MEIO da noite pelo professor Snape, o que fez a garota pular de susto em sua cama.
— Professor — ela sussurrou, confusa — o que aconteceu?
Severus revirou os olhos.
— Pegue suas coisas, você está indo agora para a Sede da Ordem com a família Weasley.
Ela arregalou os olhos, pulando da cama e tentando fazer silêncio para não acordar suas colegas de quarto. Snape fez um sinal para que ela o seguisse, então Phoenix se enrolou em um roupão verde escuro e pegou seu malão, seguindo o professor para fora do dormitório.
— Por que estamos indo no meio da madrugada? Ainda faltam dois dias para as férias...
O professor bufou.
— Arthur Weasley foi atacado e está no St. Mungus — explicou — Por isso vocês vão agora.
— E a Dolores?
— Vai surtar, mas Dumbledore lida com ela mais tarde.
A garota concordou e o seguiu pelos corredores escuros e vazios até a sala do diretor, onde a família Weasley estava junto com Harry e Hermione.
Os irmãos de Ron olharam confusos para a presença da garota, mas quando ele levantou de onde estava e avançou na direção dela, a puxando para um abraço apertado, eles entenderam. Todos arregalaram os olhos e se viraram para Hermione e Harry, que tinham expressões normais no rosto.
— Você está bem?
Ron enterrou o rosto nos cabelos loiros dela.
— M-meu pai...
— Phoenix, faltava apenas você — Dumbledore disse, chamando a atenção de todos — preparados para ir?
Todos concordaram, Ron entrelaçou os dedos com os de Phoenix, se recusando a se afastar da garota, que no momento, era o seu porto seguro.
A família Weasley tinha diversas perguntas sobre a relação deles, mas naquele momento, todos estavam preocupados com o estado de Arthur Weasley. Um por um, eles viajaram por Flú até a Sede da Ordem, Phoenix foi uma das últimas e arregalou os olhos ao dar de cara com Sirius Black.
— Merlin — ela sussurrou, dando um passo para trás e quase batendo em um dos gêmeos — Você...
Sirius arqueou a sobrancelha.
— É você a convidada do Ron? O garoto realmente me surpreendeu agora.
Phoenix ficou pálida.
— Você é um assassino procurado!
— E mesmo sendo supostamente um assassino procurado, nunca matei uma única pessoa, ao contrário do seu pai.
Harry suspirou, ficando no meio dos dois, ele xingou mentalmente seu melhor amigo, por não ter explicado para Phoenix sobre Sirius.
— Ele é meu padrinho e faz parte da Ordem, foi ele que cedeu esse lugar. Sirius é inocente, ele nunca matou ninguém ou traiu meus pais — explicou, cansado — Sirius, ela é a namorada do Ron e não é tão ruim, então pega leve com ela.
Sirius revirou os olhos.
— Ela é uma cópia do que Narcisa era quando adolescente e eu vou te dizer que...
— Ei! Não fala da minha mãe.
Ele olhou confuso para a garota.
— Eu chamei seu pai de assassino e você nem se importou, mas eu falei um a da sua mãe e você surta?
A loira corou.
— Eu sei que meu pai é um assassino preconceituoso, mas minha mãe nunca fez mal a ninguém.
O homem concordou, devagar.
— Talvez você não seja tão ruim, afinal.
Ela o ignorou e se aproximou de Ron, sentando-se ao lado dele no sofá.
A madrugada pareceu passar devagar para todos os jovens, Ron acabou dormindo abraçado a Phoenix em um dos sofás, lentamente, apenas a loira e Sirius Black permaneceram acordados.
— Então... — Sirius sussurrou — Como isso aí aconteceu?
A garota fez uma careta.
— Eu tinha uma quedinha por ele, o beijei, ele fugiu de mim, depois nos beijamos de novo e agora estamos juntos.
Sirius assentiu.
— Entendo. Seus pais sabem sobre isso?
— Não.
Ele bebericou sua gemada.
— Molly vai surtar quando descobrir que a garota com quem seu filho está é você.
Phoenix fez uma careta.
— Eu sei.
— Relaxa, ela também me odeia — ele disse, dando de ombros — Molly se acha mãe do Harry e age como se eu não tivesse direito algum sobre o garoto, sendo que sou o padrinho dele e só não estive presente antes porque estava preso.
Ela o encarou.
— Sinto muito por você ter sido preso injustamente.
O homem sorriu.
— É, talvez eu esteja começando a entender porque o garoto gosta de você... Quer me ajudar a fazer o café da manhã?
A loira concordou e levantou lentamente do sofá, com cuidado para não acordar o ruivo. Então ela seguiu Sirius até a cozinha, olhando com atenção ao redor, pois já havia ouvido sua mãe falar diversas vezes sobre aquele local.
— É a casa da Família Black, não é?
Sirius concordou.
— É, a casa dos meus queridos pais — murmurou — eles eram terríveis, para dizer o mínimo.
— Minha mãe conta que passava os feriados aqui, tinha sempre uma grande festa e uma mesa cheia de doces que ela tinha que comer escondido para a minha avó não surtar.
Ele lançou um breve olhar para a garota.
— Era a época antes da guerra, quando todos nós fingíamos ser uma família feliz — admitiu — eu cansei disso e quando fiz dezesseis anos, fugi de casa.
Phoenix mordeu o lábio inferior.
— Como você criou coragem para fugir?
Sirius percebeu que talvez a garota não fosse tão diferente dele.
— Eu tinha medo de ir e deixar meu irmão mais novo sozinho aqui com os meus pais — murmurou — então, um dia, eu percebi que se não fosse embora naquele momento, nunca mais conseguiria e viveria uma vida infeliz, como a dos meus pais.
Ela concordou.
— Entendi.
O homem colocou a mão no ombro dela.
— Se você precisar de um lugar, algum dia, pode vir para cá.
"E eu posso ir aonde eu quiser
Aonde eu quiser, exceto para casa"
MOLLY WEASLEY NÃO FEZ QUESTÃO de esconder seu desagrado com a garota, o diretor havia lhe contado tudo sobre a garota, mas ela ainda tinha um pé atrás com Phoenix.
Não ajudava o fato de que seu filho parecia realmente gostar da loira.
Com tantas garotas por quem Ron poderia se apaixonar, tinha que ser Phoenix Malfoy?
— Para com isso, mãe — Bill resmungou, enquanto os dois estavam preparando a ceia de Natal — Phoenix parece ser uma boa garota, de verdade.
A mulher fez uma careta.
— Eu conheço a família Malfoy, tem grandes chances de isso ser só uma fachada dela.
Bill suspirou.
— Mãe, o Ron gosta de verdade dela e pelo o que pude observar nos últimos dias, ela também está apaixonada por ele — retrucou — e olha o que Dumbledore nos contou, ela é só uma garota que não tem uma família que a protege. Você deveria estar ajudando ela e não a julgando.
Molly sabia que seu filho mais velho tinha razão.
— Será que ela contou para Ron?
— Eu acho que ela tem que contar no próprio tempo — ele murmurou — não deve ser fácil passar por aquilo. Você viu a memória que Dumbledore nos contou, a garota foi torturada e os pais dela não fizeram absolutamente nada, apenas ficaram ali, vendo.
Um arrepio atravessou Molly ao lembrar da memória que Severus havia colocado na penseira de Dumbledore.
— Eu acho que só estou com medo dela quebrar o coração do meu bebê.
— Isso são coisas que não podemos controlar.
Bill sorriu e pegou uma travessa de aperitivos, levando até a sala, onde todos estavam reunidos ao redor de uma árvore de Natal improvisada.
Seus olhos imediatamente foram até a garota loira, que estava usando um suéter velho de Ron e rindo de alguma bobagem que o garoto havia dito. Os dois estavam abraçados e sinceramente, ele nunca havia visto o seu irmão mais novo tão feliz e confortável com alguém.
— Alguém quer tortinhas de abóbora?
Phoenix imediatamente o encarou, dando um sorriso tímido.
— Eu aceito um.
Ele concordou e foi até onde ela estava, oferecendo a bandeja, onde ela pegou um bolinho, em seguida, Ron também pegou um.
— Valeu, Bill.
— Obrigada, Bill.
Bill sorriu maliciosamente.
— De nada, casal.
"E você pode mirar no meu coração, vir com raiva
Mas você sentiria minha falta bem lá fundo"
AS FÉRIAS DE FINAL DE ANO passaram mais rápido do que Phoenix desejava e logo já faltava um único dia para voltar para a bagunça que estava Hogwarts.
Phoenix deu duas batidinhas no quarto do Sr. e da Sra. Weasley, ao ter permissão, ela abriu a porta e entrou timidamente no quarto, segurando um pequeno pote.
— Oi, Sr. Weasley.
Ele sorriu.
— Já disse que pode me chamar de Arthur, querida.
— Ok, Sr... Arthur — Phoenix rapidamente se corrigiu — trouxe algo para ajudar com os seus machucados, é uma pomada.
Arthur observou a garota se aproximar e lhe entregar a pomada.
— Oh, obrigada.
Ela suspirou.
— Eu estudei o veneno da Nagini durante as férias, mas só agora consegui terminar a pomada, isso vai ajudar a cicatrizar as feridas — ela olhou para o chão — Desculpe, queria ter terminado antes.
O coração do homem esquentou com a bondade da garota.
— Isso vai ser muito útil, obrigada, de verdade — ele disse, pegando a pomada e começando a aplicar nos machucados — você é talentosa.
— Obrigada... Era só isso, boa melhora, Arthur.
Phoenix se afastou e ao abrir a porta, deu de cara com Ron, que lhe observava com uma expressão confusa.
— Como você conseguiu estudar o veneno da Nagini?
Ela congelou, sentindo seu coração apertar. Phoenix não queria ter que contar a verdade para Ron, pois temia profundamente sua reação.
— Ron...
O garoto franziu a testa.
— Só responde a minha pergunta.
Phoenix desviou o olhar.
— E-eu... Voldemort está na Mansão desde o dia do Cemitério — murmurou — Ele e os Comensais estão lá, fazendo reuniões e...
Ron arregalou os olhos.
— Você sabia onde você-sabe-quem estava o tempo todo? — perguntou, incrédulo — As pessoas estão chamando o Harry de louco por dizer que ele voltou e todo esse tempo você sabia onde ele estava e podia ter ajudado o Harry.
Ela se encolheu.
— Dumbledore sabia onde ele estava, Snape também.
— Todos os alunos estão chamando o Harry de louco e mentiroso e em nenhum momento você ajudou ele, você poderia ter provas que mostram que ele voltou, podia...
Os olhos da garota lacrimejaram.
— Eu não posso simplesmente contar para todo mundo que ele está na minha casa, Ron!
Ele olhou incrédulo para a garota.
— Sim, você devia.
— O que aconteceria com os meus pais se eu contasse? Com o meu irmão?
Ron bufou.
— Seus pais são Comensais e se duvidar, seu irmão também é — retrucou — Para quê se importar com gente assim?
Phoenix deu um passo para trás, Arthur levantou com dificuldade da cama.
— Ronald Weasley, chega.
— O quê? Eu não disse nenhuma mentira, o pai dela é um monstro, quantas pessoas você acha que ele matou? Quantos trouxas? Quantos...
Lágrimas silenciosas escorreram pelo rosto da garota.
— Você está errado — sussurrou — Draco não é um Comensal e não tem a marca negra... Eu tenho.
Ela levantou a manga do suéter e sussurrou o feitiço, então, as linhas escuras da marca negra começaram a surgir na pele pálida do seu braço. Ron arregalou os olhos e deu alguns passos para trás, até suas costas baterem na parede do corredor.
Ron encarava a loira com nojo.
— Por que você não me contou isso antes?
— Porque eu não queria essa reação.
O ruivo passou as mãos pelo rosto.
— O que você queria que eu fizesse? A garota que eu estava namorando tem a porra da marca negra no braço e não me contou.
Phoenix se encolheu.
— Porquê falou namorar no passado?
Ele olhou incrédulo para ela.
— Realmente espera que a gente continue juntos depois disso tudo?
Ron observou a garota correr pelo corredor e ir embora, então sentiu os olhos decepcionados do seu pai.
— Você foi cruel — Arthur resmungou — Phoenix não é culpada de nada, ela não teve escolha, os pais dela não a protegeram e ela só fez o que tinha de fazer para sobreviver.
— Você só está a defendendo.
Arthur suspirou.
— Phoenix realmente ama você e mesmo assim, você não pensou duas vezes antes de quebrar o coração dela.
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