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You had to kill me, but it killed you just the same


Travis estava sentado no banco de trás do carro de Patrick, com os olhos fixos na estrada que passava em um borrão. Seus dedos estavam entrelaçados em um aperto tão firme que seus nós dos dedos estavam brancos. O silêncio dentro do carro era sufocante. Cada segundo que passava parecia uma eternidade. Seus pensamentos eram um caos, um turbilhão de emoções que ele não conseguia controlar. O medo, a culpa, o desespero... tudo se misturava em um nó inquebrável que apertava seu peito.

Ele sentia como se estivesse preso em um pesadelo, um daqueles dos quais você tenta acordar, mas nunca consegue. As palavras de Brittany ecoavam na sua mente, repetidas como um mantra cruel: "Ela tentou se matar... Ela achou que você a odiava... Lutando pela vida..." Cada frase era como uma lâmina cortando mais fundo. Ele não podia acreditar no que tinha ouvido. Taylor, sua Taylor, sua alma gêmea, estava naquele estado por causa dele. Por causa de sua própria cegueira e egoísmo.

"Como eu pude ser tão cego?", ele se perguntava repetidamente. Ele sentia um nó crescente de arrependimento na garganta. Por que ele não percebeu o quanto ela estava sofrendo? Por que ele a deixou sozinha quando ela mais precisava dele? Ele estava tão preso em sua própria raiva e dor que se recusou a ver a dor nos olhos dela. As memórias de suas últimas interações rodavam em sua mente como um filme sem fim—cada palavra áspera, cada olhar de desdém, cada porta fechada. Ele se lembrou de como ela parecia tão frágil, tão quebrada, quando ele pegou a caixa de fotos. Ele deveria ter percebido. Deveria ter ficado.

O carro virou uma esquina, e o hospital apareceu à distância. O coração de Travis martelou dolorosamente em seu peito, um ritmo frenético que ecoava sua ansiedade. Ele pensou em como Taylor deve ter se sentido quando ele a deixou sozinha, com aquelas palavras duras e cheias de ressentimento. Como ele poderia ter sido tão cruel? Ele se lembrou de seu olhar quebrado, suas mãos trêmulas, como se todo o seu mundo estivesse desmoronando diante dela. Agora, ele entendia que estava. E ele era o responsável por isso.

O som da respiração entrecortada de Brittany à frente o trouxe de volta ao presente. Ela estava encostada no banco do passageiro, as mãos cobrindo o rosto enquanto chorava baixinho. Patrick, dirigindo, mantinha os olhos firmemente na estrada, embora Travis pudesse ver a tensão em seus ombros. Ninguém sabia o que esperar quando chegassem ao hospital. O medo no carro era palpável, como uma presença física, enchendo o espaço de uma maneira sufocante.

Cada fibra do ser de Travis queria correr, alcançar o hospital o mais rápido possível. O tempo parecia se arrastar cruelmente, e ele se sentia impotente, como se estivesse à beira de um precipício sem saber se o salto o levaria à salvação ou à destruição total. O pânico apertou seu peito quando ele pensou na possibilidade de perdê-la. A dor era tão intensa que o fez fechar os olhos, como se assim pudesse afastar os pensamentos terríveis que o assombravam.

Ele se lembrou de todas as vezes que ela o fez sorrir, de todas as vezes que ela o acalmou com um simples toque ou com uma palavra gentil. Ela era sua luz, sua razão, o amor de sua vida. E agora, por sua própria estupidez e egoísmo, ele podia ter perdido a única pessoa que realmente importava.

A dor que ele sentia era insuportável, mas ele sabia que era uma fração do que Taylor devia ter sentido. A dor dela devia ter sido um abismo, um poço sem fundo de solidão e desespero. Ele deveria estar lá para ela. Deveria ter sido o porto seguro dela, não a tempestade que a devastou. Ele falhou com ela de todas as maneiras possíveis. E a única coisa que podia fazer agora era rezar para ter a chance de consertar seu erro.

O carro parou abruptamente na frente do hospital, e Travis saiu quase tropeçando, a adrenalina tomando conta de seu corpo. O ar frio da noite o atingiu, mas ele mal sentiu. Tudo o que importava agora era Taylor. Seus pés mal tocavam o chão enquanto ele corria para a entrada, seguido de perto por Patrick e Brittany. Ele podia ouvir o som dos próprios batimentos cardíacos em seus ouvidos, mais alto do que qualquer outra coisa. Ele empurrou as portas do hospital, seus olhos vasculhando freneticamente o saguão.

Travis, Patrick, e Brittany atravessaram a porta automática do hospital como se a vida dependesse daquilo—e talvez dependesse mesmo. O ar ali dentro era denso, quase sufocante, e o som das máquinas e monitores ao longe ecoava como batidas surdas de um tambor de guerra. Travis sentiu o chão gelado sob seus pés, mas estava alheio a tudo, seus olhos fixos em um ponto à frente, onde esperava encontrar algo que o puxasse de volta daquele pesadelo vivo.

Eles seguiram pelos corredores brancos e estéreis, suas pernas se movendo por instinto, a mente ainda atordoada com o que estava acontecendo. As luzes fluorescentes piscavam ligeiramente, lançando sombras fantasmagóricas nas paredes. Travis sentia o coração apertado, batendo tão forte que parecia que ia explodir a qualquer momento. Cada passo era como andar no corredor da morte, uma caminhada lenta para um destino que ele temia encarar. O cheiro forte de desinfetante misturado ao perfume do medo o fez estremecer. E, de repente, o som estridente de um monitor cardíaco ao longe fez o pânico apertar ainda mais seu peito.

Ao virar o corredor, ele os viu: Tree, Andrea, Blake e Selena estavam reunidas em um canto do saguão. O rosto de Tree era tenso, seus olhos fixos em Andrea como se estivesse pronta para ampará-la a qualquer momento. Andrea estava sentada em uma cadeira de plástico azul, com as mãos apoiadas no colo, o olhar perdido, fixo em um ponto invisível à sua frente. Havia uma palidez fantasmagórica em seu rosto, como se toda a cor tivesse sido drenada. Ela estava catatônica, presa em um estado de choque que a deixava paralisada. Parecia que o mundo havia parado para ela.

Blake estava ao lado de Andrea, as mãos tremendo enquanto tentava manter a calma. Seus olhos estavam vermelhos, inchados de tanto chorar, e seu rosto refletia um misto de preocupação e medo. E então havia Selena. Selena estava de pé, com os braços cruzados firmemente sobre o peito, como se estivesse tentando manter sua própria raiva contida. Mas seus olhos... seus olhos estavam fixos em Travis com uma intensidade que queimava como uma chama viva. Assim que os viu se aproximando, ela deu um passo à frente, os lábios tremendo de emoção.

— Você! — Selena explodiu, sua voz cortante como uma lâmina afiada. — É tudo culpa sua!

Aquelas palavras atingiram Travis como um soco no estômago. Ele parou de andar, sentindo o sangue congelar nas veias. Ele sabia que merecia aquelas palavras, sabia que a dor e a raiva dela tinham um alvo claro—ele. Ele, que havia falhado com Taylor, que a deixara naquele estado.

Brittany estava a seu lado, os olhos arregalados, mas antes que pudesse dizer algo, Selena continuou, avançando mais alguns passos em direção a Travis. Ela estava tremendo, e sua voz quebrou, como se estivesse à beira de um colapso.

— Ela precisava de você, Travis. Ela precisava de alguém! E onde você estava? Onde diabos você estava quando ela desmoronou?

Patrick tentou intervir, colocando uma mão gentilmente no braço de Selena. — Selena, não é hora de...

— Eu sei que não é hora, Patrick! — Ela o cortou, sua voz um sussurro entre dentes cerrados. — Mas você acha que isso muda alguma coisa? Você acha que ela não está aqui por causa dele.

Selena estava prestes a continuar, mas algo em seus olhos mudou, um brilho de entendimento a atingindo. Ela respirou fundo, percebendo que despejar sua raiva em Travis não mudaria nada. Ela o odiava no momento, claro, mas a culpa não traria Taylor de volta. Ela mordeu o lábio, segurando as lágrimas que ameaçavam cair novamente. A última coisa que Taylor precisava era de mais caos.

Selena deu um passo para trás, esfregando a testa como se estivesse tentando afastar um pensamento ruim. — Quer saber? Culpar você não vai adiantar porra nenhuma.

Travis permaneceu imóvel, como se as palavras de Selena o tivessem pregado ao chão. Ele sabia que ela estava certa. Ele sabia que, no fundo, ela só estava reagindo à dor de quase perder uma das suas melhores amigas. E ele... Ele merecia cada palavra. Ainda assim, a realidade de sua própria culpa se chocava contra ele como ondas implacáveis.

Brittany, vendo que a tensão estava aumentando demais, se aproximou de Selena e colocou a mão suavemente em seu braço. — Ei, estamos todos aqui pelo mesmo motivo... — Ela disse suavemente. — Nós queremos que Taylor fique bem. Então vamos... por favor, tentar nos acalmar. Ela precisa de todas nós.

Selena soltou um longo suspiro, e finalmente, seus ombros relaxaram um pouco. Ela assentiu, embora seus olhos ainda estivessem escurecidos pela mágoa. — Sim, você está certa. — Ela murmurou, desviando o olhar de Travis.

Patrick, que estava ao lado de Travis, olhou para ele de forma solidária, tentando oferecer algum apoio silencioso. Ele sabia o quanto Travis estava quebrado por dentro, e a última coisa que queria era vê-lo desmoronar ali no corredor do hospital. Mas ele também sabia que, no final das contas, Travis teria que enfrentar as consequências de suas ações.

Andrea, que até então parecia perdida em um transe, de repente levantou a cabeça, como se estivesse tentando voltar ao presente. Ela olhou ao redor, seus olhos cansados e úmidos, como se estivesse buscando alguma forma de consolo. Mas não havia consolo. Não agora. Ela parecia tão frágil, quase como uma boneca de porcelana que poderia quebrar a qualquer momento.

— Andrea... — Tree começou, sua voz suave, tentando alcançar a mulher que estava em pedaços à sua frente. — Nós estamos aqui com você, ok? Ela vai ficar bem... Ela tem que ficar bem.

Andrea apenas balançou a cabeça lentamente, sem conseguir responder, sem conseguir sequer encontrar palavras. Ela parecia estar tentando acreditar naquelas palavras, mas o terror de perder sua filha era maior. Travis assistia a tudo em silêncio, com o peso esmagador da culpa comprimindo seu peito.

Ele sentia o gosto amargo da impotência. Seu coração, pesado de arrependimento e medo, parecia uma âncora o puxando para baixo, afundando-o em um mar de emoções das quais ele não conseguia escapar. Ele queria falar, queria pedir perdão a todos ali—mas principalmente a Taylor. Ele queria dizer que estava arrependido, que daria qualquer coisa para voltar atrás e consertar o que havia sido quebrado. Mas, no fundo, ele sabia que as palavras eram inúteis naquele momento. A única coisa que importava agora era Taylor. A única coisa que importava era que ela sobrevivesse.

Travis estava parado no corredor do hospital, incapaz de ficar quieto, seu corpo tenso com a energia nervosa que lhe corria pelas veias. O ar estava saturado com o cheiro pungente de desinfetante, e os sons dos monitores e passos apressados dos médicos ecoavam como um tambor incessante na sua cabeça. Ele precisava de um momento para respirar, um momento para entender tudo o que estava acontecendo.

Brittany pediu um café, e ele se ofereceu imediatamente para buscar. Não queria pensar; queria apenas fazer alguma coisa. Ele caminhou em direção à pequena cafeteria no canto do hospital, seus passos ecoando nos pisos de linóleo como se fosse um condenado a caminho do cadafalso. A tensão nos ombros fazia com que seus músculos doessem, e a mente rodopiava, dividida entre culpa, medo e arrependimento.

Quando chegou ao pequeno balcão de café, ele viu Selena parada ali, apoiada contra a parede com um copo nas mãos. Ela parecia alheia ao ambiente ao redor, seus olhos vermelhos e úmidos focados em algum ponto distante, muito além das paredes do hospital. Quando ela notou a presença de Travis, seus olhos se estreitaram. O ódio parecia estar misturado com dor, criando uma expressão que o atingiu no peito como um soco.

Travis começou a preparar dois cafés, mas o olhar de Selena o fazia sentir o peso de mil julgamentos. Ele engoliu em seco, esperando o momento de deixar o local sem ter que enfrentar aquele olhar cortante.

De repente, Selena falou, sua voz baixa, mas carregada de um tremor que revelava a profundidade da sua dor. — Ela prometeu que nunca iria fazer isso de novo. — As palavras dela foram cortantes, como vidro sendo quebrado.

Travis parou, a mão segurando o copo de papel de café no meio do movimento. Ele olhou para Selena, confuso, tentando entender o que ela quis dizer.

— O quê? — Ele perguntou, sua voz baixa e cautelosa.

Selena virou o rosto para ele, lágrimas escorrendo pelo rosto. Ela parecia estar segurando um peso insuportável. — Ela é minha melhor amiga, Travis... — Ela disse, soluçando entre as palavras. — Ela prometeu... ela prometeu que nunca faria isso de novo.

Aqueles olhos, inundados de lágrimas, o perfuraram como uma lâmina afiada. O coração de Travis martelou no peito, uma sensação de medo e confusão se instalando nele. — Do que você está falando, Selena? — Sua voz saiu mais alta do que ele pretendia, carregada de uma mistura de preocupação e urgência.

Selena inspirou fundo, tentando controlar o choro, mas suas mãos tremiam, fazendo o café balançar no copo. Ela parecia estar lutando contra uma avalanche de emoções. — Eu nunca contei para ninguém porque ela me implorou para manter segredo, — ela começou, sua voz embargada. — Mas agora... agora eu acho que você precisa saber.

Travis sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Cada célula do seu corpo se preparou para o que estava por vir, o coração batendo tão forte que ele mal podia ouvir seus próprios pensamentos. — Saber o quê, Selena? — Ele pressionou, com um tom urgente.

Selena mordeu o lábio inferior, fechando os olhos por um momento, como se estivesse tentando reunir forças para continuar. — Quando ela perdeu o bebê... — As palavras saíram como se fossem um peso sendo arrancado de seu peito. — Quando ela perdeu o bebê, Travis... Ela estava desolada. Desesperada. Eu nunca a vi daquele jeito antes. Eu nunca vi ninguém daquele jeito.

Os olhos de Travis se arregalaram, e ele sentiu um tremor de choque passar por ele. Ele sabia que a perda tinha sido devastadora para ambos, mas... ele não sabia de tudo. Não sabia o quanto Taylor realmente sofreu.

— Ela se trancou no apartamento por dias, — Selena continuou, sua voz trêmula. — Ela não respondia minhas ligações, nem de Blake, nem de ninguém. Eu estava morrendo de preocupação, então fui até o apartamento dela. Eu tinha uma chave, e quando entrei... — A voz de Selena falhou, quebrando com o peso da memória. — Eu a encontrei no chão do banheiro, inconsciente, com um frasco vazio de remédios ao lado dela.

Travis sentiu seu coração parar. As palavras de Selena o atingiram como uma avalanche, o ar sendo sugado de seus pulmões. Ele sentiu uma onda de náusea subir, a garganta apertando enquanto ele processava o que acabara de ouvir. As mãos dele começaram a tremer, e ele se segurou na borda do balcão para não cair. Sua mente disparou para o passado, para todos os momentos que eles passaram juntos, para o que ele achou que sabia sobre Taylor e a profundidade de sua dor.

— Ela tentou... — Travis começou, mas não conseguiu terminar a frase. A palavra ficou presa em sua garganta como uma âncora que o afundava ainda mais.

— Sim, ela tentou se matar. — Selena disse, a voz quase quebrada pela dor. — Ela estava tão quebrada, tão despedaçada. Eu mal conseguia reconhecê-la. — Ela passou uma mão pelo rosto, secando as lágrimas com raiva. — Ela sobreviveu por pouco. E depois de dias no hospital, ela me prometeu que nunca faria aquilo de novo. Ela prometeu que tentaria... que tentaria ser forte, que tentaria seguir em frente. Mas agora... — Selena engoliu em seco, os olhos novamente enchendo de lágrimas. — Agora, parece que todo aquele esforço foi em vão.

Travis sentiu o peso daquelas palavras esmagando-o. Ele se lembrou de como ele mesmo estava quebrado naquela época, de como a dor da perda os havia afastado um do outro. Ele achava que tinha entendido o quanto era difícil para Taylor, mas agora percebia que não fazia ideia do abismo de desespero em que ela havia caído.

— Eu não sabia... — Ele murmurou, sua voz falhando. — Eu... eu não fazia ideia.

— É claro que não sabia, — Selena disparou, com um misto de dor e raiva. — Porque você não estava lá! Você se afastou, você a deixou sozinha com toda aquela dor! Você a deixou acreditando que ela não tinha mais nada pelo que viver.

Aquelas palavras o atingiram como um soco no peito. Ele se lembrava de ter se afastado, de ter se fechado em sua própria dor, mas nunca imaginou que sua ausência pudesse ter contribuído para um buraco tão profundo na vida de Taylor. Ele pensou que estava lidando com sua própria dor, mas não percebeu que estava apenas ampliando a dela.

— Eu queria estar lá, eu... — Ele começou a falar, mas as palavras pareciam vazias agora. O que ele poderia dizer que pudesse consertar tudo isso? Como ele poderia justificar sua ausência quando ela precisava dele mais do que nunca?

Selena balançou a cabeça, como se estivesse cansada de tudo. — Palavras agora não importam, Travis. O que importa é que ela esteja bem. Que ela sobreviva... de novo.

Travis sentiu uma lágrima quente escorrer pelo rosto. Ele nunca imaginou que alguém como Taylor, que parecia tão forte, tão resiliente, pudesse estar lutando tanto por dentro. Ele nunca imaginou que ela tinha carregado esse fardo sozinha, em silêncio, sem pedir ajuda. Ele sentiu uma onda de vergonha e remorso tão profunda que era quase insuportável.

— Eu sinto muito, Selena. — Ele murmurou, a voz quebrando. — Eu sinto muito por não estar lá por ela.

Selena respirou fundo, ainda tremendo. — Agora você tem uma chance, Travis. Uma chance de estar aqui por ela. Não desperdice isso de novo.

Travis assentiu lentamente, o coração esmagado pelo peso da responsabilidade e do arrependimento. Ele sabia que Selena estava certa. Ele sabia que, se Taylor sobrevivesse a isso, ele faria de tudo para ser o homem que ela precisava. Ele faria de tudo para estar presente, para lutar ao lado dela contra qualquer escuridão que ameaçasse levá-la novamente.

A sala de espera estava pesada com uma tensão sufocante. O ar parecia denso, carregado de medo e incerteza, e cada segundo que passava arrastava-se como uma eternidade. Cada rosto ali estava marcado pela dor e preocupação — Andrea, com os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar, sentada como se cada músculo de seu corpo estivesse congelado pela ansiedade. Tree estava em pé ao lado de Blake, seu rosto refletindo uma mistura de choque e medo. Selena, depois da conversa com Travis, estava mais retraída, lutando para controlar a respiração enquanto murmurava orações silenciosas. Brittany segurava a mão de Patrick, apertando com força como se fosse seu único ponto de ancoragem no meio de um mar tempestuoso. Travis, por sua vez, estava de pé, afastado dos outros, o peso de sua culpa o mantendo imóvel, os olhos fixos na porta por onde a médica provavelmente viria.

O corredor, cheio de luzes fluorescentes, parecia um túnel infinito. Travis tentava escutar além dos ruídos habituais de hospital, esperando ouvir qualquer sinal, qualquer ruído que indicasse que Taylor estava bem. Mas nada disso acontecia. Em vez disso, ele só ouvia o som de sua própria respiração pesada e o zumbido irritante das luzes acima de sua cabeça.

De repente, uma mulher de jaleco branco surgiu na porta. Ela parecia estar na casa dos quarenta, com o rosto sério e cansado — uma expressão que transmitia que ela já tinha dado notícias ruins vezes demais para um só dia. Todos na sala de espera imediatamente voltaram seus olhares para ela, o coração acelerando de maneira sincronizada. A médica segurava uma prancheta, mas sua expressão era difícil de decifrar; havia um peso em seus olhos, uma seriedade que fez o coração de Travis afundar ainda mais.

— Familiares de Taylor Alisson Swift? — A médica perguntou, olhando ao redor.

Andrea foi a primeira a se levantar, os olhos arregalados, movida por um instinto maternal primitivo. Tree, Selena, Brittany, Patrick, e Travis rapidamente seguiram seu exemplo, se aproximando com uma mistura de esperança e medo dominando seus rostos.

— Eu sou a mãe dela, Andrea, — disse Andrea, a voz embargada e trêmula, quase como um sussurro. — Como ela está, doutora?

A médica respirou fundo antes de começar a falar, como se estivesse reunindo suas próprias forças para dar a notícia. — A senhorita Swift ingeriu uma quantidade significativa de ansiolíticos, muito acima da dose recomendada. Conseguimos estabilizar sua respiração inicialmente, mas... — Ela hesitou por um segundo, seus olhos se fixando em Andrea, percebendo a fragilidade e o desespero em seu olhar. — Ela está em estado crítico. O sistema nervoso central dela foi severamente afetado, e ela está em coma induzido. Fizemos isso para controlar as funções corporais e tentar evitar danos maiores.

Andrea cambaleou para trás, como se tivesse levado um golpe direto no estômago. Patrick rapidamente a segurou pelos ombros, tentando dar algum apoio físico enquanto ela assimilava a informação. Os outros ficaram parados, em choque, processando o que a médica acabara de dizer.

— O que isso significa, doutora? — Travis perguntou, sua voz tensa, quase sufocada pela emoção. — Ela vai ficar bem?

A médica o olhou, seus olhos endurecendo um pouco enquanto ela se preparava para o próximo golpe. — A senhorita Swift está com uma função cerebral extremamente prejudicada, e há um risco de falência múltipla dos órgãos. — Ela explicou, mantendo a voz calma e profissional. — Conseguimos intubar e estamos monitorando todas as suas funções vitais, mas, no momento, ela está lutando entre a vida e a morte. As próximas horas são cruciais. Precisamos ver como o corpo dela vai reagir. Se ela não reagir bem, podemos ter que tomar decisões difíceis.

Um silêncio mortal caiu sobre o grupo. Andrea levou a mão à boca, sufocando um soluço, enquanto Tree segurava seus próprios braços, os olhos brilhando com lágrimas contidas. Selena olhou para o chão, incapaz de enfrentar o olhar de qualquer um, sentindo a culpa e o desespero a inundarem.

Brittany foi a próxima a perguntar, sua voz fraca e quebrada: — Há... há alguma coisa que possamos fazer?

A médica balançou a cabeça. — Neste momento, tudo o que podemos fazer é esperar. Ela está em boas mãos. Nossa equipe está fazendo tudo o que pode para estabilizá-la e evitar mais complicações.

Andrea soltou um soluço, as lágrimas escorrendo pelo rosto. — Minha menina... minha doce menina...

— E quanto à sua condição mental? — Tree perguntou, tentando manter a calma. — Se ela sobreviver... ela vai ficar bem?

A médica hesitou por um momento antes de responder. — A overdose de ansiolíticos pode causar danos irreversíveis ao cérebro, mesmo que ela acorde. Podemos estar lidando com perda de memória, alterações na personalidade ou até mesmo danos cognitivos mais graves. Mas, novamente, tudo depende de como o corpo dela vai reagir nas próximas horas. No momento, nosso foco é mantê-la estável.

Travis sentiu como se estivesse afundando em um poço sem fundo. Ele já tinha ouvido o suficiente. Cada palavra da médica era como uma lâmina cortando sua pele, cada detalhe apenas aprofundando sua dor. Ele estava prestes a perguntar algo mais, mas, de repente, um som agudo ecoou pelo corredor. Todos congelaram, e o tempo pareceu parar.

— Parada cardíaca! — Uma voz gritou de dentro do quarto de Taylor, seguida pelo som urgente de passos apressados.

A médica largou a prancheta e disparou pelo corredor em direção ao quarto de Taylor, o jaleco branco se movendo como uma bandeira em uma tempestade. Travis sentiu seu coração disparar, um medo absoluto e cego o consumindo. Ele não conseguia respirar, não conseguia se mover. Tudo o que ele ouvia era o grito desesperado de "parada cardíaca" ecoando em sua cabeça, repetidamente, como um pesadelo.

— Não, não, não, não, não... — murmurou Andrea, quase inaudível, segurando o peito como se a dor fosse esmagá-la.

Tree correu atrás da médica, seguida por Blake e Selena, que se entreolharam brevemente antes de dispararem atrás dela. Travis permaneceu paralisado por um segundo, até que sentiu uma mão em seu ombro — Patrick.

— Vá, Travis. Ela precisa de você. — A voz de Patrick era firme, mas carregada de urgência.

Travis balançou a cabeça, tentando recobrar o controle de suas pernas, e então correu. Correu como se sua vida dependesse disso, mas sabia que, na verdade, a vida de Taylor dependia. Ele chegou à porta do quarto, onde viu uma cena que fazia seu sangue gelar.

Enfermeiros estavam ao redor da cama de Taylor, seus corpos bloqueando sua visão completa, mas ele pôde ver a forma inerte dela sobre o colchão, fios e tubos conectados por todo o corpo, um monitor emitindo o som constante de um alarme. Os médicos estavam ao redor, trabalhando freneticamente. Ele não conseguia respirar, seus pulmões se recusando a funcionar.

— Carreguem o desfibrilador! — A médica ordenou com firmeza, sua voz se erguendo sobre o caos da sala.

Travis olhou fixamente para a cama onde Taylor estava. Ele não podia acreditar que isso estava acontecendo. Cada segundo parecia um ano. Ele não sabia como aguentar aquilo, como ficar ali sem desmoronar completamente. E, naquele momento, tudo o que ele desejava, tudo o que ele implorava em silêncio, era que ela voltasse. Que ela lutasse para ficar viva.

Ele sentiu sua visão começar a embaçar, o ar parecia ter sido sugado de seus pulmões. Ele só queria ouvir o som que indicava que o coração dela estava batendo novamente, apenas isso. E então, o silêncio tomou conta da sala por um segundo que parecia durar uma eternidade, até que o som ensurdecedor do desfibrilador e o comando de "limpar" o ar cortaram o silêncio.

O tempo estava congelado. O desespero pairava no ar, denso e pesado. Travis se agarrou à moldura da porta, sentindo suas pernas quase cederem. Ele sabia, naquele momento, que não poderia sobreviver se ela não sobrevivesse.

Notas da um autora:

Eu não sou médica, então as informações nesse capítulo podem estar erradas já que foram baseadas em algumas pesquisas na internet :)

Capítulo não revisado !

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