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I love you I'm sorry.


O quarto estava envolto em um silêncio quase absoluto, interrompido apenas pelo som suave e constante do monitor cardíaco de Taylor. As horas haviam se arrastado dolorosamente devagar. Travis estava sentado ao lado da cama de Taylor, o corpo cansado após uma noite sem dormir, mas ele se recusava a sair dali. Cada minuto longe dela era um minuto que ele não podia recuperar.

Scoot tinha insistido para que ele descansasse um pouco, mas Travis negou, afirmando que não sairia dali. Andrea, depois de muita insistência, havia cedido e saído para comer algo, visivelmente exausta e desgastada pela situação. Selena também havia saído para uma rápida refeição, tentando convencer Travis a fazer o mesmo, mas ele recusou. Austin, por fim, fora para casa, apenas para tomar um banho rápido, prometendo voltar o mais breve possível.

Travis se sentia um guardião ali, como se seu simples ato de presença fosse o suficiente para proteger Taylor de qualquer coisa. Ele estava inclinado para frente, os cotovelos apoiados nos joelhos, e seus olhos fixos no rosto de Taylor, como se estivesse tentando memorizar cada traço, cada detalhe. Ele não se atrevia a desviar o olhar, temendo perder qualquer sinal, por menor que fosse, de que ela estava voltando para ele.

Então, um leve movimento chamou sua atenção. Travis endireitou-se na cadeira, o coração disparando no peito. Os dedos de Taylor se moveram sutilmente, e ele quase não acreditou no que estava vendo. Lentamente, os cílios de Taylor começaram a se mexer, e ela abriu os olhos, piscando algumas vezes, como se estivesse tentando ajustar-se à luz suave do quarto.

Taylor acordou sentindo o corpo pesado, uma sensação de entorpecimento que a fez demorar um pouco para se situar. O som das máquinas ao seu redor, o ambiente clínico, o cheiro estéril... tudo parecia tão estranho, tão distante do que deveria ser. Ela piscou, tentando afastar o torpor, e aos poucos, a realidade começou a se encaixar, cada pedaço do quebra-cabeça voltando dolorosamente ao seu lugar.

A confusão tomou conta de seus olhos no início, e ela tentou se mover, sentindo os músculos fracos e o corpo debilitado. Sua mente estava enevoada, como se tivesse sido arrancada de um sono profundo demais. Ela olhou ao redor, finalmente focando no rosto de Travis. O olhar dele era uma mistura de alívio e medo, como se ele estivesse à beira de um precipício.

— Taylor... — Ele sussurrou, a voz embargada pela emoção contida. Ele queria dizer tantas coisas, mas nada parecia suficiente. As palavras pareciam presas na garganta, incapazes de expressar tudo o que sentia.

Taylor piscou novamente, seus olhos encontrando os de Travis. Uma mistura de emoções passou por seu rosto: surpresa, confusão, e então, lentamente, a memória do que havia acontecido voltou com força total. Ela lembrou do momento de desespero, das lágrimas, das palavras que ecoavam em sua mente, da dor sufocante que a havia levado a um lugar tão escuro. A vergonha e a culpa a atingiram como uma onda avassaladora, e ela desviou o olhar, sentindo as lágrimas começarem a brotar.

Ela virou o rosto para o lado, tentando esconder suas emoções, como se fosse possível se proteger atrás daquela fragilidade. A vergonha de ter chegado tão longe, de ter tentado se afastar de tudo e de todos, era esmagadora. Ela não conseguia encarar Travis, não depois de tudo o que tinha feito, de tudo o que tinha ouvido dele. A dor ainda estava lá, latejando como uma ferida aberta.

Travis notou o movimento dela, o modo como ela se afastou, e seu coração se apertou. Ele queria dizer algo, qualquer coisa que pudesse confortá-la, mas as palavras simplesmente não vinham. Ele sabia que Taylor estava magoada, que parte dessa dor era culpa dele, e isso o corroía por dentro.

— Tay... você está aqui. — Travis falou, tentando manter a voz calma, mas não conseguiu esconder a vulnerabilidade que transparecia. — Isso... é tudo o que importa.

Taylor continuou olhando para o outro lado, as lágrimas escorrendo silenciosamente pelas suas bochechas. Ela queria falar, queria dizer algo, mas tudo parecia errado, fora de lugar. O silêncio entre eles era pesado, repleto de coisas não ditas, de ressentimentos e arrependimentos que ambos ainda não sabiam como lidar.

Travis se aproximou um pouco mais, inclinando-se para tentar ver o rosto dela. Ele hesitou por um momento, mas então, com a voz carregada de sinceridade, ele continuou:

— Eu... eu sinto muito, Taylor. Eu sinto muito por tudo o que eu disse, por tudo o que eu fiz. — Ele passou a mão pelo rosto, respirando fundo, tentando segurar as lágrimas. — Eu nunca quis te machucar. Eu nunca quis que você se sentisse assim. Eu sei que falhei com você.

Taylor fechou os olhos, tentando conter o choro, mas o aperto em seu peito era grande demais. Ela sentia como se estivesse se afogando em suas próprias emoções, e a presença de Travis ali era um lembrete constante das palavras duras, das brigas, das noites em claro pensando se tudo o que tinham construído estava desmoronando.

— Travis... — Ela murmurou, a voz fraca, quase inaudível. — Eu... não sei o que dizer.

Ele assentiu lentamente, entendendo o peso daquela frase. Sabia que não seria fácil, que não era algo que eles poderiam simplesmente resolver com algumas palavras de desculpas. Mas ele estava disposto a tentar, a dar tudo de si para reconquistar a confiança dela.

— Você não precisa dizer nada, Tay. — Ele disse suavemente, a mão ainda segurando a dela com cuidado. — Eu só... eu só preciso que você saiba que eu estou aqui. Eu estou aqui, e eu não vou a lugar nenhum. Eu vou consertar isso, de alguma forma. Eu só preciso que você acredite em mim.

Taylor virou o rosto para ele, finalmente, e os olhos deles se encontraram. Ela estava exausta, emocionalmente desgastada, mas havia algo na sinceridade de Travis, na vulnerabilidade dele, que a fez parar e refletir. Ela não sabia se conseguia perdoá-lo completamente ainda, mas, por um momento, sentiu-se um pouco menos sozinha.

— Eu vi ela...

Travis, que estava perdido em seus próprios pensamentos, demorou um segundo para processar o que ela havia dito. Ele franziu a testa, tentando entender, a confusão evidente em sua expressão.

— Ela? — Ele perguntou, incerto. — Ela quem, Tay?

Taylor virou o rosto para ele, e seus olhos, antes confusos, agora se enchiam de lágrimas. Havia uma tristeza profunda neles, algo que Travis não conseguia identificar completamente, mas que logo tomou forma quando ela finalmente respondeu, sua voz falhando um pouco:

Nossa filha...

Travis congelou. O ar pareceu sair do quarto, e de repente, o que ela dizia fez sentido. Sua filha. Aquela que eles haviam perdido. Aquela que nunca tiveram a chancede segurar, de ver crescer, de amar de perto.

Taylor olhou para ele, os olhos agora transbordando com lágrimas que escorriam pelo rosto, sua voz entrecortada:

— Eu a vi, Travis... Ela estava lá, brincando... na água, na beira de uma cachoeira. Ela parecia tão... feliz. Eu sabia que era ela. Ela tinha seus olhos... — Sua voz falhou novamente, e ela virou o rosto, como se estivesse envergonhada pela intensidade de suas próprias emoções.

Travis sentiu como se o chão estivesse se desfazendo sob seus pés. Ele nunca imaginou que Taylor teria uma experiência como essa. Ele queria dizer algo, qualquer coisa, mas a voz dele parecia presa na garganta, sufocada pela avalanche de emoções que a revelação trouxe. A imagem que Taylor descreveu o atingiu como uma marreta, e por um longo momento, ele ficou ali, simplesmente tentando processar o que havia acabado de ouvir.

Ele se levantou da cadeira devagar, os pés pesados, o coração batendo descompassado. Sem dizer uma palavra, Travis caminhou até o lado da cama e hesitou por um segundo, antes de finalmente deitar ao lado dela, na cama estreita do hospital. Ele se ajeitou cuidadosamente, colocando o braço ao redor de Taylor, puxando-a para perto, como se precisasse sentir a presença dela, como se isso fosse a única coisa que poderia mantê-lo ancorado naquele momento.

Com a cabeça de Taylor encostada em seu peito, Travis começou a acariciar suavemente o cabelo dela, num gesto que sempre teve a intenção de confortá-la. Mas agora, ele também buscava conforto nisso. O silêncio entre eles era pesado, carregado de significados que nenhum dos dois ainda conseguia expressar. Até que Taylor rompeu o silêncio mais uma vez, sua voz baixa, quase um sussurro:

— Eu não sei o que tudo isso significa... — Ela começou, hesitante. — Eu só... eu só sinto que ela estava ali... esperando por mim.

Travis fechou os olhos por um momento, engolindo em seco. Ele sabia que precisava dizer algo, precisava aliviar a dor dela, mas ele também estava lutando contra o próprio sofrimento.

— Tay... — Ele começou, mas a voz falhou. Ele respirou fundo e tentou novamente, sua voz agora mais firme. — Eu não soube lidar com isso. Eu sempre tentei enterrar tudo, fingir que... que se eu não pensasse sobre isso, a dor iria desaparecer. Mas ela nunca desapareceu.

Taylor permaneceu em silêncio, ouvindo-o. Ela sabia que ele estava se abrindo de uma forma que raramente fazia, e por mais que ainda houvesse mágoa em seu coração, ela não conseguia ignorar a sinceridade no tom dele.

— Eu te culpei. — Travis confessou, sua voz quase inaudível. — Eu te culpei porque era o caminho mais fácil. Era mais fácil do que encarar o fato de que... de que eu não podia fazer nada. Que eu falhei em proteger você. Que eu falhei com nossa filha. — As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto dele, e Travis não fez nada para contê-las. — E eu sei que você também carrega essa culpa, mas você não deveria. Você nunca deveria. Isso não foi culpa sua.

Taylor fechou os olhos, sentindo o peso das palavras dele. Ela também sempre se culpou, sempre sentiu que falhou de alguma maneira. E agora, ouvir Travis dizer isso... era ao mesmo tempo libertador e doloroso. Ela sabia que ele estava falando a verdade, mas aceitar isso era outra questão.

— Eu nunca quis te machucar. — Ele continuou, a voz agora mais baixa, mais rouca. — Mas eu estava tão cego pela dor que... que eu acabei quebrando você. E eu sinto muito por isso, Tay. Mais do que você pode imaginar.

Taylor olhou para ele, as lágrimas escorrendo livremente pelo rosto. A dor que eles compartilhavam, embora diferente, era igualmente devastadora. E naquele momento, deitados juntos na cama de hospital, era como se tudo que eles haviam perdido, todas as palavras não ditas, finalmente tivessem espaço para serem enfrentadas.

Finalmente, com a voz falhando, Taylor sussurrou:

— Eu também sinto muito, Travis.

Travis continuou deitado ao lado de Taylor, com o braço ao redor dela, puxando-a para mais perto, como se quisesse protegê-la de todo o mal do mundo. Enquanto seus dedos deslizavam lentamente pelos fios macios do cabelo dela, uma sensação profunda, quase esmagadora, tomou conta dele. Cada toque parecia ser uma promessa silenciosa, um pedido de perdão e um lembrete do quanto ela significava para ele.

A textura dos cabelos de Taylor entre seus dedos trazia uma estranha mistura de alívio e angústia. Alívio por ainda poder tocá-la, por ainda tê-la ali com ele, viva, respirando. Mas também havia uma pontada de dor, uma lembrança constante do quão perto ele chegou de perdê-la para sempre. Travis fechou os olhos por um momento, tentando controlar a maré de emoções que ameaçava dominá-lo. Era como se cada fio de cabelo que ele tocava estivesse ancorado à própria vida dela, e ele sabia, no fundo de seu ser, que não conseguiria seguir em frente se a perdesse.

Ele nunca havia pensado realmente no que significaria viver sem Taylor, pelo menos não de forma tão crua e real como agora. A simples ideia de um mundo sem ela fazia seu peito apertar, como se faltasse ar, como se a vida perdesse todo o sentido. Mesmo em seus piores momentos, quando o orgulho e a raiva o cegavam, ele nunca realmente considerou a possibilidade de perdê-la de maneira tão definitiva. Agora, depois de vê-la à beira da morte, aquela realidade o assustava mais do que qualquer outra coisa.

A cada respiração de Taylor, Travis sentia uma onda de alívio varrer seu corpo. Ele ouvia o leve som de sua respiração, quase como uma melodia suave que acalmava sua alma. Estava tão focado naquele som, tão grato por ele, que por um momento tudo o mais desapareceu. Não havia mais dor, culpa ou arrependimento. Apenas a certeza de que ela estava ali, viva, com ele.

Ele continuou acariciando o cabelo dela, e à medida que fazia isso, seus próprios pensamentos começaram a se acalmar. A sensação do alívio que dominava seu peito era quase física. Era como se um peso imenso estivesse sendo lentamente levantado de seus ombros, como se o mundo tivesse decidido lhe dar mais uma chance. Sentir o calor do corpo dela contra o seu, ouvir o leve som de sua respiração, era o único lembrete de que, apesar de tudo, ainda havia esperança.

Travis soltou um suspiro profundo, sua voz saindo em um sussurro quase inaudível:

Eu achei que tinha te perdido...

Ele não sabia se Taylor o ouviu ou não, mas não importava. Aquela era a verdade mais pura que ele havia sentido em muito tempo. Ele nunca imaginou o quanto ela era essencial para sua vida até o momento em que quase a viu partir. E agora, enquanto ele permanecia ali ao lado dela, cada segundo que ela respirava, cada pequeno movimento que ela fazia, era uma dádiva. Uma chance de reparar o que foi quebrado, de encontrar o caminho de volta para eles mesmos.

Taylor, mesmo com os olhos fechados, parecia sentir o peso das palavras de Travis. Ela se mexeu um pouco, se aconchegando mais perto dele, e embora ainda estivesse ferida — física e emocionalmente —, havia algo reconfortante em estar ali, ao lado dele. Ela podia sentir o coração dele batendo firme contra o peito, um som que sempre foi familiar e seguro para ela.

Travis fechou os olhos, sua mão ainda repousando suavemente sobre os cabelos dela. Naquele momento, ele sabia que não importava o que acontecesse, ele não poderia viver sem Taylor. Ela era mais do que apenas o amor da vida dele, mais do que uma parceira. Ela era sua âncora, seu centro. E perdê-la... significaria perder a si mesmo.

Ele abaixou a cabeça, pressionando um beijo suave no topo da cabeça dela, enquanto murmurava para si mesmo, quase como uma prece silenciosa:

Eu não vou te perder... nunca.

Quando Andrea, Scoot, e Selena voltaram para o quarto, o ambiente estava mais silencioso do que quando haviam saído. Eles não tinham ideia do que esperar, apenas o medo constante de ver Taylor ainda naquele estado frágil. Ao se aproximarem da porta, a ansiedade apertou o peito de cada um deles. Nenhum deles estava preparado para o que encontrariam do outro lado, mas todos tinham esperança de algum sinal de melhora.

Quando Scoot abriu a porta devagar, tentando não fazer barulho, o que ele viu fez seu coração parar por um segundo. Ali, na cama, estava Taylor, desperta. Os olhos dela, ainda cheios de uma tristeza profunda, encontraram os de Travis, que estava sentado ao lado dela. Ela estava acordada. Ela estava viva.

— Taylor... — murmurou Scoot, a voz falhando no meio da palavra, como se temesse que qualquer som pudesse desfazer o milagre diante dele.

Andrea entrou logo atrás, as mãos tremendo visivelmente. Ao ver a filha consciente, os olhos de Andrea imediatamente se encheram de lágrimas. Era como se o mundo ao redor tivesse parado por um momento. Ela não conseguia acreditar que, depois de tantas horas de desespero, tantas preces silenciosas, Taylor estava de volta.

— Minha menina... — Andrea sussurrou, as palavras entrecortadas pelo choro que ameaçava explodir. Ela deu alguns passos hesitantes na direção da cama, incapaz de conter as lágrimas que escorriam livremente por seu rosto. — Você está aqui... você voltou pra mim...

Ela não conseguiu se segurar mais. Num impulso, Andrea se aproximou da cama, segurando a mão de Taylor com uma delicadeza quase reverente. O toque era suave, como se Andrea tivesse medo de machucá-la, mas a necessidade de sentir a filha viva era mais forte. Andrea começou a chorar abertamente, soluços silenciosos que reverberavam pela sala.

— Eu achei que... — Andrea tentou falar, mas as palavras se perderam em meio ao choro. — Eu achei que tinha te perdido...

Taylor olhou para a mãe, e uma lágrima solitária escorreu pelo canto de seu olho. Ela ainda não conseguia falar, a vergonha e o peso de suas ações se misturando com a confusão e a culpa, mas o toque da mãe era um conforto que ela não sabia que precisava. Ela apertou a mão de Andrea levemente, numa tentativa de assegurar que estava ali, mesmo que as palavras ainda lhe faltassem.

Selena, que havia ficado parada perto da porta, observava tudo com os olhos marejados. Ela tentou engolir o nó que se formava em sua garganta, mas era impossível. Ver Taylor ali, tão vulnerável, tão frágil, era doloroso demais. Ao mesmo tempo, ver seus olhos abertos e saber que ela havia resistido à morte era um alívio indescritível. Ela finalmente deu alguns passos em direção à cama, se aproximando devagar, como se não quisesse interromper o momento entre Taylor e Andrea.

— Tay... — Selena sussurrou, a voz embargada pelo choro contido. Ela deu um sorriso fraco, mas sincero. — Você me deu o maior susto da minha vida, sabia?

Taylor olhou para Selena, os olhos ainda brilhando com uma tristeza que cortava o coração. Ela tentou sorrir, mas o peso do que havia acontecido ainda a impedia. Selena, percebendo isso, se inclinou e colocou uma mão delicada no ombro de Taylor, como quem diz: "Eu estou aqui. Você não está sozinha."

Scoot, que havia ficado em silêncio todo esse tempo, se aproximou lentamente. Ele não sabia como expressar o que estava sentindo. Era uma mistura de alívio, culpa, tristeza, e amor, tudo junto de uma vez. Ele olhou para Taylor, que agora parecia tão frágil, tão pequena naquela cama de hospital, e seu coração se apertou. Ele não conseguia imaginar um mundo sem ela. Ela sempre foi a força, o espírito indomável, e vê-la naquele estado partia sua alma.

— Tay... — Ele começou, a voz rouca de emoção. — Eu... Eu não sei o que dizer. Eu só... Só estou tão feliz que você está aqui.

Ele se aproximou da cama e, com um gesto lento, colocou a mão sobre a de Taylor, como se estivesse buscando algum tipo de conexão. Taylor olhou para ele, e mais uma lágrima silenciosa caiu de seus olhos. O peso do amor incondicional de sua família estava ao seu redor, mas ao mesmo tempo, ela se sentia quebrada, como se não fosse digna desse amor depois de tudo o que havia feito.

Andrea, ainda chorando ao lado da cama, secou as lágrimas com a mão livre e falou, a voz trêmula:

— Nós te amamos tanto, Taylor. Por favor... nunca mais faça isso com a gente.

Aquelas palavras penetraram profundamente no coração de Taylor. Ela sabia que o que havia feito os havia ferido profundamente, e ver a dor nos olhos da mãe, do irmão, e de Selena era quase insuportável. Mas, ao mesmo tempo, sentir o amor que eles ainda tinham por ela, mesmo depois de tudo, era algo que ela não sabia como processar.

Travis, que até então havia ficado em silêncio ao lado dela, finalmente se aproximou um pouco mais. Ele olhou para Taylor, os olhos ainda cheios de uma mistura de culpa e alívio. A visão dela ali, viva e respirando, era tudo o que ele precisava para sentir que ainda havia esperança.

Taylor olhou ao redor, vendo cada um deles tão afetado, tão quebrado pelo que aconteceu, e pela primeira vez desde que acordou, ela falou, a voz baixa e rouca:

Eu... eu sinto muito.

Foi tudo o que conseguiu dizer, mas aquelas três palavras carregavam todo o peso de sua culpa e arrependimento. E naquele momento, todos sabiam que, embora o caminho de cura ainda fosse longo, o mais importante era que Taylor estava ali. Viva. E com isso, havia uma nova chance de reconstruir tudo o que havia sido destruído.

As lágrimas continuavam a rolar pelos rostos de cada um deles, mas agora, junto com o choro, havia esperança.


Notas da autora:

Sinto que é essencial vir aqui esclarecer alguns pontos importantes sobre a história que estou compartilhando com vocês. Desde o início, eu sabia que a narrativa abordaria temas delicados e, por vezes, difíceis de serem discutidos abertamente. Não se trata apenas de uma história para o "Setembro Amarelo"  ela é muito mais do que isso. Minha intenção ao escrever essa trama nunca foi, e nunca será, normalizar a depressão ou o suicídio. Pelo contrário, a proposta é iluminar o peso dessas questões, retratando-as de forma sincera, para que possamos refletir sobre o impacto real que têm na vida das pessoas.

A vida, como muitos de nós sabemos, nem sempre é gentil. Ela nos desafia, nos testa, e às vezes nos derruba de maneiras que parecem impossíveis de superar. Mas é exatamente nesses momentos, nas sombras da dor e da tristeza, que devemos encontrar a força para continuar. Falar sobre depressão e suicídio não é fácil – é uma conversa que muitas vezes evitamos, por medo ou desconhecimento. No entanto, é uma conversa que precisamos ter.

Setembro Amarelo é uma campanha que nos lembra da importância do diálogo sobre saúde mental, mas essa conversa não deve se limitar a um mês. Precisamos nos lembrar, todos os dias, que nossa dor é válida, mas que a vida ,por mais dura e imprevisível que seja , também pode surpreender com sua capacidade de transformar, de curar, de oferecer novos caminhos.

Se há algo que espero com essa história, é que ela ajude a abrir espaço para o diálogo e a compreensão. Que possamos olhar para quem está ao nosso redor, ouvir com empatia, e, acima de tudo, entender que ninguém precisa enfrentar as batalhas internas sozinho. A vida pode ser implacável, mas também é cheia de oportunidades para recomeçar, para pedir ajuda e para encontrar um motivo, por menor que seja, para seguir em frente.

A coragem de enfrentar a escuridão é, muitas vezes, o primeiro passo para encontrar a luz :)

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