𝒞ℴℴ𝓀𝒾ℯ𝓈

𝕯𝖆𝖎𝖘𝖞 𝕸𝖆𝖗𝖙𝖎𝖓𝖘❁

Assim que cheguem em casa eu fui fazer um macarrão com carne moída, a moda da mamãe, com molho bem vermelho, enquanto o macarrão estava cozinhando no molho fui fazer a base da torta.

Desci na cozinha do café e peguei um liquidificador e triturei dois pacote de bolacha maria até virar uma farinha que eu misturei com duas colheradas de manteiga, assim que ficou uma farofa grudentinha eu forrei o fundo e as laterais de uma forma com o fundo removível e coloquei no forno em fogo baixo.

Nesse tempo meu macarrão estava pronto eu me servi e sentei em um dos bancos que tinha na ilha, deixei em uma playlist de filmes da Barbie passando na TV, assim que terminei de comer, fui fazer o recheio, coloquei uma lata de leite condensado, uma caixa de creme de leite, meio queijo ricota e bati até tudo ficar homogêneos, como se fosse programado minha casquinha está começando a cheirar, tirei a forma do forno e coloquei o recheio e voltei ela para o forno.
Abri a geladeira e peguei uma caixinha de morango, estava triste que aqui não tinha quase nenhuma fruta típica brasileira, bem quase nenhum produto brasileiro, principalmente a minha amada goiabada.

Peguei uma panela pequena coloquei uma xícara de açúcar, os morangos, alguns amassados, outros cortados do meio, coloquei uma xícara e meia de água com uma colher de vinagre e fiquei mexendo até ficar em ponto de geleia, desliguei o forno e tirei assim que o recheio endureceu, coloquei a geleia de morango em cima decorando com alguns moranguinhos e coloquei na geladeira pra esperar os Black chegarem.

Não demorou muito pra eu escute alguém apertando a campainha, desci as escadas com Sandy e Breu do meu lado, assim que vejo a porta, lá estava Billi com um sorriso no rosto segurando uma travessa, logo atrás está Jacob com mais dois, um menino um pouco mais baixo que os outros dois e uma menina com o corte curto e mal feito e a cara amarrada.

Assim que abri a porta Billi fala com a típica voz grossa:

– Espero que você tenha chá aqui em, não trouxe meus cookies atoa – ele da um risada sonora enquanto é empurrado por Jacob pra dentro da loja.

– Esses aí atrás é a Leah e o Seth. – fala apontando para eles que olhavam tudo.

– Oi sejam bem vindos a minha loja, vem vamos sentar – eu olho envolta e depois pra eles – Querem ficar aqui dentro ou lá fora?

– Melhor aqui dentro, lá fora é frio – Seth falou já sentando em uma das cadeiras da mesa mais próxima.

– Leah poderia me ajudar? – pedi antes que se sentasse, ela concordou – Ali atrás do balcão tem xícaras, sache de açúcar, pratos e  talheres.

Ela confirma e vai em difração ao balcão e eu vou para cima pegar a torta. Ela estava bem firme e desenforme com cuidado e tirei o excesso das bordas e coloquei em um prato para bolo.

Assim que cheguei na parte de baixo a mesa já estava arrumada com um pratinho e uma xícara para cada, incluindo um bule com água quente.

– Desculpe eu não sabia que poderia mexer – a voz da Leah se sobressai a conversa na mesa e quatro pares de olhos a olharam espantados, o que deixou a menina mais sem graça ainda.

– Não precisa se preocupar, eu tinha esquecido mesmo. Muito obrigada por esquentar a água. Ela sorri e toma um bom gole do chá.

– Esse é a sobremesa? Está muito bonita – Billi fala crescendo os olhos na torta já em cima da mesa e se aprumando na cadeira, Jacob da um sorriso de canto nega com a cabeça fazendo alguns fios balançarem.
Sorrio confirmando com a cabeça cortando os pedaços e colocando em cada prato. Assim que Billi colocou ela na boca ouve uma exclamação de prazer exagerada gerando risos na mesa.

A muito tempo eu não me divertia assim, acabamos comento toda a torta e os cookies, Billi e Seth são muito divertidos, sempre fazendo piada e contando gafe dos amigos, isso também está incluso o xerife da cidade. Leah e Jacob são mais reservados, porém interagiram muito bem inclusive Leah, que parecia deslocada no começo.
Estávamos na cozinha do café, Seth lavava a pouca louça que tinha Jacob as secava e Leah guardava, eu estava encostada no batente com Billi ao meu lado.

– Se eu contar a Sue ela não vai acreditar, esse meninos não trabalham em casa – dou uma risadinha – Ei Seth se sua mãe souber você vai ter que fazer isso em casa – Billi fala mais alto atraindo a atenção do menor.

– Melhor não contar uma informação dessas a mamãe, ela vai me escravizar! – sua expressão de terror é bem convivente e bem cômica – Você não me ama velho? Eu vou ter largar e ficar com a Daisy.

Leah explode em gargalhadas deixando os meninos espantados, eu acompanho ela no riso, depois todos estão rindo de um comentário que sinceramente, não foi tão engraçado assim.

Logo que tudo terminou eu os acompanhei até o carro e falei olhando para o chão.

– Bem essa foi uma tarde muito boa, a muito tempo eu não me divertia assim.

– Nos quem agradecemos, sua torta estava ótima – fala já dentro do possante.

– Então amanhã vamos começar a reunião as 10, e se vocês conseguirem um carro, vamos fazer as compras. – falo intercalando o olhar entre Seth e Leah.

– Sério vamos começar a trabalhar amanhã? – pergunta Seth já grudado no meu pescoço distribuindo beijos pela minha bochecha.

– Infelizmente eu não vou consegui pagar muito no começo, não sei como é o movimento, mas se vocês quiserem estão contratados. Porém vai ter que priorizar o estudo, nada de faltar pra vir trabalhar... – minha fala é interrompida por Billi.

– O mesmo vale pra você mocinha – ele parecia meu pai, tanto no jeito de me olhar como da entoação da sua voz – Não pense que eu não vou ficar de olho.

Meu olhos se encheram de lágrimas e eu concordei, todos já estavam no carro quando um carro preto muito bonito parou logo atrás e de lá saiu um casal, os dois eram a coisa mais bonita que eu tinha visto, a menina era um pouco mais alta que eu, tinha os cabelos escuros curtos picotado e arrepiados, o menino ele era bem alto e os cabelos eram uma mistura de loiro claro com escuto, eles estavam na altura do seu queixo, os dois tinham a pele muito pálida, se assemelhando a estátuas de mármore e seus olhos eram dourados, assim que foram chegando mais perto eles começaram a perder a cor de ouro, meu interior vibrou eu estava muito nervosa, acordei do meu transe com a voz firme da Leah.

– Quer que fiquemos aqui? Bem até eles irem embora? – o olhar que ela lançava pra eles era assustador.

– Não obrigada, pode ir – eu olho ora ela e tento sorrir pra evitar constrangimentos com o casal parado a poucos passos – Vai pra casa com segurança ok?

– Sim chefa! Amanhã eu apareço as nove pra tomar café antes do expediente – Seth fala dando tchauzinho com a mão.

A picape começou a ir embora,  me obriguei e olhar o casal na minha frente, os dois pareciam combinar perfeitamente com o ambiente cinza e chuvoso dessa cidade, eles parecem combinar ainda mais agora que o sol começou a sair deixando uma luz fraca iluminando o céu.

– Olá, você é a dona do estabelecimento certo? – a voz da menina era tão doce e aveludada que não contive o suspiro ao ouvir , que foi reprimindo no mesmo instante .

– Sim sou eu, o café ainda não abriu, infelizmente – Respondi segura do a barra da minha blusa.

– Nos viemos por conta do panfleto, você precisa de funcionário. – a voz do menino parecia um trovão, ele não esboçou um reação se quer acho que ele pode me atacar a qualquer momento.

– Me desculpe eu acabei de contratar. Desculpe eu preciso entrar, tenham um boa noite.

Entrei praticamente correndo pra dentro de casa antes de ouvir qualquer resposta, só suas vozes e presença me desestruturaram.

Eu preciso ir dormir. Ter um sono descente.

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Se aparecer algum erro me avisa, escrevi esse CAP meio chapada de sono rsrs.
Votem e comentem, eu amo ler feedback.
A receita funciona e esta com as medidas certas, talvez na calda um pouco menos de açucar e àgua pode ficar melhor.