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|Prólogo|

P.O.V Narradora

Inglaterra, 1919

Na tranquila manhã londrina, as ruas ganhavam vida com o movimento cotidiano: pessoas indo e vindo, entregando-se às suas rotinas diárias. Enquanto isso, em uma elegante mansão nos arredores da cidade, os preparativos para um baile estavam em pleno andamento. Na sacada, uma figura solitária contemplava o céu azul sereno. Seus cabelos negros e pele pálida destacavam-se contra a paisagem. Seu nome era Sophia, uma jovem cuja beleza rivalizava com a própria aurora. Batizada em homenagem à sabedoria, ela era conhecida por sua gentileza e encanto, um raio de luz em um mundo muitas vezes sombrio.

Entretanto, por trás daquela aura de inocência, residia uma história de perda e desafios. Aos cinco anos, Sophia perdeu sua mãe, uma dor que ainda reverberava em seu coração anos depois. E aos dez anos, viu-se confrontada com a presença de uma madrasta que nutria por ela um ódio irracional, alimentado apenas pela inveja da sua beleza.

Enquanto o mundo ao seu redor parecia finalmente se encaixar em algum tipo de ordem, o destino reservava um golpe devastador para Sophia. Seu pai, a âncora da sua vida, foi brutalmente tirado dela, vítima de um assassinato cruel. De repente, Sophia viu-se mergulhada em um abismo de solidão, sua única companhia sendo a presença gélida e hostil da madrasta.

Apesar de sua pouca idade, Sophia foi forçada a assumir responsabilidades muito além de suas capacidades infantis. Sob o olhar exigente da madrasta, ela foi obrigada a trabalhar incansavelmente na própria casa, uma obrigação justificada sob o pretexto de "ajudar". Sua natureza gentil e ingênua, porém, a levou a ceder às demandas cruéis impostas pela madrasta, em um ciclo de exploração e submissão que parecia não ter fim.

Sophia foi tirada de seus devaneios pelo chamado estridente da madrasta. Um suspiro resignado escapou de seus lábios, e ela se afastou da janela, onde seu olhar outrora perdido se fixava no azul do céu. Seu vestido, uma exibição de delicadeza em meio à opressão daquela casa, destacava-se em tons de rosa suave, fluindo em torno dela como uma aura frágil de beleza em meio ao caos.

Descendo as escadas apressadamente, Sophia dirigiu-se ao grande salão, onde os preparativos para o baile estavam em pleno andamento. Seu olhar encontrou o da madrasta, e ela se aproximou com uma mistura de temor e obediência.

-Me chamou?-perguntou Sophia, sua voz um sussurro de inocência em contraste com a frieza no olhar da mulher diante dela.A madrasta lançou-lhe um olhar carregado de desdém.

-Vá à costureira e pegue meu vestido- ordenou, suas palavras cortantes como facas afiadas.

-Claro.-respondeu Sophia, sua gentileza inabalável mesmo diante da crueldade que emanava da madrasta. Sem esperar por mais uma palavra, ela se afastou, deixando a mulher para trás, imersa em suas próprias conspirações.

(...)

Sophia havia escolhido um amplo capuz amarelo para cobrir sua cabeça, uma escolha que não passava despercebida enquanto ela saía de casa. Seu vestido, um deslumbre de elegância e simplicidade, atraía olhares curiosos pelo caminho. Enquanto caminhava, uma bola desgarrada acertou seu vestido, fazendo com que seu olhar se abaixasse em direção aos pequenos responsáveis pela brincadeira.

-Desculpe- murmurou uma das crianças, estendendo a mão em direção à bola.Um sorriso suave iluminou o rosto de Sophia, enquanto ela gentilmente pegava a bola e a devolvia para o grupo.

-De nada- disse Sophia, e em resposta às várias palavras de agradecimento que ecoavam ao seu redor.

Com um aceno de despedida, Sophia continuou seu caminho em direção à costureira da cidade, seus passos firmes ecoando nas ruas tranquilas.

(...)

Em um dos restaurantes da cidade, Carlisle e Edward se encontravam sentados à mesa, suas presenças imponentes contrastando com o ambiente mundano ao redor. Ambos os vampiros tentavam se integrar à sociedade humana, um desafio especialmente para Edward, que ainda se adaptava à sua nova condição de recém-transformado.

Carlisle abaixou o jornal que estava lendo e dirigiu seu olhar compassivo para Edward, percebendo o esforço do rapaz em bloquear os pensamentos dos humanos ao redor.

-Está tudo bem, Edward-disse Carlisle, sua voz calma e tranquilizadora. -Leva tempo para se ajustar. Você vai conseguir.

- Eu sei mais isso é desconfortável.-respondeu Edward.

-Compreendo, Edward- respondeu Carlisle, observando a agitação do rapaz na cadeira. Edward desviou o olhar para a janela, onde um capuz amarelo dançava ao vento. Sophia emergiu da rua, uma figura graciosa envolta em mistério.

O vento brincou com o capuz da garota, expondo brevemente seus cabelos escuros antes que ela o reposicionasse com um gesto suave. Edward foi cativado pela beleza dela, uma beleza que parecia transcender a própria realidade.

-É como se ela fosse uma visão de um conto de fadas-murmurou Edward, seus olhos fixos na figura etérea além da janela.

A presença de Sophia não passou despercebida apenas por Edward; até mesmo Carlisle ficou visivelmente encantado pela figura que observavam através da janela.

-Ela sempre atrai olhares-comentou o garçom, aproximando-se da mesa dos dois vampiros. Ambos viraram-se para ele, curiosos com o que ele tinha a dizer.-Aquela é Sophia Evans.

-Você a conhece?-perguntou Edward, interessado.

-A família dela costumava frequentar este lugar com frequência. Sempre foram gentis com todos, e Sophia era uma menina encantadora-explicou o garçom. -Mas depois da morte de sua mãe e, em seguida, do casamento de seu pai e sua própria morte, Sophia se recolheu em casa. E então, há a madrasta dela.-acrescentou, sua expressão denotando uma mistura de compaixão e pesar.-Haverá um baile esta noite. Todos na cidade estarão lá.

-Não temos convites, e estaremos deixando a cidade esta noite- disse Carlisle, assumindo uma postura decidida.

-Que pena. Quanto aos convites, não se preocupe. Todos entram todo ano. Apenas para a alta classe.-esclareceu o garçom antes de se afastar para atender a outros clientes.

-Carlisle, podemos ir?-perguntou Edward, seu olhar ansioso buscando a aprovação do mais experiente vampiro. Carlisle ponderou por um momento, sabendo que Edward ainda estava se adaptando à sua nova existência.

-Não tenho certeza, Edward- respondeu Carlisle, sua expressão refletindo uma mistura de preocupação e cautela.

-Eu prometo que não farei nada de errado. Apenas me deixe ir-suplicou Edward.

(...)

Sophia adentrou a loja da costureira, o tilintar do sino anunciando sua chegada fez com que Dona Marta erguesse o olhar, cumprimentando-a com um sorriso caloroso.

-Sophia, veio buscar o vestido da sua madrasta?-inquiriu a senhora, sua voz repleta de afeto.

-Sim, Dona Marta.- respondeu Sophia com um leve aceno de cabeça.

-Aguarde só um momento- disse a costureira antes de se afastar para o fundo da loja. Não demorou muito para que ela retornasse, trazendo consigo dois pacotes que colocou sobre o balcão. -Aqui está, querida.

-Obrigada... e o outro?-perguntou Sophia, sua curiosidade despertada.

-O outro é para você-revelou Dona Marta, pegando Sophia de surpresa. -Você acha que eu nunca percebi? Todos os anos você fica escondida no seu quarto enquanto os bailes acontecem. Este ano, no entanto, você irá.

-Eu gosto de ficar no meu quarto.- mentiu Sophia, tentando se esquivar da situação.- Eu não posso ir.

-Você pode e irá.-insistiu Marta, sua voz transmitindo determinação.-Você tem 17 anos, minha querida, é hora de explorar o mundo e, quem sabe, encontrar um pretendente. Além disso, trata-se de um baile de máscaras; ninguém irá te reconhecer. Confie em mim.

-E se minha madrasta descobrir?- indagou Sophia, ainda incerta.

-Ela não irá descobrir. Agora leve os vestidos, minha querida.- concluiu Marta, um sorriso gentil iluminando seu rosto enquanto Sophia pegava os pacotes, agradecendo.

(...)

De volta ao lar, Sophia agiu com extrema cautela para evitar chamar a atenção de sua madrasta. Silenciosamente, ela guardou o vestido destinado à mulher em seu quarto, certificando-se de que passasse despercebido. Assim que concluiu essa tarefa, apressou-se em direção ao seu próprio refúgio, trancando a porta atrás de si para garantir sua privacidade.

Sentada à beira da cama, Sophia desfez cuidadosamente o pacote, sentindo uma mistura de antecipação e nervosismo. Seus dedos tremiam ligeiramente enquanto desvendava as dobras do papel, revelando o que se encontrava dentro. Um vestido longo e branco emergiu diante dela, uma obra de arte delicada e deslumbrante. Seus olhos se iluminaram com admiração.

Sophia ergueu-se com o vestido em mãos e dirigiu-se ao espelho, contemplando a peça sobre seu corpo. O vestido evocava imagens de uma noiva, mas era tão delicado e singular que se destacava por si só. Absorta em seus pensamentos, foi interrompida por batidas na porta. Com rapidez, escondeu o vestido de volta na embalagem e o colocou debaixo da cama antes de abrir a porta para sua madrasta.

-Quero que fique neste quadro- declarou a mulher, encarando Sophia com intensidade.-Este é meu baile, e toda a atenção deve ser direcionada a mim.

Sophia baixou a cabeça, colocando as mãos atrás das costas, sem dizer uma palavra. Ela sabia que não adiantava discutir; sua madrasta sempre foi assim. Por mais que tentasse entender os motivos por trás de seu tratamento hostil, a verdade era simples: a madrasta tinha inveja da beleza de Sophia. Onde quer que a garota passasse, chamava atenção, e isso era algo que sua madrasta não conseguia tolerar.

-Escutou, Sophia??-indagou a madrasta, sua voz cortante ecoando pelo quarto.

-Sim, senhora-respondeu Sophia em tom sereno.

-Ótimo- proclamou a mulher antes de deixar o quarto, deixando Sophia sozinha para refletir. A jovem caminhou até a cama e se sentou, sua mente imersa em um turbilhão de pensamentos sobre a decisão que precisava tomar em relação ao baile.

-Dessa vez... eu irei.-sussurrou para si

(...)

À medida que as pessoas começavam a chegar à grande mansão, todas elegantemente vestidas e enfeitadas com máscaras misteriosas, Edward conseguira, com muito esforço, persuadir Carlisle a acompanhá-lo ao baile.

Enquanto isso, no quarto de Sophia, a jovem estava imersa em seus preparativos. Vestida com o deslumbrante vestido branco que caía perfeitamente sobre seu corpo, seus cabelos ondulados e soltos emolduravam seu rosto angelical.

Sentada diante de sua penteadeira, Sophia aplicava um batom vermelho suave em seus lábios, quando um pequeno passarinho pousou perto dela, observando-a com curiosidade. Com um gesto gracioso, o pássaro ajudou-a a pegar o colar, e Sophia agradeceu com um sorriso gentil.

-Obrigada, amiguinho.- disse ela, colocando o colar em volta do pescoço. Levantando-se, dirigiu-se ao espelho, observando seu reflexo com uma mistura de nervosismo e excitação. Ela virou-se para o passarinho com uma expressão ansiosa.-Como estou? Estou bonita?-perguntou Sophia, esperando uma resposta.

O passarinho cantarolou em afirmação, e Sophia riu, agradecendo ao seu pequeno amigo. Pegando a máscara, ela a colocou delicadamente no rosto.

-Deseje-me sorte, passarinho- disse ela, com um olhar determinado. Com isso, Sophia saiu de seu quarto.

(...)

O salão transbordava de pessoas, movendo-se ao ritmo da música e envolvidas em conversas animadas. Sophia espiava nervosamente de trás de uma cortina, sentindo a ansiedade e o medo aumentarem a cada batida do coração. Respirando fundo para reunir coragem, deu a volta e adentrou pela porta da frente.

A mesma não passou despercebido; todos os olhos se voltaram para ela, especialmente os de Edward e de sua madrasta. Com passos tímidos, ela se dirigiu para uma área mais discreta, ouvindo os sussurros curiosos que cercavam sua entrada. A madrasta, alheia à verdadeira identidade da garota, continuava ignorante sobre sua presença ali.

Postada em um canto, Sophia observava as pessoas dançarem, recusando gentilmente os convites para dançar que lhe eram oferecidos. Edward, percebendo sua hesitação, decidiu abordá-la.

-A senhorita gostaria de dançar?- ofereceu ele, estendendo a mão educadamente. Sophia virou-se para encará-lo e recusou de forma direta. Edward abaixou a mão, mas então surpreendeu-a com suas palavras seguintes.-Presumo que você recusou os outros rapazes porque sabe dançar- comentou ele, abrindo um sorriso divertido ao perceber a surpresa nos olhos dela. -Talvez eu possa ensinar você-propôs, estendendo novamente a mão.

-Se eu pisar no seu pé...;começou Sophia, hesitante, mas acabou aceitando a mão de Edward. Ele a conduziu até o centro da pista de dança, colocando gentilmente sua mão em sua cintura. Juntos, começaram a dançar.

-Nunca te vi aqui na cidade antes.- comentou Sophia, buscando iniciar uma conversa.

-Eu e meu pai estamos apenas de passagem- respondeu Edward, seus olhos encontrando os dela com curiosidade.-Qual é o seu nome, senhorita?

-Sophia. E o seu?-perguntou ela, devolvendo o interesse.

-Edward.- respondeu ele, com um sorriso gentil.

-Prazer, Edward- disse Sophia, mas sua gentileza foi interrompida quando, acidentalmente, pisou no pé dele, murmurando desculpas embaraçadas.

-Você é diferente das garotas que já vi.-comentou Edward, deixando Sophia confusa.

-Sou feia, eu sei-respondeu ela, baixando o olhar, mas Edward rapidamente a interrompeu.

-Feia? Jamais. Você parece uma princesa, tão bela como uma.- completou ele, fazendo as bochechas de Sophia corarem com um rubor quente.

A madrasta observava, com crescente desconforto, Sophia e Edward dançando no salão. A presença da garota a perturbava profundamente, embora ela não soubesse ainda a verdadeira identidade da jovem. Sem hesitar, a madrasta deixou discretamente o salão, subindo as escadas com determinação até alcançar o quarto de Sophia.

Ao abrir a porta, deparou-se com o quarto vazio, exceto pela embalagem do vestido de Sophia, cuidadosamente colocada sobre a cama. Um misto de raiva e inveja inundou o coração da madrasta. Ela já não suportava mais a presença daquela garota intrusa em sua vida.

No salão

No salão, Sophia notou a ausência de sua madrasta e sentiu um aperto no peito, temendo ser surpreendida por ela. Com uma desculpa rápida, interrompeu a dança com Edward e começou a se afastar lentamente.

-Eu preciso ir- murmurou Sophia, movendo-se pelo salão,enquanto Edward tentava alcançá-la.

-Ei, espere- chamou Edward, seguindo atrás dela. Enquanto Sophia passava entre as pessoas, seu colar acabou se soltando e caindo de seu pescoço, sem que ela percebesse. Edward se abaixou para pegá-lo, quando uma mão pousou em seu ombro, fazendo-o virar.

-Edward?-A voz de Carlisle soou, interrompendo o momento.

-Você viu a garota?-perguntou Edward

-Ela saiu-respondeu Carlisle, observando o desapontamento no rosto de Edward.

(...)

Sophia entrou em seu quarto, retirando a máscara com cuidado, seu coração ainda batendo forte da adrenalina do baile. Ela caminhou até sua cama, esperando fervorosamente que sua madrasta não tivesse descoberto sua escapada. De repente, passos ressoaram atrás dela, fazendo-a girar para encarar a figura sombria de sua madrasta, cujo rosto estava contorcido em uma expressão de fúria.

-Eu te disse para ficar no quarto- vociferou a madrasta, sua voz carregada de raiva.-Quem te autorizou a ir ao baile?-Sophia permaneceu em silêncio, incapaz de encontrar as palavras certas para responder. A madrasta observou o vestido de Sophia com desdém, sua inveja evidente diante da beleza da peça.

Então, sem aviso, ela avançou em Sophia, agarrando o vestido e rasgando-o cruelmente enquanto um grito de angústia escapava dos lábios da garota.

Sophia caiu no chão, o vestido rasgado cobrindo seu corpo enquanto ela enfrentava o olhar furioso de sua madrasta. A mulher se aproximou, segurando o rosto de Sophia com firmeza, suas palavras soando como uma sentença de condenação.

-Esta será a última vez! A última!- disse a madrasta, desferindo um leve tapa no rosto da garota, que se levantou, sentindo um sorriso malicioso se formar nos lábios da mulher.-Eu vou trancar você aqui. E para não passar fome, tem uma maçã para você- concluiu ela, antes de sair do quarto e trancar a porta atrás de si.

Sophia sentiu as lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto se levantava, seus dedos trêmulos tocando o tecido rasgado do vestido. Suspirando de tristeza, ajoelhou-se no chão, segurando o rosto entre as mãos e deixando as lágrimas caírem livremente.

O passarinho que estivera com ela mais cedo voou até ela, seguido por alguns ratinhos. O passarinho chamou sua atenção, e Sophia ergueu o rosto, encontrando consolo no olhar amigável do animal. O passarinho pousou em seu ombro, fazendo carinho em sua bochecha, e Sophia sorriu, acariciando-o de volta.

-Você é tão gentil- sussurrou Sophia, enquanto olhava para as maçãs sobre sua penteadeira. Ela se levantou e caminhou até elas, pegando uma com a mão. Os ratinhos ao seu redor começaram a balançar a cabeça freneticamente, como se estivessem alertando-a para não comer.-O que estão querendo dizer?- questionou Sophia, perplexa com o comportamento dos pequenos animais. Ignorando seus avisos, ela mordeu a maçã, mas no instante seguinte, uma sensação estranha tomou conta dela. Deixando a fruta cair no chão, Sophia levou a mão ao peito, lutando para respirar enquanto sentia uma falta de ar sufocante.

Cambaleando, Sophia se aproximou rapidamente da porta, batendo nela com desespero, clamando por socorro. Sua respiração estava ofegante, o coração batendo descontroladamente em seu peito enquanto lutava contra a sensação sufocante que a consumia. Com um último esforço, ela cambaleou para trás, caindo no chão frio.

Sua visão começou a embaçar aos poucos, o mundo ao seu redor se tornando cada vez mais distante e nebuloso. No entanto, mesmo na confusão de seus sentidos enfraquecidos, ela conseguiu distinguir a porta sendo aberta. Duas figuras entraram correndo antes que ela fechasse os olhos, entregando-se à escuridão que a envolvia.

(...)

Sophia abriu os olhos lentamente, sentindo a caridade da luz que iluminava o quarto. Com um suspiro, ela se sentou na cama, passando a mão pela cabeça em confusão. Ao observar o ambiente ao redor, percebeu que estava em um quarto desconhecido. Levantando-se com um leve tontura, começou a explorar o lugar, seus olhos eventualmente encontrando um espelho.

Ao se aproximar, Sophia deu um sobressalto ao ver seu reflexo. Seus olhos estavam vermelhos, um detalhe assustador que a deixou ainda mais confusa. Recuando instintivamente, virou-se abruptamente e saiu do quarto em uma velocidade que a surpreendeu até a si mesma.

-Carlisle, ela acordou-a voz de Edward ecoou pelo local, chamando a atenção de Sophia. Ela se virou para encará-lo, instintivamente pegando um livro como defesa.

-O que vocês fizeram comigo?- perguntou ela, sua voz tremendo de ansiedade enquanto observava o homem loiro e bem vestido ao lado de Edward.

-Está tudo bem- disse Carlisle com gentileza, seus olhos transmitindo tranquilidade.-Por favor, abaixe esse livro. Nós não vamos machucar você... por favor.-Sophia sentiu uma estranha sensação de confiança neles e, por algum motivo, abaixou o livro, colocando-o na mesa ao lado.

(...)

Carlisle explicou cuidadosamente toda a situação para Sophia, mas a compreensão ainda não tinha se estabelecido completamente em sua mente. Ela não conseguia acreditar que vampiros eram reais e, mais ainda, que agora ela era um deles. Foi Carlisle quem a transformou a pedido de Edward, afinal, era a vida dela que estava em jogo.

-Como eu morri?-Sophia quebrou o silêncio, sua voz carregada de confusão e incredulidade. Edward e Carlisle trocaram olhares antes de voltarem sua atenção para a garota. Carlisle estava prestes a responder gentilmente quando Edward interveio.

-Você foi envenenada pela sua madrasta.-respondeu ele de forma direta, sem rodeios. Sophia olhou para ele em choque, incapaz de compreender a crueldade por trás desse ato.

-Por que ela fez isso?-perguntou Sophia, sua inocência transparecendo em suas palavras, incapaz de entender as más intenções de sua própria madrasta.

-Sophia, ela nutria raiva, inveja... todos os pensamentos dela sobre você- explicou Edward novamente, enquanto Carlisle se sentava ao lado dela para oferecer apoio.

-Edward pode ler mentes, é um dom que alguns vampiros possuem. Você passou por muitas coisas, criança. Mas agora você tem a mim e o Edward.

-Minha madrasta deve estar preocupada comigo.- disse Sophia, levantando-se. Edward não pôde acreditar na ingenuidade dela diante da situação.O vampiro segurou seus ombros, olhando profundamente em seus olhos.

-Você está morta para ela e para todos na cidade. Eu pedi para que ele te salvasse. Você estava prestes a morrer envenenada por sua própria madrasta, que nutria ódio por você a vida toda e te fazia trabalhar. Aquilo não era gratidão ou ajuda que ela pedia.- explicou Edward, sua voz carregada de raiva. Durante o baile, ele havia lido a mente da madrasta e as coisas malignas que ela pensava sobre Sophia ainda ecoavam em sua mente.-Agora você está livre... venha conhecer o mundo..

(...)

Por um tempo, Sophia relutou em acreditar nas palavras de Edward. No entanto, ao se aventurar pelas sombras da noite, ela testemunhou a verdade com seus próprios olhos. Sua madrasta, envolta em risos de satisfação, confessava com alegria ter assassinado sua enteada, assim como fizera com o pai de Sophia. Aquela revelação despedaçou o coração de Sophia, que nunca poderia imaginar ouvir tais palavras. Carlisle tornou-se um grande apoio para ela, ensinando-a a se controlar e a se adaptar à sociedade imortal. Mas, apesar de sua nova vida, Sophia mantinha sua essência de inocência e gentileza.

A imortalidade parecia ter caído perfeitamente sobre Sophia, multiplicando ainda mais sua beleza. Onde quer que ela fosse, acompanhada por Edward e Carlisle, sempre chamava a atenção.

Carlisle notava algo peculiar em Sophia sempre que saíam juntos: sua afinidade com os animais e a natureza. Ela parecia compreender os animais de uma forma única, como se tivesse uma conexão especial com eles, emanando uma alma pura.

Com o passar dos anos, Sophia e Edward desenvolveram um vínculo de irmãos, protegendo-se mutuamente em todas as situações. A família Cullen, por sua vez, cresceu. Carlisle encontrou sua companheira, Esme, que se tornou uma mãe amorosa para Sophia. Com a chegada de Rosalie, Emmett, Alice e Jasper, a família estava completa, cada um com seus dons especiais. Sophia, sendo a mais nova e diferente dos demais, ocupava um lugar especial na dinâmica familiar.

Com o tempo, Sophia se apaixonou pela moda, pela arte e, principalmente, pela veterinária. Em 2009, a família decidiu mudar-se para Forks, mas Sophia optou por permanecer em Londres para concluir seus estudos. Embora Carlisle e Esme não quisessem deixá-la sozinha, sabiam que ela poderia cuidar de si mesma. Edward, por sua vez, ainda a via como inocente e ingênua em certos momentos, mostrando o cuidado de um irmão protetor.

(...)

Dias atuais

Sophia estava recostada em sua cama, os cabelos em um coque desalinhado enquanto ela se dedicava a desenhar, acompanhado de uma xícara de café. Apesar de ser uma vampira que se alimentava de sangue, ela ainda apreciava a comida humana e até mesmo dormia ocasionalmente, um mistério que Carlisle nunca conseguiu entender completamente. Tudo sobre Sophia parecia envolto em mistério para ele.

O toque de seu celular a tirou de seus devaneios, e ela prontamente atendeu.

- Alô?

- Sophia? - a voz de Alice a fez sorrir instantaneamente.

- Minha fada favorita, quanto tempo. Bella ainda está viva? - brincou Sophia, referindo-se à namorada de Edward. Alice havia contado a ela sobre a chegada de Bella alguns meses atrás, e embora Sophia sentisse um certo ciúme, ela sabia que não podia interferir na vida amorosa de Edward. No entanto, a seriedade na voz de Alice a deixou nervosa.- Aconteceu algo. - disse Alice, preocupada.

- Alice Cullen, o que foi? - pediu Sophia, sentindo o coração acelerar.

- Nada que deva preocupá-la, irmãzinha. Estamos apenas saindo de Forks... - murmurou Alice.

- Alice, você está longe da família, isso é fato. Agora, fala logo.

- Poderia vigiar e cuidar da Bella? - pediu Alice.

- Eu? Por que eu?

- Entre todos nós da família, você é a que mais se assemelha a uma humana e, principalmente, a mais gentil e amorosa. Por favor, cuide da Bella. - implorou Alice, tocando o coração de Sophia.

- Ah, Alice... está bem, eu cuidarei dela. Mas com uma condição.

- Qual?

- Vou ficar na casa em Forks e, se eu for à escola, usarei meu sobrenome, Evans.

- Fechado. Não conte a ninguém, ok? Obrigada, irmãzinha. Eu te amo. - disse Alice, encerrando a ligação. Sophia se levantou da cama e passou a mão pela testa.

- Eu só vou cuidar da Bella... nada vai acontecer, nada pode acontecer. - murmurou para si mesma, tentando se convencer.

Esse foi o Prólogo amores, não sei ce ficou tão bom assim, deu meu melhor fui pesquisando algumas palavras ainda rsrsrs.

Com tempo você irão entender o motivo da Sophia ser completamente diferente.

Espero que gostem foram 4k de palavras no Prólogo.

Meta 20 curtidas amores, até o próximo capítulo amores ♥️🥰♥️🥰

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