|Capítulo 09|
P.O.V Narradora
A luz da lua atravessava as cortinas da sala, pintando um quadro dourado ao redor dos móveis antigos. O ambiente era um misto de mistério e calma, interrompido apenas pela respiração profunda de Paul, que estava deitado no sofá, exausto. Sophia, uma jovem Cullen de aparência frágil e pele pálida, observava-o atentamente, segurando uma frigideira nas mãos, como se estivesse pronta para se defender.
Ela estava escondida atrás de uma cadeira, seus olhos grandes e curiosos fixos em Paul, enquanto ele lentamente recuperava a consciência. Marie, uma figura mais velha e sábia, entrou na sala e riu baixinho ao ver a cena.
— Sophia, você é uma vampira. — Marie disse com um sorriso condescendente, apontando a situação óbvia que a jovem parecia ter esquecido.
Sophia olhou para Marie e então para a frigideira em suas mãos, piscando como se estivesse saindo de um transe.
— Ah, é mesmo. — riu ela, sua risada era melodiosa e cheia de uma inocência cativante. Com um sorriso embaraçado, ela colocou a frigideira sobre a cadeira, abandonando sua postura defensiva.— Irei cuidar dele.— munurrou ela ainda assustada.
(...)
Paul abriu os olhos lentamente, sentindo uma dor latejante na cabeça. Ele piscou algumas vezes, tentando focar na figura de Sophia, que estava agachada ao lado dele, segurando um pano úmido. Ela ainda parecia assustada, mas também curiosa, com uma expressão de culpa misturada com alívio. Quando percebeu que Paul estava acordando, soltou um suspiro de alívio tirando o pano da testa dele, suas bochechas trocaram de cor.
—Você está bem?—perguntou ela, sua voz suave e preocupada.Paul tentou se sentar, mas a dor o fez recostar-se novamente.
—O que aconteceu?—perguntou ele, sua voz rouca e confusa. Ele olhou ao redor, tentando entender onde estava e por que sua cabeça doía tanto, Sophia sorriu, um tanto nervosa, enquanto se aproximava mais dele.
—Eu... pensei que você fosse uma ameaça— admitiu ela, encolhendo os ombros de maneira quase infantil. —Então, bati em você com a frigideira.—completou, Paul não pôde deixar de rir, apesar da dor.
—Você definitivamente sabe como se defender— comentou ele, olhando para a frigideira com um certo respeito. —Mas por que você achou que eu era uma ameaça?— perguntou,Sophia mordeu o lábio, visivelmente desconcertada.
—Eu não sei—respondeu ela, sua voz tingida de inocência.—É que tudo isso é tão novo para mim. E você estava... me observando.
Paul ainda se sentia atordoado pela pancada na cabeça, mas não conseguia desviar o olhar de Sophia. Ele passou a mão na nuca, tentando disfarçar a vergonha que o consumia. Ele nunca tinha agido assim antes, e a sensação de vulnerabilidade o deixava desconfortável.
—Desculpe se eu te assustei— murmurou ele, com a voz baixa e genuína, enquanto tentava se recompor. Sophia, acenou com a cabeça, reconhecendo o pedido de desculpas. Ela então se levantou, os olhos ainda curiosos fixos em Paul.
—Ah, me desculpe, eu não me apresentei—disse Sophia, rindo nervosamente enquanto colocava a frigideira de lado.—Sou Sophia... Sophia Cullen.— ela estendeu a mão, um gesto simples, mas carregado de uma energia que Paul sentiu imediatamente, ele
olhou para a mão estendida de Sophia e, hesitando por um segundo, pegou-a gentilmente. No instante em que seus dedos se tocaram, ambos sentiram um pequeno choque, como uma corrente elétrica que os fez soltar as mãos quase que instantaneamente.
—Sou Paul... Paul Lahote—respondeu ele, tentando controlar a surpresa em sua voz. —A gente se viu antes. Eu te ajudei no supermercado.
—Claro—Sophia sorriu, seus olhos se iluminando com a lembrança, ela se sentando ao lado dele no sofá.— Você tinha o cabelo mais comprido naquela dia.— comentou ela,Paul riu suavemente, um som raro vindo dele.
—Pois é— respondeu ele, tocando sua cabeça recém-cortada. —Eu estava tentando um novo visual.
—Ficou bem em você— comentou Sophia, com um sorriso caloroso.—Mas o que você estava fazendo escondido atrás da árvore?— perguntou, Paul hesitou por um momento, visivelmente tentando formular uma resposta convincente. Ele passou a mão pela nuca, um gesto típico de quem está nervoso.
— Ah... — começou ele, claramente improvisando. — Eu estava passando pela floresta e vi a casa com as luzes acesas... — a frase pairou no ar, sem muita convicção. Ele sabia que a história soava improvável, mas não tinha outra desculpa melhor.Sophia levantou uma sobrancelha, seu olhar se tornando mais penetrante.
— Sério? Só isso? — questionou ela, com uma mistura de ceticismo e curiosidade. Ela não parecia convencida pela explicação dele.
— Claro — respondeu ele com uma risada forçada, tentando parecer casual. Nesse momento, a gatinha se aproximou de Sophia, que a pegou no colo com carinho.
— Acho que está ficando tarde — disse Sophia, levantando-se do sofá. Paul fez o mesmo, resultando em uma pequena colisão entre suas testas. Ambos riram nervosamente enquanto colocavam as mãos nas testas machucadas.
— Desculpa — disseram juntos, e o olhar cúmplice que trocaram logo se transformou em um sorriso tímido. Marie, no colo de Sophia, observava a interação com um olhar curioso, como se percebesse a química que estava surgindo entre os dois.Paul, ainda tentando recuperar a compostura, deu um passo para trás.
— Acho que é melhor eu ir — disse ele, começando a se afastar. Ele hesitou por um momento antes de continuar. — Eu... eu posso ver você novamente?
— Claro — respondeu Sophia rapidamente, um brilho de expectativa nos olhos. Ela se endireitou, segurando Marie um pouco mais perto. — Seria legal.
— Então, até logo, Sophia—Paul sorriu
Com um último olhar, Paul se virou e saiu pela porta, tentando parecer calmo apesar da tempestade de emoções que sentia. Sophia observou-o sair, mordendo levemente o lábio. Havia algo em Paul que parecia familiar, uma sensação de que seus destinos estavam, de alguma forma, entrelaçados. Enquanto a porta se fechava atrás dele, ela não pôde deixar de se perguntar onde mais poderia tê-lo visto antes.
(...)
Naquela mesma noite, Sophia estava deitada em sua cama, perdida em pensamentos, encarando o teto do quarto. A luz suave da lua entrava pela janela, lançando sombras delicadas nas paredes. Ao seu lado, Marie estava aninhada em um confortável cobertor, ronronando suavemente.
Sophia suspirou, relembrando o encontro inesperado com Paul. Havia algo em seu olhar, em seu jeito, que a deixava intrigada.
— Eu senti uma química entre você e o rapaz bonitão — murmurou Marie, sua voz suave interrompendo o silêncio e tirando Sophia do seu transe, a Cullen
piscou, surpreendida, e virou-se para encarar a gata.
— Disse algo, Marie? — ela perguntou, a voz tingida de curiosidade enquanto acariciava o pelo macio de Marie, a gata
abriu um olho preguiçosamente, observando Sophia com um olhar que parecia entender mais do que um gato comum deveria.
— Nada não, Sophia — murmurou a gata, fechando o olho novamente e voltando a dormir.Sophia deu um leve sorriso, pensando em Paul.
— Paul Lahote — murmurou baixinho, quase para si mesma, enquanto seus pensamentos vagavam de volta ao momento em que seus olhares se cruzaram. Ela sentiu um calor espalhar-se pelo peito, um sentimento novo e intrigante.
Enquanto se aconchegava mais no travesseiro, um pensamento persistente permanecia: havia algo de especial sobre Paul, algo que a fazia querer conhecê-lo melhor. Com esse pensamento, ela fechou os olhos, deixando o nome dele ecoar em sua mente enquanto o sono lentamente a envolvia.
Mais um capítulo postado amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️
Meta 20 curtidas amores
Até o próximo capítulo amores ♥️ 🥰 ♥️
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