Capítulo 5
Yoo Jeongyeon
Bom dia para quem teve uma ótima noite de sono e dormiu super bem. Boa noite para quem foi EXPULSA da sua própria cama e passou a NOITE INTEIRA em claro!
Você tem noção do que é estar no seu décimo sono e de repente sentir uma voadora nas costas? Ela me empurrou para fora da minha própria cama! Eu lutei contra ela que estava dormindo, mas ela ainda ganhou! Im Nayeon tem um péssimo mal dormir!
A garota parecia que estava sendo possuída, pensei até em chamar um exorcista.
Mas lá estava eu, sentada em meu puff amarelo gigante, na posição mais confortável que consegui encontrar, a única que eu consegui encontrar. O despertador acabou de tocar, a Im se sentou na cama plenamente, se espreguiçando e bocejando alto, como se tivesse tido a melhor noite do mundo.
- Então a bela adormecida finalmente decidiu acordar? - A mesma abriu os olhos assutada e me olhou surpresa.
- J-Jeongyeon.
- Dormiu bem? Acho que sim.
- Sim, eu dormi super bem. Por que está sentada aí? O despertador acabou de tocar, como já está de pé?
- Você não se lembra? - Ela negou - Você me expulsou da minha própria cama! Eu juro que pensei que precisava chamar um exorcista para fazer um ritual aqui, porque, misericórdia! Mil perdões, mas você tem um mal dormir!
Na mesma hora ela pulou da cama e se aproximou de mim, o que me assustou. Me levantei no susto e a olhei confusa.
- Eu sinto muito! De verdade! Eu esqueci de avisar sobre isso. Juro que não foi minha intenção. - Seu rosto se tornou vermelho. A essa hora da manhã e a Im já está corando!
- Não liga para isso, está tudo bem.
- Eu sinto muito, a cama é sua e eu te expulsei. Eu sou uma idiota. - Suspirei, segurei o seu ombro, a fazendo me olhar.
- Está tudo bem, Im. É sério - Acabei rindo do seu pequeno surto - Quero dizer, só levei uma voadora mortal nas costas e quase fiquei paraplégica, mas passo bem. - A mesma começou a rir.
- Isso, ri mesmo. Eu quase me tornando uma paraplégica e você dormindo plenamente. Tem noção do que é lutar contra uma pessoa dormindo e mesmo assim perder? - Não aguentei e acabei me juntando a ela.
- Me desculpa, eu esqueci de te avisar sobre isso.
- Está tudo bem, não foi nada. - Sorri
para a mesma.
Sabe aquele momento que você se esquece do espaço tempo e viaja na maionese ao ponto de só sair se alguém te chamar? Pois é.
Eu não sei o que eles tem, mas os seus olhos são tão chamativos ao meus olhos. São escuros como a noite, é como se eles pudessem te ver por dentro.
- Jeongyeon, acord... O que estão fazendo tão próximas? - A porta do quarto foi aberta, revelando minha mãe com seu famoso avental, nos encarando com a expressão mais surpresa possível. Ah, aquele sorrisinho besta não! - Eu atrapalho em algo?
- Não mãe! Não atrapalha em nada! - A mesma riu divertida.
- Então por que está tão próximas assim? Só falta colar as boquinhas e segura a cintura uma da outra pra não sobrar espaço algum.
- Mãe, por favor! Não é o que está pensando, ok? Estávamos apenas conversando.
- Sei, então eu sou o Batman por segurar uma colher e vestir uma capa de halloween. - Ela me fez revirar os olhos.
Nayeon assistia tudo com cara de desentendida. Suspirei e me afastei dela, peguei minhas roupas.
- Preciso me arrumar, não quero me atrasar para a aula.
E assim eu saí do quarto, seguindo o meu caminho para o banheiro. Ouvi Nayeon perguntar o que tinha acontecido, o que fez a Yoo começar a rir e dizer que não era nada.
Assim que entrei no banheiro, me despi e passei a me banhar do jeito mais demorado possível. Após terminar o meu momento de relaxamento, saí da banheira e fui vestir minha roupa, só não esperava ter esquecido de ter pego uma cueca. Não poderia pedir para a mamãe porque seria vergonhoso, então pensei: "Já tem vinte minutinhos, a Im já se arrumou e já deve estar tomando café."
E foi pensando assim que eu me enrolei na toalha e sai correndo do banheiro, indo em direção ao meu quarto. Entrei sorrateiramente, mas quando eu me virei, tive um choque interno e virei uma estátua. Para minha felicidade ou infelicidade, a Im estava no quarto... Nua!
Quero dizer, não totalmente nua, ela vestia um conjunto preto extremamente lindo e tentador. A mesma que me olhou surpresa, ela me olhou de cima a baixo, suas bochechas assim como a minha roborizaram.
Eu sei que essa não é uma situação adequada para isso, mas... Puta que pariu! Que corpo é esse Brasil!? Essas curvas estão me matando!
Ela percebeu a minha secada nada discreta, pegou a toalha na cadeira e se cobriu rapidamente.
- O-O que está fazendo aqui?! - Ela gritou.
- C-calma, não é o que está pensando, eu posso explicar!
- V-você estava me espiando? P-Por que está nua? Ai meu Deus, você é uma perver...
- Não! Eu não sou! Aham... Sei- Essa situação não foi planejada e é apenas um mal ocorrido. Não foi minha intenção entrar e te ver... Nua - e pronto, a menina se tornou um tomate - Olha, eu juro que não estava te espionando, E-eu esqueci uma peça de roupa, só vim buscar.
Dei um passo para frente a vendo dar um para trás. Senti vontade de rir da situação, mas resolvi deixar passar e não piorar as coisas. Peguei uma cueca preta no guarda roupa e mostrei a ela.
- Tá vendo? Não estou mentindo. Estou saindo agora, pode voltar a se trocar.
- T-talvez b-bom.
Pus a mão sobre a maçaneta e a abri, mas quando eu pus o pé para fora, dei meia volta e fechei a porta atrás de mim.
- O que está fazendo? - A Im perguntou.
- Shhh! Faça silêncio! Se descobrirem que estamos no mesmo quarto e quase nuas, será o nosso fim! - Sussurei.
- Quem está aí?
- Meu avós!
- O quê??
- Eu esqueci, mamãe avisou que eles viram ontem a noite e que passariam a semana aqui. Eles devem terem chego quando estávamos fora. Droga! Como eu pude esquecer disso?
- Eu não entendo, por que eles não podem nos ver no mesmo quarto? Eles não sabem que somos amigas?
- Você não entende, Im? Você está praticamente nua. Eu só tenho essa toalha me cobrindo! Não acha que parece estranho aos olhos de outra pessoa?
- A-ai meu Deus! - Ela me assustou - Você tem razão! Eles pensarão que... Que...
E foi nesse momento que a maçaneta da porta girou. Precisei usar toda a minha força para mantê-la fechada, olhando para frente vendo a Im dando um suposto ataque de pânico.
- E agora? O que fazemos? - Seu semblante era um tanto engraçado. É tão engraçado ver ela tão nervosinha assim.
- Rápido, se esconde em baixo da cama!
- Não dá, eu não entro ali, é pequeno demais.
- Droga.. -. A porta novamente foi empurrada.
- Acho que está trancada. Minha filha, onde está a chave reserva? - Ouvi a voz da minha avó. Lembrei, está ao lado do vaso, achei!
No surto, sai correndo para perto da Im e a joguei na cama. A mesma se surpreendeu, mas não liguei para aquilo. Pulei a cama e me joguei no chão no outro lado da cama, puxando a Im junto comigo, que caiu em cima de mim. Foi só o tempo de cairmos no chão para que a porta fosse aberta. Segurei a cintura de Nayeon, a impedindo de se mexer ou levantar.
- Ué? Onde está a minha netinha? - Vovó disse.
- Querida, acho que ela não está aqui. Vamos ver na biblioteca, normalmente ela fica lendo as revistas em quadrinhos que ela gosta. - Sim, vovó! Ouve o vovô e vai na biblioteca!
- Tá sentindo isso? Parece que tem pessoas aqui - Pronto, Fodeu!
- Aigoo, não tem ninguém aqui, deve estar sentindo coisas estranhas outra vez. Vamos, vamos ver na biblioteca.
- Estranho, eu jurei que tinha gente aqui. - Os passos próximos a cama foram se afastando, logo o barulho da porta se fechando.
Assim que tive certeza de estávamos sozinhas outra vez, soltei todo o ar que estava prendendo, soltando a cintura de Nayeon.
- Essa foi por pouco - Suspirei.
- Não quero nem pensar no que a sua mãe pensaria se nos visse assim - Ela riu.
Eu poderia estar esperando qualquer coisa, tipo, qualquer coisa mesmo! Mas não ela se levantando e se sentando sobre as minhas pernas!
Sabe quando você perde o raciocínio e as forças do corpo, eu jurei que iria falecer naquele momento. Tendo a Im praticamente nua, sentada em cima do meu... MEU DEUS!!!
Eu estava fascinada com aquilo, aquela sem dúvida era a imagem mais linda que eu já havia visto antes. Mas se eu não agisse as coisas sairiam do controle.
Vamos Yoo, não seja a pervertida que é! Pense em coisas diferente, pense em coisas tristes!
Impossível! É simplesmente impossível você pensar em qualquer outra coisa, tendo uma beldade sentada em cima do seu ponto fraco que se anima por qualquer coisa!
E como se não bastasse isso, como se as coisas já não estivessem complicadas, a peça ainda começou a se mexer! Aí sim foi a minha ruína. Um certo alguém começou a dar visíveis sinais de vida, o nervosismo me consumia e a Im buscava por uma posição mais confortável... Piorando tudo!
- Nayeon... - Tentei levantar mas foi uma tentativa vergonhosa. Minha respiração estava se tornando pesada, eu estou perdendo o meu controle.
- Por que parece que eu estou sentando em alguma coisa dura? - PORRA, IM, ASSIM VOCÊ FODE TUDO!
- Nayeon...por favor... Merda....
- Hã? Disse alguma coisa?
Mordi os lábios quando ela sentou de uma vez. Na mesma hora me levantei, ficando a centímetros do seu rosto, segurando com tanta força a sua cintura que a mesma gemeu baixo.
- Porra, não se mexe!
Minha respiração pesada batia em sua rosto vermelhado. Se a porta não fosse aberta, eu juro que teria perdido o controle das coisas e teria jogado ela na minha cama, tirado aquelas peças de roupa íntima tentadoras, e...
- YOO JEONGYEON! O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI! - Minha mãe entrou no quarto.
- Fodeu!
• • •
- O que é essa marca vermelha no seu braço, e por que suas orelhas estão vermelhas? - Sana perguntou.
- Cara, eu não sabia que a Im era tão feroz assim. Ela tem 'mó cara de santa. - Mina fez as meninas rirem.
- Não é nada disso, suas mentes poluídas! Foi a minha mãe que fez isso comigo.
- E qual foi o motivo dela ter feito isso. Sua mãe só te bate quando faz algo grave. Tipo aquela vez que você transou no quarto dela - Dei um tapa na nuca de Tzuyu - Yah! Isso doeu!
- Mereceu por ter falado merda!
- Pode me dizer logo o que aconteceu? Tenho certeza que está ligado ao fato da Nayeon ter entrado que nem um foguete e com a cara toda vermelha, que parecia que tinha jogado um balde de água quente no rosto da garota. Ande, abre o bico, meu espírito de fofoqueira está clamando por novas fofocas - Disse a Minatozaki, me fazendo suspirar em rendição.
- Isso é vergonhoso para mim - Todas elas me olhavam como se quisessem comer a minha alma - Tá! Tem a ver com a Nayeon... Ontem o idiota do meu irmão saiu a noite e ela teve que dormir no meu quarto, sendo mais específica, junto comigo na minha cama...
- Ai meu Deus! Não me diga que você... Jeongyeon você estrupou a garota? Você engravidou ela? - Mina falou tão alto que conseguiu os olhares de todos a nossa volta.
- Não! Eu não estrupei ninguém! Ficou doida?!
- Ufa! Menos mal.- Elas suspiraram
- Acham mesmo que eu faria isso com alguém?
- De você, eu não espero nada - Olhei para Mina com cara de traída, a vendo dar de ombros - Vai logo, continua com a sua história, quero saber o porquê de ter apanhada da tia Yoo.
- Meus avós estão lá em casa, eles ficarão até o final de semana e eu tinha esquecido disso. Eu estava tomando banho, mas esqueci de pegar a minha cueca, então voltei para buscar no meu quarto, só que esqueci que a Im estava se trocando... Bem, eu acabei a vendo só com peças íntimas.
- Puta merda, você é uma sortuda do caralho, hein, Jeong! - Disse Mina - Vendo a gostosa da Im, praticamente nua? Me diz, como ela é? As curvas, eu quero detalhes!
- Você parece uma pervertida falando.
- Mas se você está com esse sorrisinho besta no rosto, é porquê gostou. Vamos, me diga, é mais atraente nua do que vestida?
- E ainda tem dúvidas? Cara, eu quase infartei quando ela sentou no meu colo. - E pronto, bastou dizer isso para que o silêncio se instalasse entre nós.
Mina acabou se engasgando com sua própria saliva, enquanto as outras me olhavam com os olhos arregalados e surpresas.
- O QUÊ? - Tzuyu exclamou.
- Menina, conta mais! Como assim ela sentou no seu colo? Ela já conheceu a Jeonconda? - Mina me fez revirar os olhos.
- Não, claro que não! Sinceramente, vocês só abrem a boca para falarem merda. - Ela riram - Mas foi quase isso que aconteceu, porque eu juro, que se a minha mãe não tivesse entrado no quarto, eu jogaria ela de jeito na cama e só pararia quando ela...
- NAYEON! COMO É BOM TE VER! - Senti minha alma sair do meu corpo ao ouvir tal nome sair da boca de Tzuyu. Será que ela ouviu?
- Oi meninas, como vocês estão? E a ressaca?
- Menina, nem me lembra disso. Eu fico
enjoada só de ver um prato de comida na
minha frente - Mina nos fez rir.
Quando me virei para olhar para ela, vi que não estava sozinha. Jimin estava ao seu lado, seu braço estava ao redor do pescoço da garota.
- Tá fazendo o quê aqui?
- Ah, qual foi maninha? Eu não posso andar com as amigas da minha irmãzinha? - Ele sorriu sínico - Além do mais, Nayeon queria cumprimentar vocês.
- E agora você virou a sombra dela? Ela não pode vir sozinha? Cara, você não faz parte desse bando, é um intruso. Não era o que dizia? Que andar com a sua irmã mancharia a sua imagem - Ri da sua cara de pânico ou sentir o olhar de Nayeon sobre si.
- V-você acreditou naquilo? É claro que eu estava brincando com você.
- Não tava não, oppa, você disse que éramos estranhas e que iríamos manchar a sua imagem que tem nesse colégio. Aquela imagem de galanteador e pegador de geral, sabe? - Disse Sana. As meninas e eu tentávamos prender a risada, mas o nosso rosto vermelho nos dedurava.
- Ai gente, eu estava brincando! Até parece que não me conhecem - Ele riu de nervosismo - E eu não vim aqui só para isso. Vim dizer que fui convidado para um festa, eles disseram que eu poderia levar quem eu quisesse. Topam ir?
- Meu filho, das festas eu sou a primeira a saber. Já sabia disso faz tempo, já até confirmamos com a dona da festa que iremos. Tá desatualizado, hein. Perdeu a manha, é? - Disse a Minatozaki.
- Você vai, Im? Eu adoraria ter a sua humilde companhia, sabe? Poderíamos tentar coisas divertidas, o que acha? - Todos olhando para a cara sem vergonha descarada da Myoui, a mesma que estava plena como se não tivesse dito nada - Que foi minha gente? É tudo na broderagem, na brincadeira! Eu estou falando de bebidas, podemos tentar coisas divertidas e diferentes com bebidas! Tão achando que eu sou pervertida? Eu sei que sou, mas não a esse ponto.
- Repetindo suas sábias palavras: "De você eu não espero nada" - E assim todos riram.
- Respondendo a sua pergunta, Mina, eu vou sim. Essa é a minha primeira festa nesse colégio, acha mesmo que eu perderia uma diversão? - A Im tinha um sorriso sapeca no rosto.
- Essa é das minhas, hein! Tô sentindo que essa é das minhas! Essa aí adora uma diversão, se é que me entendem - Sana fez com que todos, menos o bocó do Jimin e a Nayeon que não entendeu, rirem.
- Enfim, iremos sim, se é isso o que quer saber. Pode ir para o seu grupinho agora, irmãozinho. - Ouvi o mesmo estalar a língua e amarrar a cara. Sorri divertida com a situação, olhei para as meninas e forcei um sorriso amigável - Preciso ir a aula agora, se eu chegar atrasada outra vez, o professor vai começar a pegar no meu pé, e isso seria um saco. Nos vermos no intervalo.
Me aproximei de Jimin, ficando ao lado do seu ouvido.
- Se quer fazer algo, faça direito. Ao menos esconda esse chupão ridículo no seu pescoço. Ou quer ser descoberto logo de cara? Ele rapidamente levou a mão ao local marcado - Você me dá nojo, sabia? Ela não uma garota que merece passar por isso, se você não terminar com ela ou parar de fazer o que está fazendo em duas semanas, eu conto para ela e ainda conto para a mamãe, ouviu?
Ele nada disse, apenas apertou com raiva o seu pescoço.
- Vou entender isso como um sim. Não se esqueça, duas semanas. Você escolhe o que fazer, seja sábio.- Dei dois tapinhas em seu ombro.
- Nos vemos mais tarde meninas!
Sai dali sorrindo vitoriosa por ter causado medo naquele bobão.
O resto do dia foi a mesma chatice de sempre. Aulas chatas, matérias chatas, professores chatos, escola chata! Não vejo a hora desse inferno acabar!
Quando finalmente deu a hora de ir embora, peguei minhas coisas e fui correndo para casa. Marquei com as meninas de nos encontrarmos na festa.
Tomei um banho gelado, separei a melhor roupa que eu consegui achar. Não que eu queria impressionar alguém, só seria bom receber um certo elogio de uma certa pessoa, não é?
Me banhei com a melhor fragrância, sei lá, vai que alguém decida cair nos meus encantos? Preciso estar cheirosa, meu cheiro precisa ficar grudado na roupa e corpo da pessoa por pelo menos uma semana.
Avisei a mamãe que iria a uma festa com as meninas, a mesma que nem ligou e não me barrou.
Segui o meu caminho para a casa de uma pessoa que conheço bem, Shuhua é o nome da peça, ela é a dona da festa. Estou com grandes expectativas, já que ela é mestra em dar festas.
Assim que cheguei em frente a sua casa, o som alto da música invadiu os meus ouvidos, quando entrei no local, um cheiro muito forte de álcool subiu. Respirei fundo e sorri satisfeita. Nada melhor que uma boa festa!
Segui entre a multidão, estava em busca das meninas, mas até agora não encontrei ninguém, então resolvi curti um pouco. Bebi alguns copos de vodka e fui dançar com algumas pessoas na pista de dança. Quando cansei, voltei a minha busca de minhas amigas malucas, mas nem um sinal de nenhuma delas. Será que elas furaram comigo? Ah, mas elas vão se ver na minha mão de fizerem isso!
Passei por diversas pessoas, mas não vi nenhuma delas! Meu Deus, onde foi que ela se meteram?
Avistei Jimin e Nayeon próximos a mesa de drinks, então decidi me aproximar. Acho que nunca vou parar de me surpreender com tamanha beleza da Im. Céus! Como alguém consegue ser tão linda assim?
- Jeongyeon! Você veio! - Ela disse assim que me viu.
- Eu não perderia essa festa por nada - Sorri para ela.
Ficamos conversando, colocando o papo em dia - Mesmo que fosse assuntos aleatórios até que de repente um garota desconhecida se aproximou. A mesma que percebi ter um olhar fixo em Jimin, o mesmo que retribuía tal olhar sem nem ao menos disfarçado as segundas intenções que ele carregava.
- Ei grandalhão, me ajuda a carregar as caixar de bebida? Os meninos da festa precisão ajudar a carregar o peso, você aguenta? - A menina sorriu maliciosa.
- A pergunta é: Você aguenta? - Ele carregava o mesmo sorriso. Enquanto eu assistia aquilo pasma, chocada com tal audácia do garoto que tenho nojo de dizer que é meu irmão. Meu SANGUE!
- Não me subestime, eu aguento qualquer coisa. - Ela piscou para o mesmo.
Meu queixo batia no chão, estava chocadíssima. O pior de tudo é ver que a Nayeon, não faz nada! Será que ela não tá vendo o que está acontecendo aqui??!
- Nayeon, eu vou ajudar ela e já voltou, ok? Enquanto isso, a Jeongyeon te faz companhia. - Ele nem ao menos olhou para a garota.
- Tudo bem, eu vou esperar - Ela sorriu... ELA SORRIU!!! Porra produção, tira os meus olhos que é menos torturante!
E assim aquele ridículo saiu com um sorriso malicioso estampado no rosto ao lado da garota de cabelo escuro e comprido, me deixando indignada ao lado de Nayeon.
Olhei para a mesma e a vi plena como se não tivesse noção do que acabou de acontecer. Morrendo de raiva, segurei o seu pulso e a levei para um lugar mais privado, no corredor do segundo andar onde estávamos sozinhas e com mais privacidade. A prensei contra a parede, a vendo ficar surpresa.
- É sério?
- É sério o quê?
- Uma garota gostosa e linda do caralho chegou de repente, chamou o seu "namorado" para não sei a onde, jogou todo o charme para cima dele, olhou e falou coisas com segundas intenções, e você deixou ele ir?
- Do que você está falando, Jeongyeon? Ela pediu ajuda para carregar as caixas. Você ouviu. - Ela me fez rir.
- Por favor, abra os olhos! Tá na cara que ele não foi carregar porra de caixa nenhuma!
- Ah é? Então o que ele foi fazer.
- A mesma coisa que ele fez na noite passada. Te trair! - E assim o silêncio se instalou.
- O quê? - Sua expressão mudou.
- Até parece que está surpresa com isso. Você não viu o chupão que estava no pescoço dele hoje no colégio? Ele está te traindo, Nayeon!
- Isso não é verdade, ele disse que foi picada de mosquito!
- Não me faça rir, que mosquito faz um estrago daquele? O garoto parecia ter sido mordido por um cachorro violento! - Ela suspirou.
- Não vamos brigar como aconteceu ontem a noite. Não quero falar sobre isso! - Ela tentou sair dali, mas fui mais rápido e prensei o meu corpo no seu. Tirando todas as chances que ela tinha de poder sair dali.
Nossos corpos estavam colados, nossas bocas a centímetros de distância, nossas respiração se mesclava e nos encarávamos fixamente.
- Abre a porra do olho! Ele está te traindo! É tão difícil acreditar em algo que você já está vendo?
- Para de brincadeira, me solta, Jeongyeon! - Ela se debateu.
- Você gosta dele tanto assim? Ficaria com ele mesmo sabendo que está sendo traída?
- Para de falar besteiras! Anda, me solta?
- Por que está fazendo isso? Por que está se rebaixando a esse nível? Você gosta dele? Está com ele apenas pela fama?
- O quê? - Sua expressão mudou por
completo.
- Está com ele apenas pela aparência, não é? Por ele ser famosinho na escola? Se esse for o caso, não ligaria se também ficasse comigo, não é?
- Acho melhor você parar de brincadeira e me soltar agora!
- Ou o quê? - Desci minha mão para a sua cintura, a apertando. Me aproximei do seu pescoço e deixei um beijo no local, ouvindo um suspiro de sua parte - Vai fazer o quê?
Com a minha outra mão, desci até os seus montes carnudos, apertando de leve a ouvindo arfar. Suas mãos foram de encontro aos meus ombros, tentando me empurrar.
- Se você fica com ele por fama, também pode ficar comigo. Não me importo de ser usada desse jeito.
- Jeongyeon, você... - E antes de deixá-la terminar de falar, saciei minha vontade e selei nossos lábios de uma vez de uma maneira bruta.
Ela estava completamente estática, parecia uma estátua. Segurei a sua nuca, a trazendo para mais perto e acabando com todo o espaço restante entre nós duas. Quando pensei em intensificar as coisas, ela me empurrou com toda força para longe, deferindo um forte tapa na minha cara em seguida.
A olhei incrédula, vendo uma expressão de arrependimento em seu rosto.
- J-Jeongyeon, eu... Eu... - Ela tentou dizer alguma coisa coisa, mas nada saia.
Me contendo para não fazer uma besteira bem grande, sai dali morrendo de raiva. Mas não por ela ter me batido por eu ter beijado ela a força, porque nisso ela estava com toda a razão. Mas estava com raiva por tentar avisar e mostrar os fatos que estão na cara dela, e mesmo assim ela não acreditar! Não é possível que só eu tenha pensado aquilo com aquela cena de mais cedo!
Passei por todos entre a multidão, iria ir embora se não tivesse visto Mina sentada ao lado de uma garota bonita. Me aproximei da mesma, que me encarou toda sorridente ao me ver. Segurei o seu pulso e a arrastei até o banheiro, trancando a porta logo em seguida.
- Yah! Será que tem como você parar de fazer isso? Eu estava desenrolando com aquela garota, você estrag... - Não dei tempo para que terminasse de falar, pois logo beijei a sua boca de forma eufórica e rude.
Mina parecia surpresa quando minhas mãos foram de encontro a sua saia, a abaixando junto de sua calcinha.
- Jeongyeon, espera...
Tratei de descer os beijos pelo o seu pescoço. Pela primeira vez desde que começamos tudo isso, ela parecia lutar contra os meus atos. Mas pensei que talvez fosse ela se fazendo de difícil outra vez, por isso segui com o que estava fazendo.
Sem mais demora, abaixei o zíper da calça, colocando o meu membro para fora e o encapando com a camisinha que tinha no bolso da minha calça. Não tardei em colocar o meu pau dentro dela outra vez. A mesma que soltou um alto grito.
Suas unhas estavam fincadas no meu ombro, ela estava com os olhos fechados. Passei a me mover de maneira bruta e rápida, enquanto ela gritava.
- Jeongyeon, para... - Não dei ouvido e continuei. - É sério, para!
- Eu sei que você quer isso tanto quanto eu, pare de se fazer de difícil.
- Não, eu não quero! Para agora mesmo! - Ela aumento o tom de voz. - Eu mandei parar!!!
Meu surpreendi. Obedeci as suas ordens e sai de dentro dela. Só tive tempo de colocar o meu membro dentro da minha cueca e subir o zíper, antes de ser atingida por mais um tapa na cara.
Ah, fala sério! Dois tapas na cara na mesma. noite! Hoje com certeza não é o meu dia!
Levei a mão ao local atingido e a olhei, pensei em dizer alguma coisa, mas fiquei surpresa ao ver as lágrimas rolando pelo seu rosto. Meu Deus, ela está chorando!
- Minari...
- Eu mandei parar, porra! Será que não ouviu? Eu não queria, eu não quero!!! - Ela exclamou. - Esse tapa não foi nem metade do que você merece pelo o que acabou de fazer!
Ela passou por mim e saiu do banheiro. Foi aí que eu percebi a merda que tinha acabado de fazer. Rapidamente sai correndo atrás dela, gritei o seu nome por toda a casa, mas a mesma continuava andando entre a multidão. Do lado de fora da casa, consegui segurar a sua mão antes que ela conseguisse entrar no táxi.
- Mina espere, eu...
- Me solta agora mesmo! - Me surpreendi, na mesma hora eu a soltei. Nunca a vi dessa forma. - Eu não sei que porra está acontecendo com você, mas hoje foi o limite. Você me forçou a fazer algo que eu não queria! Temos regras: não fazer nada sem a minha permissão! Você me machucou!
- E-eu, eu...
- Se for continuar assim, acho melhor pararmos com essa porra de amizade colorida. Eu não sei o que você tem, mas trate de descobrir logo, assim como foi o limite para mim hoje, amanhã pode ser para as meninas! - Suas lágrimas rolavam pelo seu rosto, me fazendo me sentir a pior pessoa do mundo - Eu não quero mais isso, sinto muito, mas encontre outra trouxa para fazer essa palhaçada com você! Porque eu estou fora! Hoje foi a porra do limite!
Ela se soltou do meu braço e bateu a porta do carro, o mesmo que dirigiu para longe dali.
- PORRA!!! - Gritei chutando uma pedra.
Droga Jeongyeon, o que você fez? O QUE VOCÊ FEZ??!
Porra, ela estava chorando, Jeongyeon! Por sua culpa! Você fez a sua melhor amiga chorar por seu orgulho ferido!!!
Sai correndo dali, corria feito uma louca pelas ruas, corria em direção a residência dos Myoui. Preciso resolver essa burrada. Não posso deixar as coisas assim. Preciso pedir perdão!
Os minutos pareciam eternidades, meu coração estava acelerado, tinha medo de perder ela. De perder a minha melhor amiga, a que sempre esteve ao meu lado quando eu mais precisei. A que estou por um fio de perder por uma atitude idiota e sem noção que eu tive!
Toquei a campainha feito uma louco, logo vendo o portão ser aberto. Entrei a na casa correndo, sendo recebida por Hyuna.
- Jeongyeon, que bom que veio. A Mina chegou aqui chorando, você sabe o que aconteceu? - Ela disse preocupada.
- Sim, eu sei e só eu posso resolver. Você sabe onde ela está? Preciso conversar urgentemente com ela, preciso resolver as coisas antes que se tornem mais complicadas ainda.
- O que aconteceu?
- Eu fiz merda, Tia. Uma merda muito grande e agora corro o risco de perder a minha melhor amiga! - Meus olhos encheram d'água na mesma hora.
Minha respiração estava descompassada, buscava feito uma condenada por ar, mas aquilo não importava naquele momento.
- Tia, por favor, me diz onde ela está. - Minha voz saiu falha.
- Não acha melhor se acalmar primeiro, você parece muito agitada, mal consegue respirar, quer um pouco de água?
- Não, Tia, obrigada. Eu preciso ver ela, preciso resolver as coisas. Por favor me ajude. Ela suspirou.
- Ela me disse que não queria te ver - E pronto, agora eu posso chorar. Obrigada! - Mas eu não posso deixar as coisas assim. Ela está no quarto dela.
- Muito obrigada, Tia Hyu! - A abracei rapidamente.
Corri pelas escadas, quase caindo e tropeçando em meus pés. Abri a porta brutalmente, a vendo deitada em sua cama, agarrada ao travesseiro e chorando. Aquela imagem me fez sentir uma dor imensa no meu peito. Saber que a culpada de tudo aquilo era eu, foi muito doloroso para mim.
- M... Mina... - Ela nada disse, nem ao menos se virou. - Minari..
- Vai embora - Ela disse com a voz embargada.
Fechei a porta atrás de mim. Me aproximei e me sentei na cama, tocando com receio a sua cabeça.
- Eu disse para você ir embora! - Ela se sentou na cama.
- Não antes de eu me desculpar.
- Pois saiba que eu não vou desculpar porra nenhuma!
- Eu te entendendo, não te julgo. Se eu estivesse no seu lugar faria coisa pior. Daria vários tapas na minha casa, me encheria de soco e me xingaria de todos os possíveis palavrões. Me jogaria desse janela se fosse possível.
- Você que está dando ideia, depois não chora quando isso acontecer. Eu sou louca a esse ponto, você sabe disso.
- Então faça. Eu não ligo, eu mereço isso. Eu mereço até coisa pior pelo o que eu fiz com você. Eu não queria, nunca quis e quero te machucar. Porra, você é uma das pessoas mais valiosas e preciosas para mim! - Ela secou suas lágrimas e fungou o nariz avermelhado. Segurei a sua mão e a coloquei no meu rosto - - Aqui, pode bater. Bate até se sentir mais leve. Até descontar toda a sua raiva.
- O quê?
- Pode bater forte, o mais forte conseguir. Eu não me importo de ficar com o rosto inchado amanhã ou o resto da semana. Contanto O que você tire toda essa raiva do peito, está tudo bem - Ela se surpreendeu - Eu vou entender se você nunca mais quiser olhar na minha cara. Você tem todo o motivo para isso, eu sou uma péssima amiga, não mereço a sua amizade. Então eu repito, pode bater.
Ela olhou em meus olhos, se preparou para me dar um belo tapa na cara, enquanto eu fechei os olhos e me preparei para impacto. Só não esperava que ela se jogasse em meus braços. Na mesma hora envolvi sua cintura e afoguei meu rosto em seu pescoço.
- Me desculpa. Eu não deveria ter feito o que fiz, não deveria ter feito algo que não quisesse, eu sinto muito mesmo. Eu sei que não mereço o seu perdão, mas se vale de alguma coisa, eu me sinto a pior pessoa do mundo pelo o que eu fiz.
Você, sem dúvida alguma, é alguém que eu me importo muito. A sua presença e amizade e importe para mim. Não sei o que seria de mim, sem você só meu lado me dando bronca, ou fazendo críticas sobre como eu tenho um péssimo gosto para decorações - Ela riu.
Segurei o seu rosto, secando suas lágrimas e fazendo carícia em sua bochecha.
- Me desculpa, por favor me perdoe.
- Ai, para com isso. Essa não parece nem um pouquinho com você. É bizarro ver Yoo Jeongyeon se lamentar e ser toda sentimental assim - Ela me fez rir - Eu te perdoo, dessa vez. Mas por favor, não faça mais isso. Aquilo foi assustador, você estava estranha, não parecia você. Estava fora de si e bruta.
- Me desculpa se eu te machuquei. Eu nunca quis isso. Eu estava com tanta raiva, que agi sem pensar e te machuquei. Eu sinto muito.
- Do que tanto tinha raiva?
- Eu... Esquece isso. Não vamos mais lembrar disso, tudo bem? Vamos esquecer esse capítulo e seguir em frente como sempre fomos. O que me diz, Mimi?
- Tudo bem! - Beijei sua testa e a abracei outra vez.
- Obrigada. Acho que não mereço sua amizade.
- Não merece mesmo! Deveria valorizar a grande amiga que tem. Você não é nadinha sem mim. - Ela me fez rir.
- Tem razão. Eu posso dormir aqui hoje?
- Olha lá, hein? Sem gracinha.
- Eu não vou tentar nada. Não vou fazer nada. Promessa de escoteiro - Levantei as mãos em Juramento.
- Você nem é escoteira.
- Você entendeu. Vai, deixa, por favor! - Implorei, a ouvindo suspirar.
- Tá, tudo bem. Você pode dormir aqui.
- Isso!!!
- Mas sem gracinha, hein, Yoo! Você deu o gatilho, qualquer tentativa sua eu te jogo da janela, ouviu!?
- Sim, senhora! - Bati continência, e assim começamos a rir.
O resto da noite foi repleta de risadas e momento de melhores amigas.
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