Capítulo 13
Myoui Mina
Fazem alguns minutos desde que as meninas foram embora, deixando Chaeyoung e eu a sós. O silêncio e a evitação do contato visual estão me matando. Não entendo o porquê eu estou tão nervosa assim, até parece que nunca nos vimos antes! Não entendo o porquê do meu coração estar tão acelerado assim!
- E então? Como se sente? - Ela quebrou o silêncio.
- B-bem, eu acho. Minha cabeça está doendo e o meu braço também, mas eu não entendo o porquê.
- Bem, você consegue se lembrar do acidente de carro, certo?
- Sim, eu me lembro.
- Você bateu a cabeça, e um pedaço de vidro da janela ficou preso no seu braço, esse é o motivo por estar dolorido.
Ela de repente se aproximou, me deixando nervosa. Prendi a respiração e me inclinei para trás quando ela aproximou os nosso rostos.
- O-o que está fazendo?
- O meu trabalho. Siga a luz com os seus olhos, ok? - Ela retirou uma mini lanterna de pupila do seu jaleco.
- C-certo.
Segui suas instruções dando início ao tal exame de check up que ela tinha dito. Olha, eu nunca cheguei a passar por isso, mas... O médico precisa ficar tão próximo assim do rosto do paciente?! Ou ela está fazendo isso para me provocar?!
Me assustei quando ela tocou o meu peito, ajeitando a minha postura. Eu sei que ela só está tentando checar se está tudo certo, mas ela poderia avisar, não é mesmo?
- Por que o seu coração está tão acelerado? Você está se sentindo bem? Sente tonturas?- Sim! - Você está me deixando tonta com esse cheio tão gostoso!
- Não. Deve ser a adrenalina ainda correndo nas minhas veias.
-Eu não acho - Ela segurou o meu rosto, aproximando o seu. Um sorriso idiota estava estampando nos seus lábios, enquanto eu sentia o meu rosto pegar fogo.
Por que ela está rindo? Ela está achando isso engraçado?! E a pergunta que não quer calar, o que está acontecendo comigo, caramba!?!!
- T-tem alguma coisa no meu rosto?
- Tem.
- Tem? - Eu exclamei - O-o que tem?!
- Hmm... Um rosto muito bonito. Semelhante a uma beldade grega - Revirei os olhos, a vendo começar a rir.
- Isso foi tão brega.
- Mas foi tudo verdade, gata - Ela piscou para mim.
Céus, será que isso é uma punição do universo por eu ter arrasado os corações das garotas com quem eu fiquei? Porque não é possível!
- Muito bem, nada fora do normal - Ela pendurou o estetoscópio ao redor do seu pescoço, me encarando e suspirando em seguida - Eu vou fazer uma coisa que deve doer um pouco, mas não levo para o lado pessoal, ok?
- O que quer dizer co - Ai!!- Levei a mão a minha testa - Yah! Por que você me deu um peteleco?! - A vi sorrir satisfeita.
- A amostra do seu DNA indicava uma alta quantidade de álcool ingerida durante as últimas horas, o que indica que você bebeu, e bebeu muito! Por que diabos vocês estavam dirigindo se estavam bêbadas? Perderam a noção do perigo? Você deu sorte que não aconteceu nada grave, o estrago do acidente poderia ter sido muito pior. Se a batida fosse um pouco mais severa, você poderia acabar tendo sérios problemas cerebrais, e o pior, poderia ter ficado em coma. - Suspirei entediada, a vendo levantar a sombrancelha com repreensão.
- Eu sei que eu vacilei.
- E vacilou muito! Estava querendo morrer?
- Não! Claro que não!
- Eu pensei que você fosse mais responsável - Ela estalou a língua, me fazendo rir desacreditada de tal audácia.
- Eu sou responsável, ok?
- Eu estou vendo, só quase perdeu a vida de bobeira. Muito responsável você, não?
- Olha só, você veio aqui para ficar zombando de mim, ou para atender a sua paciente? Acabou com o seu exame? Eu estou cansada.
- Sim, eu terminei o exame, você está bem. Milagrosamente você só saiu com uma ferida no braço, ela deve cicatrizar em algumas semanas. Infelizmente você ficará com um pequena cicatriz.
- Isso não é nada, melhor do que estar morta, não? - Eu ri, recebendo um tapa na cabeça - Quer parar de me bater? Porra! Eu não gosto quando me batam!
- Estranho, quando eu te bati naquela noite você não reclamou nem um pouquinho. Pelo contrário, ainda pediu por mais - Ela sorriu maliciosa.
Sabe quando dá um branco na sua cabeça e você se esquece até mesmo que precisa soltar o ar para poder respirar, caso contrário você morrer asfixiada?
Essa me pegou completamente desprevenida! Que isso gente, pra que agredir dessa forma? Deu até calor aqui!
- O que foi? Foi demais para o seu coraçãozinho aguentar? - Ela zombou.
- Pobrezinha, precisa de muito mais que isso para me deixar sem graça. Tente mais um pouquinho - Entrei na sua brincadeira batendo em seu ombro, a vendo rir.
Vendo que eu estava em uma posição de desvantagem, me levantei para poder ficar de pé. Pelo menos se ela tentar alguma coisa, eu vou poder tentar reagir de alguma forma.
Ela me lançou um sorriso pervertido. Sinceramente, eu nunca vi uma pessoa tão descarada como ela. Ah não, eu vi sim... EU!
Eu já não tenho mais dúvidas, meus caros, isso é sim um castigo do universo. Um castigo que estranhamente eu estou amando e me divertindo. Loucura, não?
- Não sei se lhe avisaram, doutora, mas os meus olhos estão aqui em cima, não na minha bunda.
- Eu sei disso, mas esse tempo tudo eu já estava olhando para os seus olhos, deixa eu apreciar outra vista agora - Revirei os olhos.
- Você é tão sem vergonha.
- Mas foi essa sem vergonha aqui, que te deixou louquinha.
- Pensei que não misturasse o seu lado pessoal com o profissional, senhorita Son.
- O meu expediente termina em alguns minutos e eu estarei em horário de jantar, por que não adiantar alguns minutinhos?
- Que coisa feia, burlando as regras? Que bom exemplo você está dando para a sua dongsaeng, não?
- Não é tão ruim bular as regras um pouquinho, afinal, não é todo dia que você encontra alguém tão linda como você - Ela mordeu o lábio inferior com o mesmo sorrisinho idiota estampado naquele rosto maravilhoso. Tal sorriso que eu estou me segurando para não tirar a força!
- Você pretende bater algum record de cantadas por segundos, ou o quê? Alguém me traga um prêmio, você realmente está se superando. Você é boa nisso - Peguei uma garrafa de água em cima da mesa e matei a minha cede, já que em questões de segundos a minha garganta ficou seca.
- Sou boa em muitas coisas, baby. Principalmente com as mãos, você deveria saber muito bem disso. - Comecei a tossir engasgada com a água.
Ok... I'm done!!! Não tem como, com ela não tem como!!! É bordoada atrás de bordoada! O que ela quer? Me matar? Continua nesse caminho, minha cara, que você vai acabar conseguindo!!!
Ajeitei a minha postura, limpando a garganta e a encarando com o resto levemente vermelho.
- O seu exame já terminou doutora, você não tem um horário de jantar para aproveitar?
- Já estou fazendo isso.
- Não vai comer nada?
- Bem que eu queria, mas não é possível quando o que eu quero está indisposto no momento.
- Tudo bem! Agora você bateu o seu record, não é possível! - Ela riu da minha reação - Você me superou! Parabéns, eu
entrego a você a coroa e certificado do Ser mais descarado, safado e pervertido do século!
- Obrigada, obrigada - Ela me fez rir.
Me sentei na poltrona de frente para ela, a vendo se sentar na maca largando sua prancheta de lado, entrelaçando os seus
dedos.
- O que você quer, hein? Tenho certeza de que não está aqui ainda só para admirar o meu lindo rostinho. - Fui direto ao ponto.
- Embora eu adore passar o meu tempo te admirando, você está certa, eu quero sim uma coisa.
- Por favor, não me diga que é outra cantada ruim - Ela gargalhou.
- Minhas cantadas são incríveis, ok? - Eu ri - Mas não, não é isso. Eu tenho algumas perguntas para fazer a você.
- E o que seria?
- Aquela garota que fez questão de ficar aqui com você, é ela, não é?
- Ela o quê?
- É ela a garota que você estava falando, que você estava chorando por ela estar gostando de outra pessoa, certo?
- Sim, é ela - Suspirei - Como descobriu? Não vai me dizer que estava me stalkeando esse tempo todo!
- Não, claro que não. Dá para perceber, você não olha para ela do mesmo jeito que olha para as outras meninas. Que por sinal, são lindas pra caralho! Que grupo é esse, senhor?
- lihh, não começa não! São todas comprometidas, ouviu? Tira o olho!
- Que pena saber disso, até mesmo você é comprometida? É uma pena saber disso - Eu não estou gostando disso, hein! Tô sentindo que vai dar merda!
- E-eu não sou comprometida.
- Mas você acabou de dizer.
- Eu disse que elas são, eu não sou, entendeu agora?
- Isso sim é bom de se ouvir! - Ela sorriu amplamente, me fazendo suspirar.
- Mais alguma pergunta?
- Mais uma, na verdade.
- Faça, eu estou me sentindo cansada.
- Eu poderia saber o porquê da Senhorita Myoui ter me evitado esse tempo todo? - Eita porra! Sujou, a casa caiu!!!
Tudo o que eu consegui fazer naquele momento foi evitar o seu olhar e começar a rir de nervosismo, enquanto a mesma me encarava confusa.
- E-eu? Fugindo de você? Que dia foi isso? - Ela riu.
- Mina, você saiu correndo quando eu apareci na sua escola.
- Bem, eu tinha algumas coisas para fazer.
- Ah é mesmo? Então porque você fez a mesma coisa nos últimos trintas dias do mês passado?
(N/A: 30 Dias Mina????)
- Nossa, você contou? Isso é inacreditável.
- A questão não é essa. Pode responder a minha pergunta? Por que me evitou? Eu fiz alguma coisa errada? Você... Não sente vergonha de mim por eu ser mais
velha, não é? - Ela disse com um olhar de preocupação.
- Não! Claro que não! De o de tirou isso? Eu não sinto vergonha de você.
- Então por que fez tudo isso?
- Unnie, eu....
- Eu senti sua falta. - Arregalei os olhos surpresa.
Meu coração fraquejou, as batidas se tornaram mais rápidas e uma onde de felicidade me atingiu. Meu Deus! Eu acho que as meninas estão certas!
- S-sentiu?
- É, eu senti. Estranho, não é? É estranho, já que ficamos juntas por apenas uma noite, mas eu simplesmente não paro de pensar em você - Ela suspirou, enquanto eu lutava para não sorrir e me dedurar - Mas aí você ficou me evitando e eu me senti uma idiota. Eu entendo, você é cinco anos mais nova que eu, tem a vida toda para se divertir. Mas... Eu apenas gostaria que você falasse diretamente comigo.
- Aí! Cala a boca. - Acabei rindo da sua cara de confusão.
Deixei o copo em cima da mesa e me levantei, caminhando em sua direção e a empurrando contra o colchão da maca. A mesma se apoiou em seus cotovelos, aproveitei a sua baixa guarda para se aproximar do seus rosto, encarando fixamente os seus olhos. Ela passou a língua pelos seus lábios, levei minha mão ao seu rosto e segurei o seu pescoço.
- Eu não te evitei por você ser mais velha que eu. Idade? E daí se você é cinco anos mais velha que eu? São apenas números idiotas.
- Então por quê?
- Quer tanto saber o por quê? - Ela concordou, me fazendo suspirar. Aproximei mais ainda os nossos rostos deixando uma distância de alguns centímetros para que nossas bocas se colassem de vez - Eu não te evitei porque quis, não porque tinha vergonha de você ser mais velha, não porque eu não queria te ver, não porque aquela noite não passou de uma brincadeira para mim. Acha mesmo que eu também não pensei em você todo esse tempo? Eu mal conseguia dormir nos primeiros dias, acha mesmo que eu não tinha vontade de responder as suas mensagens ou ligação?
- Então por que não fez isso?
- Porque eu estou confusa! Tão confusa que já nem sei mais o que eu estou sentindo!
- Confusa com o que sente? Confusa com o sente pela sua amiga?
- Não sua boba, por você. Confusa com o que eu estou começando a sentir por você! - Ela arregalou os olhos.
- Por mim? De que forma?
Saciei a minha vontade e a puxei por seu jaleco, beijando os seus lábios outra vez. Os lábios que eu senti falta tanta falta e que sempre invadiam os meus sonhos. Senti sua mão em minha cintura e o seu corpo deitar na maca. Esquecemos completamente que estávamos em um hospital, fiquei tão entretida com aqui que até mesmo a dor no braço sumiu como um passe de mágica. Nossas línguas dançavam em completa harmonia, tudo estava perfeito.
- Dessa forma - Falei ofegante - Eu estou confusa com o que estou sentindo por você desde aquela noite, te evitei por esse motivo. Não foi por eu não querer te ver, não foi por você ser mais velha. Foda-se se você é cinco anos mais velha, eu não me importo com isso! Eu fugi de você porque não queria admitir isso, não queria admitir o que eu estava sentindo isso. Não queria admitir que gosto de você. Mas, droga! Eu gosto de você! - Ela riu.
- Mas você não gosta de outra pessoa? Da sua amiga?
- Exato! Era isso o que eu pensava, mas ela mesmo abriu a minha mente - A confusão estava estampada na sua cara - Jeongyeon e eu somos melhores amigas desde que éramos crianças, fomos praticamente criadas juntas. A nossa amizade é tão forte que eu confundi o que estava sentindo, desde os doze eu pensava que estava apaixonada por ela. Mas quando eu conheci você, tudo mudou. Você chegou em uma noite de repente e fez o mundo virar de ponta cabeça, eu nunca fiquei assim por nenhuma das pessoas a qual eu me relacionei. Nem mesmo a Jeongyeon! - Chaeyoung arregalou os olhos.
- Espera, você está me dizendo que já dormiu com a sua amiga?!! - Ela exclamou.
- Fala baixo! Quer que o hospital inteiro escute?!
- Você dormiu com ela?!
- Eu não dormi com ela, foi apenas uma troca de conhecimentos. Uma amizade colorida. Eu te disse que somos bem íntimas.
- E coloca intimidade nisso! Que tipo de amizade é essa? Bizarro!
- Eu sei, por isso decidimos parar. E também porque ela está namorando agora, então...
- Eu sinto muito por isso.
- Por quê? Se eu acabei de dizer que eu estou gostando de você? Espera? Eu falei isso em inglês e não percebi?
- Eu acho que fui eu que ouvi errado agora. Você disse que gosta de mim? Tipo... Não como uma amizade?
- Sim.
- Como algo romântico?
- Sim!
- Tem certeza de que não é só tensão sexual, não?
- Ai meu Deus! Se fosse isso eu já teria te jogado nessa maca de jeito e apelado no seu ponto fraco, sem nem me importar se estamos em um hospital! Acha mesmo que eu demoraria tanto para transar com você? As coisas comigo são rápidas, baby. Eu gosto de coisas rápidas, you know?
- É bom saber disso - Ela sorriu maliciosa.
- Idiota - Acabei deixando um sorriso
Bobo escapar.
- Você realmente não se importa com idade?
- Claro que não, eu já disse, são apenas números. Isso não muda o que você é. E mesmo que eu ligasse, abriria uma excessão para um rostinho bonito como o seu.
- O que os seus pais diriam sobre isso? Acha que eles aprovariam?
- Minha mãe diria que eu sou uma sem vergonha por dormir com uma desconhecida na primeira noite, mas ela não julgaria por eu me relacionar com alguém mais velho. - Ela gargalhou. Estou começando a me viciar em ouvir essa risada! - E-u sei que é meio estranho, essa praticamente é a segunda vez que nos vemos por tanto tempo, mas eu... Eu... - Por que diabos eu estou nervosa? Cadê aquela Mina descarada que não tem vergonha de nada? O que está acontecendo comigo?
- Você?
- E-e se... A gente... Você sabe, bem... -Ela sorriu, segurando o meu rosto e acariciando a minha bochecha.
- Quer sair comigo? Não eu como a sua unnie, mas como um encontro? Aceita dar um passo a frente e tentar algo comigo? Algo sério?
- Eu quero! - Sorriu amplamente, tal sorriso que morreu ao vê-la me encarar fixamente sem dizer uma palavra se quer - O-o que houve?
- Acho que eu nunca vi alguém tão linda assim na vida. Wow! Eu realmente sou uma mulher de sorte!
- Não me acostume assim, depois que eu me apego a algo é difícil de largar.
- E quem disse que eu vou te soltar? - Ela me surpreendeu - Não tem mais saída baby, você já é minha.
- Ah é? show me then - Sorri divertida.
Ela apertou a minha cintura, segurou a minha nuca e aproximando o meu rosto do seu, quando nossos lábios se tocaram a porta do quarto foi aberta drasticamente, nos assustando e fazendo com que a gente se afastasse na velocidade da luz.
- Mina!!!! - Minha mãe choramingou com as lágrimas rolando pelo seu rosto. Ela correu eu minha direção e me abraçou tão apertado que eu nem conseguia respirar direito - Minha filha, você está bem? Eu vim correndo assim que a Nayeon me ligou. Onde está doendo? É algo sério?
- Não, eu só vou ficar com uma cicatriz no braço, mas não é nada demais. Eu estou bem, omma.
- Isso é bom - Ela suspirou aliviada - Agora eu posso te matar!
Não tive nem tempo de fugir quando ela segurou e puxou a minha orelha.
- Ah! Omma, tá doendo! Solta!
- Eu sei, é isso o que eu queria. Onde já se viu? Causar preocupação para sua mãe? Eu já sou uma jovem senhora! Meu coração não aguenta mais aturar as suas artes! Eu pensei que você tivesse morrido quando a Nayeon me disse que você tinha sofrido um acidente! - Ela voltou a chorar, me fazendo suspirar.
- Vamos fazer assim, você solta a minha orelha antes que ela seja arrancada fora, e em troca eu te dou um abraço para provar que eu estou bem, ok?
- Não! Eu vou continuar puxando a sua orelha, talvez assim você aprenda a parar de me dar dor de cabeça.
- Ei! Eu sou a sua única filha, você tem sim que ter um pouquinho de dor de cabeça comigo.
- Mina só essa semana você quase me deu um treco! Você foi para diretoria outra vez por briga no colégio, quase foi presa por ter arrancado um tufo de cabelo da garota. Sem contar que chegou em casa bêbada e traumatizou Sunmi e a Nayeon por quase ter ficado nua! Quer que eu continue? - Chaeyoung tentou prender a sua risada, mas acabou não conseguindo.
A olhei incrédula vendo com a mão tapando a boca e o rosto vermelho de tanto prender sua risada.
- Você está rindo ao invés de me ajudar?! - Exclamei.
- Eu vou fazer o quê? Ela está certa, ora. Quem sou eu para tirar a razão da sua mãe? Ela está mais do que certa! Eu te apoio, senhora Myoui!
- Eu gostei dela! Qual o seu nome? - Minha mãe me soltou, se aproximando da Son enquanto eu estava com a orelha queimando.
- Sou a doutora Son Chaeyoung, mas pode me chamar apenas de Chae. É um prazer conhece-la, senhora Myoui.
- O prazer é todo meu, doutora Son. obrigada por cuidar do meu bebê.
- Mãe!!!
- O quê? Você é o meu bebê e ponto acabou! Ela está se fazendo de descolada, mas vive agarradinha comigo igual a um bebê.
- Isso, me expõe mesmo! - Ela riram.
- Enfim, o que vocês são? Por que estavam tão tensas quando eu entrei no quarto? - Ela percebeu? Fodeu!
- S-somos amigas, boas amigas! N-não é, unnie? - Boa hora para gaguejar, não é Mina?!
- É, amigas bem íntimas - Ela sorriu
maliciosa. Alguém me mata logo!
- Pode parecer bizarro, mas eu jurei ter visto vocês quase se beijando - Minha mãe riu. E as coisas não param de piorar!!! Comecei a rir de nervosismo descontroladamente.
- Hahaha! Muito engraçado, omma!
- Não é? Eu acho que vi errado. Mas quer saber? Vocês formam um belo casal. Quantos anos você tem, querida?
- Vinte e dois, senhora - A Myoui respondeu.
- Cinco anos não é nada. - Chaeyoung suspirou aliviada - Você gosta da Mina? Ela é bonita, não é? Puxou a beleza da mãe.
- Omma! Será que tem como parar? - Falei entre os dentes.
- O quê? Olha pelo lado bom, teremos
uma médica na família!
É... Parece que essa noite será longa. Longa repleta de tortura!
- Sabe, a Minari é meio lelé da cuca as vezes, e até parece que bateu a cabeça seriamente, mas ela é uma boa garota. Vocês são amigas a quanto tempo?
- Pouco tempo, ela meio que ficou fujindo de mim, não é, "Minari"?
- Sério? Por que fez isso, Mina? Uma mulher dessa não se pode deixar escapar!!!
- O-omma, eu estou com fome e a comida do hospital é horrível. Pode comprar algo pra gente comer? Por favor?
- Ué? Eu jurei ter trago comigo. Eu saí tão frenética que esqueci a comida no carro.
Eu vou buscar e já volto. Junte-se a nós, Chaeyoung-ssi. Você ainda não jantou, não é?
- Sim, ela jan...
- Na verdade não, eu estou morrendo de fome - A olhei com um olhar mortal, a vendo sorrir.
- Ótimo! Vocês fiquem aqui, eu não demoro!
Consegui soltar todo o ar que estava
prendendo quando ela saiu do quarto. A
figura a minha frente começou a rir.
- Myoui Mina é filha da rainha da moda, Myoui Hyuna? Agora está explicado de onde veio tamanha beleza - Revirei os olhos com seu comentário- Nunca pensei que ela seria tão energética assim - Ela riu.
- Você ainda não viu nada.
- Ela parece ter gostado de mim. Acho que causei uma boa primeira impressão para a minha futura sogra, não?
- Mais do que deveria!
Ela se aproximou e segurou a minha cintura, um sorriso sínico estava estampando no seu rosto de orelha a orelha. Lá vem!
- Então somos amigas? - Ela sorriu maliciosa.
- Não enche, vai! - E assim ela retornou a rir.
Como eu disse, essa noite vai ser longa!
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