I Love You
Acordo com um barulho alto, vejo pessoas entrarem no quarto e me sento rapidamente, olho pra Hyunwoo que também olha pra porta, meu coração está acelerado, não por ter nosso quarto arrombado e invadido, mas sim por já saber do que se trata, ambos sabíamos que esse dia chegaria, mais cedo ou mais tarde. Vejo um senhor entrar no quarto com uma carranca medonha, ele nos olha e transfere um tapa no rosto do Hyunwoo, meu sangue ferve
-EI! -grito, ele pode ser o rei do Egito, mas não dá o direito de agredir o filho por não ter feito nada, até o porque agressão física é crime. O homem me olha com nojo e como se não bastasse vejo meu pai entrar no quarto
-Meu filho é uma marica - ele debocha - meu Deus, que decepção, como pude deixar chegar a esse ponto? Isso é culpa daquela vagabunda da sua mãe
-OLHA COMO VOCÊ FALA DA MINHA MÃE! - grito me levantando e levando um soco no rosto e cambaleando pro lado - que tipo de babaca você é?! - Hyunwoo me puxa pra seus braços
-A palhaçada aqui acabou - sr. Son diz - vamos, não tenho o dia todo e seu casório é hoje - Hyunwoo ri
-Não tem casório nenhum
-Arrume suas coisas Minhyuk, você vai pra Alemanha - meu pai diz me fazendo ter a mesma reação que Hyunwoo, rio
-Ou o que? Vão nos ameaçar? Ameaçar meus amigos? Manchar nossa imagem social? Até o porque vocês só estão satisfeito quando fazemos o que os dois querem não é? Fora isso, somos os lixos - sorrio desgostoso
-Eu cortarei qualquer tipo de laço ou contato que temos, vou deixá-lo em paz - ouço a voz de Hyunwoo mas não creio que ele mesmo tenha dito isso, sorrio deixando que uma lágrima caia, olho pra ele que se mantém sério, ele não faria isso comigo, ele não... voltaria
-Não, você não vai fazer isso - sr. Son afirma - quero uma prova de que isso é verdade
Hyunwoo se vira pra mim, sua expressão está séria, nenhum tipo de vestígio de que ele não fara isso, mais lágrimas caem, está doendo muito, como dói!
-Está tudo acabado, está livre pra viver sua vida e me esquecer - diz com firmeza
-Você não precisa fazer isso Hyunwoo - sussurro
-Eu quero fazer isso, nós dois não temos um futuro, me desculpe qualquer intenção que causei a você de que ficaríamos juntos. Foi uma boa experiência mas... não dá - ele abaixa a cabeça e se afasta pra pegar seu casaco me deixando com o coração na mão, por favor Deus, me dê um sinal de que ele não está falando sério, eu não vou aguentar isso outra vez.
Seu pai sorri
-Foi um ótimo negócio fechar com a empresa de vocês... ops, nossa empresa agora. Lee Minhyuk, estarei lhe esperando amanhã em minha sala da presidência - diz vitorioso
-Não tenho nada à tratar com você e sua corja de mentirosos, aliás, você educou muito bem seu filho. Em,questões de mentir, ele é ótimo - Hyunwoo passa por mim saindo com seu pai e a cambada, meu pai me olha
-Espero que esteja satisfeito - após se retira.
Entao acabou, todo esse tempo fugindo, larguei tudo pra trás por uma pessoa que me largou pra trás por tudo.
As vezes a ficha demora a cair e é até bom, a trouxisse é bom porque sempre fica com aquele gostinho de expectativa, mas quando a tal ficha cai o mundo desaba junto quebrando a ilusão que o mantinha aquecido, ele disse que me amava, ele me chamou pelo nome, foi algo intenso, eu pude sentir que estava sendo verdadeiro
"Eu também te amo, Minhyuk"
Porque me iludiu Hyunwoo? Coloco as mãos no bolso olhando a rua com alguns movimentos de dentro do silêncio no carro, sinto um papel no bolso e pego o mesmo
"Compartilhemos o que há de bom com a ciência de recebermos bons frutos, o fruto do amor. Deixemos o puro amor brincar de dançar, holofotes acenderão para aplaudirmos de pé esse lindo espetáculo do amar"
Leio os dizeres sem ter a mínima noção do que significa, minha mente da um estalo fazendo meu pobre coração se agitar, será que foi ele? Mas o que...? Será que é pra eu me encontrar com ele? Penso em algum lugar que tenha holofotes, câmpus? Seria muito óbvio. Quadra? Quadra! Fico com falta de ar, tamanha minha felicidade em saber que poderei vê-lo novamente, eu verei meu amor, oh! Me abano respirando fundo diversas vezes sem conseguir ter ar nos pulmões
-O que está havendo?! - meu pai pergunta rude, apenas nego com a cabeça até senti-lo puxar minha blusa rasgando um pouco finalmente permitindo a passagem de ar aos meus pulmões, deito a cabeça no banco, eu o verei novamente... sorrio.
~...............~
Corro pra quadra o mais rápido que consigo, olho ao redor sem vê-lo, não acredito, não posso ter me enganado, ando de um lado pro outro, dou a volta na quadra conferindo sua ausência e finalmente me permito chorar, como sou bobo. Ele deve estar indo pra lua-de-mel agora com a esposa, ele não a deixaria por um simples garoto bobo, Hyunwoo terminou nosso namoro... e eu aqui igual um tolo esperando que mudasse de ideia.
Soluço com o coração dolorido, é como se ele mesmo tivesse o arrancado e levado consigo para onde quer que esteja, nunca imaginei amar tão intensamente e aqui estou eu sofrendo novamente por alguém que não posso ter mais, olho o chão molhado por minhas lágrimas e levanto pra ir embora, talvez seja melhor aceitar a oferta de meu pai, talvez a Alemanha me ofereça uma vida melhor.
Dou a volta na arquibancada e algo de repente me esmaga sem que eu perceba ou veja o que é, mas de onde diabos surgiu esse ser? Tento respirar...
É o perfume dele
-Hyunwoo? - ele se afasta e me beija, seguro em seu rosto sentindo o gosto gostoso do seu beijo, ele está aqui, ele realmente veio
-Estou aqui meu amor, eu avisei que viria - sussurra sorrindo e me sela mais duas ou três vezes demoradamente, meu corpo e coração se aquecem
-Você me chamou... de...
-Meu amor, você é o meu amor, eu amo você Lee Minhyuk, mais do que imagina, você é tudo pra mim criança - sorrio largamente deixando que algumas lágrimas caiam e me afasto um pouco
-Como conseguiu vir até aqui?
-Um amigo meu está me ajudando, sr. Son confia nele então pude vir
-Como foi o casamento? Pensei que estivesse viajando pra lua-de-mel
-Não houve casamento criança, Kim Sue se sentiu mal e viajou com sua mãe pra um hospital em outro país
-Pensei que nunca mais fosse te ver - ele sorri me selando
-Acha mesmo que eu aguentaria ficar longe da sua rebeldia? Não vai se livrar de mim tão rápido, criança. Independente de qualquer situação, eu prometo nunca mais te deixar - sorrio o abraçando, embora todos os acontecimentos de hoje, eu estou feliz apenas em vê-lo novamente.
~××××~
-O que houve? - pergunto ao chegar na casa
-Sua noiva embarcou num vôo para se consultar em outro país, se sentiu mal - minha mãe avisa com toda sua frieza, subo pro quarto, tomo um banho rápido e me deito em minha cama, que saudade dessa maciez... imagino minha criança aqui comigo e sorrio abraçando o travesseiro, eu o deixei mal hoje com minhas palavras mas foi preciso, eu não aguentaria vê-lo partir para tão longe, lembro-me de deixar uma mensagem do "biscoito do amor" em seu casaco. Nossos momentos juntos foram tão perfeitos que jamais os esqueceria, tenho que vê-lo o mais rápido antes que leve à sério minhas palavras sobre seguir com sua vida, não consigo imaginá-lo com outro e mesmo se conseguisse, daria um jeito para tê-lo apenas pra mim, ele é meu assim como eu sou apenas dele.
Acabo caindo no sono durante meus pensamentos e acordo extremamente atrasado.
~...............~
Chego na empresa alheia no horário combinado pelo sr. Son, bato na porta da presidência e adentro a enorme sala
-Que horas você chegou?
-Antes das onze - respondo
-Liguei pro Kim Namjoon e ele me disse que você saiu as 22h40
-Tive que abastecer o carro
-Não foi debitado nada no cartão - observa
-Paguei em dinheiro - ele se vira pra me olhar e assente
-Sente e espere, ainda falta uma pessoa para esta reunião - manda, obedeço e espero pacientemente até ouvir duas batidas na porta, a pessoa entra - sente-se - não vejo quem é e pouco me importa - de hoje em diante você será o novo diretor desta empresa e para lhe mostrar minha confiança em você, Lee Minhyuk será seu mais novo assistente
arregalo os olhos e olho pra criança sentada ao lado mas afastado, ele mantém sua cabeça abaixada e vejo claramente seu nervosismo
-Me recuso a tê-lo como assistente! - afirmo, com essa criança ao meu lado vai tornar todo meu trabalho de nos manter em segredo ainda mais difícil
-Prefere que eu o deixe desempregado?
-Faça o que quiser, eu não me importo - consigo surpreender o velho a minha frente
-Espero que cumpra suas funções como o combinado - ele se dirige à criança e logo sai de sala nos deixando sozinho.
O silêncio pesado cai sobre ambos deixando um clima estranho, como se fôssemos dois desconhecidos.
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