First Day
Abraço o travesseiro sentindo a maciez e a preguiça me acolherem
Primeiro dia... porque?
Respiro fundo me sentindo um pouco melhor comparado à ontem, sinto o braço de alguém circular minha cintura e logo a respiração bater em meu pescoço me arrepiando, arregalo os olhos e me viro lentamente vendo um Jr num sono profundo, quase tenho um ataque cardíaco ao vê-lo
"Pelo menos não é ela" penso, observo os traços dele relaxado, tenho a ligeira impressão as vezes de que Jr gosta de mim um pouco à mais do que amigo, só não confirmo pois sei que essa miniatura (do meu tamanho) quando está com mulheres é pior do que Takuya... se bem que meu irmão não é tão ligado à essas coisas. Levanto sem fazer barulho mas acabo dando com o dedinho do pé no criado-mudo... por um momento o quarto fica meio esbranquiçado com a sensação anestésica que a batida causa mas depois... o bendito dedo lateja, Lee Minhyuk já começando seu dia bem, vou pulando pro banheiro, tomo um banho rápido e saio enrolado na toalha
-Isso tudo é frio?- Jr pergunta da porta, olho sua carinha sonolenta e sorrio
-Um pouco - faço minha higiene matinal e deixo o banheiro livre pra ele, procuro algo simples pra vestir nas poucas roupas que vou deixar aqui, puxo uma calça jeans qualquer, uma blusa clara e um casaco jeans, ajeito meus cabelos loiros os penteando com minha mão, pego minha mala e mochila indo pro carro dele, me despeço do meu irmão e deixo um beijo na testa de nossa mãe que ainda dorme, sentiria saudades de ambos. Apenas. Volto pro carro encontrando Jr
-Pronto?- pergunta
-Não - respondo e o carro se move, deixando claro desde já que estou fazendo isso apenas pela minha mãe, odiaria vê-la sofrer e... por Takuya pelo qual daria minha vida.
Vejo o prédio do dormitório, que belo jeito de começar, subo enquanto Jr fala com a proprietária, deixo nossas coisas no sofá observando o pequeno apartamento, daria para ambos, ele passaria o dia na rua assim como eu, não ficaremos muito, levo as coisas para o quarto dele e vou pro quarto ao lado, é bem aconchegante embora pequeno.
Vou pra sala enquanto Jr entra
-O que achou? - pergunta reparando no cômodo
-Dá pra ambos - respondo sem cerimônias, ele sorri
-Vamos, anime-se, não é o fim do mundo
-Do mundo não, mas da minha vida sim
-Eu sei pelo que está passando - suspira - mas não pode deixar que isso te abale, não pode deixar que ele te abale, eu já disse que estou aqui para qualquer coisa e não vou te deixar nessa
-Não pode estar comigo pra sempre Junior
-Se for preciso, deixo minhas coisas em segundo lugar e resolvo as suas, amigos são pra essas coisas
-Não diga tolices - respiro fundo
-Minhyuk, eu... - somos interrompidos por um sinal enjoado
-Aulas. - pego a mochila saindo porta a fora junto à ele, sei que quer me oferecer ajuda e tudo mais, mas ele as vezes coloca muita intensidade no que diz e chega muito ao extremo, sem necessidade.
As aulas se passam sem novidade alguma (embora seja o primeiro dia), ao terminar, vou andando para a empresa...
Empresa dele
Vou informalmente mesmo, já estou fazendo muito em ir, passeio pelas ruas e logo avisto um prédio alto e luxuoso, dou de ombros e entro, não pretendo fazer cerimônias, subo pro quinto andar, eu e a recepcionista trocamos olhares e logo ela me abre seu melhor sorriso
-Seja bem-vindo sr. Minhyuk, seu pai lhe aguarda em sua sala, por favor, me acompanhe - diz formalmente, ela anda na frente e eu reparo em sua roupa muito bem passada e impecavelmente limpa, seus saltos dariam para construir dois edifícios
*nada exagerado*
O jeito como ela anda me empolga e eu começo a imita-la, tendo a ligeira sensação de estar sendo observá-lo, me empino todo e finjo estar andando sobre os edifícios até que ela abre uma porta e se vira pra mim, volto ao normal e sorrio para ela entrando na enorme sala e ali está ele atrás de seu trono com aquela cara antipática
-Como foi seu primeiro dia de aula? - pergunta apontando a cadeira para que eu me sente e assim o faço
-Nada de interessante, foi bom - não demonstro o mínimo de empolgação pois realmente não estou empolgado
-Porque não usou o terno que deixei na porta do dormitório? - questiona ao reparar em minhas roupas, eu lembro de ter visto uma caixa mas não sabia que era pra mim, apenas dou de ombros - bom, seu trabalho aqui será na área de contabilidade enquanto não termina a faculdade. Estou quase fechando um grande negócio com a empresa de um velho amigo... Que não é lá essas coisas mas... podemos dar um jeito nisso. - diz pensativo e logo volta sua atenção para mim- vai se vestir, temos que anunciar uma parceria à mídia que logo estará aqui.
Fui de encontro ao suicídio e não sabia.
~××××~
Após voltar da escalada que meu motorista sugeriu... foi uma ótima idéia da parte dele e graças a isso meu mau humor se foi me deixando com uma pequena bondade com aquele ser engravatado e permito que ele tire umas folgas nessa semana, à escolha dele, me agradece muito e voltamos pra casa à tarde mas chegamos à noite
- Onde você estava!!! - vejo uma mulher com voz fina gritar comigo, Kim Sue não é muito conhecida por gritos e sim por ser muito enjoada e "fofa" quando quer, apenas ignoro e subo, estou soado, preciso de um banho. Eu subi e a deixei lá embaixo falando sozinha, correto?
Não.
Ela sobe atrás fazendo escândalo, e se ela não fosse mulher, eu já não estaria mais respondendo por meus atos, entro no cômodo retirando minhas roupas e finalmente embaixo d'água ouvindo seus protestos. Me dê paciência
-Chega! - falo alto assustando a criatura que me olha de olhos arregalados - deixe-me ao menos tomar um banho em paz
-O que houve com você? Porque está agindo assim? Porque está tão diferente? Porque não me dá atenção como no começo? Porque você... - a interrompo extremamente irritado
-Eu tenho a mais absoluta certeza de que você tem um pouco de inteligência para todas essas perguntas - respondo com frieza, ela abraça o próprio corpo enquanto me enrolo na toalha e encerro meu banho indo pro quarto, visto apenas um short me deitando na cama, a escalada me deixou cansado, quando penso que está tudo na paz pra que eu possa dormir... volto a sentir aquele mesmo peso de hoje mais cedo, sua boca cola em meu pescoço sem surtir efeito algum
-Posso aliviar esse estresse pra você - murmura
-Estou com sono Kim Sue, deixem-me... - ela me beija, não retribuo muito, apenas viro o rosto quando ela se dá por convencida, são depositados pequenos selares em meu pescoço enquanto suas mãos vagueiam por meu corpo e apertam meus braços, respiro fundo e a tiro do meu colo, uma de minhas mãos para em seu seio por culpa dela - o que está querendo exatamente com isso?
-Quero que seja meu - sorri
-Não tem a mínima possibilidade disso acontecer... não hoje, estou cansado - retiro minha mão dali com insistência, viro pro lado e logo seu corpo cola ao meu por trás, fecho os olhos não demorando muito a dormir.
......
Ao despertar no dia seguinte, tomo os mesmos procedimentos de rotina, me visto pra mais um dia na empresa, faço a higiene matinal, tomo um café da manhã rápido e saio rumando pra lá. Sou recepcionado por todos os funcionários ao entrar como de costume até que
-Sr. Hyunwoo? - me viro para a secretaria de meu pai - seu pai lhe aguarda em sala - avisa receosa, apenas assinto e me direciono para sala dele
-Meu garoto chegou!- exclama feliz, lanço um olhar sério à ele que apenas ignora - sabe, quando eu e seu avô fundamos esta empresa, tínhamos certeza de que você seria um ótimo herdeiro e estou realmente muito orgulhoso de você
-O que o senhor quer, meu pai?
-Eu admiro muito pessoas centradas como você, filho. Em breve estaremos assinando um contrato valioso com uma grande empresa de um velho conhecido meu, hoje teremos um encontro com a imprensa, posso contar com você? - estende a mão por cima da mesa me olhando na expectativa, nunca ganhei um aperto de mão dele e isso também nunca me fez falta, já que apenas sirvo pra ele nessas questões, aperto sua mão o deixando aparentemente mais feliz
-Se o senhor me der licença... - faço uma reverência a ele
-Esteja pronto, filho. - o escuto dizer enquanto saio da sala indo pra minha.
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