Family
Tiro o dia de hoje para visitar minha família, sinto falta da minha mãe, de Takuya , de todos os mimos que eu tinha antes disso tudo começar, hoje não tenho aulas e faltarei ao trabalho por conta própria
Dane-se
Pego o ônibus na rodoviária, são umas quatro horas de viagem por veículo, aproveito pra dormir na viagem. Descansar agora pelas duas semanas sem dormir apenas estudando, vida de estudante é pior do que vida de galinha, as pobres das bichinhas tem que botar ovos todo dia, rio de olhos fechados do meu pensamento.
Só uma pessoa muito certa da cabeça pra ter esse tipo de pensamento, vulgo eu.
Quando estou quase alcançando finalmente meus objetivos no mundo dos sonhos... uma mulher me acorda avisando que cheguei ao meu destino, lhe agradeço e saio do ônibus indo à pé mesmo. A casa da minha mãe não é tão longe, quando chego sou esmagado tanto por ela quanto por Takuya que já está um homem, eu só saí há seis meses de casa e quando volto meu irmão mais novo já está até noivo
(mentira, ele está solteiro)
Mas quase, conto à eles tudo o que aconteceu durante esse tempo, minha mãe fica meio indignada pelas atitudes do meu pai e volta a me lembrar
-Você não é obrigado à nada - diz ela, embora eu saiba que isso não é totalmente verdade, não quero vê-los na rua por um velho que já está ficando gagá e perdeu a noção do juízo
Após o almoço, jogamos vídeo game. Sim os três, com minha mãe comemorando a cada vitória arrancando risos nosso. À tarde inventamos de fazer um brigadeiro e bolo, vamos à obra: cantamos, dançamos, gritamos com a guerra de comida na cozinha, limpamos a cozinha toda porque omma obrigou... e vamos pro banho. Entro na banheira junto com Takuya enquanto um joga água no outro e rimos igual idiotas
-Lembra quando saíamos molhados da banheira e íamos correndo pela casa molhando tudo?- ele lembra rindo junto comigo
-Como poderia me esquecer? Omma puxava minhas orelhas por ser mais velho - falo enquanto ele ri
-Sinto falta da nossa infância - admite
-À noite, você cismava em ficar de cabeça pra baixo na janela enquanto eu assistia minhas séries escondido - rimos - ótimos momentos
-Como vai o coração? - Takuya pergunta
-Vai batendo - ele ri
-Você entendeu Minhyuk!
-Preciso te falar uma coisa, mas não pode sair daqui
-Pode falar
-Eu estou namorando - confesso
-Eu sabia! Quem é ela? É bonita? Mora onde?- dispara a metralhadora de perguntas me fazendo rir - não tem problemas se não for, o que conta é a beleza interna - meu irmão e suas filosofias
-Tem um pequeno problema
-O que?
-Lembra do Hyunwoo que te falei lá em baixo?
-Ahn o cavalo de terno - rimos - o que tem ele?
-Estamos namorando. - ouve-se o silêncio por um momento enquanto estudo sua expressão meio surpresa mas que logo relaxa
-E você está bem com isso? - assinto - então eu também estou - sorrimos, abraço meu irmão, eu o amo e confio nele, sei que em nenhuma hipótese me trairá.
Saímos da banheira graças a nossa mãe que vem tirar a gente e descemos pra comer o bolo e o brigadeiro. O foda mesmo é que nesses momentos o dia passa voando por mim e nem tempo eu tenho pra segurá-lo. Me despeço dos meus dois amores deixando um beijo na testa de ambos e volto pra rodoviária pegando o ônibus. Deixo que uma lágrima teimosa escape lembrando deles, a saudade começa a se apoderar do meu coração, de todas as riquezas que tenho no mundo, aqueles dois são as únicas que preciso.
Chego em casa ouvindo o silêncio, Junior deve ter saído. Abro a porta do meu quarto acendendo a luz dando de cara com um homem deitado em minha cama abraçando e escondendo o rosto em meu travesseiro, coloco a mochila no canto e me aproximo sentando na cama, ele levanta o rosto molhado por suas lágrimas pra me olhar
-Hey, o que há? - o chamo pro meu colo que vem de bom agrado me abraçando, acaricio seus cabelos
-Não me deixe criança, me prometa que nunca vai me deixar, eu preciso de você, por favor
-Eu prometo que não vou te deixar se acalma, está tudo bem, estou aqui com você
-Eu acho que vou enlouquecer...
-Não enquanto eu estiver aqui
-Porque? Porque se importa tanto?
-Porque eu te amo.
~××××~
Algumas horas antes....
Chego em casa depois de um dia farto na empresa, abro a porta encontrando a família reunida na sala me olhando, penso em subir mas antes mesmo que eu conclua ouço meu pai me chamar
-Venha até aqui - com mais seriedade do que o habitual, abaixo a cabeça e obedeço, vejo Kim Sue sorridente - o que você tem com o filho do velho Lee?
-Nada, meu pai. Somos amigos. - digo, uma foto nossa é jogada na mesa, do final de semana. Estamos um perto e olhando no olho do outro, após essa foto tivemos uma noite agitada, a lembrança me aquece
-Eu pensei que pudesse contar com a sua ajuda para tomar aquela maldita empresa daquele velho - meu pai diz com frieza - mas acho que me enganei
-Tenho que conseguir a confiança dele, meu pai. Farei com que assine os papéis o mais rápido - meu coração dói com minhas palavras, não quero fazer parte disso, não mais
-Você me envergonha Hyunwoo, você me dá nojo.
-Meu pai...
-CALADO! Eu me enganei ao seu respeito, deixei que se passasse muito tempo para marcar esse casamento, não passará mais. Seja qual for a relação que vocês dois tenham, ela acabou apartir de agora
-O senhor não pode fazer isso. Estou pagando por um erro que sua estúpida ganância cometeu e estraguei minha vida com toda essa baboseira de casamento... - um tapa é transferido em meu rosto fazendo com que o local atingido esquente
-A partir de hoje você só irá morar nesta casa por causa do seu casamento, não me dirija mais a palavra como pai. O filho que tive um dia não é tão baixo e tão sujo quanto você, se eu soubesse que seria assim, teria evitado seu nascimento - suas palavras... elas me atingem profundamente, justo quando estou sem minha "armadura" pra me proteger dos ataques deles, meu próprio pai à quem faço de tudo e sirvo desde criança me deserdou da maneira mais injusta e cruel possível, deixo que uma lágrima caia.
Minha criança, preciso dele.
Saio porta afora voltando pro carro e dirigindo de encontro ao meu rebelde.
~............~
Analiso alguns papéis da empresa assinando alguns, penso em minha criança, como será que esta? Sinto falta dos seus beijos, sorrio lembrando do seu sorriso até a porta da minha sala ser aberta agressivamente e os saltos vermelhos de Kim Sue estalarem no chão e ecoarem pelas paredes da sala, ao lado dela, Jiang com uma cara assustada tentando falar com ela
-Se não quiser ser demitida, cai fora, não tenho o mínimo de paciência pra um animal como você - Kim Sue cospe seu veneno
-Primeiro que você não tem autoridade nenhuma aqui, Jiang é minha secretaria e acata minhas ordens, se não permitiu sua entrada foi por ordens minhas. Mas obrigada Xiu Jiang, Kim Sue deixou sua educação na infância - defendo minha secretaria vendo um sorriso brincar em seus lábios como agradecimento e ela se retira com reverência
-Você acabou de tirar minha autoridade, Son Hyunwoo!!! - ela rosna entre dentes
-Diga o que você quer Kim Sue, tenho uma reunião marcada pra daqui há cinco minutos - olho pra ela esperando que fale, a mulher ajeita o blazer e sorri forçada
-Achei que gostaria de saber que meu vestido de casamento já foi encomendado e irei ver as alianças hoje com sua mãe
-Faça o que quiser
-E fiz!- sorri vitoriosa- outra coisa que gostaria que soubesse é que... - me apresenta dois papéis, pego ambos: um se trata da expulsão de um aluno da faculdade e outro da moradia de duas pessoas, um homem e uma mulher, de sua residência
-O que isso significa exatamente?
-Que ou você deixa o seu "caso" com esse homem de lado, ou terei que tomar as seguintes providências
-Como é?!
-A escolha é sua, querido.
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