(II) Êxtase
Dias depois do meu beijo com o Jeon, esse que eu me afastei bruscamente após ser atigindo pelo choque de realidade que me lembrou que estávamos no meio da rua, eu voltava, do restaurante em que fui almoçar, super cansado para a KoreaMusic•. A Minha camisa social grudava em minha pele por conta do suor em excesso e, como eu estava indo a pés para a empresa, eu sentia a minha pele torrar, literalmente, embaixo daquele sol que brilhava forte no céu aquele dia.
Era domingo, a gravadora estava fechada para gravações e afins, porém como eu era o secretário do Jeon, eu fui chamado para o ajudar com os papéis dos contratos dos novos clientes da gravadora, mas eu estava devidamente cansado e sem ânimo algum para ficar preso em uma reunião até tarde, afinal quem ficaria feliz ao ter que trabalhar em um dia de domingo? Ninguém ficaria, mas eu, infelizmente, precisava do emprego e, claro, do dinheiro.
Sentia alguns olhares pesar em meu traseiro por onde passava e revirava os olhos sempre que via homens me olhar com sorrisos maliciosos no rosto, e me amaldiçoava por ter uma bunda avantajada. Eu sempre me mostrei ser muito tímido e um tanto quanto delicado, por isso que, talvez, nos meus encontros casuais os caras com quem eu saía já me via como o passivo e ponto, sempre eu sendo estereotipado, mas não era algo que me incomodasse de fato, eu gostava de ser passivo no sexo, só não estava sastifeito quando as pessoas reparam de mais nas minhas nádegas, me esteorotipando como se eu fosse a "mulher" do relacionamento e que estava fora de questão eu ser ativo alguma vez.
E assim que eu lembrava de Jeon e seu jeito de ser, a forma que me prendia em seus braços e ditava o ritmo do nosso beijo, podia ver que se uma pessoa nos visse e fosse questionada de quem seria o passivo entre nós dois, ele certamente apontaria e diria que eu seria o primeiro a "dar", porque, afinal, sempre foi ele quem tomou a iniciativa de mostrar que tinha interesse em mim, pois eu nunca fui de deixar de perceber as suas olhadelas cheias de segundas intenções para mim quando ficavamos a sós em seu escritório, nem tão pouco as suas investidas, mas eu me fazia de desentendido e busquei sempre me manter neutro diante de todas as situações, porém, após o nosso beijo, não poderei garantir que continuarei me segurando diante aos meus desejos.
No entanto, assim que cheguei na gravadora e subi até o quarto andar da empresa e adentrei a sala de reunião, encontrei com Jeon, seus sócios, os novos clientes e os empresários deles já apertando as mãos uns dos outros com um grande sorriso na face. Os olhei confuso e Jungkook parou para me encarar profundamente, ajeitando o seu terno preto e crisprando os lábios finos, engoli em seco. Acho que vir a pé até a empresa não foi uma idéia muito sábia.
— Desculpe, senhor, não quis chegar atrasado, o restaurante onde fui era um pouco longe demais e eu não possuo carro. —
Lamentei, seguindo logo atrás do mais alto até a sua sala particular.
— O que te avisei sobre me chamar de senhor, Jimin? — Ele se virou bruscamente, me fazendo esbarrar em seu peitoral, assim os papéis que eu carregava nos braços foram lentamente ao chão. Suspirei, prontamente me agachando para apanhá-los. — Olhe para mim, Park. — Ele se agachou a minha frente, falando com um tom de voz manso, mas ao mesmo tempo sendo autoritário. Consertei meus óculos de graus que estava torto em meu rosto e umedeci meus lábios, sendo tímido quanto o olhar nos olhos, o que o atiçava. Então continuei apanhar os papéis do chão. Ele gargalhou alto. — Ora, não finja ser inocente quanto ao meu desejo por você, depois do nosso beijo, você não pode negar que também sente algo por mim, eu sei que você gostou de ter meus lábios colados ao seus. — Esbravejou, puxando o meu queixo para cima até que meus olhos estivessem grudados aos seus castanhos.
— Sobre o que está falando? — Me fingi de desentendido, como sempre, e ele riu, mostrando seus dentes infantilmente avantajados e branquinhos. — Não entendo sobre o que está se referindo, Jeon. — Me desvicilhei do seu aperto e já com todos papéis em mãos vou até a sua mesa os depositando lá. Ele, a passos lentos, atravessou seu escritório e foi até sua cadeira estofada e sentou-se lá de forma despojada e completamente sexy, jogando seus fios de tons negros para trás.
— Você não precisa entender nada Jimin, apenas me sastifazer. — Foi direto e sorriu safado, rodando sua caneta dourada em mãos, arqueando suas sombracelhas em minha direção. Prendi a respiração e me apoiei em sua mesa, meu coração batendo forte no peito, o sangue correndo em disparada para uma parte do corpo onde logo ficaria armada, apenas com aquelas poucas palavras. — Eu sei que você quer tanto quanto eu quero. Apenas venha até mim, não hesite, precisamos disso. — Sussurrou em um fio de voz, e eu joguei minha dignidade no lixo quando automaticamente caminhei a passos contidos até o mais novo do outro lado da mesa. Ele sorriu travesso, afastando um pouco a cadeira da mesa e se pondo de pé à minha frente, rosto com rosto. Minhas mãos já suavam em ansiedade e meu lábio inferior já estava preso entre meus dentes pelo nervosismo. Seus olhos inspecionava toda a minha face, percorrendo dos meus globos oculares à minha boca com tanto desejo, esse que parecia quase palpável. Soltei o ar preso em meus pulmões quando percebi que seus lábios já se chocavam aos meus com força e necessidade, não havia delicadeza em seu toque íntimo, o ósculo era profundo e selvagem do jeito que devia ser, do jeito necessário para nos deixar excitados. Os lábios de Jungkook estavam num ritmo tão rápido sobre os meus, que eu mal conseguia acompanhá-lo com maestria, porém tentava o devolver na mesma intensidade.
O beijo foi finalizado quando ele me girou no lugar, no instante seguinte me empurrando para trás, meu corpo se chocando em um baque contra a sua cadeira. Entreabri os lábios tentando recuperar o fôlego perdido enquanto o beijo, afastando minha franja nervosamente da testa, o observando se por entre minhas pernas e tirar seu blazer, ficando apenas com a sua camisa de cor vinho. Arfei quando ele se inclinou minimamente sobre o meu corpo e levantou o meu queixo com força — Pois eu olhava perdido para as suas coxas definidas na calça preta que trajava — e me deu um selinho longo, aproveitando para morder e chupar forte o meu lábio inferior. Suspirei alto quando Jeon se afastou, minimamente, para abrir alguns botões da minha camisa.
— Tão gostoso... — Ele sussurrou próximo ao meu ouvido enquanto abria mais dos botões, me fazendo arrepiar dos pés a cabeça. Quando finalmente eu estava sem a camisa, o mais velho subiu em meu colo, me fazendo o olhar confuso, recebendo em troca uma investida da sua pélvis sobre o meu quadril, fechei os olhos surpreso, sentindo o sangue ferver em minhas veias. Seus lábios foram de encontro a região a baixo da minha orelha e deu um pequeno beijinho molhado ali, me fazendo suspirar baixinho em deleite. Quando eu retornei a abrir os olhos, não conseguia acreditar que o meu chefe extremamente viril e másculo estava sobre o meu colo, ofegante, chupando o lóbulo e mordendo a cartilagem da minha orelha.
O senti deixar ainda mais mordidas em minha orelha, e prender os suspiros altos que vinham com mais frequência estava fora de questão para mim. Logo, ele voltou a rebolar mais uma vez em cima do meu pau, e mais outra, até que eu não conseguia mais prestar atenção nos seus movimentos mas, sim, no prazer que eles me proporcionavam, o suor começou a se fazer visível em nossos corpos. Seus lábios quentes percorriam meu pescoço, esse que eu deixava completamente exposto à sua mercê, enquanto Jeon se divertia com a minha entrega, pois soltava risinhos. Seus dentes castigava a minha tez com chupões e mordidas, e eu nesse momento já gemia um pouco alto, mesmo que tentando me controlar. Eu era totalmente sensível àquela área a qual ele marcava sem piedade.
Como se por instinto, segurei em sua cintura timidamente, o forçando levemente a ir mais rápido com o seu quadris sobre a minha pélvis, aumentando o atrito entre nós dois, ouvindo a cadeira ranger ruidosa com o movimento rápido que ele fazia sobre mim, mas o barulho não me atrapalhou em ouvir Jungkook soltar um gemido alto, se afastando do meu pescoço para encarar com os olhos brilhando em luxúria, me fazendo desviar o olhar tímido. Jungkook espalmou suas mãos no meu dorso e gemeu mais uma vez, aumentando a velocidade do movimento, jogando a cabeça para trás em deleite. Por minha vez, subi minhas mãos pelo seu corpo buscando por mais contato, apertando cada pedacinho de carne que encontrava pelo o caminho com desejo, chegando a sua face e deixando um carinho em sua têmpora, percebendo um sorrisinho aos poucos ir aparecendo em seu rosto.
— Aigoo, eu quero que você me foda tão forte e fundo que eu não aguentarei dar para mais ninguém. —
Declarou, voltando a me beijar, atrapalhado com os movimentos que ainda execultava sobre mim. Minhas bochechas queimaram e, o escutar falar aquilo, me fez lembrar que eu nunca fui o ativo em nenhuma das minhas relações e me envergonhava profundamente de tal fato. Mas, afinal, para tudo se têm uma primeira vez, e eu não iria negar aquele prazer de ser o ativo, para Jungkook. — Gosta quando eu rebolo assim para você, Park? — Eu ainda estava mergulhado em sensações prazerosas, sentindo seu pau, já desperto, se esfregar deliciosamente em meu abdômen enquanto ele sussurava palavras sujas em meu ouvido, até que o seu telefone toca alto sobre a mesa, me fazendo sair dos meus devaneios, assim o mais novo saiu a contragosto do seu corforto prazeroso, que era o meu colo, e bufou audível, atendendo o telefone sobre a sua mesa. Olhei para baixo ofegante e dei de cara com o grande volume que já estava formado entre minhas pernas e que latejava dolorido, a frustração e a vergonha me atigindo em cheio.
Levantei atordoado de sua cadeira, vendo o sorrisinho ladino de Jungkook, que continuava ao telefone, aparecer quando percebeu a minha ereção. Arrumei minhas roupas e abaixei a cabeça. Dando passos longos e doloridos, eu saí de sua sala, conseguindo respirar normalmente agora longe dele e daquele calor infernal que seu corpo emanava ao meu.
Eu dava passos tortos pela empresa, em busca de um banheiro. Claro que eu tentei, ao máximo, disfarçar minha ereção apertada na calça social. A única coisa que me passava pela cabeça era o meu chefe rebolando no meu colo, aquela bunda farta e redondinha que, provavelmente, se encaixaria muito bem no meu pênis. Mas, sinceramente, no que estou pensando? Eu não sou nem 1% ativo, eu sou o que dá, não o que recebe. Sem falar que ele é meu chefe! Uma quentura subiu até as minhas bochechas e elas devem estar extremamente vermelhas agora, como irei encará-lo?
Quando, enfim, encontrei o banheiro e o adentrei, me joguei contra uma das portas da cabine e me tranquei ali dentro. Um suspiro pesado saiu de meus lábios e eu abri o zíper da minha calça, puxando-a até o joelho junto da cueca, fazendo com que meu rijo membro saísse fora. Me deixei cair sentado sobre a tampa do sanitário e minha mão massageou levemente minha ereção, eu fiquei tão duro com tão pouco. Meu pênis era um tamanho a cima da média e quem o via chegava a pensar que o ativo era eu, por ter um "pacote bom", e eu apenas ria e pensava: mal sabe que quem recebe sou eu.
No entanto, os papéis se inverteram hoje e agora estou no banheiro da empresa onde trabalho batendo uma para o meu chefe, imaginando-o rebolando em meu colo e sentindo sua bunda se encaixar perfeitamente no meu órgão teso e esfomeado. Ah! O Jeon despertou algo em mim que eu não sei de onde veio, minha mão trabalhava cuidadosamente em deslizar-se por toda a minha extensão e apertar a minha glande de leve, sentindo o prazer que seria ao senti-la sendo esmagada pelo interior de Jungkook. Suspiros fracos saiam de meus lábios e um barulhinho do pré-gozo espalhando-se pelo meu pau se fazia presente, como eu amava aquele barulhinho. Aquele som misturado com os gemidos do Jeon deve ser melhor ainda. Eu acelerei meus movimentos, minha mão apertava vez ou outra o corpo do meu pênis e eu queria gemer. Gemer por pensar em estar preenchendo alguém, ou melhor, ele e não o contrário. Gemer por estar imaginando a bunda gostosa e redonda do meu chefe sendo invadida pelo meu membro. Gemer por imaginar sua expressão de prazer ao chegar ao ápice. Gemer por ouvir meu corpo chocando-se contra o seu enquanto o como de quatro. Gemer ao imaginar ele quicando... Minha mão ia cada vez mais rápido e o prazer ia me comsumindo gradativamente. Ah! Eu me desfiz ao imaginar metendo forte no meu chefe, comendo-o com gosto e dando-lhe tudo o que merece.
— J-jeon... - um resmungo baixo escapou de meus lábios e minha respiração ficou ofegante, eu havia, realmente, me cansado. Decido relaxar um pouco ali, tentando recuperar meu ar perdido, porém ouço batidas na porta da minha cabine e meus olhos se arregalam.
— Park. — sua voz grossa e melodiosa inundou meus ouvidos e eu quis enfiar minha cabeça na privada. Deus! Como eu iria encará-lo? Se antes eu era tímido, agora eu não quero nem sair de casa! — Terá que ir à minha casa hoje. Coisas do trabalho. — eu engoli o seco e arregalei os olhos. Terei que ir até sua casa? Coisas de trabalho? Mas, como assim? Deus, o que raios você está fazendo? — Enfim, era isso. Te espero após seu expedinte em frente a empresa. — ouvi seus passos, indicando que já se afastava, e a porta do banheiro foi fechada. Soltei a respiração que eu havia prendido e nem me dei conta.
Agora, era oficial, eu estou muito fodido, e não é no sentido bom da palavra.
~~~NOTA~~~
Oioi, resolvi republicar a história e trazer os restantes dos capítulos.
Espero que gostem e até breve, amores.
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