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Sinto muito

Me vi caminhando em uma floresta solitária numa estrada vazia. No fim do longo caminho de terra, havia alguém me esperando, um homem alto e aparentemente de cabelos escuros. Pelos raios fortes do sol, não fui capaz de ver seu rosto. Com um leve movimento, ele estendeu sua mão de forma calma. Me aproximei como se o conhecesse e ao pegar sua destra, fui jogada em um precipício que parecia não ter fim. Tentei gritar, mas nenhum som saía da minha boca, era como se meu corpo estivesse paralisado. Quando tive a sensação do chão se aproximar, tive a certeza. Eu vou morrer. Com um grito e toda suada, me levantei rapidamente respirando ofegante.

ㅡ Foi só um sonho? ㅡ me encolhi na cama ainda sentindo meu corpo tremer de medo e o coração querer sair pela boca. Abracei minhas pernas repousando a testa em meus joelhos. Pareceu tão real que acabei chorando tentando controlar minhas emoções.

Após alguns longos minutos me acalmando, levantei dirigindo-me diretamente ao banheiro. Precisava tomar um banho e trocar os lençóis da cama, estavam muito suados assim como eu. Tirei proveito daquele momento para tentar esquecer o que acabará de acontecer, por estar sozinha não me importei em deixar a porta aberta. Enquanto isso, parando para pensar, esse sonho não fazia sentido algum. Retirei minhas roupas com calma e adentrei o chuveiro deixando a água me tocar de forma prazerosa e confortável. Se pudesse, ficaria o dia inteiro no chuveiro.

ㅡ Paradise Paradise-dise-dise... ㅡ catarolei uma música baixa ensaboado meu corpo com cuidado para não escorregar e totalmente desligada da realidade. Foi então que um barulho alto me chamou atenção, algo quase como um baque no chão, o que fez eu me calar rapidamente e naquele momento desligar o chuveiro. Abri lentamente o box para ver o que estava acontecendo e me deparei com Jaehyun terminando de pular a janela do meu quarto ㅡ Jaehyun...? ㅡ ao nossos olhos se encontrarem, sua face ficou completamente vermelha ㅡ AAAAAAAAAAAH! ㅡ gritamos em conjunto enquanto eu puxava, por reflexo, uma toalha cobrindo meu corpo. Tudo que pude alcançar na pia joguei contra o moreno no cômodo da frente até que o mesmo se virasse de costas ㅡ YAAAAAAA! ㅡ corri para fechar a porta do banheiro sentindo todo o meu rosto esquentar aceleradamente. Não quero sair daqui nunca mais.

Admito que fiquei enrolando um bom tempo no banheiro, apenas por vergonha de ter que encará-lo de frente. Penteei meus cabelos sem pressa após vestir minha camiseta branca e uma leggin preta. Ainda sem coragem e receosa, abri vagarosamente a porta do banheiro fixando meu olhar ao chão. Ousei jogar um olhar de canto e me deparei com Jaehyun sentado em frente à minha janela puxando a gola de sua blusa se abanando. Ele ainda estava corado e não conseguia olhar diretamente para mim também.

ㅡ P-por que você pulou a janela?! ㅡ tentei deixar a situação menos desconfortável, o que era impossível, por isso me direcionei a minha cama para recolher os lençóis e fronhas suados.

ㅡ Eu escutei um grito vindo daqui. E-eu ainda toquei a campainha! ㅡ não era comum vê-lo gaguejar ㅡ Mas ninguém atendeu a porta, foi aí que eu vi sua janela aberta e pensei que algo tivesse acontecido! ㅡ seu tom era alto e confiante, ele não parecia estar mentindo.

ㅡ Você deixou Bogum o sozinho?! ㅡ ainda sem encará-lo comecei a enrolar os lençóis e as fronhas de forma que eu conseguisse carregar até o andar de baixo.

ㅡ Não, não! Winwin e Yuta decidiram passar a noite em casa... Quer dizer, eles dormiram antes de ir embora.

ㅡ Hm...

ㅡ É...

ㅡ Você viu... Alguma coisa? ㅡ me virei de costas para ele ao caminhar para a porta do quarto.

ㅡ Q-quê?! É, hm, não! Fica tranquila, eu não vi nada... ㅡ sua voz não me pareceu nem um pouco confiável.

ㅡ Você viu tudo, não foi? ㅡ quis chorar de vergonha naquela hora.

ㅡ Desculpa... ㅡ sussurrou.

Merda, pensei que não podia ficar pior e olha só, acabou de ficar. Como eu vou conseguir olhar para ele agora? Meu Deus. Desci as escadas querendo morrer e levei meus lençóis para a máquina de lavar. Em pouco escutei os passos dele me seguirem até a lavanderia. Ficamos em silêncio por alguns minutos, com ele me seguindo pelos cômodos como se quisesse me dizer algo. Bosta, eu estava brava, mas sabia que a culpa não era totalmente dele, já que eu deixei a porta aberta também. Logo após pegar um pouco de limonada, que ainda estava na geladeira desde que Jaehyun esteve aqui, me virei para ele tomando coragem de observá-lo.

ㅡ Ok, agora me diz, por que tocou minha campanhia?

ㅡ Eu queria te chamar para andar um pouco.

ㅡ Ia me chamar pra sair? ㅡ quase me engasguei com o suco, contudo disfarcei bem.

ㅡ Você não pareceu muito bem depois de... Você sabe, ficar sabendo daquilo. ㅡ por aquilo, acredito que ele tenha se referido a Doyoung.

ㅡ Ah... ㅡ ponderei um pouco e então indaguei ㅡ Jaehyun você sabia desde o início não é?

ㅡ Sim eu sabia, por que você acha que tentei te impedir de se encontrar com ele? ㅡ ele se apoiou na bancada de granito ㅡ Eu devia ter te dito alguma coisa, mas se ele mesmo não te contou deve ter tido um motivo.

ㅡ Eu ia ter preferido se você tivesse me contado...

ㅡ Ei... ㅡ ele pensou em se aproximar, mas recuou quando nossos olhos se encontraram ㅡ Eu tentei te avisar.

ㅡ Tentou Jaehyun? ㅡ ironizei deixando o copo na pia.

ㅡ Da forma errada, eu sei! Eu não sou bom nessas coisas, droga.

ㅡ Deixa para lá.

ㅡ Eu não queria que você se machucasse. Eu sabia que isso ia acontecer pelo jeito que você ficava enquanto olhava para ele. Droga, eu fiquei irritado com isso e sei que não devia ter descontado em você. Acho que está na hora de conversar com ele sobre tudo. Agora. ㅡ ele havia trago meu celular lá de cima com ele e o estendeu para mim.

ㅡ Jaehyun... ㅡ ao pegar o celular, senti sua mão acariciar meus fios de forma breve e ele me lançar um sorriso gentil ㅡ Obrigado...

Vi Jaehyun se afastar e sair de casa, mesmo com o acidente de agora pouco, foi bom vê-lo pela manhã. Ele estava certo, eu confundi os atos de Doyoung com romance, ou talvez tenha algo a mais nessa história. Me lembrei da conversa que tive com Doyoung ontem, ele queria me contar algo importante, quem sabe fosse sobre isso que ele gostaria de falar, de estar noivo e que tudo que eu estava criando em minha mente não passava de uma ilusão. Agora com coragem, busquei o contato de Doyoung em meu celular e liguei para ele, não me importando se estaria ocupado ou não, eu merecia ter uma explicação.

ㅡ Alô? ㅡ com quatro toques ele atendeu.

ㅡ Oi, sou eu. Você disse que precisava conversar sobre algo importante.

ㅡ Eu estou um pouco ocupado agora...

ㅡ Doyoung, eu já sei que você tem uma noiva, eu só quero que me explique essa situação.

ㅡ Tá legal... ㅡ sua voz pareceu um pouco tensa ㅡ Isso não é uma conversa para se ter por telefone. Me encontre na praça perto da sua casa em 20 minutos.

ㅡ Tudo bem. ㅡ desliguei o celular sentindo uma maldita dor incômoda em meu peito. Uma parte minha ainda queria acreditar que isso era apenas um mal-entendido. Mas ele não negou.

Cheguei na praça com 10 minutos de antecedência. Estava nersova e com certo medo. A praça vazia fez eu me lembrar do sonho, meus dedos pareciam inquietos enquanto me sentei no banco fitando o local onde Bogum fora empurrado por aquele garotinho. Tentei me tranquilizar fechando os olhos e comecei a cantarolar a mesma música de hoje de manhã. Não demorou muito, escutei um carro se aproximar e ser estacionado próximo ao banco em que eu estava. Doyoung se sentou ao meu lado quieto. Abri meus olhos e o encarei.

ㅡ Te fiz esperar muito? ㅡ ele não sorriu como das outras vezes.

ㅡ Está atrasado. ㅡ não consegui sorrir também ㅡ Mas tudo bem.

ㅡ Me desculpe por isso... ㅡ ele pareceu inquieto e preocupado ㅡ Eu queria ter te contado antes. Por favor acredite em mim.

ㅡ E por que não contou?

ㅡ Eu realmente não pensei que chegaríamos nesse ponto. Sabe... Eu achei que não nos veríamos mais depois da faculdade, então isso não se tornaria um problema. Eu não costumo falar do meu noivado, já que foi arranjado... ㅡ ele sorriu de canto vendo minha surpresa com aquela afirmação ㅡ Mas, com você as coisas começaram a fluir de uma forma estranha. Eu não amava minha noiva e estava sentindo uma atração por você. Eu tive certeza disso, por isso te chamei para sair, sabendo que era um erro te arrastar no meio disso já que eu estou noivo... ㅡ sua face passou a ficar melancólica.

ㅡ Estaria tudo bem se você tivesse dito "não amo" ao invés de "não amava"...

ㅡ Eu sinto muito... Eu me apaixonei por ela... ㅡ sua voz demonstrava o quão magoado ele estava por me dizer essas palavras ㅡ Nunca quis brincar com seus sentimentos. Por favor, me perdoe. ㅡ seus olhos estavam fixos aos meus.

ㅡ Eu te perdoo Doyoung, está tudo bem, nós somos amigos não é? ㅡ sua sinceridade me alcançou, contudo eu não estava feliz que ele tenha me dito essas palavras.

ㅡ Eu realmente quero continuar sendo seu amigo se você me permitir.

Não havia mais motivos para ficarmos ali conversando. O clima entre nós estava pesado e mais parecia que eu estava caindo de um precipício sem fim e finalmente Doyoung me fez alcançar o chão.

O celular dele passou a tocar, e com isso, ele logo teve de ir embora. Não quis aceitar a carona que ofereceu, preferi ficar mais um pouco ali, encarando a brisa e me sentindo estranha. Uma hora já devia ter passado, e só então decidi voltar para casa. Não prestei muita atenção no que havia à minha volta, por isso apenas segui reto e diretamente para minha porta.

ㅡ Gwiyomi! ㅡ uma voz me chamou um pouco distante, ao olhar para cima me deparei com Winwin na janela da casa de Jaehyun ㅡ Vai chover, entra logo aqui!

Nuvens escuras estavam tomando o céu, ver Winwin fez minha mente relaxar um pouco. Sem mais delongas toquei a campanhia da casa dos Jung para ser recebida com um abraço de Bogum. Deixei um sorriso de canto evidente em meus lábios e peguei o menor no colo.

ㅡ Como meu garoto se comportou hoje? ㅡ fiz questão de sorrir largo para ele e não demonstrar nenhuma emoção negativa.

ㅡ Eu fiz bolhas de, bolhas de sabão na banheira com o Yuta hyung! ㅡ ele ria com gosto brincando com as mechas do meu cabelo.

ㅡ A princesa do reino chegou! ㅡ Yuta se aproximou fazendo uma reverência breve e me lançou um sorriso que derreteria meu coração, entretanto, nenhuma reação eu consegui sentir no momento em que me encontrava.

ㅡ Ela mal chegou e já está flertando? ㅡ Jaehyun se aproximou com Sicheng logo atrás.

ㅡ Gwiyomi, vem comigo! ㅡ Winwin sorriu largo me chamando com sua mão.

ㅡ "Gwiyomi"? ㅡ Jaehyun e Yuta olharam Winwin com certa confusão.

ㅡ Que história é essa? ㅡ Yuta com seu sorriso malicioso tocou o braço de Jaehyun com seu cotovelo ㅡ Você não vai dizer nada?

ㅡ Yuta, cala boca. ㅡ Jaehyun lançou um olhar de desaprovação ao japonês ao seu lado.

ㅡ Como mais velho eu não permito que você fale comigo assim Jaehyun-ah. ㅡ fazendo manha, Yuta colocou as mãos na cintura ㅡ E você, que história é essa de ficar todo docinho com ela?

ㅡ Eu chamo ela como eu quiser... Se os dois ficaram com ciúmes é só chamar ela assim também. ㅡ Sicheng ignorou completamente os dois pegando em meu braço e me puxando para dentro sem muita força ㅡ Eu quero que você venha comigo por aqui.

ㅡ Jaehyun não permita que ele sequestre a princesa!

ㅡ Yuta, que história é essa de princesa, para com isso.

ㅡ Pensei que você fosse meu fiel cavaleiro... Nah, não importa, nenhuma donzela consegue resistir aos charmes do Príncipe de Osaka! ㅡ Jaehyun laçou o pescoço do mais velho ao seu lado com seu braço estando totalmente indignado ㅡ Traidor! Winwin, me salve!

ㅡ Tsc... Se vai morrer, morra em silêncio... ㅡ Sicheng sussurrou alto o suficiente para os outros dois ouvirem, o que fez Jaehyun rir liberando o mais velho que acabou rindo junto ㅡ Agora, Gwiyomi! Vamos jogar um jogo de luta, nós dois. ㅡ o garoto com traços chineses me levou até o sofá de frente para a televisão.

ㅡ Bogum também vai jogar! ㅡ o menor ainda em meu colo se animou batendo palmas.

ㅡ Claro! Vai jogar no meu time. ㅡ sorri pegando um dos controlhes o segurando juntamente com as mãos pequenas do menor.

Bogum não demorou a se desinteressar pelo jogo e passou a brincar com seus brinquedos espalhados ao chão. Jaehyun e Yuta se matavam na cozinha tentando descobrir quem cozinharia melhor algo para almoçarmos, enquanto Winwin e eu travavamos uma batalha complicada. Perdi todos às vezes até o momento.

ㅡ Como você consegue ser tão bom num jogo com tão poucas opções de ataque?

ㅡ Trocando a ordem dos ataques, ué.

ㅡ Não, não, não! Droga! ㅡ perdi outra vez ㅡ Revanche!

ㅡ Gwiyomi. ㅡ sua voz parecia baixa, como se apenas quisesse que eu escutasse o que iria dizer.

ㅡ Sim? ㅡ mantive minha atenção no jogo.

ㅡ Por que está triste? ㅡ nenhuma troca de olhares fora trocada.

ㅡ Eu levei um fora. ㅡ aparentemente minhas palavras atingiram Winwin, visto que seu personagem passou a ficar imóvel enquanto ele me encarava.

ㅡ Isso... Isso! É, venci! ㅡ sorri o olhando, antes que eu pudesse dizer alguma outra coisa, senti sua mão tocar minha cabeça e dar três leves tapinhas carinhosos. Fixei meu olhar no dele desfazendo aquele sorriso, meus olhos quiseram marejar, mas segurei o máximo que pude.

ㅡ Você chorou ontem à noite? ㅡ ele estava sorrindo de uma forma tão aconchegante. Neguei com a cabeça ㅡ Não chore hoje também, está bem?

ㅡ Você não vai saber o que fazer? ㅡ dessa vez ele negou com a cabeça.

ㅡ Eu não vou estar aqui para cuidar de você. Que tipo de amigo eu seria desse jeito?

ㅡ Obrigado, Winwin... ㅡ sorri largo o fazendo sorrir em conjunto. Jaehyun apareceu no corredor com um olhar irritado.

ㅡ Atrapalhei alguma coisa?

ㅡ Sim. ㅡ Winwin parou imediatamente de sorrir para ficar com um semblante sério. Não consegui me conter e apenas ri da expressão sem fala de Jaehyun.

ㅡ P-pouco me importa! ㅡ era engraçado esse lado dele, não me lembro de tê-lo visto agir assim no passado ㅡ Já que é assim, então fiquem sem comer. Vem Bogum, só você se comportou hoje. ㅡ pegando o menor no colo Jaehyun se direcionou à sala de jantar.

ㅡ Ah! Jaehyun, esperaí era brincadeira! ㅡ Winwin correu atrás do outro fazendo massagem em seus ombros.

Me apoiei no sofá observando os três brigarem e rirem entre si. Que inveja, parecia divertido. Me levantei, mesmo estando sem fome para comer com eles. Enquanto conversávamos de coisas diferentes deixamos o tempo passar como quisesse. Em pouco Winwin e Yuta brigavam no video game e Bogum estava tomando mamadeira no colo de Jaehyun enquanto este me fazia companhia na cozinha. Achei certo lavar a louça já que não havia ajudado no almoço.

ㅡ Mesmo depois de comer ele ainda quer mamadeira...

ㅡ Pelo menos fralda ele não usa mais. ㅡ ri baixo terminando de secar minhas mãos.

ㅡ Acho que isso é ainda mais perigoso... "Urininha". ㅡ nós nos entreolhamos e rimos em conjunto.

Ao terminar a mamadeira, ele parecia estar dormindo calmamente. Ajudei Jaehyun pegando Bogum em meu colo. O levei para o quarto e me deparei com um berço branco e bonito ao lado da cama. Ajeitei o pequeno garotinho ali o cobrindo e cantarolando para que ele não acordasse ao sair do meu abraço aquecido e ir de encontro com os lençóis mais gelados. Notei Jaehyun se aproximar e ficar me observando da porta com um sorriso suspeito.

ㅡ Eu não sabia que tinha comprado um berço. ㅡ me afastei um pouco para me sentar na beirada da cama.

ㅡ Foi o Yuta que comprou. Ele trouxe ontem, e quando você foi para casa, nós montamos, já que o pequenininho aí merece. ㅡ ele sorriu largo.

ㅡ Bogum tem sorte de ter você e todos aqui com ele. ㅡ Jaehyun assentiu com a cabeça se aproximando e sentando ao meu lado.

ㅡ Agora, eu não sabia que você desenhava seus vizinhos. ㅡ ele se apoiou com as mãos no colchão.

ㅡ O quê? ㅡ me lembrei que havia deixado Jaehyun sozinho no meu quarto com meu desenho na escrivaninha ㅡ Ah, aquilo, é que...

ㅡ Eu sei... É o Doyoung não é? O desenho. ㅡ ao ouvir o nome dele, me calei apertando os dedos contra os lençóis. No momento em que fui responder, Yuta adentrou o quarto.

ㅡ Cara, a mãe do Winwin está uma fera, ele esqueceu de avisar para ela que estava aqui. Eu tenho que levar ele de volta, já que a ideia foi minha...

ㅡ VAI LOGO, SENÃO VAI SOBRAR PARA VOCÊ TAMBÉM! ㅡ Sicheng gritou da sala.

ㅡ Na idade dele é até engraçado ver essas situações. Então, o Príncipe de Osaka e seu fiel cavalheiro irão se retirar. Traidor, se você tocar de forma indecente na princesa, eu te jogo da ponte Han. ㅡ com uma piscadinha Yuta se despediu e correu com Winwin às pressas para o carro.

Rimos com aquela situação toda, Jaehyun os observou da janela até que o carro não pudesse mais ser visto pela rua. Juntei minhas mãos entrelaçando meus dedos.

ㅡ Não é o Doyoung. Era para ser no começo, mas não é.

ㅡ O quê? ㅡ Jaehyun voltou a se sentar ao meu lado surpreso.

ㅡ Não desenhei o Doyoung. ㅡ nossos olhos estavam fixados um no outro ㅡ Eu desenhei, outra pessoa.

ㅡ Hm... ㅡ senti que ele quis perguntar ㅡ Você conseguiu falar com ele? ㅡ ele pareceu um pouco incerto de trazer tal assunto à tona.

ㅡ Sim. ㅡ eu consegui segurar com Winwin, não vou chorar na frente do Jaehyun.

ㅡ O que ele disse? ㅡ seu tom de voz se tornou mais grave.

ㅡ Que está apaixonado por ela. ㅡ desviei meu olhar para minhas mãos, e consegui dizer com minha própria boca. Contudo isso pareceu doer mais. Estava conseguindo segurar minhas emoções, tudo estava bem até que Jaehyun envolveu seus braços contra o meu corpo em um abraço acolhedor. Me surpreendi o olhando envergonhada e sem saber como reagir ㅡ Está tudo bem, você não precisa...

ㅡ Não está tudo bem! ㅡ ele se exaltou um pouco, contudo Bogum não acordou ㅡ Eu estou sempre te observando, se quer chorar, só chore droga! ㅡ ele me apertou mais em seus braços.

Isso foi o estopim, não consegui mais segurar o que estava por vir. Levei minhas mãos para as costas de Jaehyun apertando contra meus dedos o tecido da sua blusa que ali se encontrava. Escondi meu rosto em seu ombro começando a chorar baixo.

ㅡ Eu não sabia que um "sinto muito" doía tanto. ㅡ a cada palavra que saía dos meus lábios, mais e mais Jaehyun acariciava minhas costas com doçura.

Junto de carícias breves, ele me aconchegou e permaneceu comigo entre os soluços até que eu me acalmasse. Meus olhos ficaram quentes e difíceis de se manterem abertos. Não quis soltar Jaehyun do meu abraço, apenas repousei minha bochecha em seu ombro. Senti ele deixar um selar em meus cabelos enquanto os acariciava com ternura.

ㅡ O desenho. ㅡ sussurrei.

ㅡ O que tem ele? ㅡ Jaehyun se manteve com os afagos em meus fios.

ㅡ Não era o Doyoung, nem o Yuta.

ㅡ Quem você desenhou?

ㅡ Você. ㅡ senti o carinho cessar e com calmaria Jaehyun me segurou pelos ombros nos afastando minimamente para me analisar com um olhar sereno.

ㅡ Não chore na frente de outros garotos.

ㅡ Por que?

ㅡ Você também fica bonita enquanto chora.

Nos encaramos sem notar que nossa distância estava ainda menor. Era certo deixar isso acontecer? Nossos olhos foram se fechando lentamente. Eu podia sentir sua respiração tocar minha face e um arrepio me atingiu assim que senti a mão de Jaehyun tocar minha nuca. Não sabia se aquilo que estávamos fazendo era certo ou errado, apenas segui o ritmo que meu coração estava me pedindo. Apertei meus dedos contra a blusa de Jaehyun no momento em que nossos lábios se encaixaram. Eu diria que cabiam perfeitamente bem um no outro, o que deixou um ligeiro frio na barriga me arrepiar. Começou com apenas um selinho longo, aos poucos os lábios de ambos dançavam juntos em uma valsa calma e gostosa. Era doce aquela sensação, me senti totalmente segura e completa naquele instante. No momento em que Jaehyun se inclinou para aproximar mais nossos corpos, um toque alto ecoou no quarto assustando nós dois. Nos separamos rapidamente quase que desesperadamente e procuramos em volta tentando descobrir de onde vinha aquele som.

ㅡ Merda! É o meu celular... ㅡ ele se esticou até a mesinha onde se encontrava o abajur e atendeu a ligação ㅡ Taeil hyung?

Comecei a ficar tímida ao lado dele. O que acabamos de fazer? Eu beijei Jung Jaehyun?! Eu devo estar ficando louca! Foram as minhas emoções abaladas, a culpa foi da minha primeira rejeição. Sim! Tentei me acalmar percebendo minhas bochechas corarem com o calor que sentia nelas. Como da primeira vez, ainda senti o calor dos lábios de Jaehyun junto aos meus. Era como dormir bem aquecido num dia frio.

ㅡ O quê?! Quando?! ㅡ Jaehyun se levantou da cama parecendo estar assustado ㅡ Podemos entrar em contato com ela assim?

Fixei meu olhar na silhueta impaciente do garoto ao meu lado. Após coçar a cabeça e agradecer ao mais velho do outro lado da linha, Jaehyun desligou o celular e me olhou um pouco intimidado.

ㅡ Aconteceu alguma coisa...?

ㅡ A mãe do Bogum... Voltou para Coréia.

Capítulo 8 ⇨

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