Porque preciso de você agora
Alguns dias haviam passado. Meus pais já estavam em casa e minhas férias da faculdade se acabando. Bogum fora nos visitar junto à Jaehyun em pedido da minha mãe. Não seria fácil se o menor não estivesse a vontade com todos em casa, principalmente minha mãe, já que ela seria a "babá" por alguns dias. Sem dar muitas notícias, o pai de Jaehyun apenas confirmou que voltaria em um mês para casa. Por alguns momentos, obtive vagos pensamentos de que minha relação com Jaehyun estaria chegando ao fim. Durante essa semana que se passou, tanto ele quanto Yuta agiam estranhos. Aos poucos Jaehyun parecia se afastar mais e mais, Yuta por outro lado, cada vez mais próximo. Por algum motivo, meu coração parecia dolorido. A ideia de voltar a ser como antes, na época do ensino médio, com Jaehyun me era horrível.
Estava caminhando pela praça à procura de qualquer loja que estivesse contratando quando me deparei com Winwin e Johnny, ambos rindo em uma cafeteria. Com dois toques no vidro, chamei a atenção dos dois para mim e sorri acenando. Em um gesto com as mãos, Johnny e Sicheng me convidaram para me juntar a eles. Aproveitando o local, me ofereci a vaga que estivesse disponível na cafeteria. Logo após me aproximei da mesa dos dois e me sentei junto deles.
ㅡ Caminhando sozinha? ㅡ Johnny me estendeu o menu ㅡ Pode pedir o que preferir, eu pago.
ㅡ Mesmo?! ㅡ sorri largo pedindo um milkshake pequeno para não exagerar no preço ㅡ Wah, eu estava com muito calor, obrigado mesmo Johnny!
ㅡ Isso não é nada ㅡ ele riu.
ㅡ Gwiyomi, você está procurando emprego? ㅡ Winwin chamou minha atenção para si.
ㅡ É uma longa história, mas vou contar pra vocês ㅡ da forma mais simplificada e compreensível possível, expliquei toda a situação que me envolvia com Bogum e Jaehyun. Ambos não ficaram muito surpresos, já que mais da metade da história eles conheciam.
ㅡ Sua mãe deve ser bem gentil por aceitar! ㅡ Johnny sorriu levando uma colherada do seu sundae de caramelo e baunilha até seus lábios.
ㅡ Se fosse a minha, ia dizer que não e fim de história ㅡ Depois de uma golada em seu suco de abacaxi, Winwin fez Johnny rir.
ㅡ É... ㅡ me surprende ela ter aceitado, também ㅡ Por isso que preciso de um emprego. Mas olhando pelo lado positivo, se eu trabalhar vou poder ser mais independente.
ㅡ Oh, como ela é madura né Winwin? Se continuar assim, vou me apaixonar ㅡ com uma engasgada o mais novo negou as palavras de Johnny o encarando indignado.
ㅡ Nem pense nisso ㅡ Sicheng voltou sua atenção a mim que bebia com calma meu milkshake ㅡ Gwiyomi gosta de outra pessoa ㅡ dessa vez fui eu quem quase morri engasgada.
ㅡ Oooooh ㅡ Johnny pareceu curioso ao mesmo tempo em que sorria como se soubesse de quem Winwin se referia.
ㅡ Não! Eu não gosto de ninguém desse jeito... ㅡ comecei cheia de certeza, mas meu tom de voz fora diminuindo.
ㅡ Claro que não ㅡ Winwin ironicamente riu baixo.
ㅡ Agora me lembrei de algo engraçado ㅡ Johnny bateu levemente na mesa.
ㅡ O quê? ㅡ me ajeitei ao lado de Winwin tentando fazê-los esquecer do assunto sobre minha vida amorosa.
ㅡ Quando Jaehyun era criança, ele tinha um amor platônico gigante numa garota da escola. Ele fazia uma cara igual você fez agora quando a gente comentava ㅡ Johnny ria e logo Winwin começou a confirmar a história ㅡ Só que como eu disse, era platônico, porque todas as meninas gostavam do Yuta e como eles eram amigos, Jaehyun desistiu dela. Coitado.
ㅡ Agora parece que está fazendo a mesma coisa ㅡ Winwin suspirou se encostando melhor no banco acolchoado em que estávamos.
ㅡ O que você faria nessa situação Winwin? ㅡ o mais velho da mesa sorriu de canto.
ㅡ Eu não cederia, é óbvio ㅡ me surprendi com a resposta dele ㅡ Eu não gosto de me arrepender, por isso prefiro ser rejeitado do que nunca dizer como me sinto.
ㅡ Parece que o bebê está crecendo! ㅡ Johnny quis provocá-lo, mas no fim ambos nós três rimos em conjunto.
ㅡ Eu concordo com Winwin. Eu me arrependi de nunca ter me confessado ao meu primeiro amor ㅡ acabei me abrindo para aqueles dois. Me sentia a vontade com eles, esse é o sentimento que temos na presença de um amigo?
ㅡ Então você devia se confessar logo ㅡ Winwin riu com uma feição frustrada ㅡ Ele é burro, você vai ter que dizer primeiro.
ㅡ Não sei... Parece que ele está se sentindo ameaçado dessa vez... Hm ㅡ o mais velho ponderou.
ㅡ Vamos ver no que isso vai dar ㅡ Johnny fez Sicheng cair em pensamentos junto dele.
ㅡ Espera, espera! Eu já disse que não estou apaixonada. Por que acham que sim?
ㅡ Se você conseguisse se observar por fora, meu Deus, é tão óbvio ㅡ Winwin roubou meu milkshake terminado de tomá-lo ㅡ Não me diga que você não percebeu? ㅡ com meu silêncio, ambos os dois garotos ali sentados se encararam pasmos ㅡ É mais sério do que eu imaginei.
ㅡ Desse jeito não podemos fazer nada se nem ela sabe. Uma que é ingênua, um tapado e um narcisista. Deus ilumina esse povo!
Ignorando o fato de me deixarem completamente confusa, Johnny e Winwin me entreteram aquela tarde. E novamente Jaehyun estava afastado, quis passar um pouco do dia com ele, mas me senti um pouco desconfortável e meus pais estavam de olho em mim, mesmo que eu não tivesse feito nada suspeito. Ultimamente Yuta têm mandado muitas mensagens, Jaehyun havia notado isso e mesmo não querendo aceitar que poderia ser ciúmes, estava me importunando com aquela situação, pois tudo indicava que este era sim o motivo.
Você
< Jaehyun vc está aí? (17:54)
< Está tudo bem? (18:20)
Não recebi uma resposta. Já irritada com isso, decidi deixar como estava e ignorar a sensação vazia em meu peito. Amanhã seria um novo dia e logo as coisas melhorariam. Após tomar um banho e jantar, fui para meu quarto e me joguei sobre a cama, abraçada em um travesseiro me peguei imaginando como seria a garota de quem Jaehyun havia se apaixonado naquela época. Eu poderia tê-la visto alguma vez visto que sempre estávamos juntos, eu, ele e Yuta. Devia ter sido difícil ignorar seus sentimentos e desistir por um amigo, mas... e o Yuta? Ele gostava da garota também? Com pouco já havia pego no sono profundamente nem imaginando o que o amanhã me traria.
A manhã fora igual as outras, tomei café com meus pais e me preparei para sair novamente em busca de emprego. Felizmente, antes que eu pegasse o ônibus, e fosse para um local mais afastado da praça, recebi uma ligação. A cafeteria em que me encontrei com Winwin e Johnny me selecionou para uma entrevista de emprego. Por sorte eu estava bem próxima ao local e consegui agendá-la para hoje mesmo. Estava animada e acabei esquecendo todas as minhas preocupações. Sinto que fiz bem e dei meu melhor respondendo todas as perguntas que me foram feitas. Não demorou muito e recebi a notícia que estava esperando há uma semana atrás. Consegui um emprego!
Corri para casa de Jaehyun por impulso, por ter ido lá várias vezes, utilizei a chave reserva que havia embaixo do vazo de flores próximo à porta. Ao entrar, sem fazer muito barulho me aproximei da sala onde escutei sinas de alguém em casa.
ㅡ Jaehyun eu...! ㅡ no momento em que fui espalhar a notícia, minha voz fora abafada pela de Yuta e Jaehyun. Ambos pareciam alterados e falavam alto um com o outro, o que provavelmente os impediu de me escutarem.
ㅡ Até quando vai fazer isso?! Eu não quero que me dê as coisas! Eu quero ganhar, e merecer, quem você pensa que é?! ㅡ essa era a primeira vez que via Yuta realmente irritado.
ㅡ Você faria o mesmo por mim ㅡ contudo Jaehyun também não estava nada feliz.
ㅡ Não, eu nunca faria isso. Eu odeio que sintam pena de mim, então por que eu faria você se sentir assim?! Somos homens, então resolveremos como homens, você não tem orgulho?
ㅡ Qual o problema com você?! Se você gosta dela, então fique com ela, desde o início ela sempre gostou de você!
ㅡ Não venha colocar a culpa em mim. Você é um covarde, sempre escondeu o que sentia e agora está fazendo a mesma coisa!
ㅡ Ilusão sua achar que eu gosto da Gayeon agora só porque gostava dela quando éramos crianças. Ela é minha vizinha, nada mais!
ㅡ É isso que quer? Ótimo, então eu vou tirá-la de você, e quando isso acontecer espero que cumpra sua palavra e não se aproxime mais dela!
Suas palavras acabaram me abalando, fiquei estática sem saber o que fazer e por sorte eles não haviam me visto. Não quis ficar mais um minuto ali dentro, apenas saí daquela casa o mais rápido possível e me tranquei em meu quarto. Então o primeiro amor de Jaehyun fora eu. Me senti mal por não ter percebido isso naquela época e tê-lo feito sofrer. Em cima da minha cama, juntei as pernas e abracei as mesmas apoiando minha testa em meus joelhos. Ele não gosta de mim como naquela época. Isso era um alívio, não é mesmo? Agora ele não está mais magoado por minha causa, certo? Ele está bem e vai ser feliz com outra pessoa... Então, por que eu estou chorando? Eu devia estar feliz, mas dói, dói muito. Quando foi que confundi amor com simpatia? É inevitável, agora eu tenho certeza sobre tudo que me disseram e o que eu sentia. Estou apaixonada por Jung Jaehyun e como um tapa ele havia me rejeitado. Quebrei minha promessa comigo mesma...
Meus pais saíram para ir ao mercado, enquanto eu passei um longo tempo em meu quarto deitada sobre minha cama. Os olhos já deviam estar vermelhos e inchados. Com pouca vontade, me levantei indo em direção ao banheiro para lavar meu rosto. Ao voltar para minha cama, notei que meu celular, antes esquecido, tinha notificações de uma conversa. Seria melhor evitar contato com Jaehyun no momento, mas ele não podia saber que eu havia escutado a conversa deles, eu precisava agir normalmente.
Jaehyun
Você veio aqui em casa mais cedo? (16:09)>
Gayeon
< Não (17:00)
Jaehyun
Me desculpe ter estado um pouco estranho e ausente. Mas respondendo sua pergunta agora, eu estou bem e você? (17:01)>
Gayeon
< Tudo bem, eu entendo. Estou bem também (17:01)
Jaehyun está te ligando . . .
No momento eu não sabia se conseguiria responder àquela ligação sem que minhas emoções me dedurassem para ele. Tomei um grende fôlego e limpei a garganta rezando para que nenhum soluço resolvesse sair.
ㅡ Jaehyun... Oi! ㅡ me encolhi próxima a parede.
ㅡ Eu não tive certeza de que estava tudo bem, então... Eu liguei pra confirmar.
ㅡ Estou bem! Eu te disse no chat, não precisa se preocupar com isso...
ㅡ Você está gripada? Sua voz parece um pouco...
ㅡ Hm? Ah, não, é que eu gritei muito, isso! Gritei demais!
ㅡ Gritou? Gritou por quê?
ㅡ Eu... Eu consegui um emprego! É, lá na cafeteria!
ㅡ Mesmo?! Isso é ótimo, cumpriu a promessa com a sua mãe.
ㅡ Sim...
ㅡ Você pode vir aqui agora? Quer dizer, o Bogum sente sua falta.
ㅡ Eu ia adorar, mas eu preciso fazer uma coisa, não vai dar...
ㅡ Que coisa?
ㅡ Algo importante, então eu tenho que ir, na próxima eu vou! Até depois! ㅡ antes que ele pudesse me dar uma resposta, desliguei rapidamente a ligação e consegui respirar aliviada.
Como eu o encararia agora? Preciso de um pouco de tempo para aceitar toda essa situação. Me sentia pesada. Apenas queria que o dia acabasse logo e amanhã todos esses sentimentos fossem embora. Mal pude colocar o celular em esquecimento novamente.
Yuta está te ligando . . .
ㅡ Yuta...? ㅡ tentei demonstrar força em minha palavras.
ㅡ Gwiyomi... ㅡ sua voz estava baixa e um tanto melancólica ㅡ Eu tive um dia ruim... Você pode me fazer companhia?
ㅡ Aconteceu alguma coisa? ㅡ mesmo já tendo certeza da resposta, ele não podia ver que eu sabia.
ㅡ Eu briguei com Jaehyun ㅡ ele suspirou ㅡ Não seria certo conversar sobre isso por telefone... Preciso te contar algo importante.
ㅡ Tudo bem, onde quer se encontrar?
ㅡ Eu estou numa lanchonete perto da praça, sabe? Ao lado da loja de conveniência, bem perto de onde vocês moram.
ㅡ Chego aí em vinte minutos.
ㅡ Estarei te esperando.
Precisava fazer algo a respeito do meu rosto, mas nada que um pouco de maquiagem não resolvesse. Contudo espero que meus olhos desinchem logo. Tentei enrolar mais do que costumava demorar para me arrumar apenas para que meu rosto voltasse ao normal, nem que fosse só um pouco. Estava atrasada em cinco minutos, mas logo cheguei a lanchonete observando atenta à procura de Yuta. Com um aceno breve ele me chamou atenção. Fui de encontro com a mesa dele e me sentei em sua frente.
ㅡ Me desculpe o atraso... Você esperou muito? ㅡ sorri da forma mais sincera que consegui.
ㅡ Não se preocupe, valeu a pena esperar cada segundo ㅡ ele sorriu ㅡ Você está bem? Parece que seu olhar está um pouco distante.
ㅡ Não é nada, eu só estou um pouco avoada ㅡ neguei com a cabeça mantendo o sorriso ㅡ Eu consegui um emprego, estava pensando nisso.
ㅡ Woah, isso é ótimo! Estou feliz por você!
ㅡ Obrigado ㅡ acabei ficando um pouco mais relaxada com as palavras dele ㅡ Mas não viemos falar sobre mim aqui, não é?
ㅡ Por mim tudo bem.
ㅡ Aigoo, viemos falar sobre você! Agora me conte o que aconteceu.
ㅡ Para dizer a verdade, eu acho que a culpa foi minha... Ah, eu só queria que ele parasse pra ver o que está fazendo com a vida dele. Jaehyun é muito fiel aos amigos ㅡ Yuta olhava bem em meus olhos, podia ver o quanto ele se importava com o bem estar do outro ㅡ Ele é o melhor amigo que eu poderia ter. Mas isso acaba sendo ruim também, ele desiste fácil das coisas que quer se um de seus amigos também quiser. Eu tentei provocá-lo pra dar impulso, mas ele não muda, a única coisa que fez foi ceder, de novo ㅡ outro suspiro escapou de seus lábios ㅡ Me irritei com isso e acabei gritando com ele, eu devia pedir desculpas, mas estou fazendo isso pra ajudá-lo.
ㅡ Talvez se ele encontrasse algo que não conseguisse ceder...
ㅡ Eu sabia que você entenderia meu ponto de vista! ㅡ de repente Yuta estava animado e com um sorriso malicioso em seu rosto ㅡ Vamos namorar!
ㅡ O quê?! ㅡ meus olhos se arregalaram e senti a presença de alguém nos observando do lado de fora ㅡ O que isso tem a ver com ajudar... ㅡ quase que num instante Yuta estava bem próximo ao meu rosto. Prendi a respiração sabendo que se não o fizesse, nossos narizes se tocariam ㅡ Y-Yuta!
ㅡ Shh... Só mais alguns segundos ㅡ ele olhou de canto para o grande vidro que nos separava do lado de fora. Percebi uma sombra se locomover e com isso Yuta sorriu satisfeito ㅡ Bom trabalho, princesa ㅡ com uma piscadinha, Yuta depositou um selar em minha bochecha.
Em poucos segundos senti uma mão quente puxar meu braço enquanto Yuta era empurrado para trás. Um pouco confusa, me vi ser arrastada para fora por ninguém menos que Jaehyun. O que está acontecendo? Me virei me deparando com um Yuta sorridente acenando e sussurrando: "Fighting".
ㅡ Jaehyun, qual o problema?! ㅡ sua mão, antes em meu braço, escorregou de encontro com a minha. De forma desajeitada ele utilizava a força para me impedir de fugir.
Percebendo que não receberia uma resposta, apenas o segui. Para onde ele estaria me levando? Não consegui ver sua expressão e muito menos saber o que se passava em sua mente. Agora com passos mais lentos, chegamos em um beco. Não andamos muito, mas notei que para Jaehyun aquela era uma distância segura. Ele, então, finalmente soltou minha mão ainda não me encarando.
ㅡ Jaehyun, por favor fale comigo.
ㅡ Eu pensei que ele tinha me mandado mensagem para fazermos as pazes. Mas não...! ㅡ Jaehyun riu irônico ㅡ Ele queria que eu visse... ㅡ uma mistura de raiva e frustração se fundiam em sua voz ㅡ E você...?! Essa era a coisa importante que se referiu... Entendi... Mas que merda eu estou fazendo agora?!
ㅡ Jaehyun, o que está querendo dizer? Não estou entendendo nada! ㅡ toquei em seu braço em um pedido para que ele se virasse.
ㅡ Diga que não quer ㅡ ele se manteve de costas com as mãos na cintura.
ㅡ Não quero o que?
ㅡ Yuta! Diga que não quer namorar com ele! ㅡ até que enfim ele se virou, contudo com um semblante preocupado.
ㅡ Você... Mas quem disse que eu vou namorar com ele?
ㅡ Eu acabei de vê-los...! Você quer, não é?
ㅡ Jaehyun você está agindo estranho... Viu o quê?
ㅡ Responda a pergunta...! Por favor...
ㅡ Eu... ㅡ não conseguiria mentir para ele, nem se eu tentasse ㅡ Eu recusaria... ㅡ com minhas palavras, Jaehyun se agachou suspirando aliviado.
ㅡ Droga... ㅡ escondendo seu rosto de vista ele se levantou ㅡ Vamos voltar pra casa...
Sem entender o que ele estava tentando fazer aqui, o segui automaticamente. Estar ao lado dele me deixava ansiosa e confusa. Meu coração doía, entretanto me mantive firme. Por curiosidade, apressei o passo para caminhar ao lado dele e tentei fitar sua face disfarçadamente, porém ele encarava uma direção oposta. E foi assim que, em silêncio, Jaehyun caminhou comigo de volta para casa. Dividimos nossos caminhos com uma despedida curta. Jaehyun se manteve calado todo o percurso, e não seria eu quem ousaria comentar algo desde que era difícil encará-lo no devido momento. Pensei em mandar uma mensagem para Yuta, ele havia feito uma pergunta séria antes de Jaehyun me arrastar para fora. Ele falava sério?
Gayeon
< Yuta eu não sei o que está acontecendo e estou confusa com toda essa situação (19:56)
Yuta
Ele não disse nada? É, ele que sabe o que faz (19:56) >
Agora o que eu disse. Sobre namorarmos (19:57) >
Ignore por favor!! Era brincadeira! Me perdoe fazer piada de algo assim. MAS eu sei de quem vc gosta Gayeon. Em momento algum quis brincar com seus sentimentos (19:58) >
Gayeon
< Parece que apenas eu não sabia então (19:58)
< Está tudo bem, não estou magoada com vc (19:58)
Yuta
Obrigado por me perdoar... (19:58) >
Amanhã será um dia melhor, eu te prometo que nada vai ser confuso a partir de agora =P (19:59) >
Como acreditar em tal afirmação se convivo com Nakamoto Yuta e Jung Jaehyun? Preferi parar de pensar nesses assuntos. Como quem não quer nada, abri minha gaveta para revelar o desenho de Jaehyun. O analisando com calma, me debrucei sobre a escrivaninha e deixei minha imaginação me levar para onde quisesse. Se aquilo que Jaehyun havia feito não fora por ciúmes, qual seria o real motivo? Caso eu me confessasse para ele, todo esse meu tormento acabaria? Sem notar minha mãe chamar para o jantar, sobre meu desenho eu indaguei em meu subconsciente.
Capítulo 11 ⇨
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