Por favor querida, me dê mais uma chance
A manhã estava mais quente do que esperado. Acordei um pouco atordoada e com dor de cabeça. Após tomar um banho bem demorado, desci para tomar café, mesmo não estando com um pingo de fome. Minha mãe estava sentada no sofá, assistindo ao jornal da manhã enquanto comia uma torrada. Com um suco de laranja em mãos, me aproximei e sentei ao seu lado. Ela não perguntou nada, apenas me deu um bom dia e ficamos novamente em silêncio assistindo a TV. Minha mãe parecia ter percebido que algo havia acontecido. Noite passada minha cabeça estava cheia de pensamentos confusos, contudo hoje tomei a decisão que mais confortou meu coração. Eu não ligo para o que irá acontecer se eu ficar sem fazer nada. Não vou ligar e assim nada vai mais me magoar. Amigos ou não, Jaehyun pode seguir seu caminho como bem entender como sempre fez e eu seguirei o meu. Doí pensar assim, entretanto quanto mais rápido eu aceitar, mais fácil será para esquecer.
ㅡ Vai sair hoje? ㅡ minha mãe inciou a conversa em tom calmo.
ㅡ Eu preciso deixar os documentos e o exame médico na cafeteria. Eu começo a trabalhar amanhã ㅡ com calma terminei meu suco e me levantei para deixar o copo na pia.
ㅡ Pois bem, cuidado na rua e vê se não volta tarde pra casa. Têm tarados por aí.
ㅡ Mãe, vai ficar tudo bem. Pelo amor que tarado iria querer algo comigo?
ㅡ Aigoo... Criei uma filha estúpida... Para de palhaçada e vai logo.
Acordei com um mal-humor irritante e provavelmente daria patada em qualquer um que se aproximasse. Seria melhor evitar contato com meus amigos. Acabei sorrindo sozinha ao me pegar dizendo que os amigos de Jaehyun também eram meus amigos. Não me sentia mais sozinha como antes, isso era bom, então tudo ficaria bem.
Mesmo estando quente como o inferno, a brisa estava fresca, o que facilitou minha caminhada até a cafeteria. Após terminar meu compromisso, deixei o local animada depois de ser informada que já começaria a trabalhar amanhã. No momento em que saí pela porta de vidro, senti algo esbarrar em minhas pernas.
ㅡ Oh...? ㅡ ao olhar para baixo, me deparei com Bogum com suas mãos no nariz ㅡ Você está bem? ㅡ ri baixo me agachando e acariciando seus cabelos com carinho.
ㅡ Noona! ㅡ ele me abraçou rindo e o peguei no colo.
ㅡ Como está meu Jung preferido? ㅡ ri ao ver o menor todo contente e percebi um Jaehyun silencioso ao nosso lado ㅡ Está tudo bem em casa? ㅡ dessa vez me dirigi ao irmão mais velho de Bogum.
ㅡ Está sim ㅡ colocou as mãos nos bolsos ㅡ Mas muito silencioso.
ㅡ As aulas vão voltar logo, vejo que todos estão ocupados então. Certo?
ㅡ Têm razão. Eu deveria voltar a estudar também, as provas de fim de ano começam logo.
ㅡ Eu devia me preparar também ㅡ novamente o silêncio ㅡ Bom, é melhor eu voltar pra casa ㅡ deixei que o menor alcançasse o chão.
ㅡ Nós estamos indo também, pra nossa casa quero dizer ㅡ por que ele pareceu envergonhado?
ㅡ Tudo bem, vamos juntos então.
Mantemos certo silêncio enquanto observávamos Bogum caminhar alegre e saltitante pelo caminho. Não faltava muito para chegarmos em casa. Atravessamos algumas ruas e aquele silêncio começou a me incomodar.
ㅡ Jaehyun?
ㅡ Sim?
ㅡ Você já falou sobre a situação com Bogum?
ㅡ Acredito que seja melhor quando meu pai estiver aqui. Será o certo, não acha?
ㅡ É... Seria difícil tentar lidar com isso sem o pai presente.
ㅡ Posso perguntar uma coisa Gayeon?
ㅡ O que quer saber?
ㅡ Quando você estava com o Yuta, eu disse umas coisas bem esquisitas... Confusas.
ㅡ Você acha? ㅡ fui irônica.
ㅡ Se você achou também, por que não perguntou sobre isso?
ㅡ Porque você é confuso e esquisito Jaehyun ㅡ dessa vez ele quem se embaralhou todo ㅡ Pra você pode ser algo seu ou normal sei lá, mas... Às vezes parece que você está brincando com a minha cabeça, como se não ligasse para o que eu sinto ㅡ já estávamos em frente à nossas casas.
ㅡ Eu nunca brincaria com seus sentimentos ㅡ seu olhar sério me fez querer acreditar em suas palavras.
ㅡ Então se quiser que eu compreenda algo ou saiba de alguma coisa, me fale diretamente.
Assim nos despedimos naquele começo de tarde. Estava morrendo de fome, e dizer tais palavras para Jaehyun me fizeram sentir certa força, como se eu finalmente tivesse controle sobre meu coração. As coisas enfim estavam ficando tranquilas para mim. Por que eu deveria perder a cabeça com algo assim? Eu desisti, Jaehyun me rejeitou e não há nada que ele vá me dizer agora que faça meu coração ficar balançado novamente. Eu ainda gosto dele, mas com o tempo isso irá mudar, não é o fim, ainda irei encontrar alguém que possa me dar algo recíproco.
Estava começando a ventar muito lá fora. Eram 20:30, meus pais haviam saído para ir num jantar com alguns colegas de trabalho do meu pai e eu acredito que demorariam para voltar. Estava novamente sozinha em casa. O noticiário informou que pancadas de chuva viriam até nossa região, esta noite e na seguinte. Para não ser pega desprevenida amanhã no trabalho, me certifiquei de deixar um guarda-chuva bem evidente próximo à porta principal. Comi um pouco de pipoca de panela enquanto assistia um filme qualquer de comédia no Netflix apenas para levantar o ânimo. Infelizmente isso não estava acontecendo, me pergunto se a culpa fosse do filme. Antes que eu pudesse trocar o que estava assistindo por algo mais interessante, um apagão me pegou de surpresa. Com o susto, arregalei meus olhos ficando em plena escuridão.
ㅡ Como uma casa consegue ser tão escura?! ㅡ em uma tentativa quase falha, consegui encontrar meu celular em cima da mesinha de centro, de frente para o sofá onde eu estava sentada.
Usando a lanterna do celular, iluminei meu caminho para a cozinha e deixei o pote de pipoca vazio sobre a pia. A bateria estava acabando, mas ainda tinha alguns minutos de sobra para ver o que faria. Eis que acendi uma vela, que pela minha sorte era a última da gaveta. Assim que a deixei na sala sobre um pires, meu celular passou a vibrar.
Jaehyun
Tudo bem aí? (20:55) >
Gayeon
< Sim, acabou a luz na rua toda? (20:55)
Jaehyun
Pelo que estou vendo, sim (20:55) >
Parece que um dos fios do poste caiu por causa de uma árvore com a ventania (20:56) >
Pelo visto só amanhã a energia volta (20:56) >
Gayeon
< Poxa que droga... Então hoje a noite vai ser longa (20:57)
Jaehyun
Quis dizer curta né? (20:57) >
Gayeon
< Se for pra dormir agora, com certeza (20:57)
< Só que, eu não estou com sono ;;;; (20:57)
Jaehyun
Você pode conversar comigo até ficar com sono ou sei lá (20:58) >
Se quiser (20:58) >
Você
< Obrigada (20:58)
< Mas minha bateria vai acabar (20:58)
< 3% (20:58)
Jaehyun
Destranque a porta !!! (20:59)
No momento em que fui respondê-lo minha bateria morreu. Se ele fosse fazer o que eu estava imaginando, eu queria desesperadamente recusar a oferta. Não podia ficar sozinha em um cômodo com Jaehyun agora, principalmente à noite. Maldito celular imprestável! Não se passaram nem dez minutos e batidas foram ouvidas em minha porta. Eu já tinha certeza de quem seria, o problema seria me desviar dos móveis naquela escuridão. Ao atender a porta, Jaehyun estava sendo iluminado pela luz do luar enquanto segurava uma coberta com um pequeno garotinho em seus braços.
ㅡ O que está fazendo aqui?! ㅡ comentei em tom baixo para não acordar Bogum.
ㅡ Te fazendo companhia, agora me deixa entrar que está ventando demais aqui fora...! ㅡ assim que ele terminou de falar, o deixei entrar já me arrependendo do que estava fazendo.
ㅡ Meus pais vão chegar daqui a pouco, você não pode ficar muito ㅡ depois de trancar a porta, guiei o maior com seu irmão para a sala onde havia a iluminação da vela.
ㅡ A chuva está muito forte na cidade. Só não veio pra cá ainda. Não se preocupe, amanhã, de certeza estarão em casa ㅡ com cuidado, Jaehyun deitou Bogum no sofá de dois lugares e se sentou ao meu lado no outro de três acentos.
ㅡ Nossa, parece que você tinha tudo arquitetado ㅡ ele me encarou sem entender ㅡ Avisou que estaria vindo pra cá sabendo que meu celular acabaria a bateria e eu não conseguiria recusar, além de saber que meus pais não estão em casa e aparentemente não voltarão tão cedo.
ㅡ Pra me defender eu só posso lhe dizer que minha cabeça não pensa tão rápido desse jeito ㅡ ele riu ㅡ Não sou assim como você está pensando.
ㅡ Mas continua sendo uma grande coincidência né? ㅡ no fundo estava feliz de não estar sozinha em casa, mesmo ainda desconfortável perto de Jaehyun.
ㅡ Admito que a mensagem foi proposital, agora o resto ㅡ ele se aconchegou se espreguiçando ㅡ Então... Amanhã, o que vai fazer?
ㅡ Trabalhar ㅡ juntei meus joelhos repousando minhas mãos em meus pés.
ㅡ Ah! Tinha me esquecido sobre isso. Já vai começar amanhã, isso é ótimo... É naquela cafeteria que estava hoje de manhã? ㅡ ele fitava meus olhos e algo me dizia que ele queria me falar alguma coisa.
ㅡ Sim, eu entro no período da tarde por causa da faculdade. Assim vou poder estudar e trabalhar simultaneamente ㅡ sorri por estar contente por mim mesma o que fez ele sorrir de forma suspeita. Mesmo sabendo que ele escondia algo, dessa vez eu não iria perguntar nada.
ㅡ Talvez eu deva arranjar um emprego também ㅡ acabei rindo, já que ele é rico e sua mesada é basicamente um salário ㅡ Estou falando sério, não faça piada! ㅡ ele ria em conjunto.
ㅡ Tudo bem, vai na fé meu amigo, tô contigo ㅡ apoiei meu queixo em meus joelhos.
ㅡ Sabe, eu nunca me senti bem assim com outras garotas ㅡ por um minuto pensei ter escutado errado, mas apenas o encarei curiosa ㅡ O que quero dizer é que você é diferente das outras. Me faz rir e querer estar sempre por perto.
ㅡ E isso é bom?
ㅡ Sim e não ㅡ ficamos nos encarando por um minuto. Não foi tão vergonhoso e constrangedor como das outras vezes.
ㅡ O que quer dizer com isso? ㅡ era como se eu não conseguisse tirar meus olhos dele.
ㅡ Só de te imaginar com outra pessoa... Eu detesto ㅡ nossos olhares ainda estavam conectados.
ㅡ Onde quer chegar me dizendo isso? ㅡ meu coração estava começando a acelerar.
ㅡ Amanhã, eu te vejo depois do trabalho combinado? ㅡ ele sorriu largamente.
ㅡ Eu te odeio, Jung Jaehyun ㅡ minhas palavras o fizerem rir e por isso o acertei com uma almofada.
ㅡ Desde que esteja pensando em mim, posso lidar com isso ㅡ ele me mostrou a língua ainda rindo e abraçou a almofada me encarando com aquele maldito sorriso.
ㅡ Aish...!
ㅡ Agora, sabendo que você se esqueceu completamente dele, me diga, onde está seu notebook?
ㅡ Oh! Eu realmente tinha me esquecido dele! ㅡ ri animada e pronta para me levantar.
ㅡ Por favor, me diz que ele está carregado.
ㅡ Yes, sir! ㅡ rapidamente afirmei já correndo ao meu quarto e usando o celular de Jaehyun para iluminar o caminho.
Não tomei muito tempo e já estava de volta com um sorriso igual ao de uma criança quando vê doces numa festa de aniversário. O liguei rapidamente e abri novamente o Netflix, agora na lista offline de filmes que havia baixado. Permiti Jaehyun a escolher o filme desta vez. E assim deixamos a noite agora chuvosa se estender até nossos olhos pesarem. Sinto que cochilei, não por muito tempo, mas fora acordada por um Jaehyun sonolento e preguiçoso.
ㅡ Está tarde, vai pra cama... ㅡ ele coçava seus olhos cheios de sono ㅡ Eu já vou também...
ㅡ Que horas são? ㅡ repeti o ato de Jaehyun coçando também os meus olhos e me levantando para ajudá-lo a partir.
ㅡ Três da manhã... ㅡ Com calma ele pegou o menor em seus braços e o levou até a porta em minha companhia. Parece que a chuva também havia cessado.
ㅡ Boa noite ㅡ após nos despedirmos, o observei caminhar com Bogum ㅡ Jaehyun...! ㅡ na metade do caminho ele se virou ㅡ Obrigado ㅡ com um sorriso voltamos para dentro de nossas respectivas casas.
Eu sabia que a presença de Jaehyun apenas comigo em casa seria ruim para meu coração, mas até que me senti aliviada em tê-lo por perto neste momento. Subi para o meu quarto e me joguei sobre a cama, tudo o que eu gostaria era dormir e amanhã acordar de bom humor.
O sol estava clareando as cortinas do meu quarto. Enquanto eu preguiçosamente fugia da luminosidade em minha cama, escutei passos arrastados pelo corredor lá fora. Me sentei lentamente bocejando e coçando a cabeça. Imaginei minha cara da pior forma possível, mas era a vida. Lavei meu rosto e escovei meus dentes. 07:15. Mas por quê raios eu acordei tão cedo num sábado? Meu trabalho começa só depois do almoço. Com um suspiro pesado, abri a porta do meu quarto para me deparar com meus pais parecendo dois zumbis entrevados.
ㅡ Bom... Dia? ㅡ notei que eles ainda vestiam as roupas que usaram para o jantar da noite passada.
ㅡ Te acordamos? ㅡ meu pai me fitou com olhos avermelhados de puro cansaço.
ㅡ Não... Vocês chegaram agora? ㅡ vendo eles afirmarem me aterrorizei ㅡ E onde dormiram?!
ㅡ Na porcaria do carro ㅡ minha mãe estava com as mãos nas costas já me ignorando para ir para o seu quarto ㅡ Ah, minha cama, eu quero minha cama.
Deixei os dois terem o descanso que mereciam e desci tentando fazer o menor barulho possível. Não quis comer nada, por enquanto, ainda estava muito cedo para a fome me atingir. Deixei meu celular carregando enquanto deixei um canal de música, no volume baixo, ligado na televisão. Assim comecei a me alongar um pouco, meu corpo estava parecendo mais leve, seria bom um pouco de exercício leve para manter o bom humor.
Nada diferente surgiu naquela manhã, e tudo indicava que seria difícil chover nesta noite, como o meteorologista havia confirmado ontem. Bom, era melhor não se arriscar. Finalmente a fome resolveu se alarmar, aproveitei que haviam ovos na geladeira e fiz algo que julguei fácil até para eu cozinhar. Omelete. Em seguinte do café da manhã, troquei minhas roupas já por umas mais casuais. Era melhor já ficar preparada do que ir se arrumar em cima da hora e acabar se atrasando para o trabalho. Enquanto estava em meu quarto organizando minha gaveta, que eu baguncei toda por sinal, percebi certo movimento na casa dos Jung. Os garotos estavam se reunindo cedo lá, e Jaehyun parecia estar indo para algum lugar, contudo sozinho. Da minha janela, acenei para Winwin que havia me visto e também para aquele garoto silencioso e misterioso, com cabelos lisos e pele clara. Taeyong, era seu nome. O que estaria acontecendo ali? Babás temporárias? Quis perguntar, mas preferi deixar como estava. Voltei à minha rotina.
Minha manhã fora revigorante e até que prazerosa para quem acordou tão cedo sozinha. Me mantive atenta ao relógio e logo já estava esquentando algo para almoçar. Cozinhar, com certeza, não era meu forte. Tive medo de me atrasar, por isso apressei meu passo e assim que terminei de lavar a louça, segui meu caminho para a cafeteria. Nada fora do comum exceto o fato de que Jaehyun havia saído cedo pela manhã e ainda não voltara.
Nunca pensei que seria tão complicado ser uma garçonete em toda a minha vida. Além de lidar com todo tipo de clientes, ainda existia a dificuldade de decorar todos os pratos do menu e as mesas dos clientes. Além de equilibrar pratos e copos em uma bandeja. Onde eu fui me meter?! Mesmo sendo desafiador, eu comecei a pegar o ritmo com o tempo, sem contar que a cafeteria não ficava lotada, e isso já era muito tranquilizante. Os segundos se transformaram em minutos, que passaram a ser horas e quando percebi já estávamos para fechar. Enquanto limpava as mesas, percebi certo movimento do lado de fora da vidraça que me separava do lado de fora. Distingui uma silhueta conhecida. O que Jaehyun fazia me observando lá fora? Foi então que recordei sobre seu comentário noite passada. Ele realmente veio. Seria melhor terminar logo meu serviço aqui, para não o deixá lá por muito tempo. O clima parecia estar mudando e o céu ficando carregado com nuvens escuras. Com certeza iria chover. Fui para o vestiário e guardei meu avental no armário dos funcionários, assim como peguei de lá meus pertences. Sem desespero, me direcionei para fora e percebi que a chuva já havia começado. Abri às pressas meu guarda-chuva e procurei por Jaehyun preocupada. Senti uma mão tocar meu ombro esquerdo me fazendo, por reflexo, virar nesta direção e me deparar com o maior já bastante molhado pela chuva. Sua mão desceu de meu ombro para meu pulso e me levou consigo para um pouco mais afastado da cafeteria. O parei de frente ao beco para cobri-lo também com o guarda-chuva.
ㅡ Você não sabia que iria chover?! Vai ficar doente... Podemos dividir o guarda-chuva, cabe nós dois aqui embaixo ㅡ percebi ele rir e se virar de frente para mim.
ㅡ Preciso te contar uma coisa que eu já devia ter dito à muito tempo ㅡ ele sorriu largo se aproximando para fugir da chuva ㅡ Eu nunca planejei esse tipo de coisa, por isso peço que respeite o que eu sinto... ㅡ senti meu coração acelerar observando atenta aquele garoto alto com os cabelos molhados sorrir tão sinceramente ㅡ Você me pediu pra ser direto. Quer a verdade? Eu gosto de você. Muito. Você me faz feliz. Me faz rir. É gentil e sempre esteve ao meu lado. Você é diferente, um pouco doida e esquisita. Seu sorriso é tudo o que preciso pra o meu dia ser melhor. Eu sempre fico sorrindo que nem um idiota quando estou com você ㅡ em nenhum momento ele desviou seus olhos dos meus ㅡ Quando eu soube disso? Percebi que você não saía da minha cabeça, então comecei a me perguntar desde quando isso acontecia. Foi quando eu descobri que você esteve presa em meus pensamentos desde que te conheci ㅡ ele finalmente demonstrou sua timidez ㅡ Eu quero você, só isso. Com todos os seus defeitos, sorrisos, piadas, sarcasmo... Tudo. Eu só quero você ㅡ senti minhas bochechas corarem completamente ㅡ Antes eu te disse coisas que não eram meus verdadeiros sentimentos. Te afastei quando tudo que eu mais queria era sua presença. A cada dia que se passou, eu sentia tanto a sua falta ㅡ sua mão que tocava meu pulso, foi em direção a minha destra ㅡ Por favor, me dê mais uma chance...!
ㅡ Por que demorou tanto? ㅡ sem notar eu estava sorrindo.
ㅡ Às vezes aquilo que você procura aparece quando não se está olhando ㅡ dois idiotas rindo um para o outro.
ㅡ Jaehyun ㅡ entrelacei nossos dedos ㅡ Eu acabei me apaixonando mais do que devia. Tenho medo de te querer tanto assim, mas olha só o que estou fazendo agora ㅡ ficando na ponta dos pés, me aproximei e sem me esforçar muito, finalmente tive aquela sensação que tanto quis sentir novamente. Sabendo de seus sentimentos e os misturando com os meus, nada era mais gostoso. Seus lábios estavam gélidos pela chuva, e as gotas de água que caíam de seus cabelos em meu rosto, faziam cócegas em minhas bochechas. Com a falta de fôlego nos separamos com risos baixos e voltamos a nos encarar.
Sábios dizem que apenas tolos se apaixonam. Seria um pecado, se não consigo evitar? É como um rio que corre para o mar. A vida flui assim, algumas coisas estão destinadas a acontecer. Pegue minha mão querido. Tome para si minha vida inteira também. Pois eu não consigo evitar de me apaixonar por você.
Extra ⇨
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