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35

Ally Brooke

Sento em minha poltrona na sala, assim que acordo de um cochilo necessário, notando que agora chove suavemente do lado de fora da mansão.

Ser mãe é a melhor coisa que já me aconteceu, entretanto, Camila Cabello dá o trabalho de dez crianças imperativas. E ao pensar na mesma, olho a meu redor, e noto que a mesma despertara antes de mim, e provavelmente está aprontando em algum lugar da casa.

- Camila!- Chamo em voz alta para que a ela possa me ouvir de onde está. Alguns minutos se passam e começo a me preocupar, tentando afastar de minha mente os pensamentos malignos que insistem em dizer que minha pequena é uma fugitiva. Entretanto, para meu alívio, escuto o ranger da porta dos fundos que dá entrada diretamente para quintal, e em seguida uma pequena bagunça de lama, grama e água, atravessa pelo portal da sala; deixando rastros de pegadas sujas atrás de si.

Uma verdadeira bagunça em pessoa.

- Oi mamãe, que bom que acordou.- Diz com carinho, ao retirar sua nova chupeta dos lábios, enquanto sorri largo sem mostrar os dentes, aparentemente despreocupada com toda sujeira em que está.- Meu bumbum está doendo muito mamãe, Mommy Mani bate mais forte, mas a senhora não fica para trás.- Admite fazendo biquinho choroso ao que vem me abraçar apertado, do jeitinho que está, molhada e coberta de barro. Penso em danar pela sujeira já feita, mas não consigo; Camila está tão fofinha assim, carinhosa e aparentemente manhosa por causa da surra recente. Então, sem mais o que fazer, apenas pego minha menina nos braços, não me importando mais com limpeza de minhas roupas, preocupada apenas em abraçar o pequeno pedacinho de mim.

- Mamãe vai cuidar de você meu amorzinho.- Prometo me pondo de pé, sem deixar de segurar seu corpo pequeno contra o meu.- Vamos tomar banho?- Ofereço já me encaminhando para seu quarto.- Um pouco de cuidado, amor e carinho vai curar você minha neném.- Prometo, lhe segurando firme nas coxas para que não haja perigo de deixá-la cair de meu colo.

- Não quero mamãe, quero voltar a brincar.- Diz com sua voz transbordando manha e não deixo de sorrir para o fato, notando que a mesma perde a chupeta que cai ao falar comigo. Com isso Camila solta um gemido longo e frustrado, como se fosse começar a chorar pelo objeto que fora de encontro ao chão.

Então, antes mesmo que o berreiro comece me abaixo e pego o ítem transparente rosado, mas, não lhe entrego, pois preciso lavar primeiro.

- Me dá mamãe.- Pede em tom autoritário com sua cabeça escorada em meu ombro, enquanto sustenta suas pernas cruzadas em volta de minha cintura; exatamente como a pequena bebezinha que é.

- Mamãe já já te entrega meu amorzinho.- Digo com carinho, ignorando sua forma de falar por saber que crianças ficam assim quando estão manhosas.

- Mas eu quero agora!- Fala novamente mais alto do que realmente deveria e apenas volto a ignorar seu show, sabendo que a culpa dela estar assim é minha; fui eu que bati.

- Minha vida... Mamãe vai lavar primeiro ok? Caiu no chão e nele está repleto de bichinhos. Neném quer bichinhos na boca?- Pergunto já avistando seu quartinho ao chegar no topo da escadaria. Camila processa a informação e assim nega diversas vezes com a cabeça, provavelmente não gostando da ideia de ter sujeira em sua boca.- Que bom meu amor, está certinha.- Elogio me encaminhando para seu espaço, e assim que me ponho a frente do mesmo, abro a porta com um pouco de dificuldade por estar sustentando Camila nos braços, mas, logo adentro o cômodo que cheira a bebê. Mila faz força para descer, entretanto, não permito para que não haja nenhum perigo da mesma ensujar o chão de carpete que Dinah insistiu em colocar anos atrás.

Eu avisei que isso não seria legal no quarto de uma criança!

Caminho até o banheiro, onde permito que Camila volte ao chão, e assim podendo novamente ver seu rostinho, noto que seu semblante é emburrado.

- Mamãe, eu não quero tomar banho... Quero brincar...- Seu tom passa a ser choroso, como se limpar seu corpo fosse o pior pecado do mundo.

Lavo sua chupeta e sem enxugar o objeto coloco em sua boca, observando que a menina passa a soltar pequenas lágrimas de seus olhinhos castanhos, chorando abafado por conta do objeto de sucção entre seus lábios.

- Depois do banho mamãe deixa você brincar meu anjinho.- Prometo já começando a tirar suas roupinhas fabricadas especialmente para praticantes de Abdl.- Shii... Não precisa chorar meu amor, vai ser rapidinho.- Garanto, notando que tirar roupas molhadas é bem mais complicado que o habitual. Assim que consigo me livrar da difícil tarefa de despir minha baby, tiro a chupeta da mesma, ligo o chuveiro e mesmo com Camila chorando, a ponho debaixo d'água para começar seu banho. Noto que seu bumbum está realmente rosado e me sinto mal por saber que o mesmo está assim por minha causa. Lavo seu corpo com carinho, sem malícia alguma, apenas cuidando do que é meu.

Assim que o banho se encerra, cubro seu corpinho nu com uma toalha de touquinha e orelhas de gatinho. Mesmo com cara de choro, Camila parece gostar bastante do pano que lhe seca, tanto que de agarra a mesma, como se sentisse frio.

- Posso ir para cama mamãe?- Pergunta, provavelmente acostumada com meus pedidos repetitivos para mesma ir se deitar toda vez depois do banho, pois com a mesma deitada fica mais fácil lhe vestir novamente.

- Pode ir neném.- Concordo, olhando para seus pés descalços em contato com o chão frio.- Sobe na cama para não ficar doente com esses pezinhos teimosos.- Ordeno com carinho sem deixar de sorrir para mesma.- Mamãe vai organizar o banheiro e já já irei lhe trocar.

- Tá bom mamãe.- Concorda sugando sua chupeta, se retirando do banheiro.

Passo o rodo pela cerâmica branca, rapando qualquer vestígio de água que ali resta, logo depois passo um pano úmido onde Camila pisou momentos atrás e volto a me lembrar que tenho que organizar o segundo andar que também está sujo de barro. Jogo as roupas molhadas de Camila no cesto, e assim que sigo novamente para o quarto, vejo o corpo pequeno de minha menina encolhido contra a cama, como quando a mesma faz besteira e sabe que Mani irá lhe castigar. Me aproximo de seu ser, notando que a toalha que antes cobria seu corpo, agora está estendida sobre a cama, enquanto Camila se encolhe pelada no cantinho da cama.

- O que houve meu amor?- Pergunto estranhando seu jeitinho, vendo que mais uma vez a mesma começa a chorar com minha pergunta.- Shii... Ei bebê, o que foi?- Pergunto novamente ao me sentar em sua cama. Puxo a toalha para dar privacidade a seu corpo, mas, assim que o faço Camila começa a chorar forte e tenta me impedir de retirar a peça de banho do lugar.

- Não mamãe, não!- Implora chorando segurando a toalha que tenho em mãos, tentando retirar de mim. Estanho suas ações, não sabendo exatamente o que está acontecendo, mas assim que olho para baixo z exatamente para onde Camila quer colocar a toalha, noto uma mancha de molhado ali. Largo a toalha e minha baby se apressa em cobrir o local, com as bochechas violentamente coradas, com vergonha de algo. Então... Ligando os pontos, tudo fica claro... Camila molhou a cama.

Observo minha pequena menina chorando, e com dó de seu estado, porém feliz por não ser nada grave o motivo de seu choro... Apenas a pego no colo, mesmo eu estando suja e a mesma molhada, simplesmente a trago para meu colo, beijo seus cabelos e sorrio com gentileza.

- Está tudo bem minha bebê.- Sussurro bem baixinho ao pé de seu ouvido.- Não tem problema molhar a cama, mamãe não vai ficar brava.- Garanto tendo comigo o dever de lhe acalmar.- Mamãe te ama ok?- Aperto meu abraço ao que a mesma chora com mais intensidade, provavelmente sem saber o que fazer com esse novo "constrangimento".

Vou te ajudar minha pequena.

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