33
Ally Brooke
Ao que me sinto calma, caminho em passos curtos até o quarto de minha menina, onde a encontro sentada sobre a cama com o olhar perdido e marejado. Observo que seu rosto está corado, principalmente na parte de seus olhos e nariz, denunciando assim que a mesma estava chorando.
- Oi meu amor...- Digo para anunciar minha chegada e me aproximo se seu corpo pequeno.- Tudo bem? Por que está chorando uh?- Me sento a seu lado na cama espaçosa, e passo uma de suas mechas de cabelo para trás da orelha, podendo ver assim seu rostinho de jovem.
Camila me olha com as sobrancelhas inclinadas, como se não entendesse o porquê de eu estar aqui, acariciando suas costas.
- Não é nada...- Seu tom é rouco, tímido e retraído. Como se falar comigo agora fosse um grande desafio.- E-Eu só sinto muito!- Mila volta a chorar com intensidade e a cena quebra meu coração.
- Não precisa chorar minha bebê.- Garanto com carinho lhe abraçando apertado ao que trago a mesma sem esforços para meu colo.- Está tudo bem, mamãe promete que está tudo bem!- Afirmo, virando seu corpo pequeno de frente para mim, mantendo sua cabeça afundada ao vão de meu pescoço.
- Não está tudo bem! Não está!- Alega chorando forte, como se já houvesse apanhado horrores.- E-Eu te mordi! Te machuquei mamãe... Eu sinto muito! Me desculpa, por favor, me desculpa!- Seu corpo treme contra o meu, suas palavras são culpadas e por um instante penso que a mesma está passando mal.
- Meu amor, olha para mamãe.- Peço com atitude, já segurando seu rostinho de criança entre minhas mãos.- Olha aqui Camila!- Mando novamente, mas, dessa vez realmente lhe ordenando. Minha baby demora alguns segundos para me mirar nos olhos, e assim que o faz, seu rosto já vermelho, fica ainda mais corado na parte das bochechas.- Respira... Calma... Calminha... Isso, escuta o que a mamãe tem a dizer... Não importa o que você faça ou deixe de fazer, mamãe sempre estará aqui, mamãe sempre irá lhe perdoar princesa, e acima de tudo, mamãe nunca deixará de te amar, entendeu?- Pergunto em um misto de firmeza e carinho, sem deixar de fitar seus olhos de jabuticaba.- Entendeu Camila?- Interrogo novamente ao não receber nenhuma resposta de sua parte.
- S-Sim mamãe...- Fala baixinho, ainda deixando lágrimas tristes escaparem por entre os olhos.
- Eu te amo Camila!- Afirmo ainda segurando seu rostinho.
- Eu também te amo mamãe.- Fala timidamente, ainda chorando. Com o peito quente por suas palavras, desço minhas mãos para suas costas e lhe abraço apertado, talvez como jamais abracei qualquer outra pessoa no mundo.
Desde que Camila Cabello entrou em minha vida, sinto algo diferente, uma adrenalina estranha, um medo bom... Me sinto completa e temo em perdê-la. Ela é minha princesinha, minha menininha, meu primeiro bebê... E caso algo aconteça a mesma, sentirei o impacto duas vezes mais forte.
Fico assim, abraçada a minha pequena menina, ao que a mesma se preocupa apenas em se acalmar, enquanto permanece com as pernas cruzadas em torno de minha cintura; como uma pequena macaquinha presa a mãe em seus primeiros anos de vida. Espero até que a mesma pare de chorar, e assim que acontece, sinto meu coração bater mais forte por saber que está na hora de lhe ensinar uma lição. Então, sabendo que minha mão machucada não aguenta dar tapas agora, agradeço a Deus por não ter me arrumado ainda e estar calçada com meu simples par de chinelos emborrachados, aliviada por não ter que procurar. Reparo em como Camila está relaxada, talvez até sonolenta, e para dar início a seu castigo, começo colocando seu corpo miúdo sobre a cama, recebendo um choramingar manhoso de sua parte ao fazê-lo.
- Mamãe precisa falar sério com a senhorita agora.- Digo séria, porém com carinho para que a mesma não se assuste.
- Pode falar mamãe.- Diz com seu rostinho sério, realmente tentando prestar atenção no.que tenho a dizer.
- Bom... Primeiramente me desculpe por gritar com você, isso foi errado e eu sinto muito.- Digo lhe encarando, a espera de sua resposta.
- Tudo bem mamãe, eu te mordi... Gritar é o mínimo que você podia fazer.- Diz com humildade, sorrindo envergonhada por admitir o que fez.
- Obrigada bebê.- Sorrio também, mas, sem desviar de meus objetivos.- Continuando... O que fez foi muito grave Mila, machucar a mamãe é extremamente inadmissível!- Falo olhando para o curativo em minha palma.
- Me desculpa mamãe...- Pede novamente abaixando a cabeça tristonha.
- Ei... Está tudo bem, mamãe já lhe desculpou.- Garanto séria, e a mesma volta a subir o olhar.- Mas, você errou feio neném... E agora, precisa encarar as consequências do que fez.- Tento ser sútil, mas, não sei como bater em alguém utilizando a sutileza como arma.
- Tudo bem mamãe, pode falar o castigo que eu faço...- Sorrio para sua inocência ao pensar que será apenas um castigo.
Mas também... Uma surra vinda de mim é algo extremamente novo.
- Filha, mamãe vai te bater.- Falo exatamente o que vou fazer e Camila arregala os olhos, aparentemente amedrontada.
- M-Mas você me desculpou!- Diz como escudo para não ser punida.
- Sim, você está desculpada bebê.- Afirmo séria.- Mas, ainda sim irá ser castigada. Servirá como incentivo para que não faça de novo.- Explico pacientemente.
- Eu não vou fazer! Eu juro mamãe!- Reparo que suas palavras são movidas a medo e desespero, coisa que sem sombras de dúvidas a mesma sente no momento.
- Meu anjo, mamãe não vai te machucar, não precisa ter medo.- Volto a me aproximar e assim que a mesma nota meus gestos, se afasta bruscamente.- Mila... Calma bebê.- Peço tentando novamente me aproximar, com calma e paciência, pois sei que a mesma tem um mal histórico de surras; graças a minha amada namorada Normani.- Mamãe te ama, lembre-se disso. Mamãe não quer seu mal.
- Mas quer me bater!- Acusa em tom alto.
- Não! Claro que não quero te bater Camila!- Digo séria.- Eu tenho que te bater, porque você é minha filhinha e fez coisas erradas!
- Eu pedi desculpas mamãe!- Seu tom novamente sai alto, porém choroso.
- Eu sei... Mas, desculpas não vão te educar bebê.- Digo séria, ainda sentada.- Então, você pode continuar assim e apanhar o dobro por me desobedecer, ou, pode ser uma boa menina e vir aqui para o colo da mamãe... Você decide baby.- Dou minha sentença, e Mila parece pensar por alguns instantes, mas, logo se põe a obedecer, deitando-se sobre minhas coxas, de bumbum para cima.- Muito bem!- Elogio afetuosamente, sentindo seu corpo tenso sobre mim.
- Mamãe...- Chama baixinho, e sei que seu choro já se fez presente.
- Pode falar meu amor.- Digo dando atenção a sua fala.
- Bate fraquinho?- Quase começo a rir com seu pedido, mas, como o assunto é sério, apenas tento me concentrar e pego o chinelo grosso que permanecia em meus pés.
Penso em abaixar suas roupas de baixo, mas, além de ser humilhante para a mesma, não vejo necessidade no momento. Camila está cooperando e merece o benefício de continuar vestida. Pensando assim, subo o objeto emborrachado no alto e logo o deixo cair, sem muita força, sobre o traseiro de minha menina levada.
Plaft! Plaft! Plaft! Plaft! Plaft!
Camila grita com o contato brusco do chinelo em sua região traseira, passando a chorar forte, praticamente berrando.
Plaft! Plaft! Plaft! Plaft! Plaft!
- Nunca mais volte a ferir outra pessoa Camila!- Ordeno em tom forte, deixando claro quem manda e quem obedece aqui.- Principalmente suas Mommys! Nós cuidamos de você, te criamos e amamos! Então nunca mais faça isso, nunca mais! Fui Clara?
- Sim senhora! Foi sim! Foi sim!
Plaft! Plaft! Plaft! Plaft! Plaft!
- Não quero saber de você maltratando as pessoas, Lauren em especial.- Digo séria, não dando espaço para retalhação.- Ela também é sua Mommy, assim como eu, Normani e DJ!
- Eu sei mamãe, desculpa!- Praticamente grita chorosa em resposta, provavelmente pela dor das chineladas.
- Peça desculpas a ela, não a mim. Você a magoou, e isso não será aceito, entendido?
Plaft! Plaft! Plaft! Plaft! Plaft!
- Sim! Pelo amor de Deus... Sim mamãe!- Seu choro é alto, gritado até. Então, sem mais pelo que bater, levanto Camila da posição de surra e a coloco sentada em meu colo; novamente virada para mim, como no início de nossa conversa.
- Shii... Calminha amor, já passou, passou...- Acalento ao balançar seu corpinho mal desenvolvido em meus braços.- Shii... Não chora neném, mamãe vai cuidar de você agora... Isso mesmo, mamãe vai cuidar dessa princesinha chorona.- Digo com carinho, me colocando de pé um tanto que desastradamente... Mas, logo sigo com a mesma no colo para a cozinha, onde deixei sua mamadeira de leite intocada sobre o balcão.
Pego o objeto de amamentação e volto caminho até a sala, onde passo a dar mama para minha pequena guria, que suba o bico emborrachado com força, enquanto aos poucos se vai se acalmando... Vários minutos se passam e seu corpo novamente relaxa sobre mim. Percebendo que o leite da mamadeira chegara ao fim, pego a chupeta que deixei para a mesma no bolso de minha blusa de moletom e coloco em sua boca, observando como Camila fica fofa dormindo e fazendo barulhinhos de sucção.
Passo o restante da tarde assim, segurando minha menina nos braços e admirando seu rostinho lindo imerso ao sono. Sentindo um sentimento quente no peito, sem culpa alguma pela surra, apenas sabendo que meu dever de mãe, foi cumprido com sucesso.
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