Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

16.1: [Disforia]

Bom dia, boa tarde, boa noite, mochis

Desculpem o capítulo pequeno

mas eu QUERO LOGO SOLTAR ESTA MERDA, PORQUE O TERA E A CAMOREN ACABAM NESTE CAPÍTULO!!

e porque tenho uma leitura (tu sabes que és tu) que está: PUBLICA LOGO ESSA PORRRA!!

Então...boa leitura.

Qualquer erro, uma demonstração de amor.

🌑🌒🌓🌔🌕🌖🌗🌘🌑

KIRA MARSHALL

[6/12/2018- Quinta-feira]

Passei o dedo pelo risco das costas da Kai. Ela estava em cima de mim, com a sua barriga despida colada na minha. Mexia no meu cabelo e nas minhas orelhas, um gesto que sabia que me relaxava em momentos de ansiedade. Mas naquele momento, estava muito mais que relaxada.

"Olha, amor, eu queria lhe fazer uma pergunta." Ela pousou o queixo no meu peito.

Afundei a minha mão nos seus cabelos negros e abri um dos meus olhos. "Hm?"

"Porque é que o Gabriel e o Tera se odeiam tanto?" Aquela pergunta era o tabu da minha vida inteira. Eu não gostava de falar sobre isso a ninguém. Mesmo que tenha passado quase 3 anos, o que aconteceu ainda me afetava bastante. Nunca fui capaz de lhe contar, mas algo despertou a sua curiosidade. Talvez a briga que eles tiveram esta segunda-feira, na minha frente, que, por sorte, o Max conseguiu pôr-se no meio antes que aquilo chegasse a violência.

"Por razões." Suspirei, passando a mão pela cintura dela. "São coisas que aconteceram, há algum tempo atrás, que eu preferia não falar."

"Mas você sabe que pode confiar em mim para tudo, não é?" Ela sentou-se em cima da minha cintura e enrolou-se no meu casaco preto desportivo, tapando as suas curvas tão bem-feitas para mim.

Olhei para os seus olhos e sorri. "Eu sei, mochi."

"Me conta, por favor." Apertou as minhas bochechas, formando um beiço nos meus lábios. "Sei que aquilo na segunda abalou você." Beijou-me repetidas vezes. Como resistir a uma menina como estas? "E o Ariel perguntou-me." Confessou num sussurrou. "Disse-me que o teu irmão o ignorava quando tocava neste assunto."

"Amor..." Passei as minhas mãos pela cara, tentando arranjar uma forma de explicar tudo isto.

"Confia em mim. Sabe que eu aceito tudo." Tirei-a do meu colo e sentei-me ao seu lado. "Quantas vezes você já chorou do meu lado por motivos absurdos e eu julguei você?"

"Nenhuma." Rocei o meu nariz na sua clavícula e beijei o seu queixo.

"Então, me conta, vai."

Comecei pela minha mãe, a famosa Pornstar da cidade, que o meu pai engravidou por acidente. Mesmo quando eu nasci, ela não largou o seu trabalho e de certa forma, escondeu-me do mundo, deixando-me nas mãos do meu pai. Tive sorte em ter um que me aceite e que ame. Podia dizer que a minha família era o inverso das restantes, já que quem saía à noite era a minha mãe, e quem cuidava de mim era o meu pai. Sempre fora ele a trabalhar para nos sustentar, para me sustentar.

Desde que a minha mãe largou o trabalho, quando eu completei os 10 anos de idade, as coisas mudaram radicalmente. Por momentos, tive uma família completa e unida. Tinha uma família perfeita. Tinha deixado o passado para trás e desculpado a minha mãe.

Mas tudo mudou, outra vez, um ano depois. O começo do uso de drogas da minha mãe e uma simples queixa na delegacia foi o preciso para que houvesse uma grande reviravolta na minha vida. No meio de tanta briga entre os meus pais, eu conheci a Chris, o Tera, e o pequeno Óscar e meses depois, sem que eu imaginasse, o meu pai começou a viver com ela e eu criei laços fortes com o Tera e entrado numa nova escola.

E tudo se alterou, outra vez, quando os filmes da minha mãe saíram ao ar. Estava tudo tão perfeito, já tinha a gaveta fechada, mas, porra, o Gabriel tinha de descobrir todos os papeis que lá estavam. Não sei o que estava na cabeça da famosa Pornstar, mas, por que, raio, ela tinha de utilizar o nome da própria filha durante os trabalhos? Não foi só isso que destruiu o começo da minha adolescência. Todos da escola começaram a achar que eu era a Pornstar, pelo simples motivo de eu ser fotocópia dela.

Lembro-me ainda hoje, do sangue que o Gabriel cuspiu depois de levar um murro certeiro do nariz.

"Fodes assim mesmo, ou é só para os filmes?" Gabriel puxou-me pela cintura e tentou subir a t-shirt que tinha vestido. Embora estarmos num dos cantos secretos da escola, alguém conseguiu ver e chamar o meu irmão.

Tera tirou a maçã que comia e mandou-a ao chão, a poucos metros de distância. Apenas vi-o empurra-lo, afastando-o de mim, com as mãos negras e os olhos vermelhos e, em segundos, mandar o recente capitão de equipa ao chão com um só golpe. "ATREVE-TE A TOCAR NA MINHA IRMÃ, OUTRA VEZ!"

Nem foi preciso tantos golpes para que o Gabriel perdesse a sua consciência por completo. Naquele momento, ninguém se atreveu a pará-los. Foi o Treinador quem o puxou e levou-o para uma sala aparte. Eu simplesmente fiquei lá, imóvel, assustada pelo que o meu irmão era capaz.

A partir desse dia, o Gabriel e o Tera não se falaram mais, e quando falavam, todos à volta podiam ter a certeza que uma briga estava por vir.

"Eu nunca mais soube da minha mãe, e também não quero saber." Tirei os meus cabelos rebeldes da testa e olhei para ela, que tinha a mão na boca. "Já sofri demasiado por conta dela."

"Amor, eu nunca imaginei uma situação dessas."

"Vocês vieram poucos meses depois, mas vieram, e agradeço à Lua por vos ter conhecido." Vesti a minha roupa habitual, enquanto ela vestia a roupa da claque do colégio. "Acredita em mim, quando te digo que o Max é a âncora do Tera, e que tu és o meu refugio." Puxei-a pela cintura, e beijei a sua bochecha.

TRIM

O sinal tocou, mas pouco queríamos saber. Estamos mais ocupadas aos beijos e às carícias, do que o primeiro jogo do inicio do campeonato. Porém, tivemos de sair do meu dormitório, rapidamente, e correr para o campo. Seguimos a fila enorme de adultos e crianças, de pais e alunos que seguiam para baixo. Uns tinha cascóis vermelhos e outros tinham azuis, que pertenciam à equipa adversária, os Smash, da escola, Colégio Interno de Zone.

Antes de deixar a Kai ao pé da restante claque, reparei na Camoren e no Tera, a metros de distância da porta, escondidos num canto. Ambos estavam chateados, e pude notar pequenas lágrimas nos olhos da Camoren. Não consegui ouvir o que estavam a falar, ao entrar pela porta do campo, dando de caras com a multidão que estava a sentar-se nas bancadas.

"Tenho de ir, Kira, já estão me chamando!" Abraçou-me, num tão movimento rápido, que nem tive tempo de processar e de beijar a sua testa com todo o meu amor.

"Adeus!" Acenei para ela.

ARIEL MURPHY

"Onde raios se meteu o Marshall?!" O Treinador olhou para a ficha de presença, enquanto andava em círculos dentro do nosso balneário.

"Ele disse que precisava de conversar com a Camoren." Max respondeu, ao meu lado. "Deve vi—" Cessou a sua frase ao direcionar o seu olhar para a porta do balneário. Quando olhei para lá, Tera já se tinha sentado do meu lado. "Cá está ele."

"Bem. Hoje é o primeiro jogo do campeonato. Para nós é mais um jogo, mas aqui para o Murphy, é o jogo de estreia nesta equipa." O Treinador fez-me corar com o seu sorriso. "Precisas dar o teu melhor, Ariel. O Smash não é uma equipa fácil, e são reconhecidos pelas suas táticas inovadoras a cada jogo..." Não ouvi o que o Treinador berrava para nós, apenas estava concentrado com o estado-espírito do Capitão.

Ele estava abalado. Tinha os olhos fixos no chão, e as mãos nos seus cabelos. Ele mordia o lábio inferior vezes e vezes sem conta, quase o fazendo sangrar, mas isso não me despertou muito interesse. Os seus olhos estavam esbugalhados, brilhantes, o que contribui para a minha teoria que ele estava preste a chorar.

"Está tudo bem?"

"Sim." Ele fitou-me, ainda com a cabeça entre as mãos. "Não tem nada a haver com o jogo, não te preocupes." Sorriu.

"Preciso de ti...precisamos de ti confiante, Capitão." Empurrei-o, levemente com o ombro.

Alguém bateu à porta, antes de ele falar qualquer coisa. Era uma das funcionárias da equipa adversária que nos chamava para o começo do jogo. Se o Tera tivesse normal, como todos os outros dias, seria eu que estava nervoso, a tremer. A minha preocupação cortou qualquer nervosismo e ansiedade. O meu foco era o Tera e não o jogo.

Ficamos em fila, Tera em primeiro e eu em último. Os Smash também seguiam essa regra, capitão em primeiro e os guarda-redes em último. Olhei para o meu lado esquerdo, onde o meu adversário estava. Ele também seguia as regras dos jogadores de futebol, fortes, altos, pernas de canhão, mãos grandes. Eu, ao lado deles, era uma sardinha ao pé de uma baleia azul.

"Um Omega, Marshall?" Era o capitão da frente. Nas suas costas, tinha o numero 01 e James por cima dele.

"Melhor que vocês todos juntos." Calou-se quando viu o arbitro aproximar-se deles.

"Nada de brigas, arranhões, bocas, roupas rasgadas. Vocês sabem esta porcaria toda, apenas divirtam-se. Marshall." Cumprimentou o capitão e, de seguida, o outro. "James. Um bom jogo para todos vocês." Ele começou a entrar no campo de 90 metros descoberto. As claques estavam a dançar no meio do campo, fazendo as manobras recém-treinadas. Olhei para as bancadas, mais vermelhos que azuis, que bom. (sentiram a ironia?)

Depois de acenarmos aos adeptos, posicionei-me na baliza, onde aqueci antes do jogo começar. Como hábito, saltei para tocar na barra. O arbitro apitou, dando inico ao jogo.

🌑🌒🌓🌔🌕🌖🌗🌘🌑

A bola foi posicionada na linha de penálti. Estava 0-0, e o marcador podia mudar se eu falhasse naquele momento. Fora o Tera a fazer a falta contra o outro capitão. Se eu tinha nervos? Desde que vi o James a cair dentro da grande área, que o meu coração queria sair-me do peito. James deu quatro passos para trás, olhou para mim, sorriu, e saiu a correr para a bola.

"GOLO!" Os adeptos gritaram ao ver a bola a bater nas redes e a equipa a festejar. Cai no chão, desamparado. Ainda consegui sentir a bola na ponta dos meus dedos, mas a força exercida fora maior à que esperava.

Olhei para a minha equipa. Notei o maior desapontamento no Gabriel, antes de passar o olhar para o Tera. A mente dele não estava cá por completo. Teria de falar com ele, nos quinze minutos de intervalo, que vieram uma jogada depois do penálti.

"1-0, Ariel!" Gabriel sentou-se no banco.

"Desculpa." Sentei-me no meu lugar anterior e limpei o suor com a minha luva.

O Treinador encostou-se ao espelho, com o seu quadro. "Não vamos pôr as cu—"

"Se não tivesses perdido a bola na frente, nada disto tinha acontecido." Tera pôs-se na minha frente.

"Se não tivesses mandado ao chão o número do—" Gabriel fez-lhe frente, posicionando-se a poucos centímetros da pele deles.

"Gabriel, chega. Tera, chega. Estão todos a jogar bem, mas têm melhor. Ele respirou fundo, fechou os olhos, passou a mão na cara e abriu a boca para gritar." MAS QUE PORRA DE JOGO FOI AQUELE?! NEM PARECE QUE SOU O VOSSO TREINADOR!" Berrou. Que treinador bipolar.

O Treinador continuou a censurar-nos por vários minutos. Ralhava sobre os passos malfeitos, pelas jogadas mal planeadas, mas eu concordava. Via tudo em segundo plano. Eu gritava para passarem assim que recebiam a bola, para não correram com ela por muito tempo, mas eles não me ouviam.

"O PRÓXIMO QUE TENTAR FAZER UMA FINTA, NÃO JOGA MAIS! MAS QUE PORRA É ESTA, CARALHO?" Olhei para o Max, o mais fiteiro da nossa equipa. Ele estava assustado, e a sua cara mostrava a culpa que sentia. "Max, da próxima...banco." Por muito que as tentativas do Max funcionassem, era um risco enorme perder a bola.

As batidas voltaram a suar no meio de um ataque de raiva do Treinador, deixando ainda com mais raiva. Em passos largos e pesados, avançou até á porta. "NÃO VÊ QUE ESTOU NO MEIO DE UMA CONVE—Ah...E-Enfermeira K...Kate..."

"David, a equipa está pronta?" Sorriu com a fala.

"Sim, sim, claro."

"Ainda bem, daqui a 5 minutos é para entrar." Fechou a porta, deixando o Treinador incrédulo.

"Ah. En—Enfermeira K-Ka—Kate." Felix e o seu gémeo Fill gozaram-lhe. "Tive saudades desde da última noite!"

"Rapazes." O Treinador tornou-se vermelho, e, num movimento rápido tapou a cara. "Não é o que pensam!"

"É exatamente o que pensamos." Max respondeu por todos, menos por mim. Não sabia se era um rumor que já tinha anos ou se era algo recente, porém eu não entendia nada, nem o porquê de gozarem com o Treinador desta maneira. "Vá, Treinador, diga para a gente... é verdade, não é?"

"Não é!" Quase gritou. "De todo..."

Não reparei na data de assobios e de gargalhadas que soaram dentro daquelas quatro paredes, os meus sentidos, de repente, direcionaram-se para o Tera, que não tomava atenção nenhuma ao que estava a acontecer, simplesmente estava no seu mundo, com os olhos abertos, com a cara monótona. Passei a minha mão pelos seus olhos, puxando-o para a Terra.

"Tu és estranho. Quando se faz desporto, o nosso cérebro, mais concretamente a hipófise, produz uma substância ao nosso corpo chamada endorfina. Ela gera a sensação de bem-estar e felicidade numa pessoa, durante e depois da atividade física. A tua hipófise está estragada."

"Não é só o que está estragado, Doutor Ariel." Arrumou os fios de cabelos que estavam colados na testa pelo suor, depois de se levantar e seguir a fila da equipa.

🌑🌒🌓🌔🌕🌖🌗🌘🌑

Acabo de vestir as minhas roupas causais, enquanto metade da minha equipa tomava banho e a outra metade festejava por termos vencido 3-1. De todos os doze jogadores que estavam naquele balneário, três não prestavam atenção no que se passava, dois deles nem sequer tinham festejado quando ouviram o apito final, e um deles simplesmente estava a assistir tudo em segundo plano.

Tera e Max estavam os dois num canto, inaudíveis o meio de tanta gritaria. Eu, estava no canto oposto, com um olho neles, e com outro na felicidade dos outros. Mas, no meio de tanta euforia, eu só queria saber o motivo na tristeza daquele canto.

[Continua]

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro