• Capítulo 60 •
Jimin on.
— Como vai arrumar tudo isso? — Jeon perguntou olhando todas as minhas malas na sala.
— Boa pergunta. — falei, foram duas viagens para trazer.
— Não sabia que tinha tanta roupa. — eu também não imaginava ser tantas. — Será que vai caber no espaço do closet?
— Vai, eu faço caber. — você pode dar um pouco daquelas jaquetas iguais, não tem necessidade de ter roupa igual. — Primeiro quero guardar meus livros.
— Qual é a mala deles? — perguntou.
— Malas, no plural. — respondi. — Essas três pretas grandes.
— Quanto livro, e já leu todos? — neguei. — Faltam quantos?
— Uns vinte, por aí. — falei.
— Meu escritório, vem. — empurrando duas ele foi para o escritório do escritório, peguei a outra o seguindo.
Entramos no escritório, a luz está acesa porque já escureceu, mostrou as estantes de madeira para livros vazias, esperando meus livros.
— Vou arrumar eles primeiro, não quero correr risco deles estragarem nas malas. — falei, abri uma por uma após deitar elas no chão. — Começar pelas bíblias.
Comecei tirar da mala e colocar na estante, sei exatamente como irei organizar na minha cabeça.
— Quantas bíblias você tem? — perguntou olhando eu não parar de colocar na estante.
— Quinze. — respondi.
— Uma não é suficiente, príncipe? — perguntou se sentando, é, nem me oferece ajuda.
— Você não iria aceitar, não gosta que toquem nos livros. — detalhes lobo.
— Não!? — falei como se fosse óbvio. — Existem várias traduções, capas diferentes, essa eu só comprei pela capa. — mostrei a preta com um leão dourado. — Outras são de estudo, eu tenho um caderno de estudo para cada uma das bíblias.
— Você era obrigado a estudar a bíblia ou fazia por vontade própria? — perguntou.
— Por vontade própria, meus pais nunca me obrigaram a estar interessado nas coisas da igreja. — falei. — Gosto de aprender coisas novas, e conhecimento nunca é demais.
— Por que saiu da igreja? — que interesse é esse na minha vida de cristão, do nada?
— Não estou entendendo suas perguntas, amor. — comecei a guardar os livros de romance.
— É a única parte da sua vida que eu não tenho detalhes, só sei que você cantava na igreja, é filho de pastor, e só. — falou. — Conte sobre essa parte da sua vida.
Jubileu está estranho, ele nunca mostrou interesse nessa parte da minha vida, primeiro que ele nem acredita em Deus e segundo que eu costumo bater nele por me provocar com perguntas idiotas sobre a bíblia.
— Eu cresci na igreja, fui líder do coral de jovens por quatro anos, um na Coréia e três aqui. — contei. — Costumava dar palestras para jovens no segundo ano aqui, em todas as salas de estudo eu estava não importando a faixa etária de idade, e era o primeiro em tudo.
Eu gostava muito, acredito que vencer chamava minha atenção.
— Após chegar aqui no Canadá pelo acidente que ocorreu lá, eu parei de cantar sozinho apenas com o coral. — falei. — Já sabe que sou ótimo em debates, li a bíblia vinte vezes, comecei estudar ela logo que aprendi a ler.
— Com esse tanto de bíblia é fácil ler esse tanto de vezes. — shiu.
— Eu saí da igreja um pouco após nosso primeiro beijo, não me sentia confortável por estar escondendo ser gay, então eu me afastei. — contei.
— Pensa em voltar? — neguei. — Por quê?
— Minha mãe está lá. — respondi.
— Existem outras igrejas, príncipe. — Olhei para ele confuso. — Que foi?
— Fala logo, você está muito estranho me perguntando sobre a igreja, fale rápido o que foi ou esse livro vai parar no meio da sua cabeça. — me aproximei com o livro.
— Tudo para você precisa existir um porquê? — óbvio. — Dessa vez não existe, só quero saber porque não pensa em voltar para a igreja, você agora é mais que assumido não precisa mais se sentir desconfortável.
— É, devolve o meu Jungkook impostor, cadê o verdadeiro? — bati nele com o livro. — Meu Jungkook é alguém que não tocaria no assunto de igreja e nem o motivo para eu não ir.
— Para de me bater príncipe. — não sou seu príncipe. — Só quero saber porque não vai, nem é uma pergunta difícil.
— Porque estou namorando você. — falei a verdade.
Voltei minha atenção para os livros, guardando eles.
— Mas eu nunca te impedi de ir para a igreja, eu nunca vou te impedir de fazer nada, sou seu namorado não seu dono. — é, um namorado maravilhoso. — O que eu tenho a ver?
— Você é mafioso, e o maior deles. — respondi. — Parece que ser namorado de um não te deixa aceitável na igreja.
— Como sabe disso? — perguntou.
— Sabe aquele dia que eu saí de manhã quando ainda estava me recuperando, e não quis contar o lugar que fui? — confirmou. — Fui em uma igreja que tem aqui perto, me barraram na porta dizendo "namorado de mafioso não é bem-vindo", ser gay tudo bem, agora namorar mafioso é passar dos limites.
Não queria contar isso para ele, ele já vive pensando que o faz pode afetar de alguma forma, eu falando isso ele passa ter certeza.
Ele ficou pensativo só pelo silêncio atrás de mim, eu disse.
— Mas não se preocupe, eu estou bem e não penso em ir para a igreja. — falei. — Sua irmã já voltou dos Estados Unidos? — o negócio é mudar o assunto fingindo que não está acontecendo nada.
— Não muda de assunto príncipe. — esquece, não deu certo. — Porque não me contou isso quando aconteceu? Eles iriam ter motivo para te barrar.
— Exatamente por isso, porque você poderia ficar triste pensando que isso que faz me afetou negativamente. — expliquei.
— Qual o nome da igreja? Não estou triste. — Claro que não, vai enganar outro.
— Agora fala a verdade, porque você quer que eu vá à igreja? Não acredita no que eles falam. — isso está confuso.
— Eu não acredito, mas você acredita e o que eles falam te fazem bem. — que fofo! — O nome da igreja?
Falei o nome, ele vai matar todos.
— Jeon não espera que Deus faça justiça, ele mesmo faz. — exato lobo.
Saiu do escritório falando com alguém no celular, já era uma igreja.
Fiquei arrumando meu livros, nesse tempo ele acabou saindo, mas sempre tem alguém vigiando a casa para que nada aconteça.
Saí do escritório, subi uma mala de cada vez para o segundo andar, coloquei o fone e comecei arrumar minhas roupas. Estava concentrado em arrumar pela cor, é terapêutico olhar depois.
Acabei cansando, sentei-me no puff olhando as duas malas que restam, peguei meu celular para saber que horas são.
Dez horas da noite, eu almocei e como salada de fruta no café da manhã, estou com fome.
Primeiro guardei meus sapatos, em meia hora arrumei tudo, de um lado do closet muitas cores do outro trevas.
Peguei uma roupa e fui para o banheiro, tirei a roupa que usava, entrei embaixo do chuveiro ligando ele na água quente, mas não o suficiente para me queimar.
Após terminar me seco, antes de vestir a roupa limpei o piercing, estou pensando em furar a sobrancelha ou o lábio, um desses irei furar.
Saí do banheiro, Jeon está sentado na cama mexendo no meu celular.
— Ei, esse celular é meu pilantra. — me aproximei dele, ele levantou e a mão me impossibilitando de pegar. — Devolve meu celular.
— Não bloqueou o Taehyung? — perguntou.
— Como sabe disso? — eu escondi a conversa com ele.
— Porque ele te mandou mensagem. — isso explica. — É melhor você não ler.
— Por quê? — questionei. — É ruim?
— Sim, deixa isso para lá. — falou. — Vamos deixar ele no passado.
— Tudo bem, pode apagar. — ele mexeu apagando a mensagem, me passou o celular.
— Bloqueia ele, isso já é uma decisão sua. — entrou no banheiro, sentei na cama olhando as mensagens com ele.
Mesmo que doendo, só está doendo em mim essa separação.
Tivemos bons momentos Kim Taehyung, vou guardar todos os momentos felizes que tive com você, mas a ferida ainda está aberta e me aproximar de você sei que vai piorar porque você não muda.
Talvez um dia eu possa te olhar e conversar com você sem sentir falta de ar, isso não é um "adeus", é um "até logo".
De quem um dia foi seu melhor amigo, Park Jimin.
Enviei a mensagem, após ele visualizar fiz o que Jeon falou.
Vou sentir sua falta!
[...]
— Tae, Jimin te mandou mensagem. — Yoongi falou após ler a mensagem, e achou ótima a atitude do outro em bloquear seu noivo, ele estava precisando desse choque. — Não acredito que perguntou para ele, se iria no chá de bebê.
— Eu só queria saber se ele iria, o que tem de mal eu perguntar isso. — veio da sala perguntando.
— Ele falou para não o procurar, nem é tão difícil entender isso. — seu noivo é extremamente egoísta, só pensa em si.
Tae pegou o celular, se sentou na cama para ler a mensagem.
Conforme lia as lágrimas desciam, ele realmente não percebeu que Jimin estava mal, pensou que estivesse mais quieto por Jeon estar viajando.
Estava se sentindo péssimo pela forma que as coisas acabaram entre ele e Park, não teve intenção de ferir seu amigo, não sabe o que aconteceu para de repente ele não ver seu amigo sofrendo.
— Arrume nossas coisas, vamos voltar para a Coréia. — falou secando as lágrimas.
[...] Meses depois.
— Papai sempre vai te amar. — falei colocando os crisântemos brancos na lápide.
Jeon colocou os azuis, me abraçou de lado, ficamos olhando a lápide.
Hoje completa um ano que ele se foi, deixando apenas saudade do que não podemos viver.
Ele teria sido um anjo se tivesse a chance de viver, mas não saiu como planejamos. Hoje ele está em um lugar melhor, longe desse mundo horrível.
— Vamos neném? — meu alfa perguntou, confirmei.
Andamos de mãos dadas até o carro, entrei e ele dirigiu para a Central.
Após um doido me atacar no mercado, comecei a ter aulas de luta com Na-yeon, faz dois meses, hoje é o teste final para ver se já posso parar.
Atirar eu já sei, meu pai é dono de uma fábrica de armas.
Nesse tempo Jeon me trouxe para esvaziar a raiva torturando pessoas, terapêutico.
— Será que eu vou me sair bem, amor? — perguntei após descer do carro.
— Claro que vai, está treinando bastante. — falou pegando minha mão.
Entramos no prédio, tem uma sala de treinamento para ômegas, para lá que eu fui. Jeon foi para a sala dele, fazer o que eu não sei.
Bati na porta antes de entrar, tem ela e mais seis ômegas na sala.
— Ótimo! Jimin chegou, podemos começar. — falou.
Tirei meu tênis e meu casaco, se eu não passar vou precisar continuar tendo aulas, não quero isso.
Começou por um que está a mais tempo que eu nas aulas, em dez minutos ela colocou ele no chão.
— Reprovado, próximo. — falou ajudando ele levantar. — Vem Jimin.
Fui até ela, eu vou reprovar sinto isso.
Ela sempre diz para não ter medo de atacar, devemos imaginar que ela é nosso inimigo, não é difícil já que ela grita muito.
Ela começou dando o primeiro golpe, o negócio é não deixar te acertar, continuei lutando com ela até o que eu não esperava acontecer.
Consegui derrubar, bom saber que puxar alguém pelo pé derruba a pessoa.
— Aprovado, próximo. — ficou em pé sozinha.
Quem foi aprovado? Eu mesmo.
O problema é que mais ninguém conseguiu derrubar ela, só eu fui aprovado, agora vão falar que tive vantagem por namorar o chefe.
Saíram todos da sala, eu subi para o escritório do Jeon, ele estava olhando os papéis quando entrei.
— Passou príncipe? — perguntou sem me olhar.
— Sim, seu namorado agora sabe lutar. — falei me aproximando dele. — Mas eu fui o único que passei.
— E isso é ruim? — me puxou para sentar em seu colo.
— É, vão pensar que tive vantagem por ser seu namorado. — falei.
— Não teve, o mérito é todo seu neném. — me deu um selinho. — Parabéns por ser aprovado, vou te recompensar por isso.
— Com sexo? — perguntei.
— Com um jantar, você não muda príncipe. — ele que me deixou assim agora reclama. — Vamos jantar.
— Eu queria sexo, desde semana passada você não me toca. — fiz drama. — Depois podemos fazer, só um pouquinho?
— Vemos isso a noite, que monstro eu criei. — a culpa é toda sua. — Seu irmão me ligou, você esqueceu o celular em casa de novo.
— Culpa sua que ficou "vamos príncipe, que demora para colocar um tênis", se me apressar posso esquecer até a cabeça em casa. — falei. — Qual o motivo da ligação?
— Ele não falou, precisa ser com você mesmo, pediu para você o ligar quando chegar em casa. — estranho, ele sempre adianta o assunto passando para Jeon.
— Quando vamos para casa? — perguntei.
— Vai demorar neném, tenho tudo isso para assinar. — mostrou a pilha de papel.
— Esse é o problema de vir no mesmo carro, você vem aqui e esquece de ir embora, eu sabia que devia vir em outro carro. — Saí do colo dele, fui para o sofá.
— O que vai fazer? — perguntou.
— Dormir, não tem nada melhor para fazer. — me ajeitei, fechei os olhos. — Se continuar me encarando vou atacar uma almofada em você.
— Você é muito agressivo príncipe. — nem ligo.
Consegui dormir no tempo que ele passou assinando papéis, eu acordei e estava sozinho no escritório. Peguei um dos livros dele para ler enquanto ele não aparecia.
Está concentrado até precisar ir ao banheiro, enquanto lavava as mãos ouvi barulho de gente no escritório, fechei a torneira, tranquei a porta sem fazer barulho.
Encostei o ouvido na porta para ouvir o que estão falando, definitivamente não é o Jungkook.
— Tem certeza que isso vai dar certo? — é um homem pela voz, e ômega para a voz ser tão mansa.
— Se quer o Jeon precisa se livrar da bolinha que o segue. — agora é uma mulher.
Eu sou a bolinha, né? Deve ser eu.
Mas eu não sigo o Jungkook, ele me segue.
— Coloca essa torta aí na mesa, com veneno que está dentro ele vai dormir e nunca mais acordar. — o povo me odeia sem nem me conhecer.
Típico!
— Não, não vou fazer isso, eu nem gosto do Jeon. — faz certo, peguei a arma que fica escondida no banheiro. — Admita, você que gosta dele e está me usando.
— É, eu gosto dele e desde que aquele ômega balofa apareceu, nunca mais transei com ele. — Jezabel reencarnou e ninguém me avisou.
Como assim o Jungkook já transou com essa sem vergonha?
— Agora ele vai morrer e eu vou ficar com o Jeon. — sonhar é de graça.
Destrancou a porta e saí apontando a arma, os dois se assustaram em me ver.
— Você. — apontei para o ômega. — Vou poupar sua vida por desistir, suma daqui.
— Obrigado. — ele saiu correndo da sala.
— Agora você, diga adeus a sua vida. — atirei no coração e na testa, para ter certeza que morreu.
Coloquei a arma em cima da mesa, peguei o pote com a torta cheirei e eu não comeria isso, não gosto de torta de amendoim e o cheiro já revela que tem algo.
— Idiota, não sou tão frágil quanto pensam. — resmunguei olhando o corpo sem vida no chão.
Pulei o corpo dela, sentei-me no sofá e voltei a ler o livro, tô com fome!
Jeon entrou na sala falando com Namjoon.
— O que aconteceu aqui? — perguntou olhando o corpo no chão.
— Precisa falar com seus soldados, só os que você já transou, que tentar me matar com torta de amendoim daria errado. — falei. — Ela queria me envenenar.
— Olha o chão do meu escritório, chama alguém para limpar isso Namjoon. — Jeon está mais preocupado com o chão. — O cheiro de morte que vai ficar aqui, você bem que poderia matar no corredor príncipe.
— Não, daria tempo para ela fugir. — Namjoon saiu para chamar alguém para limpar. — Nós já vamos?
— Sim, já terminei tudo. — finalmente, levantei. — Vamos!
Saímos do escritório, fomos para o elevador e descemos até o primeiro andar.
— O que ela falou? — perguntou.
— Falou que iria se livrar da bolinha que te segue, que sou eu. — falei. — Que gostava de você e desde que o ômega balofa apareceu, não transou com você, que eu iria morrer e você ficaria para ela.
Ele abriu a porta do carro para mim, entrei e coloquei o cinto.
— Não ficou triste pelo o que ela falou? — perguntou após entrar.
— Relacionado a você ou meu corpo? — questionei.
— Os dois. — respondeu.
— Ao meu corpo não, já me acostumei com esses "elogios". — falei. — Sobre você estou bravo, porque não me contou que tem gente que já transou com você trabalhando aí.
— Era para contar? — o que você acha?
— Quando um deles tenta me matar, sim. — cada coisa. — Quantos mais você já ficou?
— Uns quatro. — sem vergonha. — Eu nem sabia da sua existência quando aconteceu.
— Você deveria se guardar para mim, eu fiz isso e não morri. — babaca. — Mas não, vou ficar com metade dos soldados e o Jimin pode se guardar.
— Eu falei quatro, quatro príncipe. — não vejo diferença.
— Quatro passou a significar metade de três mil. — exato lobo.
— Injusto, cada vez que vou em um lugar com você já ficou com uns três dali. — falei indignado. — E eu, sendo um garoto puro e virgem esperando a pessoa certa para me entregar, você é um cachorro Jungkook, daqueles vira lata que qualquer buraco enfia o pau.
Ele está rindo, não ria idiota.
— Para de rir que estou falando sério. — riu mais, vai rindo idiota. — Idiota.
Cruzei os braços olhando a janela, namorado de meia tigela, já transou com um monte de gente e não esperou por mim.
Ódio de você Jungkook!
Ao chegar em casa já saí do carro, abri a porta e entrei. Petrus dormindo todo esticado no degrau da escada, esse gato dorme em cada lugar.
Pulei ele para subir a escada, fui para o quarto, peguei meu celular e sentei na cama para ligar para o Jimy.
Ele também saiu da casa dos meus pais, está morando sozinho em um apartamento mais afastado do centro. Namorado oficial do traficante, Pedro só voltou para o Brasil após deixar ele com uma aliança no dedo.
Michele se deu bem com o Petrus, e por incrível que pareça com a Sara, minha amiga fez amizade com a ex da noiva, tão matura.
— Jeon me disse que você quer falar comigo. — falei.
— Sim, são dois assuntos. — continue. — O primeiro é uma pergunta, você falou com Tae recentemente?
— Não, por quê? — que merda aconteceu dessa vez.
— Hyun vendeu a informação da gravidez do Tae para um programa de fofoca, ele me falou que vai ao ar amanhã contando tudo. — nossa. — Disse que não sabia o que fazer para eles não contarem, os noivos já ofereceram dinheiro, mas nada resolve.
— Ele quer que eu faça algo? — perguntei.
— Na verdade, ele só tocou no seu nome para perguntar se você estava bem e também falou algo sobre sentir muito de não poder estar com você hoje, o que tem hoje que eu não sei? — perguntou.
Jimy não estava aqui quando Benjamin faleceu, ele não sabia a data, mas o Tae estava.
— Hoje completa um ano que o Benjamin faleceu. — contei. — Pode dizer que agradeço por se lembrar e que estou bem, agora porque me contou sobre isso da gravidez dele?
— Então, será que você poderia assim falar com o Jungkook e pedir para ele fazer os fofoqueiros não contarem. — pediu todo mansinho. — Você sabe o que vai acontecer se a mídia descobrir, vão montar acampamento em frente a casa dele, a mídia coreana é muito tóxica.
Sim, ele não terá mais paz e isso pode afetar o bebê.
— Eu vou dar um jeito, sem envolver o Jungkook. — o citado entrou no quarto. — Ele não perdoa facilmente, e provavelmente vai recusar fazer algo.
— Tudo bem, agora sobre o Hyun você vai falar né. — confirmei.
— Lógico, qual o outro assunto? — perguntei.
— Isso só saberemos amanhã, o pai quer almoçar comigo e com você, não disse o assunto. — eu vi ele três vezes após mudar. — Ele pediu para te avisar porque não conseguia te ligar, vai ser na casa deles mesmo.
— Se a mãe estiver lá pode esquecer que eu fico. — vai que ela fala algo.
— Ele disse que ela não vai estar, prometeu e citou "Mateus 5:37", você deve saber o que é eu tive que pesquisar no Google. — a diferença dos gêmeos nessa parte é grande.
— Sei o que é, a palavra do cristão é "Sim, sim; Não, não, porque o que passa disto é procedência maligna." — falei o versículo sem olhar em lugar nenhum.
— O que isso significa? Eu não cresci na igreja, quem me adotou era budista. — falou. — Não era muito fã, sou livre pensador.
Não acredita em nada, resumindo meu irmão.
— Significa que se o cristão fala sim, é sim, não pode mudar a palavra. — expliquei. — O pai prometeu que a mãe não estará lá, se ela estiver, a palavra dele voltou atrás significando que procede do maligno.
— Ah! Agora eu entendi. — Jeon está sentado do meu lado apenas ouvindo minha conversa, curioso. — Bom, te vejo amanhã, já estou morrendo de sono.
— Até amanhã dorminhoco. — desliguei.
— O que você não vai me envolver? — perguntou.
— Não quer mesmo saber. — levantei entrando no closet. — O Taehyung está precisando de ajuda.
— Ele veio pedir ajuda pelo Jimy? É, eu não queria saber. — veio atrás.
— Não, ele não pediu para o Jimy, o Jimy pediu para eu ajudar ele. — falei. — Hyun vendeu a informação da gravidez para um programa de fofoca, vai ao ar amanhã, então a mídia coreana vai ficar sabendo.
— Ele finalmente apareceu, isso significa que ele está na Coréia, agora ele não escapa. — Jeon tem sonhado com o momento que irá pegar o Hyun.
— Bom, então vai ajudar o Taehyung? — perguntei mexendo nas minhas roupas.
— Fazer o que né? Se eu não fizer, você vai, daria no mesmo. — saiu do closet.
Eu já sabia desde o princípio que não precisaria fazer nada, ele sempre faz.
Peguei uma roupa e fui para o banheiro, tomei um banho quente, só deixei morno para lavar o cabelo, morando no Canadá não tem como lavar na água fria, o cabelo vai virar uma pedra de gelo.
Saí do banheiro vestido, entrei no closet e sentei no puff para secar meu cabelo, estava demorando muito então deixei ele úmido quase seco.
Calcei a pantufa e saí do quarto, desci a escada, Petrus já saiu.
Deve ter achado outro lugar mais desafiador para dormir, com certeza achou, Jungkook está brigando com ele nesse momento.
— Petrus saia da minha adega. — justo na adega de vinhos gato? Você gosta de provocar a fera. — Anda, rapidinho gato terrível.
Apareceu segurando ele sem encostar na blusa preta.
— Toma, é seu. — entregou na minha mão. — Esse gato fez treinamento com o capeta. — voltou para o escritório.
Jeon nem acredita no capeta, mas para acusar meu gatinho ele fala do capeta.
— Você não fez Petrus, é um anjinho lindo. — falei e ele miou, desci e ele correu indo para o corredor do escritório, adega e quarto.
Espero que seja o quarto, gatinho afrontoso.
Fui atrás e ele entrou no escritório, entrei na adega de vinhos, acendi a luz. Comecei a olhar os vinhos, nada sujo de poeira, bem limpo pela pessoa que ele paga para isso.
Olhei uma garrafa e o ano dela, praticamente Jesus fez, negócio velho.
Saí com ela da adega, voltei para a sala.
Com o abridor de garrafas foi fácil tirar o lacre e abrir, olhei as taças, desnecessário.
— Vai dar merda, vai dar merda, vai dar o quê? — provavelmente vai mesmo.
Sentei no banquinho do piano, a garrafa está no chão lado oposto do corredor, bebi um gole, prefiro a que tomei semana passada.
Mais um gole para ter certeza, é gostosinho.
Coloquei no chão de novo.
Liguei o iPad, ele vive aqui agora já que passo um bom tempo tocando, coloquei a nota da música que eu queria.
Fui tocando as músicas e bebendo vinho, agora eu já consigo permanecer normal após beber, ainda posso me sentir mais aceso, mas sem ter uma ereção.
— Príncipe. — estou tocando a quinta sinfonia de Beethoven, preciso de concentração. — Príncipe?
— Estou ocupado. — continuei tocando.
— É um assunto sério. — fale sobre ele no jantar.
— Quando eu terminar isso você fala. — é primeira vez que consigo continuar sem errar, é muito difícil tocar isso no piano.
— Acredito que roubaram nossa casa. — falou.
— Terrível né? — sempre erro essa nota, não errei e continuei tocando.
Ele falando sem parar do meu lado, só ouço "blá, blá, blá", não deve ser importante.
Beethoven, você poderia fazer isso mais fácil, negócio difícil. Desde o início da semana estou tentando tocar isso, no princípio seis notas eu já errava, mas não desisti.
Agora estou aqui quase terminando de tocar, fico até emocionado.
— CONSEGUI. — assustei ele. — O que estava dizendo?
— Não ouviu nada? — neguei.
— Eu disse para falar quando eu acabasse, o que era? — perguntei.
— Roubaram meu vinho mais caro, ou o gato terrível bebeu. — meu Petrus não faria isso.
— Qual o nome do vinho? — comecei tocar notas aleatórias formando uma melodia qualquer.
Falou o nome estranho do vinho, é francês, é caro por ser velho e de uma safra que só deu cem garrafas, o tornando muito raro.
— É esse aqui? — peguei a garrafa do chão entregando para ele.
— Não estou passando bem. — sentou no chão olhando a garrafa. — Você tomou o vinho mais caro daquela adega neném.
— Triste né. — ele deveria colocar placas.
"Jimin não beba esse, é caro".
— Como se você fosse obedecer, piada. — eu iria obedecer sim, lobo me difamando.
— Ele custou meio milhão de dólares, e você bebeu como se fosse água. — não sou apreciador de vinhos, bebo pelo álcool. — Você bebeu tudo, puta que pariu.
— Caught in a lie. (Pego em uma mentira.) — cantei tocando piano, continuei cantando.
— Sem vergonha, agora se faz de sonso. — levantou do chão. — Isso vai ter volta.
Voltou para a adega, e eu continuei cantando.
Peguei meu iPad, escrevi todas as notas dessa música e a letra, voltei a tocar para escrever o resto.
Olha só, eu fiz uma música.
O que eu faço agora?
Depois eu penso sobre isso, desliguei o iPad, levantei-me e fui para a cozinha.
Após lavar as mãos comecei a fazer a janta, fiz tudo resmungando uma música qualquer, uma receita que apesar de ser russa, eu aprendi com a Sara.
Famoso strogonoff, na Rússia o nome é parecido.
Coloquei na mesa toda a comida, os pratos com talheres, agora vou chamar o bicudo.
Fui até a adega com meu iPad, entrei acendendo a luz, pesquisei os preços dos vinhos antes de pegar, peguei um barato.
Só vinte mil euros, comparado aos outros, esse está quase dado.
Levei para a mesa, ele sempre come bebendo vinho, já bebi hoje irei ficar com o suco natural.
Fui para o escritório dele, a porta estava encostada, abri colocando só o rosto para dentro.
— Vai comer amor? — perguntei. — A comida está pronta, se for comer estou te esperando. — falei mansinho, deixando a fera tranquila.
Saí e voltei para a sala de jantar, enquanto eu colocava suco ele apareceu, pela cara a fera ainda está brava.
Sentei-me, coloquei primeiro por ele ainda estar abrindo a garrafa de vinho, precisou levantar para pegar a taça, eu nunca pego não entendo de taças.
— O que você fez? — perguntou.
— Strogonoff. — respondi.
Comemos em silêncio total, ele vai ficar bravo por um bom tempo, conheço a peça.
— Eu lavo as louças, pode ir tomar banho. — falei.
Tirei tudo da mesa, lavei as louças querendo muito que o banho acalmasse ele, Jungkook bravo é péssimo. Eu costumo dar patadas, ele só me ignora.
Eu preferia as patadas, pelo menos está falando comigo, agora ignorar é péssimo, parece que estou falando com a parede.
Limpei o Cooktop após lavar as louças, mas não subi, fiquei na sala assistindo filme. Estou sem sono por dormir no escritório, fui deitar eram duas e meia da manhã.
Entrei no quarto olhando a cama, ele está dormindo de costa para o lugar que eu durmo, pensou que eu fosse dramático, eu sou, mas ele é mais.
— Eu falei que ia dar merda. — silêncio Cleberson.
Fui para o banheiro e escovei meu dente, após terminar deitei na cama me cobrindo. Apaguei a luz do abajur que fica do meu lado, agora posso dormir.
[...]
Mesmo dormindo tarde eu acordei cedo, acabei de chegar da corrida matinal, já faço seis quilômetros em uma hora, orgulho de mim mesmo.
Entrei em casa, olhei o relógio, oito horas ainda. Lavei minha garrafinha, enchi e coloquei para gelar de novo.
Subi para o quarto, Jeon ainda está dormindo, do mesmo jeito que eu o encontrei de madrugada.
Tirei o tênis, coloquei talco e guardei, fui para o banheiro tomar banho. Tive que lavar o cabelo de novo, saí enrolado na toalha e outra na mão secando o cabelo.
O alfa bravo já acordou, está mexendo no celular deitado.
Entrei no closet, tirei a toalha e comecei me vestir, calça preta e blusa preta, quando for a hora de ir almoçar eu coloco um casaco.
Calcei as meias, pantufa e saí.
Como vencer seu namorado te ignorando? Não pergunta nada e nem fala nada, aí não vai ter o que ignorar já que você também não fala.
Gênio!
Peguei meu celular e saí do quarto, desci olhando as mensagens, meu pai falando a hora do almoço, respondi a mensagem.
Entrei na cozinha, peguei pão colocando na torradeira, coloquei o café para fazer na cafeteira. Quando o pão ficou pronto, fiz ovos mexidos colocando em cima.
Esperei meu café terminar, coloquei na xícara adoço ele, coloquei espuma de leite para finalizar.
Sentei-me à mesa para comer, comi olhando as notícias da Coréia, preciso saber se Jeon fez algo.
Ele fez, aquele programa de fofoca não existe mais, todos que apresentavam ele sumiram deixando apenas uma carta dizendo "Adeus".
Prático eu diria.
Quando terminei de comer coloquei as coisas na pia, coloquei na máquina de lavar louça, quase não uso por preferir a bucha mesmo.
Fui para a sala, coloquei um filme e fiquei assistindo enquanto desenhava, gosto de fazer isso, para não sentir que estou sozinho em casa.
Logo Petrus apareceu pedindo comida, coloquei o café da manhã ele, petisco de salmão cedo.
Jeon apareceu arrumado com uma mala, onde esse sem vergonha vai? Sem falar nada.
Ele deixou a mala na sala e foi para o escritório, é pequena então ele volta logo, mas ainda não explica o motivo para não me contar.
Só porque eu bebi um vinho de meio milhão? Acho um motivo fraco, porém bem caro.
Voltou com uma bolsa preta, é do MacBook dele.
— Estou indo para a Coréia, volto em três dias. — falou, só isso? Pelo menos falou.
— Ta! Boa viagem. — saiu sem me dar um beijinho, nossa que homem vingativo.
Odeio o modo que ele se vinga quando faço besteira, frio e calculista.
— Vai namorar mafioso, é ótimo! — mentiu quem falou isso.
Fiquei no sofá me lamentando até a hora de ir para o almoço, subi para terminar de me arrumar.
Vesti o casaco bege, calcei uma bota para finalizar a roupa. Fui ao banheiro e escovei meus dentes.
Voltei para a sala de estar, coloquei mais comida para o Petrus, peguei meu celular e a chave do carro, saí de casa.
O carro com meus seguranças já está me esperando, entrei no meu carro colocando o cinto.
Desde que saí da casa dos meus pais, não voltei mais, faz meses que não falo com a minha mãe, no início eu ainda sentia muita falta da relação que já tive com ela, mas isso também passou.
É o mesmo com Tae, passou. Mas isso não significa que ainda quero por perto, sei que não é a hora para isso.
Como ando muito rápido com carro não demorou para chegar, estacionei o carro na frente da casa.
Peguei meu celular e saí do carro, travei ele, coloquei a chave no bolso do casaco.
Um táxi parou atrás do meu carro, Jimy saiu e veio até mim, a barriga já está grande, sete meses se não estou enganado.
— Que cara é essa? — perguntou.
— Cara? O que tem ela? — perguntei sem entender.
— Você está mucho. — Tô nada.
— Não é nada, Jungkook está me ignorando. — falei.
— Bebeu outro vinho caro dele? Eu disse que uma hora ele iria se vingar. — falou. — Pega os mais baratos.
— É que foi o mais caro da adega, meio milhão. — contei.
— No caso, mereceu o gelo. — dei um peteleco na nuca dele. — Vamos entrar que estou congelando.
Apertei a campainha, logo meu pai abriu a porta.
— Entrem meninos, está frio aí fora. — entramos, tiramos os sapatos calçando pantufas.
Entramos na casa, pelo silêncio minha mãe não está mesmo.
Fomos para a mesa, Jimy e eu sentado um ao lado do outro.
— Qual o motivo do almoço pai? — perguntei.
— Vamos almoçar primeiro, depois conversamos. — respondeu. — Como vocês estão?
— Estou bem, só dormindo muito. — Jimy falou.
— Estou bem, e o senhor? — perguntei.
Colocou as panelas na mesa, irei comer algo coreano hoje.
— Bem, podem se servir. — o flash aqui conseguiu pegar primeiro, é lei da sobrevivência.
Jimy está comendo como um boi, não posso deixar ele pegar primeiro, fico sem comida.
— Parecem crianças. — meu pai falou.
— Não sou criança. — falei, sou neném do Jungkook.
Começamos a comer, meu pai falou pouco, mas referente a igreja e a empresa.
Já eu e Jimy parecemos duas vitrolas quebradas.
— Então, qual o assunto? — Jimy perguntou quando paramos de comer.
Quer dizer, eu e meu pai paramos, Jimy ainda está beliscando um bolo, draga.
— É sobre a mãe de vocês. — lá vem.
— O que ela fez? — perguntei.
— Ela foi embora.........................
O que aconteceu com a senhora Park? Boa pergunta.
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!
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