• Capítulo 56 •
Jimin on.
— Vamos provar bebida alcoólica. — falei.
Olhei todas as garrafas, algumas têm cor chamativa.
Vamos começar por essa vermelha, deixa eu ler o nome.
— Ask... Askov. — consegui falar, tem uma azul também.
Será que irei ter problemas? Não responde.
Peguei o copo de vidro, abri a garrafa, coloquei um pouco no copo.
Cheirei, amanhã irei para São Paulo de ressaca, eu sinto isso.
Dei uma golada boa, minha garganta misericórdia.
— Vai dar merda, estava precisando disso. — shiu lobo.
— Vodca Askov, forte de mais. — dei mais uma golada para ter certeza. — Deus é mais, nossa.
Fechei a garrafa, peguei uma chamada "pitú", é em lata e tem um camarão desenhado, achei em um barzinho. Abri a lata e coloquei o conteúdo no copo, vou cheirar antes para saber se vai ser forte.
Cheirinho de morte.
Esse eu bebi só um pouco, quase cuspi, que negócio forte.
Por isso tem gente que fala que o demônio faz cachaça, a cara dele fazer isso, mas o demônio não é dono de fábricas.
— Jesus, nossa que forte. — e se eu misturar?
Peguei a Askov azul, abri a garrafa, coloquei um tanto bom no copo com a pitú, cheirei de novo.
Subo direto após tomar, interessante eu pensar que vou para o céu após beber cachaça.
Bebi um tanto bom, fiquei até tremendo após tomar, porque eu fui inventar de fazer isso?
Tem mais coisa para eu provar, mandei o restante que estava no copo para dentro, antes que eu fique bêbado desliguei meu celular.
Vai que né?
Bêbado carente é péssimo, já cuidei da Rachel assim e misericórdia, aquela menina estava impossível.
— Amanhã será um dia lindo, primeira vez do Jimin com ressaca. — o lobo falou.
— Nem me lembre. — resmunguei olhando as outras garrafas.
Todas essas bebidas foram baratas, isso me deixa preocupado, quanto mais baratas mais forte é.
Vamos de uísque agora, peguei a garrafa, abri e já desisti do copo. Bebi no bico mesmo, misericórdia o que é isso?
Só com esse pouco de bebida me sinto bêbado, imagina com mais.
Bebi mais, ainda não deu para sentir, mais um pouco.
Forte abraço para os que ficam, irei morrer após essa noite.
Só mais um pouquinho, isso é ruim, está começando ficar bom o gosto na boca.
Mais um gole, e mais um.
Só mais um e bem pouquinho.
Foi nesse momento que veio o anjo acelerando o tempo, acelerou bastante.
— Hora de levantar bêbado! — Shiu, minha cabeça está doendo.
Onde estou deitado? Passei a mão sentindo o lugar, não é a cama fofa do hotel, é duro e felpudo.
Abri os olhos, a claridade me fez fechar de novo, droga! Não fechei a cortina ontem, que dor de cabeça.
Minha garganta está seca!
Estou no chão do quarto, levantei devagar e tentei seguir para o banheiro, mas uma garrafa me fez dar de cara no chão.
— Ai, isso doeu. — resmunguei, levantei de novo dessa vez de olho aberto desviando das garrafas.
Espera, elas estão vazias.
— É meu amigo, você bebeu tudo sozinho. — que merda eu fui fazer?
Ai minha cabeça está latejando.
Entrei no banheiro, tirei a roupa e liguei o chuveiro na água fria, sorte que o Rio é quente para um cacete.
Fiquei tanto tempo ali que a água ficou quente no meu corpo, saí e já seco o corpo, após limpar o piercing escovei o dente duas vezes, gosto horrível.
Saí do banheiro enrolado na toalha, peguei uma bermuda jeans e camiseta amarela. Após me vestir catei todas as garrafas vazias, bati na porta e a Haylie destrancou.
— Bom dia, Jimin! — falou, foi direto na cabeça, fiz careta pela dor. — Está bem?
— Nenhum pouco, bom dia, Haylie! — falei. — Eu não saí do quarto né?
— Não se lembra de nada? — neguei. — Senhor Jeon pediu para ligar para ele.
— Merda, pode jogar essas garrafas fora por favor? — o que eu fiz meu Deus?
— Claro, seu amigo está na praia. — pegou todas as garrafas.
— Depois eu vou lá após falar com Jeon. — ela saiu da minha vista e eu fechei a porta. — Droga, por que vou precisar ligar para ele? — resmunguei.
Primeiro abri a janela, cheiro de bebida que está o quarto.
Sentei na cama e peguei meu celular, não está mais desligado, eu fiz merda.
— É, fez mesmo. — culpa sua, influência do cão. — Ei, assim você me magoa.
Olhei a conversa com Jeon, só tem umas figurinhas aleatórias e ele sem entender nada, típico.
Liguei-lhe, estou até nervoso para saber o que fiz.
— Bom dia, príncipe! — ouvi sua voz.
— Boa noite, amor! — lá é noite. — Que merda eu fiz?
— Que dó do meu bebê, ele não lembra o que fez. — falou com deboche.
— Quer morrer Jungkook? Fala logo o que eu fiz. — eu lá tenho paciência para isso.
— Agressivo. — olha quem fala. — Bom, por onde eu começo? Já sei.
[...] Horas antes (autora on)
Jeon estava se preparando para uma reunião quando seu celular começou vibrar sem parar, olhou e viu ser Jimin mandando muitas figurinhas aleatórias.
Perguntou que se tratava, não obteve resposta.
Desmarcou a reunião e sentou na poltrona ligando para Haylie.
— É Petrus, seu dono não está bem. — falou com o gato cinza que o olhava da cama.
— Senhor Jeon? — ouviu a voz da ômega.
— Jimin está bem? — perguntou direto.
— Está, nós saímos faz duas horas para comprar bebidas alcoólicas, ele pediu que eu trancasse a porta pelo lado de fora e não abrisse até ele estar bem. — passou o que aconteceu. — Está no quarto, quer que eu olhe?
Jeon pensou em aceitar, mas começou imaginar se Jimin estivesse fazendo algo que ninguém além dele possa ver.
— Não precisa. — falou. — É só isso.
Desligou, olhou a conversa com Jimin e ele não mandou mais nada, ligou para o ômega.
— Provar bebida alcoólica essa hora? Qual o seu problema príncipe? — falou enquanto o outro não atendia, só na terceira tentativa ele atendeu. — Príncipe?
— Oi amorzinho, xuxuzinho da minha horta. — Jeon ficou um pouco pensativo.
Fofo, pensou.
— Príncipe, porque não toma um banho frio? — falou, não queria que ele ficasse com uma ressaca muito forte.
- Não gosto, prefiro quente. - contestou a ideia do alfa.
Jungkook não precisa o ver para saber que Jimin estava com bico falando aquilo.
A voz levemente arrastada, mostrando estar bêbado.
- O que está fazendo agora neném? - perguntou, queria saber se poderia colocar Haylie para cuidar dele.
- Me masturbando. - falou após um tempo de silêncio, Jeon ficou bravo.
- Eu não disse estar proibido de fazer isso até eu voltar de viagem? - perguntou.
- Não obedeço ordens amorzinho, é gostoso de mais para não fazer. - ouviu a risadinha do ômega.
- Como está fazendo, desobediente? - perguntou.
- Não fala assim comigo, não sou desobediente. - claro que não. - Vai se masturbar pensando em mim? Que safadinho você amor!
Jeon riu de seu ômega, Jimin é único.
- Não farei. - estava se negando ficar duro.
- Então não conto como estou fazendo. - Park fez pirraça. - Porque meus dedos não são grandes iguais aos seus?
- Caralho, o que está fazendo príncipe? - insistiu, queria imaginar a cena, o menor é muito sensual para não imaginar ele fazendo isso.
- Me tocando, eu já disse. - falou contrariado por precisar repetir. - Você me ama?
- Muito, te amo muito. - o que Jimin vai pedir?
- Muito mesmo? - confirmou. - Então me manda uma foto do seu pau.
Jeon engasgou com a saliva, pego de surpresa.
- Não, príncipe. - nem ferrando que ele mandaria nudes.
- Por quê? Você me odeia por acaso, um vídeo então? Bem curtinho. - insistiu.
- Piorou, não vou mandar. - falou decidido.
- Um áudio? Uma fotinha só mostrando a cabecinha? - Jimin queria muito ver.
- Não neném, nada de fotos para você. - negou o pedido.
- Por favor amor, eu sinto falta dele. - choramingou. - Eu mando um para você.
- Não faça isso. - falou desesperado, precisava ir jantar ainda e de pau duro não iria rolar.
- Por quê? Não gosta mais do meu corpo? - sabia que Jimin iria começar chorar. - Também não te amo mais, idiota.
Pensou que ele iria desligar, mas a ligação continuou.
- Meu namorado não gosta do meu corpo. - ouviu ele choramingar. - Talvez eu deva procurar outro.
Chantagem emocional.
- Só queria uma fotinha. - reclamou. - Alfa idiota.
Ouviu ele bebendo algo, deve ser mais álcool.
- Jungkook, por favor juro que vou me comportar. - é mentira, ele nunca se comporta.
- Quando eu vir você pessoalmente, faço tudo que quiser, mas não irei mandar nada. - falou.
- Mas eu queria agora, chato insuportável! - xingou o mais velho.
- Fala "filho da puta" príncipe. - queria fazer o mais novo falar palavrão.
- Não, é palavra feia. - resmungou. - Não pode xingar amor, é feio.
- Todos os seus amigos e seu namorado falam essas palavras feias, o que vai acontecer? - perguntou provocando o neném bêbado.
- Vão queimar no inferno, e ser cutucado pelo tridente do demônio. - Jeon riu da fofura que Jimin conseguiu passar falando isso.
Ouviu barulho de garrafa sendo aberta, e logo de gente bebendo, seu ômega iria estar com muita ressaca quando acordasse.
- Você está bebendo príncipe, não é pecado? - gostava de como Jimin ficava bravo falando sobre esses assuntos, faltava pular em seu pescoço ou o bater com uma bíblia.
- Cala boca Jungkook. - riu com a fala do outro. - Droga de vodca.
- Está bebendo vodca neném? - estava preocupado.
- Está escrito vodca na garrafa, deve ser isso então. - falou, bebeu mais. - É que o uísque já acabou.
- Sua mãe sabe? - perguntou.
- Sou maior de idade, posso beber sem falar para ela. - respondeu. - Mas ela sabe.
Começou cantar no ouvido de Jeon, várias músicas em línguas diferentes, coreano, inglês, espanhol e até francês.
Mesmo bêbado a voz está ótima, e Jungkook ouviu todas elas sem reclamar.
- Amor. - Jimin o chamou. - Eu menti para você.
- Puta que pariu, fudeu gente. - o lobo de ômega falou.
- Quando príncipe? - Jeon perguntou preocupado.
- Desde que viajei, eu não estou dormindo, e quando dormi foi dopado com o remédio forte. - a voz arrastada do menor foi ouvida.
- Está tudo bem, eu já imaginava. - falou. - Porque não consegue dormir sem remédio?
- Eu sinto sua falta, e nem quando você voltar vou conseguir dormir. - reclamou sozinho, bebeu o resto da vodca.
- Por quê? Você pode ir passar um tempo na minha casa. - sugeriu para o ômega.
- Não, já cansei disso. - confessou.
- Deus, segura a língua dessa criança. - Cleberson falou.
- Já cansou de ir à minha casa príncipe? - Jungkook iria ficar triste se a resposta fosse "sim".
- Não, já cansei de ter que ir embora da sua casa. - o alfa ficou surpreso.
- Eu sei, também não gosto quando vai embora. - falou. - Mas você gosta de estar com seus pais.
- É, eu acho. - resmungou baixinho. - Posso morar com você?
Agora Jeon estava realmente muito surpreso, ele iria responder "sim", quer muito morar com Jimin.
- Esquece, você não deve querer, tchau. - Park desligou.
Jeon tentou ligar de novo, mas nada.
- Ele dormiu. - presumiu.
Mandou mensagem para Haylie falando para ela perguntar para Jimin se ele lembrava o que aconteceu, se ele lembrasse não precisava fazer nada, caso contrário para ele o ligar.
Se ele não lembrasse, não iria contar sobre a parte do pedido que fez, achou melhor que Jimin pedisse isso estando sóbrio.
[...] Atualmente (Jimin on).
- Eu fiz isso? - meu namorado confirmou. - Que vergonha!
Vontade de sumir.
- Fiz algo mais constrangedor que pedir nudes? - perguntei apreensivo.
- Pediu vídeo, e contou algo que estava me escondendo. - meu coração gelou. - Não está dormindo príncipe?
- Não bebo nunca mais. - falei. - Eu não consigo, já tentei e não consigo, só se for dopado.
- Em breve eu volto, assim irei fazer você dormir. - falou. - Vai ir à minha casa né?
- Sim, eu vou. - vida difícil, não queria ir embora da casa dele, mas não tenho coragem de pedir.
- Você que pensa. - não entendi lobo.
- Fiz algo mais? - perguntei não querendo saber a resposta.
- Cantou por uma hora e meia, depois contou sobre não dormir. - contou. - Em seguida desligou na minha cara.
Isso parece mentira, só um sentimento de ser mentira.
- Você está bem agora? - ele perguntou.
- Sim, eu vou tomar remédio após embarcar de voltar para o Canadá, pela dor de cabeça. - falei. - Vou desligar, preciso buscar Tae na praia.
- Tudo bem, tchau! Não esquece que eu te amo. - jamais esqueceria isso.
- Nunca vou esquecer, eu também te amo. - desliguei. - E sinto sua falta.
Levantei da cama calçando o chinelo, coloquei o celular no bolso e peguei os óculos escuros antes de sair do quarto, desci com os seguranças pela escada porque o elevador estava demorando muito.
No caminho para a praia já comprei o remédio que irei tomar, fomos andando até a praia.
- Cadê ele? - resmunguei olhando a multidão.
- Achem ele. - Haylie falou com o povo que me segue.
Começaram procurar, eu também ajudando encontrar aquele terrível.
- Ali. - apontaram para um lugar, olhei e lá está ele com água de coco na sombra, tomando pelo canudo, com óculos escuros.
- Vamos. - falei.
É impossível não notar minha presença, eu ando com um povo enorme de terno atrás de mim direto, resumindo tem muita gente me olhando.
Só Haylie e Na-yeon que não usam terno, são roupas convencionais, mas um coldre na coxa com arma e outro na cintura.
Como elas conseguem portar arma em todo país? Pergunta para o chefe delas.
Também usam uma bota matadora, que eu tenho certeza ter uma arma ali, ou faca.
- Parece cena de filme você andando com os seguranças. - Tae falou quando parei na frente dele. - Aqueles filmes de ação onde a mocinha é a protegida da máfia italiana, mas no seu caso é mocinho e a máfia é coreana.
- Sim, eu sou protegido da máfia, mas não é coreana inteligência. - falei. - A máfia começou no Canadá, não foi na Coréia.
- Eu não sou namorado de mafioso, não sei dessas coisas, mas quem dera um dos meus noivos fossem mafiosos. - falou pensativo.
- Você não iria gostar, te conheço. - o tanto de ômega e beta atrás do Jeon precisa ter uma confiança fora do limite, e o Tae desconfia até da própria sombra.
- Quem sabe, veio me buscar né? - confirmei. - Então vamos.
Com ele tinha dois seguranças, voltamos para o hotel.
Fui pegando tudo que me pertence e guardando nas malas, fechei elas só sentando em cima. Deixei uma roupa separada lógico.
Vesti a calça jeans preta, e blusa de manga longa azul-claro, calcei a bota da Prada que um casal da igreja me deu, se eu não me engano são os mais ricos de lá.
Peguei a jaqueta que Rachel me deu, saí do quarto empurrando as malas de rodinha, é da Louis Vuitton, não ganhei do Tae, comprei antes dele ser da agência, foram bem caras.
- Vamos Tae. - falei batendo na porta.
- Vamos. - saiu com sua mala, descemos de elevador até a recepção, após pagar saímos do hotel.
A frota de carro está nos esperando, guardaram nossas malas, entramos no carro do meio colocando o cinto.
Tchau Rio de Janeiro, agora irá demorar para eu voltar aqui.
Fomos direto para o aeroporto, é quarenta minutos até São Paulo, você piscou já está pousando. Mas ainda teve a viagem até São Paulo capital para buscar o ômega de traficante.
- Jimin não virou fiel, Jimy fez isso por ele. - sim, Cleberson.
- Minha bunda já estava ficando quadrada. - Tae falou quando chegamos no morro. - Já está chegando.
- Não reclame temos mais onze horas de voo até o Canadá. - falei.
- Nem me lembre disso, vou chegar sem bunda. - ele fala como se tivesse uma bunda enorme, ele precisa ter consciência de tamanho.
- É, vai acabar essa bunda enorme sua. - me olhou bravo.
- Não humilhe as pessoas sem bundas, merecemos respeito seu bundudo. - ri da cara dele.
Haylie entrou no carro após falar com esse povo armado que fica na entrada, entramos na favela com todos os seguranças.
Um dos homens entrou em outro no carro com meus seguranças para levar até a casa do chefe, eu não lembro mais o caminho.
Mais dez minutos os carros pararam, saiu apenas eu e Tae, os homens do Pedro abriram o portão da casa.
Ele está na porta da casa beijando meu irmãozinho, safados!
João do lado com cara de tédio, esse sou eu, quando tem um casal se pegando perto de mim.
- Finalmente vocês chegaram. - ele falou. - Não dá para dormir com eles em casa.
- Seu irmão que pediu para o Jimy ficar. - falei. - E essas olheiras?
- Resultado de não dormir, já falei para Pedro reformar o quarto transformando em a prova de som, eu preciso dormir. - sofrido. - Só consegui dormir quando fomos para a praia, eu fui dormir em outro hotel para não correr o risco de ouvir.
- Estava grave a situação. - Tae falou.
- Grave é pouco, e eles ficam assim agora. - apontou os dois. - Parece que nem estamos aqui, uma melação fora do limite, certeza que estou com diabetes.
- Vai chegar sua vez João. - Jimy falou finalmente esquecendo o Pedro. - Oi Jimin e Tae.
- Não quero nada sério, tá bom que não quer. - Tae falou em coreano para o Pedro não entender.
- Olá Jimy, vamos que precisamos ir para Guarulhos. - falei. - Tchau! Foi bom conhecer vocês, espero que apareçam lá em casa.
- Muito frio, vou nada. - Pedro falou, Jimy olhou bravo para ele. - Claro que vou, em breve estou lá.
Já está assim? Nossa.
- Cadê a Fernanda? - Tae perguntou.
- Aqui. - ela saiu da casa com um pote de plástico preto. - Leve para a mãe de vocês.
- O que é? - perguntei pegando o pote.
- Bolo de fubá cremoso. - vou é comer no caminho. - Não estão com calor usando jaqueta e sobretudo?
- No avião é frio, e ao chegar no Canadá lá também é. - falei.
- Ela não sabe como é frio no avião, tem medo. - João falou.
- Ir de carro para o Canadá não dá, só de avião. - até dá, mas vai demorar muito.
Despedimos deles, todos falaram que vão lá em casa, minha mãe como ama receber gente em casa vai pirar.
Ao sair da propriedade tem uma ômega entrando no nosso carro.
- Bom ver vocês. - ela falou após entrarmos. - Como foi no Rio?
- Tranquilo. - falei. - Já se despediu do futuro marido?
- Já. - ela respondeu, não negou, safada!
Trinta minutos no carro até guarulhos, ouvindo Jimy e Tae conversando sobre a gravidez e como iriam querer o chá dos bebês.
- Isso ainda vai dar merda. - em que sentido lobo? - Nada, não posso contar sobre o que sei.
Tive que prestar atenção em tudo que falaram, afinal quem irá organizar sou eu, nunca quis tanto que minha mãe dissesse "pode deixar, eu faço".
Mas ela anda muito ocupada com uma festa que vai acontecer na igreja, não vai querer se ocupar com mais uma coisa.
Droga!
Saímos do carro e entramos cercados de seguranças no aeroporto, coloquei os óculos escuros.
Uns soldados se apresentaram para a Na-yeon e Haylie, acompanhamos até a área que os aviões ficam.
- Força aérea brasileira. - resmunguei o que está escrito no avião.
- Quem pode, pode. - Tae falou.
Uma alfa se apresentou como comandante, e piloto, ela vai nos levar de volta.
- Querem tirar fotos para o jornal Jimin, vai tirar? - Na-yeon perguntou-me.
- Claro, é só uma foto. - falei.
Jimy e Tae não quiseram, eu tirei com os soldados e a pilota, isso vai aparecer no jornal principal da noite.
Tchau Brasil!
[...] Canadá 06:30 AM.
Eu estou morrendo de sono!
O remédio que tomei, baixou minha pressão o suficiente para eu cochilar uma hora, depois passei o resto do voo acordado.
Ao entrar no aeroporto já vimos Hoseok, Yoongi e meus pais.
Tae deixou as malas correndo até os noivos, pulou no colo do Yoongi.
Falou mal de vocês na viagem viu? Se eu fosse vocês deixavam ele andar com as próprias pernas.
- Jimy eu já entendi, sente falta do Pedro. - falei para o ômega que não para de reclamar.
São as mesmas palavras "sinto falta Pedro".
- Chato! - falou.
Peguei a mala do Tae e fui empurrando com o pé até perto deles.
Minha mãe abraçou eu e Jimy, pelo pescoço, está matando!
- Mãe, está sufocando. - Jimy falou.
- Vai matar desse jeito. - falei.
- Senti falta de vocês meus nenéns. - doida!
- Eu não ganho nenhum abraço? - meu pai perguntou.
Abracei ele enquanto minha mãe conversa com a barriga do Jimy.
- Senti falta de vocês em casa. - meu pai falou me soltando, abraçou Jimy.
- Também sentimos falta de vocês. - Jimy falou.
É, sentimos muito.
- Deveria disfarçar melhor. - não quero lobo.
- Vamos para casa. - minha mãe falou.
- A Fernando te mandou isso. - entreguei o pote. - O bolo.
- Ótimo, vou tomar café com ele. - falou.
Tae vai para o apartamento dele com os noivos, eu e Jimy vamos para casa mesmo.
Chegamos já eram sete horas da manhã, senti falta do meu quarto.
Minha amada cama, deitei nela e não gostei.
- Está estranha. - deitei de novo. - Trocou o colchão?
Tirei minha bota, calcei a pantufa e saí do quarto, desci para a sala.
- Mãe. - chamei.
- Na cozinha. - fui para lá, ela está fazendo café para tomar enquanto come o bolo. - Precisa de algo pequeno?
- Trocou o colchão da minha cama? - perguntei.
- Sim, seu colchão era o único ortopédico confeccionado com gel, troquei com o do Jimy, agora que vai começar as dores nas costas é bom para ele. - ah!
- É. - meu colchão!
- O que estão falando? - meu pai entrou perguntando.
- Sobre o colchão. - minha mãe respondeu.
- Eu disse que ele iria notar, mas você não me escuta. - ele falou pegando água na geladeira, saiu da cozinha.
- Vou ir desfazer as malas. - falei.
- Tudo bem sobre o colchão né? - confirmei.
Saí da cozinha e subi para o meu quarto, fechei a porta.
Coloquei música no fone via bluetooth, arrumei todas as roupas que não usei no closet, o restante que estava sujo precisei descer e levar para a lavanderia. Eu mesmo já coloquei para lavar, e fiquei ali jogando no celular até estarem lavadas, coloquei na secadora.
Após terminar tudo levei para o quarto, guardei todas limpas e cheirosas no closet, agora preciso de um banho.
Tomei um banho relaxante bem quente, lavei meu cabelo, voltei ser loiro novamente.
Quando saí limpei o piercing, e escovei o dente, fui de roupão para o closet. Peguei um conjunto de moletom preto, vesti ele.
Calcei um ALL star branco, saí do quarto com cartão, celular e a chave do meu carro.
- Aonde vai? - minha mãe perguntou.
- Um lugar. - saí de casa e sei que irei ouvir muita coisa quando voltar.
Abri o portão da garagem, tirei a capa cobrindo meu carro, entrei nele.
Saudade do meu carrinho.
Saí da garagem, pelo controle fechei o portão, coloquei o cinto e segui para um lugar.
É, a coisa em casa não vai ficar nada boa.
Na minha opinião minha mãe deveria falar comigo antes de trocar o colchão, pelo simples fato de que eu comprei ele.
Exatamente, não foram eles, fui eu.
Deitar um mês em colchões fofos dos hotéis acabou com a minha costa, estava contando em dormir no meu colchão ortopédico.
Mas já era.
Fico feliz dela tratar tão bem o Jimy por ele estar grávido (tive o mesmo tratamento quando estava), porém, isso não anula o que sinto.
Só porque não estou vou dormir naquele colchão ruim, sim, vou ficar bravo por um colchão.
Se Jeon estivesse aqui eu poderia ficar com ele, mas ele está na China, o jeito é ficar lá mesmo.
- Digo é nada. - Cleberson falou.
Parei o carro, os seguranças pararam logo atrás. Mas eu saí do carro e eles continuaram dentro, só observando se tem algo errado para intervir.
Fui andando até o túmulo do meu pequeno, mas tem uma mulher lá colocando flores brancas.
- Quem é você? - perguntei, ela se virou assustada. - Porque está colocando flores aqui?
- Desculpa, você deve ser Park Jimin, eu sou a irmã da Hyelim........................
Cheirinho de morte e discussão familiar não é mesmo?
Como diz o lobo "briga, briga, briga".
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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