• Capítulo 50 •
Jimin on
— O Jungkook não vem, Jimin — falou, mostrou a mensagem.
Só pode ser brincadeira com a minha cara, como assim o meu namorado não vem?
— Pergunta o que aconteceu — falei, ela mandou a mensagem.
— Ele disse que deu algum problema sério na Central — e quando não dá?
Eu vou matar alguém, o motivo dele não estar vindo para ser mais exato.
— Podemos continuar, faltam poucos e vocês estão liberados — a fotógrafa falou.
— Vou sentar, se ele mandar algo mais eu te aviso — Hana saiu em seguida.
Terminamos de tirar as fotos, fomos finalmente liberados para ir sentar.
Na minha mesa está o Tae e os noivos, Jimy com Hyun, era para ser eu e Jungkook, mas aquele fariseu não vem.
Eu vou chorar, já não estava muito feliz, agora estou no chão de tão triste.
— Por que está assim? — Tae perguntou sussurrando, ele está ao meu lado direito e esquerdo está vago porquê seria a cadeira do Jungkook.
— O Jungkook não vem — respondi.
— Como assim? O que aconteceu? — perguntou preocupado.
— Deu problema na Central — quero meu namorado!
Enquanto eu e Jimy estávamos tirando fotos foi servido petiscos chiques, agora é o jantar. Muitos garçons servindo as mesas, bastante comida.
Não faria minha cara e do Jimy um pingo de comida.
Minha mesa foi servida, me obriguei comer, se estou triste não sinto fome.
Comi apenas dois dos pratos preparados, os outros três eu não quis por estar cheio e sem vontade de comer.
Abaixei minha cabeça na mesa querendo sumir, Deus já deve estar cansado disso, mas preciso falar mais uma vez.
Eu levanto os braços, o senhor puxa.
Aniversário da morte do Benjamim, parece que apenas eu lembro disso, e Jungkook não está aqui comigo.
Escorreu uma lágrima, limpei rápido para quando levantar a cabeça ninguém perceba que chorei. Ser emotivo é uma droga!
O DJ começou tocar as músicas, olhei de relance para pista, Sara já está lá.
— Vem dançar Jimin — Sara me chamou.
Fiz "não" com o dedo, continuei mergulhado em pensamentos tristes sobre tudo.
— Pode ir dançar — falei com Tae — Vou ficar bem aqui.
— Tem certeza? — confirmei — Se precisar de algo me chama.
Eu poderia aproveitar que todos estão distraídos e ir embora, ninguém vai perceber que um dos aniversariantes sumiu.
— Vão sim. — chato.
Do lugar que estou consigo ver a mesa enorme com o bolo e doces, cantou parabéns eu irei embora.
Será que vai dar para nós viajarmos? E se não der? Vou ficar sem ver ele até a volta da China, que triste! Não sei se conseguirei ficar todo esse tempo sem ele.
Não é dependência emocional, mas ficar três meses longe de quem ama é horrível.
Meus olhos estão ardendo, quero chorar, mas não posso.
— Desculpa o atraso — ouvi a voz dele bem perto do meu ouvido.
— Ótimo, estou alucinando — fiquei doido por falta de carinho.
— Príncipe, você não está alucinando — levantei a cabeça, olhei para ele, coloquei meu dedo na bochecha dele.
— Você veio! — abracei o pescoço dele — Pensei que me deixaria sozinho aqui.
— Deve ter duzentas pessoas aqui, você não estava sozinho — falou, beijou meu pescoço.
— Você entendeu — não quero soltar — Mas você disse que não iria vir, o que aconteceu?
— Reclama com Tae, ideia dele — eu vou matar ele! — Cheguei aqui antes de você.
— Por que aceitou participar disso? — mordi o pescoço dele.
— Ai príncipe, isso doeu — reclamou.
— Não me importo, se fizer isso de novo fica solteiro — soltei ele — Por que aceitou?
— Se eu aceitasse fazer isso ele conseguiria adiar a viagem de vocês, vamos ficar duas semanas e meia na ilha — tô chorando não — Foi o máximo que o hotel de vocês permitiu.
— Nem acredito nisso, agora estou feliz — vou ficar duas semanas e meia grudado nele — Vai ser tempo suficiente para passarmos o aniversário de um ano de namoro, juntos.
— Sim, príncipe — me deu um selinho — Vou conseguir te encher de chocolate.
— Agora que o professor gostosão chegou, vamos dançar — Sara parou em frente minha mesa, grudei em Jungkook negando — Vamos Jimin, por favor? Em breve eu volto para Nova York e você não vai me ver tão cedo.
— Tudo bem — o drama dela me convenceu — Eu volto — falei com Jungkook.
A ômega já tirou o salto e está com o chinelo para ficar melhor para dançar, ainda bem que não uso salto.
Iria viver no chão, o que não é difícil devido meu histórico de tombos.
Justo quando chego começa tocar funk, minha playlist nem a do Jimy tem, Taehyung o que você fez?
— Desculpa pelo susto — o culpado falou ao meu lado quando cheguei na pista.
— Ainda vou me vingar por isso — falei — Por que está tocando funk?
— Adicionei minha playlist — respondeu simples.
— Vai Jimin, mostra que coreano sabe dançar funk — Sara me incentivou.
— Está louca? Tem gente da igreja aqui sua maluca — vou dançar nada.
[...]
— Vai babar — falei com Jeon ao me sentar ao lado dele morto de canseira, dancei muito.
— Não sabia que dançava assim — a vergonha batendo.
— Sara me ensinou — expliquei.
— Vem dançar essa Jimin — Sara e Rachel me arrastaram de volta sem dar tempo para pensar.
Josh por olhar Sara fazendo pegou a coreografia, tem "tubarão" na letra da música e algo com "te pegar".
Minha mãe se juntou acompanhando, meu pai está conversando com Christopher e Daniela também está dançando.
Quando acabou, voltei me sentar encostei a cabeça no ombro de Jeon, dancei muito misericórdia.
— Água, e um lenço — Leonard entregou para mim.
— Obrigado Leonard — agradeci, bebi um pouco da água e usei o lenço para a testa e nuca.
— Sabe onde está seu irmão? — perguntou, olhei para o povo que está dançando e não vi a criatura apenas Hyun.
— Não sei, vou procurar nos banheiros — grudei na mão de Jeon para ele me acompanhar — Viu algo enquanto eu estava dançando?
— Ele foi por ali — apontou exatamente para o corredor com os banheiros.
Entramos e fomos para o banheiro masculino, ao entrar já ouvi o que estava acontecendo. Corri até a última cabine, lá estava ele abaixado colocando tudo que comeu para fora.
Os primeiros meses são os piores, muita fome e nada vai parar no estômago.
— Por que Hyun não está aqui? — perguntei após me abaixar perto dele, Jeon ficou do lado de fora.
— Falei para ele que iria pegar água, no caminho precisei do banheiro e não de água — explicou, deu descarga.
— Já passou o enjoo? — confirmou — Então vamos sair desse banheiro.
Ajudei ele levantar, saímos da cabine para ele lavar a boca na pia.
— Oi Jungkook, desculpa estar dessa forma — se desculpou antes de ir até à pia.
— Tudo bem, vi Jimin várias vezes assim — dia difícil está sendo hoje.
— Pronto? Vamos arrumar algo para você tirar esse gosto da boca — saímos do banheiro e Leonard estava na porta.
— Doce que roubei da cozinha, quem estava fazendo me mata se souber que fiz isso — entregou para Jimy.
Eu espero até os parabéns, quem precisa disso agora é ele.
— Vamos aniversariantes, mais quinze minutos vai cantar os parabéns — voltamos para o salão, me sentei com Jeon e Jimy também não quis dançar de novo.
— Que horas vamos embarcar? — perguntei para Jeon.
— Duas e meia da manhã — respondeu — Ainda é meia-noite e meia.
— Tudo isso? — confirmou — Não vi as horas passando, e para qual ilha nós vamos?
Se aproximou do meu ouvido para contar, para quê todo esse suspense.
— Surpresa — sussurrou, bati no braço dele.
— Chato — ele riu — Tudo que eu falo você ri, desde o início do namoro, eu pareço palhaço?
— Você é engraçado príncipe, não parece um palhaço — falou — Ainda lembro quando falou para sua mãe que não poderia falar com sua "amiga" porque ela era muda, jamais esquecerei isso.
— Agora que eu lembrei disso — cada vergonha que eu já passei, é melhor ficarem de bico fechado.
— Lembra da nossa primeira vez? O que você falou — puxei na memória, minhas bochechas foram ficando vermelhas, bati nele.
— Fica quieto Jungkook, não lembra essas coisas — que mico! Por que ninguém me avisou?
— Fazem parte da nossa história de amor, sempre vou lembrar — eu prefiro que esqueça essa parte da história.
— Lembre só das partes que não passei vergonha, o resto pode aniquilar da sua memória — falei.
— Vai ficar só que você me ama, você vive passando vergonha — calúnia, nem passo vergonha.
— Mentiroso, nem passo vergonha direito — quem concordar com isso odeia o lobo.
— Por que me enfiar na história? Eu estava quietinho aqui — shiu Cleberson.
Leonard nos chamou, eu e Jimy fomos para mesa de bolo.
— Ainda bem que o cabelo é diferente, caso contrário estaria ferrado — ouvi Tae-min falando com Josh.
Minha mãe está ao meu lado e meu pai ao lado do Jimy, família unida.
Leonard puxou os parabéns, como deve agir? Ficar com cara de bobo é a melhor opção.
Quando eu pensei que acabou, Sara inventou algo péssimo.
— Só o Jimy está noivo, vamos dar um jeito em você Jimin — não faz isso, o Jungkook está aqui sua Jezabel — Com quem será?...
E o povo foi junto, eu vou matar ela!
— Vai depender se o Jungkook vai querer, e aí Jungkook aceita meu amigo doido? — deram um microfone para essa doida, ela colocou perto da boca d Jungkook.
— Não precisa aceitar, Sara Gomes eu juro que te mando de volta para o Brasil sem jeito de voltar se não largar esse microfone — ela está achando graça, vou dar na cara dela.
— Shiu Jimin! Estou te ajudando ficar noivo, seu namorado é lerdo — ela fala isso na cara dele.
Alguém por gentileza me mata, agora é um bom momento.
— Para de rir mãe — falei com a pessoa que não para rir, o assunto é sério.
— Aceito — o povo começou gritar, que vergonha meu Deus.
Cadê o buraco para eu me enterrar vivo?
— Me agradeça no discurso do seu casamento — Sara falou entregando o microfone para o Leonard.
— Ainda grudo no seu pescoço — ela me mostrou a língua.
— Algum de vocês quer falar algo? — Leonard perguntou, Jimy pediu o microfone.
— Quero agradecer todos por virem, não conheço a maioria dos que estão aqui, mas espero conhecer todos já que me irmão gosta de vocês sei serem de confiança — quem vê pensa que sou o quê? — Agradecer minha mãe que correu atrás de tudo com o Tae, meu pai ficou só sentado olhando.
Foi exatamente assim, ele não fez nada, apenas ficou olhando.
— Sou grato por eles, mas o principal que quero agradecer é meu irmão — eu? Por quê? — Ele com toda certeza não queria estar aqui, se caísse um raio destruindo tudo ele iria pular para cima de felicidade.
Quem contou? Fofoqueiros!
— Mas ele se esforçou para estar aqui e eu sei que o maior motivo sou eu — quem contou? Essa parte vocês não sabiam — Jimin odeia festas de aniversário, principalmente a dele, mas ele está aqui ao meu lado que queria muito isso, então quero agradecer ele por fazer isso por mim.
— Droga de hormônios — ouvi Tae falando, olhei e ele está chorando, começaram as palmas.
Abracei o Jimy, ele com toda certeza ouviu uma conversa que tive com a Sara.
Nessa conversa falei que iria me esforçar para estar aqui por ele e não por mim, vocês sabem que se eu quisesse, dava sumiço e aparecia só no dia seguinte.
— Lembre de não chorar, você passou lápis de olho — sussurrei para o Jimy, por isso eu não passo nada.
Alguém doido entregou o microfone para o Tae, tenha misericórdia de nós, senhor.
— Só quero avisar que se alguém sair falando mal da festa, você morre — ameaçou os convidados.
— É brincadeira, cara engraçado — puxei o microfone da mão dele.
Primeiro fotografamos a família e o Tae, filho adotado. Os namorados/noivos vieram em seguida.
— Jungkook rápido, eu quero comer bolo — não quer tirar foto esse maravilhoso.
— Um dia você vai acabar me trocando por doce — falou se aproximando.
— Ainda bem que sabe — ele me olhou bravo — Tô brincando.
Ou não.
— Os gêmeos no meio e vocês dois um de cada lado — a fotógrafa falou — Caso se separem vai dar para cortar as fotos que eles estão.
— É mesmo, vai para o canto Jungkook — fiquei no meio com meu irmão.
— Fico feliz em saber que pensa que podemos separar — Jeon falou.
— Shiu, hora da foto — briguei com ele.
Mais fotos, minhas bochechas voltaram doer.
Sara e Rachel também tiraram, foto com o bolo é para amigos mais próximos. O trio da escola também tiraram, enfim vamos cortar esse bolo.
— Hora de cortar o bolo — Leonard falou — Só o primeiro andar é real, não cortem a parte de cima — avisou sussurrando.
Eu e Jimy juntamos as mãos e cortamos com a fotógrafa registrando esse momento, mais palmas foram ouvidas.
— Como são gêmeos, serão dois primeiros pedaços — Leonard falou, cortamos mais um pedaço colocando no pratinho — Quem serão os sortudos?
— O que você acha de... — sussurrei para o Jimy, com o barulho que está Jeon não vai ouvir.
— Tudo bem — Jimy concordou.
— Nossos primeiros pedaços são para as pessoas mais maravilhosas que estão aqui, tem uma beleza digna de capa de revista — comecei falar.
— É eu — Tae falou, exibido.
— E eu — minha mãe falou.
— São um pouco chatos, falam muito — continuei falando — E vivem enchendo o saco.
— Sou eu — Sara falou — Se não for eu, vou te agredir Jimin.
— Essas pessoas são — ela vai me bater.
— Nossos lobos — Jimy completou.
— Lobo não come, é para vocês mesmo — Sara falou contrariada.
— Estou tão emocionado, primeira vez em muitas vidas que isso acontece — Cleberson falou emocionado.
— Isso aí — falei, eu e Jimy enchemos nossos pratinhos com os doces e fomos sentar.
Não demorou nem dois minutos para Jeon estar ao meu lado, ele não gosta de doce.
— Quer? — ofereci um pouco do meu pedaço de bolo.
É bolo de chocolate amargo, com recheio de mousse de chocolate bem doce com morango.
— Não gosto de doce — cara chato.
— Vai, só esse pedaço — coloquei perto da boca dele — Diga ah!
Ele abriu a boca e eu coloquei o pedaço de bolo, ele foi fazendo caras e boca para comer, exagerado!
— Por que tão doce? — bebeu água para aliviar o gosto.
— Delícia — falei, continuei comendo — Quero mais.
— E quando não quer? — perguntou, bati em seu braço.
Ele foi pegar mais para mim, namorado que vai pegar mais bolo para mim, perfeito!
O pedaço que ele trouxe foi maior, e um prato apenas para doces, Jimy foi com a mãozinha para me roubar, bati na mão dele.
— Nem pense — falei.
— Você é ruim — falou bicudo, dei apenas um docinho.
— E vai deitar — esse bolo está perfeito, confeitaria do Jin que fez.
— Não sou cachorro — agora que ele percebeu.
— Parece tanto — me deu uma tapa, dei de volta.
Começamos nos estapear parecendo duas patricinhas de filme americano.
— Parecem crianças — ouvi Jeon falando.
— Não sou criança — falamos juntos.
— Chato — falei para Jimy.
— Chato é você — falou de volta.
— Parem já os dois, pelo menos hoje ajam como pessoas normais, as vezes parece que coloquei dois extraterrestres na Terra — minha mãe brigou com nós dois e saiu.
— Ela sabe que para colocar dois ET no mundo, ela também precisa ser uma né? — perguntei.
— Não sabe, agora imaginei ela verde com antenas e aquela cabeça grande — Jimy falou rindo.
— Se ela ouve isso você fica de castigo para o resto da vida — falei rindo junto.
— Dois doidos — Jungkook falou — Príncipe, eles não têm vinho?
— Não, até parece que vai ter bebida alcoólica na festa que os pais dos aniversariantes são pastores — cada coisa.
— Tem pastor que bebe — vai começar.
— Nem começa Jungkook, nem começa — alertei.
— Começar o quê? — Jimy perguntou.
— Jungkook tem o costume de querer debater comigo sobre minha crença, mas ele perde não sei porque insiste — respondi.
— Ele fica... — belisco sua coxa por baixo da mesa ao entender o que ele iria falar.
— Shiu, não termina isso — voltei comer o bolo com os docinhos.
Terminei já era uma e meia da manhã, segundo Jungkook, boa parte das pessoas foram embora.
Sara ainda está na pista com Josh, Tae-min, Noah, e Rachel.
Me despedi deles e consegui escapar antes que tentassem me fazer dançar mais uma música. Dos meus pais foi mais fácil, peguei meu celular com minha mãe.
Taehyung eu não achei até chegar na porta com Jungkook, lá estava ele falando no celular.
— Tchau! Sim, é para amanhã essas roupas, foi avisado tem três meses e agora que se preocupou com a estampa — eu disse que ele estava quase como diretor da agência — Não quero saber, você vai dar um jeito.
Desligou, ainda bem que não sou!
— Já estamos indo — falei com ele.
— Boa viagem, aproveita suas duas semanas grudado no Jungkook — falou — Quem vai cuidar do gato?
— Vai ficar com Jin — Jeon respondeu.
— Tchau! Não mate ninguém enquanto eu estiver fora — me despedi do doido.
Fomos para o carro, entrei após ele abrir a porta, coloquei o cinto e esperei ele fazer o mesmo.
— Vai querer tomar banho? — perguntou após sair com o carro de lá.
— Sim, mas serei rápido — respondi.
— Você ficou bonito com o azul — eu sei.
— Estava enjoado do loiro, ousei um pouco, mas ficou perfeito em mim — falei.
O caminho até minha casa foi tranquilo, estou mortinho de canseira para ficar conversando muito.
Subi direto para meu quarto, tirei o sapato que usava no quarto antes de entrar no banheiro, Jeon está sentado na minha cama.
Tomei um banho relaxante, e não para tirar meu sono, pretendo dormir no avião. Escovei o dente e limpei o piercing antes de sair, estou enrolado em uma toalha.
— Não me olha assim — falei para Jeon que estava me secando descaradamente.
— Assim como? — sonso.
— Estava me secando — entrei no closet.
Coloquei cueca, vesti calça jeans rasgada no joelho e camiseta branca com um urso na frente, é infantil, mas eu gosto.
Iria ser apenas isso, mas lembrei do ar-condicionado do avião, coloquei um moletom rosa para evitar passar frio.
Calcei um ALL star rosa, na frente do espelho passei hidratante labial e penteio meu cabelo desfazendo o jeito que ele estava, tigela de novo.
Chequei a mala grande, quero saber se não estou esquecendo nada.
— Já sabia que seria duas semanas? — está na porta do closet, neguei — Fez uma mala desse tamanho para três dias?
— Sim, sou precavido — falei, fechei a mesma sentado em cima.
Peguei uma bolsa pequena e chequei meus documentos, tudo certo. Coloquei meu celular, carregador, fones e cartão dentro.
— Vamos? — chamei a atenção do alfa.
— Vamos! — ele pegou minha mala, fiquei apenas com a bolsa pequena — Temos meia hora para chegar no aeroporto, vai ser tranquilo.
Saímos de casa, fechei tudo novamente vai demorar para meus pais com meu irmão chegarem.
Entrei no carro enquanto Jeon guarda minha mala, partiu aeroporto!
[...]
— Vai dormir ou ficar assistindo? — Jeon me perguntou, já estamos no avião.
— Dormir, estou cansado — respondi — Qual ilha nós vamos? — tentei de novo.
— Surpresa — chato.
Ajeitei o travesseiro que a aeromoça me trouxe, dormir tranquilamente em seguida.
— Papai Ji, o papai Jun vai me levar onde ele trabalha, o senhor deixa né? — ouvi a voz de uma menininha, parece estar atrás de mim em uma sala grande.
Virei para conseguir olhar a dona da voz, me senti ser sacudido.
— Droga Jungkook, de novo me acordou no meio do sonho — resmunguei.
— Nós chegamos — falou — O que estava sonhando?
— Segredo — não vou contar, não é a hora para contar.
Saímos do avião, comprei bala no aeroporto minha escova está na mala.
— Aqui já é a ilha? — perguntei, coloquei duas na boca.
As duas malas estão com ele, estou segurando apenas minha bolsa.
— Não, vamos de barco até a ilha — respondeu.
— Você disse barco? — confirmou — Não gosto de barcos!
— Não sabe nadar? — esse não é o problema, eu assisti Titanic.
— Eu sei nadar, se o barco furar e só sobrar uma porta para eu e você dividir, vai caber nós dois ou um irá morrer para salvar o outro? — até agora um no mundo morreu para salvar alguém, quer entrar para lista Jungkook?
— Você assistiu Titanic pelo jeito, não é bem um barco, você vai ver — saímos do aeroporto, ele falou em espanhol com um taxista.
Nossa, não estou passando bem!
— Vamos, ele vai nos levar — de táxi? Olha o perigo que irei correr em ir de táxi para uma ilha.
Jungkook guardou nossas malas enquanto eu entrei, cumprimentei o taxista com o básico de espanhol que eu sei.
— Agora pode falar que lugar é esse? — negou, deve ser na América Latina eles falam em espanhol, tirando uns dois países contando com o Brasil que é português e Guiana Francesa que é francês.
Tirei o celular da bolsa e comecei fotografar os lugares que eu achava bonito, obriguei Jungkook tirar uma comigo.
Em vinte minutos paramos no porto, tem muitos barcos aqui.
Saímos do carro após Jeon pagar, pegou nossas malas.
— Cadê o barco? — perguntei.
Ele olhou ao redor e apontou para um lugar atrás de mim, virei e tem um iate enorme, só sei ser esse pelo nome P.J Príncipe.
— Batizou o iate com meu nome? — confirmou — Por quê?
— Porque você é a pessoa mais importante e que eu mais amo no mundo, nada mais justo que ele ter seu nome — vai me fazer chorar esse sem vergonha.
— Para, não quero chorar em público — falei olhando para o céu, impedir que as lágrimas caiam.
— Venha ômega emotivo — segui ele até o iate, ele subiu tranquilamente e eu fiquei parado olhando — Príncipe? Por que está parado aí?
— É seguro mesmo? — confirmou — Me recuso morrer no meio do mar.
Subi devagar, não me deixa morrer aqui Deus! Sou jovem demais para isso.
— Precisa sair daí — neguei — É seguro príncipe, venha.
Em passos lentos fui até ele, tem espreguiçadeiras aqui.
— Viu? É tranquilo — falou.
— Claro — falei.
Tudo muito luxuoso, quanto será que custou isso aqui?
— Vou te levar no quarto — segui ele para dentro, estou observando tudo bem atento para não perder os detalhes do iate com meu nome.
Subimos uma escada e deu em um corredor com seis portas, três de cada lado, ele abriu a primeira.
— Nosso quarto — colocou as duas malas perto da cama espaçosa.
— Bonito — tem um guarda-roupa embutido na parede, duas janelas em uma altura não pensada para gente pequena, que não é meu caso.
— Claro que não, você é enorme — shiu lobo.
— Ali tem um banheiro — apontou para uma porta, fui até lá para saber como é, nada surpreendente — Já está anoitecendo, vamos até certo ponto, só poderemos chegar na ilha amanhã de manhã.
Saímos lá de noite e chegamos aqui de noite, fuso-horário é horrível.
— Por quê? — perguntei, tirei meu moletom por estar sentindo muito calor.
— O mar perto da ilha fica agitado de noite, poderíamos ir tranquilamente, mas você tem medo então vou evitar — é, bom mesmo.
— Concordo, em mar agitado não conte comigo — falei — Quem vai dirigir comandar não sei, mas quem é?
— Eu — não vou mesmo — Por que vi medo em seus olhos? Não confia na minha direção?
— Em carro sim, nunca vi você comandando um iate — não sei se quero saber como é.
— Se fosse você seria perigoso — afronta contra minha pessoa.
— Não acho, o que tem lá em cima? — perguntei, tem mais escada.
— Mais espreguiçadeiras, uma piscina e um bar, mas você não bebe — respondeu — Só se você quiser experimentar finalmente bebida alcoólica.
— Não, meu fígado está muito feliz e saudável — rejeitei a oferta dele — Vou ir nessa piscina.
— Agora? — confirmei — Só você para entrar na piscina uma hora dessa.
Saiu do quarto, coloquei minha mala na cama e peguei uma das sungas que eu trouxe, entrei no banheiro para trocar de roupa.
Me sinto pelado só com isso, estou me olhando na frente desse espelho grande na parede. Por que eu ouvi o Tae? Deveria ter escolhido shortinho e não sunga, agora vou ter que usar.
E se eu apenas não entrar na piscina?
— Vocês vão para uma ilha, uma hora vai entrar na água — não diga verdades Cleberson.
Saí do banheiro e ele não está, saí do quarto sem fazer barulho tentando não deixar ele ouvir, subi devagar a escada.
O céu está todo estrelado e a Lua está cheia, é bem iluminado aqui em cima, tem luz na piscina redonda.
Entrei nela sentindo a água fria, bem devagar consegui entrar, tem lugar para sentar dentro dela e é óbvio que eu usei, sou velho demais para ficar em pé.
— Está andando — falei em desespero ao notar que o iate se moveu.
Jungkook pelo jeito sabe mesmo pilotar essa coisa que tem meu nome, não afunde comigo dentro amém!
— Príncipe? — ouvi ele me chamando.
— Aqui em cima — falei.
Ele subiu, e eu desci mais na piscina deixando só a cabeça para fora da água.
— Já olhou o seu celular? — neguei, ele parou em frente a piscina — Sua mãe me ligou porque não consegue falar com você.
— Só mexi nele para tirar as fotos, guardei ele de novo, pega para mim? — pedi.
— Pego — virou para sair — Pare de usar a água para se esconder, já vi você nu.
— Não estava me escondendo — mentira.
— É mesmo? — virou, confirmei — Então saia da piscina e venha até aqui.
— Nem ferrando — falei.
— Viu? Você está se escondendo, sem motivos, já vi seu corpo muitas vezes — e precisa lembrar? Guarde para você essa informação.
— Shiu! Só vai pegar meu celular — chato.
Ele desceu e eu voltei sentar, a tatuagem fica bonita olhando meu braço dentro d'água, após me acostumar com ela às vezes esquece de sua existência.
Já ouvi elogios e quase neguei a existência dela, aí que me lembrei que realmente tenho.
— A idade chega para todos — o lobo falou em tom de deboche.
Lobo debochado.
— Celular — meu coração.
— Já disse para não chegar desse jeito — ele riu, eu quase morrendo do coração e ele rindo.
— Precisa parar de se assustar, seca suas mãos primeiro — entregou uma toalha pequena, após secar ele me passou o celular.
— Tem dez chamadas perdidas dela, e eu pensando que ela me deixaria um pouquinho em paz — liguei de volta.
— Lembrou que tem mãe seu filho de Jezabel — ela me xinga se xingando, vai entender.
— Por que queria falar comigo? Conversamos ontem sobre a senhora não ficar ligando desse jeito durante a viagem — falei.
— Mas é urgente — lá vem — Tae passou mal hoje, estava no hospital com ele e os noivos.
— Como ele está agora? — perguntei já preocupado.
— Está bem, ele passou mal por comer demais, três litros de sorvete e duas pizzas — saco sem fundo — Hoseok e Yoongi quase desmaiaram, essa parte foi engraçada.
— Foco mãe, o Tae — mulher doida — Por que ele comeu tudo isso?
— Falou estar com vontade, mas já está bem e já colocou tudo para fora — óbvio que isso aconteceria — Ele não queria que te falasse por medo de você brigar com ele.
— Ele estava certo, quando a senhora desligar eu ligo para brigar com ele — falei.
— Não fala que fui eu que contei — fofoqueira culta — Mudando de assunto, já estão na ilha? Demorou para lembrar de mim por que estava fazendo safadeza né?
— Mãe, qual o seu problema? — Jungkook está rindo — Sai Jungkook, vai olhar aquele negócio que você deveria olhar.
— Sua conversa com sua mãe é mais interessante — revirei os olhos.
— Não tenho problemas, já estão praticamente casados após Sara falar aquilo na festa — não me lembre disso — É normal fazer sexo Jimin, tem na bíblia, Deus aprova.
— Está piorando mãe, pare de falar isso que o Jungkook está ouvindo — e não para de rir, vou arrancar teus dentes.
— Nem ligo, não esqueça de me mandar fotos da ilha — me despedi dela e desliguei.
— Que mulher doida! — resmunguei, fui para o número do Tae e liguei.
— Olá Jimin, Tae está dormindo — ouvi a voz de Yoongi.
— Eu sei ser mentira, passa para ele — sem vergonha, pensa que me engana.
— Droga! Como descobriu? — ouvi a voz do mentiroso.
— Eu te conheço Tae, por que comeu tudo aquilo? — perguntei.
— Estava com vontade, por que só eu passei mal? — a última parte foi mais baixa.
— Jimy também fez isso? Vocês dois tem problemas? — internar os dois — Fez nem vinte quatro horas que saí do país e vocês já aprontaram, colocar alguém de olho em vocês.
— Desde que não seja aquele povo armado que trabalha para o Jungkook — que ideia maravilhosa.
— Ótima ideia, não faça isso de novo — alertei — Se fizer vou falar para a doutora não te deixar comandar a agência por estar te deixando muito estressado.
— Não faria isso — faria sim. — Faria, esqueço que você é uma cobra, sua naja!
— Obrigado, tchau! — desliguei.
Amigos normais? Não tenho um, só queria um amiguinho normal.
— Príncipe — olhei para ele — Sabe que dia foi ontem?
Coloquei o celular longe da piscina, perigoso cair na água.
— Sim, aniversário da morte do Benjamim — respondi — Sete meses, por quê?
— Você foi ao cemitério? — confirmei — Que horas?
— Cedo, não era nem nove horas — falei — Não estou entendendo as perguntas.
— Eu fui sete horas, antes de você — estou começando ficar preocupado — Você levou que flores?
— Crisântemos azuis, o que sempre levo e às vezes brancos quando não acho azul — oficialmente preocupado — Por quê?
— Alguém além de nós, visitou o túmulo e você não vai gostar de saber quem é — falou — Na-yeon acabou de me mandar as informações.
— Quem visitou o Benjamin? — só nós dois visitamos todos os meses, afinal é nosso filho.
— A irmã de quem matou ele, Hyelim tem uma irmã........................
Nem morta deixa os outros em paz, será que finalmente saberemos quais os problemas Hyelim tinha? Eis a questão.
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!
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