• Capítulo 33 •
Jimin on
— Jimin venha comer, espero não ter que repetir - ouvi minha mãe falando atrás da porta.
— Estou indo - já é a segunda vez que ela me chama.
Pode se dizer que eu não estou querendo comer, só quero ficar no quarto, então ela está me forçando comer e me lembrando que eu não estou sozinho, tenho que comer por dois.
Saí do quarto e fui me arrastando para cozinha, ouvi vozes diferentes.
— Olha quem resolveu aparecer - era Tae e Jeon.
Me sentei ao lado dele, e encostei minha cabeça no ombro dele.
— Olá príncipe, por que não quer comer? - perguntou.
— Não estava com fome - respondi.
— E desde quando você não sente fome? - Tae perguntou.
— Desde hoje - minha mãe colocou a comida na mesa.
Jeon colocou para mim, e depois para ele.
Eu comi ouvindo os três conversarem, planejavam algo relacionado a gravidez, a mão de Jeon diversas vezes apertando minha coxa.
Quando terminei tentei levantar, mas Tae me fez parar.
— Vamos sair hoje, você precisa se animar, sua mãe contou que sua médica falou que você não deveria se privar de fazer as coisas - mãe fofoqueira é outra coisa.
— Não posso, tenho compromisso - mentira.
— Para de ser mentiroso, eu sei que você não tem - quase deu certo.
— Aonde vamos? - perguntei.
— Vamos em um estúdio, Sara vai colocar piercing, e eu também, depois vamos à casa da Rachel - qual a parte do eu sou preguiçoso eles não entenderam? Quanta coisa para fazer.
— Estou pulando de alegria - fingi animação.
— Está me contagiando sua animação - minha mãe falou sendo irônica.
— Preciso ir príncipe - Jeon falou após olhar o celular, deve estar indo matar alguém.
Eu só queria um namorado normal, nem era tão difícil.
— Te levo até a porta - levantei com ele, fomos para fora.
— Se quiser fugir pode ir para minha casa, você tem a senha da porta - sugeriu.
— Tudo bem, vai se atrasar para seu compromisso - falei, ele beijou minha testa depois minha boca - Tchau amor.
— Tchau príncipe - entrou no carro e se foi.
Voltei para dentro, Tae conversava com minha mãe sobre como conseguiu convencer o agente dele sobre piercing.
Subi para o quarto, tomei um banho rápido, entrei no closet para vestir roupa.
Agora que eu percebi, ainda não tirei minha investigação do espelho.
Tirei todos os papéis e coloquei na gaveta.
Optei por vestir uma roupa confortável e quente, conjunto de moletom preto, calcei um tênis preto.
Na frente do espelho ajeitei meu cabelo, ainda tem umas mechas bem claras de roxo, em breve estarei completamente loiro novamente.
Fui para o banheiro escovar os dentes, peguei meu celular quando terminei e saí do quarto.
— Vamos pouca sombra - Tae me chamou parado na escada.
— Não sou pequeno - tenho ausência de altura.
— Lógico que não - eu sei que é sarcasmo fariseu.
Saímos de casa, minha mãe falou que só poderei furar a orelha após ganhar o bebê, eu poderia fazer o furo agora, mas se acontecer de inflamar eu não posso tomar o remédio necessário, faz mal para o bebê.
E como já estou muito ferrado vamos evitar coisas arriscadas.
Entrei no carro e coloquei o cinto, Tae fez o mesmo.
Faz uma semana desde a primeira consulta, e ainda não tem um sinal que eu esteja com outro ser na minha barriga, não tem absolutamente nada, quando vai aparecer aquela barriguinha fofa?
— O Hobi mandou um presente para você - Tae falou, ele chegou ontem a noite, ele poderia ter vindo de carro para minha casa, mas quis que MEUS pais o buscasse, ladrão de pais.
— O que é? - perguntei.
— Não sei, ele me proibiu de abrir a caixa, está no banco de trás coloquei quando cheguei e esqueci de te entregar - Tae obedecendo o Hoseok, milagre.
Como estamos parados no semáforo, me soltei do cinto e estiquei para pegar a caixa, me sentei novamente e coloquei o cinto.
Amo ganhar presente, a sensação de não saber o que está dentro é maravilhosa.
Desfiz o laço azul, abri a caixa, tirei o papel e finalmente vi o que era.
— Eu amei, agradeça por mim - é um macacão jeans, tem um bilhete no bolso da frente.
— Meu companheiro sabe escolher roupa, você vai ficar mais fofo - eu sei, sou incrível!
"Tae me contou que o bebê já ganhou muito presente, quis dar um presente para quem está carregando o bebê"
— Não acredito que está chorando Jimin - Tae falou rindo.
— É que foi fofinho - estou sensível me dá licença.
Dobrei e coloquei na caixa, fechei a caixa para colocar no banco de trás novamente.
— Chegamos - anunciou, saí do carro olhando o lugar que minha mãe escolheu.
Parece confiável, o carro de Rachel parou atrás do nosso.
— MOCHI - Sara saiu gritando do carro, só amigo doido.
Me abraçou quase sufocando.
— Como você está? E o bebê? - perguntou colocando a mão na minha barriga - Pretende engordar quando?
— Estou bem, o bebê também, e não sei quando irei engordar - respondi às perguntas dela.
Rachel veio até nós, emburrada.
— O que ela tem? - Tae perguntou.
— A maravilhosa aqui está me obrigando colocar piercing - Rachel respondeu apontando para Sara que ainda passava a mão na minha barriga conversando com o bebê.
— Como ela conseguiu te convencer? - perguntei.
— Com greve de sexo - Sara respondeu simples.
— O que você não faz para transar em - Tae riu.
— Sacrifícios são necessários - Rachel falou.
Parece que está indo para o abate, mas é só um furo.
Entramos no estúdio, a recepcionista sorriu ao nos ver.
— Você deve ser o Park? - perguntou para mim.
— Eu mesmo - respondi.
— Está tudo pronto, podem entrar naquela porta - apontou para uma porta preta.
— Que rápido - Sara comentou.
Entramos e havia pelo que está parecendo, um beta e uma alfa.
— Eu sou o Jay, ela é a Sophia - ele se apresentou - Sabemos os nomes de vocês.
Minha mãe contou certeza.
— Quem vai ser o primeiro? - Sophia perguntou.
— Eu - Tae falou animado.
— Sente aqui - bateu na maca.
Ele colocou na boca, escorreu uma lágrima na hora que furou.
Me sentei porque eu posso.
— Prontinho, esses alimentos você não pode ingerir por um mês - entregou um papel com uma lista.
— Meu lobo vai ajudar na cicatrização, em duas semanas estou novinho - Tae falou descendo da maca.
— Minha vez - Sara precisou de ajuda de Rachel para subir, mesmo motivo que o meu, falta de perna.
Também colocou na boca, ela parece que nem sentiu.
O beta entregou o mesmo papel para Sara.
— Pode subir - falou para Rachel.
— Vai ficar linda - Sara falou, Rachel mostrou o dedo para ela.
Povo agressivo.
— Língua para fora - Jay falou.
Rachel fechou os olhos quando viu o tamanho da agulha.
— Pronto, em três semanas você volta para eu ver como está o furo, sua lista do que não pode comer - entregou um papel para ela.
— E você? - Sophia me perguntou.
— Não posso furar - passei a mão na barriga e eles entenderam.
— Você está ferrada na minha mão - Rachel falou para Sara em quanto saíamos.
Minha mãe deixou tudo pago.
Tae seguiu Rachel para não se perder, do estúdio até a casa dela foi rápido.
— Isso não é casa, é mansão - Tae falou quando saímos do carro.
— Meu pai é exagerado, minha mãe falou que não era necessária uma casa enorme sendo que somos três, mas quem disse que ele ouviu - Rachel falou - Entra gente.
Abriu a porta e entramos, Daniela mandou fazer outro quadro da família.
Antes era Rachel, Daniela e Christopher, agora é Rachel, Daniela, Christopher, e Sara.
A sogra nem ama a nora né?
— Agora tem eu Jimin - Sara falou aponta do para o quadro - Minha sogra é demais.
— Minha sogra quase me bateu quando conheci ela - Tae falou.
— Qual dás? - ele tem duas, eu acho.
— A mãe do Hobi, Yoongi tem dois pais, que me amam muito - respondeu.
— E os seus sogros, Jimin? - Rachel perguntou - Podem sentar, não fiquem tímidos.
Finalmente, eu iria morrer em pé se ela não falasse.
Me sentei os outros também.
— Não conheci os pais de Jeon - respondi não dando importância.
Prefiro não conhecer, vai que é aquelas mães doidas que quer me ver longe dele.
— E você não liga dele não te apresentar para eles? - Sara perguntou.
— Não, ele nunca citou os pais deles para mim, sobre a família dele eu não sei de nada, às vezes é algo difícil para ele, quando ele quiser e se sentir confortável vai me falar sobre eles - sou tão maturo eu.
— Sua maturidade me inveja, eu já teria feito um barraco - Rachel falou.
— Eu também - Tae concordou.
Não sei porque, mas não me surpreendo com isso.
— Onde seus pais estão? - perguntei.
— Em Nova York, faz três dias que estão lá, foram resolver algo sobre uma importante fabricação que começou, vão chegar hoje - respondeu - Sabia que tem a ver com a empresa do seu pai?
— Não sabia, meu pai não fala muito sobre o trabalho dele - por isso eles estavam viajando tanto, mas as viagens pararam.
— Meu pai trouxe um protótipo do que é, querem ver? Eu achei o máximo - perguntou animada.
— Agora eu fiquei curioso, pode trazer para nós ver - Tae falou.
— É melhor você vir junto - seguimos ela para o escritório dos pais dela.
É enorme, com mesa grande para reunião, e duas mesas com computadores que é da Daniela e do Christopher, às vezes eles trabalham aqui para não deixar Rachel sozinha.
Ela abriu um armário que fica atrás da mesa de reunião, em uma caixa de vidro estava uma arma toda trabalhada nos detalhes.
— Dylan passou uma semana sem dormir para criar a tecnologia da bala - ela tirou a caixa do armário e colocou na mesa.
— O que ela tem de diferente? - perguntei analisando os detalhes.
— Vou explicar de uma forma fácil, vocês não entendem de tecnologia então terei que ser paciente - ainda bem que ela sabe - A bala ela basicamente pode fazer curva, estão vendo aqui - apontou para uma tela de cinco centímetros na arma - Aí vai mostrar o alvo, com isso a bala vai procurar o alvo, é impossível fugir dela.
— O que mais ela faz? - Tae perguntou admirando a arma.
— Após ela entrar no corpo do alvo, a tecnologia a faz explodir, não sobrando absolutamente nada da pessoa - falou sorrindo - Incrível né?
— Muito, mas quem precisa de algo assim? - perguntei.
— Não sei, a ideia veio do sócio do seu pai, ele que deu a ideia de juntar as duas empresas para fazer isso - qual sócio? - Seu pai queria outra empresa para fazer a tecnologia da arma, já que meu pai nunca fez nada do tipo, mas o sócio disse que só entregaria o projeto se fosse a dos meus pais.
— Meu pai é teimoso - falei - Você sabe o nome do sócio?
— Kim alguma coisa, eu só ouvi o nome dele uma vez - Rachel respondeu simples.
— Kim Namjoon? - ela me olhou assustada - Eu sei quem é, ele foi na igreja com o esposo.
Foi na mesma semana que Jeon começou dar aula, logo após eles virarem sócios as viagens se tornaram frequentes, e o Jin é próximo do Jungkook, sem falar que o alfa disse conhecer muito bem o negócio do meu pai.
A arma é para máfia!
— Palmas para ele, não foi tão lerdo pela primeira vez - o lobo falou.
— Sabe outra coisa legal - Rachel abriu a caixa e tirou a arma - Fiquem tranquilos meu pai tirou as balas, ele conhece a filha que tem.
— Eu já ia me retirar - Sara falou - Doida do jeito que é, não duvido de atirar em um.
— Olhem aqui - apontou para as letras douradas gravadas perto do gatilho.
J.P
— Todas terão isso, só meus pais, seu pai e o sócio sabem o que significa, meu pai se recusou me dar uma dica - falou brava.
— O que será que é né? - me fiz de sonso.
Tae já entendeu o que é, cutuquei ele para me ajudar engabelar elas.
— Deve ser bem algo besta - Tae falou, um perfeito mentiroso.
Uma coisa é elas saberem que Jeon é meu namorado, outra é saber que ele é mafioso.
Tae só sabe porque viu minha investigação no espelho, e acreditou nisso primeiro que eu.
— Lindo isso dona Rachel - a mesma arregalou os olhos.
— Sabia que eu te amo pai, meu amor está transbordando - cínica.
— Olá crianças - Daniela se aproximou sorrindo - Sou Daniela mãe da Rachel - se apresentou para o Tae.
— Kim Taehyung - falou sorrindo.
Christopher também se apresentou.
— Fique a vontade, eu amo seus desfiles - ganhou o coração dele, ela saiu do escritório.
— Deixe do jeito que estava quando encontrou - Christopher falou antes de sair.
— Pode deixar paizinho - Rachel falou.
— Amei seus pais - Tae falou.
— Cuidado Rachel, ele pode roubar de você - avisei ela, ele me deu um peteleco na nuca - Agredir grávido é crime!
— É nada - só falar para Jeon que passa a ser.
— Vamos gente - Rachel guardou a caixa novamente no armário.
[...]
— Esse brigadeiro está incrível, delicioso - falei.
Os três não podem comer nada de gostoso, só eu.
— Você é cruel Jimin - Sara falou.
— Sou nada, sou um docinho igual esse sorvete - os três me mostraram a língua.
Acabei com o brigadeiro, o sorvete, e a Nutella.
— Vamos para o Brasil? - Rachel falou do nada - Aí o Tae vai junto.
— Podemos ir semana que vem - Sara falou.
— Preciso ver com minha mãe - falei.
Mãe
Mãe
Mãe
Mãe
Mãe - Diga.
Posso ir para o Brasil na próxima semana, o Tae vai.
Mãe - Pode, é bom para você se distrair.
— Ela deixou - Sara deu um gritinho ardido, nem me assusto mais.
— Sara você vai me ensinar dançar funk e sambar, como vou ir para festas sem saber - Tae falou.
Ainda bem que eu já sei.
— Vem, eu te ensino - os dois levantaram - Vamos começar por funk, coloca a mão no joelho ou na coxa, você decide, e empina a bunda.
— Sou profissional em empinar a bunda - por que será né?
— Quebra assim para direita, assim - demostrou para ele - Isso - ensinou o resto - Se chama quadradinho, com isso você dança a maioria dos funks, agora vou ensinar a tremidinha.
Dá para dançar isso com um pau na bunda.
Por que eu pensei isso? Estou andando muito com o Tae.
— Rebolar com certeza você sabe, rebolar, tremer, e fazer o quadradinho é o básico para dançar funk, coloca uma Rachel - a alfa procurou no celular da ômega e conectou na caixinha - Essa música você faz o quadradinho na batida da música, quando começar a batida bem rápido é só tremer a bunda.
— Amei - ele falou quando a música terminou.
— Nem parece que ele aprendeu isso agora - Rachel falou - Os privilégios de quem dá o rabo.
— O samba eu não sou a melhor para te ensinar - mentirosa, ela samba muito.
— Sua pizza Jimin - Daniela falou entramos no quarto com a pizza e o refrigerante.
— Obrigado - agradeci.
— Minha mãe te ensina - Rachel falou.
— Ensino o quê? - perguntou.
— O Tae sambar - respondeu - Vamos para o Brasil e ele quer aprender para dançar lá.
— Leve ele nas rodas de pagode - ela falou.
— Vou levar.
— É simples Tae, você faz assim - mostrou devagar o passo - Depois assim.
Eu só comia a pizza assistindo ele aprender.
— Agora junta, vai devagar na primeira vez pode parecer que está matando barata, é só praticar que pega o jeito - ela falou.
Por que ele não tentou ser dançarino? Quem dança bem samba de primeira, foi um mês para eu pegar o jeito.
— Já pensou em ser dançarino? - Sara perguntou.
— Meu noivo é, algumas coisas ele me ensinou, acabei pegando o jeito para aprender rápido, mas dança, não é para mim prefiro as passarelas - respondeu.
— Está pronto para conhecer o Brasil, não esquece de ensinar ele frases básicas em português - falou antes de sair.
— O que quer aprender? - Sara perguntou se sentando no chão, Tae sentou perto dela.
— "Me passa seu número?" - falou.
— Deixa o Hoseok saber que você quer os números dos brasileiros, sem vergonha - falei.
— É assim - foi falando devagar para ele repetir.
O sotaque puxando forte, mas é fofo!
Eu já poderia morar no Brasil, ser amigo de uma brasileira e outra que é filha de brasileira tem os seus privilégios.
— Já falou para o Jungkook que você vai viajar? E dessa vez sem ele - Tae perguntou.
— É mesmo, eu esqueci - peguei o celular e liguei para ele.
— Põe no viva voz - Sara cochichou.
Coloquei.
— Príncipe? - ouvi a voz dele.
— Oi amor, liguei para te avisar um negócio - os três curiosos prestando atenção.
— O que seria?
— Eu vou viajar semana que vem - contei.
— Para onde? - perguntou.
— Brasil.
— Isso coisa da Rachel e da Sara né? - tão inteligente.
— Sim, o Tae vai junto.
— Só está piorando, ele é doido - Tae revirou os olhos - Como vou ficar sem você? Não sei se vai me encontrar vivo quando voltar.
— Que drama em, eu volto rápido - ou não.
— Tudo bem eu sobrevivo sem meu príncipe - ele está passando tempo demais comigo.
— Tchau dramático - me despedi e desliguei.
— Que dramático - Sara falou.
— Estou realmente começando duvidar se ele vai estar vivo - Tae falou.
— Ele vai - falei.
Voltei comer o último pedaço da pizza, sim, eu comi sozinho.
— Isso está muito bom, uma pena que vocês não podem comer - principalmente a Rachel pelo piercing ser na língua.
— Jimin, tu pare viu - Rachel falou.
Chata!
Passamos o resto do dia conversando, me diverti com Rachel e Tae debochando dos outros, Tae contou as fofocas de famosos que ele sabe e ninguém nem imagina.
Quando voltei para casa já era noite, minha mãe estava colocando comida na mesa e meu pai sendo forçado lavar as panelas que ela sujou, ele detesta lavar panela, mas a minha mãe fala "não é para gostar, é para lavar".
Coloquei meu presente em cima do sofá e fui para sala de estar.
— Voltei tia e tio - Tae anunciou entrando.
Mandar ele de volta para Itália no primeiro vôo, roubo de pais é crime.
— Sentem, vamos comer - minha mãe falou - Gostei do piercing.
— Eu também tia - falou se sentando.
Me sentei também pegando comida, Tae me olhou de forma estranha.
— Que foi? - perguntei.
— Ainda tem fome? - questionou - Passou o dia se entupindo de besteiras.
— Era desejo - mentira, minha mãe me mata se souber que comi por olho grande.
— Você está tendo muitos desejos - meu pai falou secando a mão e se sentando.
Devia ter aceitado morar com Jeon, ele não iria ficar me julgando por comer, ninguém me ama nesse lugar!
— Me deixa - comecei comer.
— Muito legal seu novo produto tio - Tae comentou - A arma tecnológica.
— Christopher mostrou? - perguntou.
— Não, a Rachel - respondi.
— A fabricação começou faz pouco tempo, só uma pessoa terá acesso a ela - o Jungkook, eu sei.
— Quem é? - Tae perguntou, sonso.
— Segredo - meu pai falou.
— Maldade tio - Tae falou.
Após terminar de comer lavei meu prato, passei na sala peguei meu presente e subi para o quarto.
Coloquei a caixa em uma parte fazia do closet e fui tomar banho.
Tae provavelmente vai embora no próximo mês, vai começar a preparação para próxima coleção e ele precisa estar lá, vou sentir falta dessa naja.
Ele que fez com que os adolescentes parassem de me seguir, fez um story pedindo para me deixarem em paz dizendo que não podia passar nervoso, ainda bem que eles pararam, meu pai quase me mandou andar com segurança.
Agora eu voltei a minha vida "normal".
Saí do banho com a toalha enrolada no corpo, fui para o closet, vesti a cueca, estava vestindo a calça quando me observei no espelho grande.
Passei a mão na barriga, tem um menininho aqui, meu coração bateu mais forte e meu corpo aqueceu, Jeon está pensando em mim!
A ligação entre almas gêmeas é mais que você pode imaginar.
Coloquei a blusa e voltei para o quarto, deitei na cama embaixo da coberta.
Peguei meu celular e tem mensagem do Jungkook.
Amor❤️- Já dormiu?
Não.
Fiquei conversando com ele até dar sono, fui dormir pensando nele.
[...]
Contei para meus três amigos de escola sobre a gravidez, Josh e Noah mandaram parabéns, disse que vão vim me ver.
Taemin mandou presente, mais roupa, esse bebê tem mais roupa que eu.
Estou no aeroporto esperando meu vôo ser anunciado.
— Vou sentir sua falta - Jeon falou pela décima vez.
— Também vou sentir a sua - falei.
Ele está com as mãos em minha cintura e eu com os braços em volta de seu pescoço.
— Você ficou muito fofo com esse macacão - falou sorrindo.
— Eu sei - falei.
— Não esquece de me ligar todos os dias - o vôo foi anunciado.
— Vou ligar - estava me despedindo até ser atrapalhado.
— Jimin eu pretendo ir nesse avião, será que pode soltar o Jungkook - Rachel falou.
— Chata - dei um último beijo em Jungkook e acompanhei o trio.
Virei uma última vez acenando para ele.
Uma aeromoça nos levou até a primeira classe, dessa vez quem está pagando são meus pais.
— Quero meu alfa - resmunguei.
— É só uma semana Jimin - Sara falou.
— Muito tempo - me prendi com o cinto.
A viagem foi quase tranquila, tive o primeiro enjôo.
Sara que está pesquisando tudo sobre isso me deu gelo, ela disse que precisa estar pronta para me ajudar na viagem já que meu namorado não está.
O gelo realmente ajudou, consegui chegar ao Brasil sem enjôos.
Tae estava pulando de alegria por finalmente conhecer o Brasil, falou que o Hoseok ama esse país e o Yoongi também.
— Como eu senti falta desse calor - Sara falou no aeroporto.
— Vovô - Rachel foi correndo até o homem.
— Ele é avô? Mentira né? Ele parece quase mais novo que eu - Tae falou desacreditado.
Eu sei como é, quando conheci a família da Rachel pensei que todos tivessem uns vinte, passei bem longe da idade real.
O avô da Rachel se apresentou para o Tae.
— Vão passar quantos dias aqui? - ele perguntou já no carro.
— Apenas dois, depois vamos descer para o Rio - Rachel falou.
Eles conversam misturando português com inglês, fico todo perdido, tem coisas em português que eu entendo, mas é pouco.
— O que eles estão falando? - Tae cochichou em coreano.
— Ela deve estar falando sobre quanto tempo iremos passar aqui - respondi em coreano.
— Não falem em coreano, eu não entendo - Sara falou.
— Você vive falando em português madame, não sou fluente - falei.
— Que nada - ela falou.
— Vamos ficar só no inglês para todo mundo entender - o mais velho no carro falou.
— Concordo - Tae falou.
Tae estava na janela, tirando foto de tudo.
— Chegamos crianças - anunciou quando paramos em frente uma casa enorme.
Não sou criança, estou gerando uma.
[...]
Os dois dias em Minas foi tranquilo, fomos em alguns pontos turísticos.
Tae viveu a base de pão de queijo, ficou viciado.
Sara passou os dois dias com o pai dela, Rachel ficou quase louca sem a ômega, depois eu sou o grudento.
Estamos descendo para o Rio, no jatinho dos Albuquerque, povo chique.
— Chegamos finalmente, não aguentava mais ficar comendo amendoim - Rachel saiu reclamando - Não sou elefante.
Fomos atrás dela, alugamos um carro no aeroporto e fomos para o hotel.
Localizado de frente para o mar, o casal ficou em um quarto e eu dividiria outro com Tae.
— Se eu acordar com você gemendo no celular com o Jeon e eu jogo água - Tae falou.
— É mais possível você fazer isso - falei.
Eu não sou puto, cada coisa.
— Ainda - o lobo falou.
Eu troquei de roupa, coloquei uma bermuda preta e uma camiseta branca, nos pés chinelos.
Lugar quente do cacete, vou derreter.
— Vamos gente - Rachel falou batendo na porta.
Saímos e descemos para praia, Tae ficou chocado com o povo tudo "sem roupa", e ainda bebendo.
— É o paraíso - saiu correndo.
— Só queria amigos normais - resmunguei, Sara ouviu e meu deu um peteleco.
Vou conversar com Jeon sobre isso, povo agressivo.
— Água de coco para você que não pode beber - Rachel me entregou o coco com canudo.
O trio com cerveja e eu água de coco, sou saudável.
Na hora de ir ver o furo, só vai dar gente levando sermão, vou falar "bem feito".
— Vou para o mar - Sara falou.
Tirou a blusa, o shorts e foi correndo para o mar.
Após Rachel se recuperar correu atrás da ômega gritando para ela colocar roupa.
— Pode ir - falei para o Tae.
— Vai ficar bem aqui sozinho? - perguntou.
— Sim, pode ir - falei.
Eu estou sentado em uma cadeira de praia com um guarda-sol protegendo minha pele, água de coco geladinha, não poderia estar melhor.
Poderia se Jeon estivesse aqui, mas não está tenho que contentar com isso.
Estava olhando eles brincando na água, do nada algo grande tampou a visão.
Foi abaixando ficando na minha visão, um alfa enorme, bem bronzeado, sorriso bonito.
Sou comprometido, vaza.
Ele falou algo, mas eu não entendi.
— Eu não falo português - falei bem devagar - Inglês?
— Falei que você é muito bonito - ele fala inglês, droga.
— Oh! Obrigado, você também - falei sorrindo.
— Posso pagar uma para você? - é bebida né gente?
— Não Jimin, boquete - Cleberson falou.
— Não bebo - respondi.
— Tudo bem, nos vemos por aí - saiu.
Ai Deus, essa foi quase.
— Quem era? - Sara me assustou brotando da areia.
— Não sei, ele só disse que eu sou bonito e queria me pagar uma bebida - contei.
— Ele é traficante Jimin - Sara falou.
Dei uma leve engasgada com a água.
— Você não viu a tatuagem no peito? - perguntou, neguei - Era o símbolo da facção que ele faz parte.
Tanto faz, Jeon é líder de máfia.
— Legal - falei.
— Legal nada, se ele for o líder pode querer te fazer de fiel - não estou entendendo - Estamos ferrados!
— O que aconteceu? - Rachel perguntou se aproximando com Tae.
— Jimin estava falando com um traficante - Sara falou - Que pode fazer ele de fiel.
— O que é fiel? - Tae perguntou.
— Namorado de bandido - respondeu.
— Eu já tenho namorado - falei.
— Aqui no Brasil você só escapa se tiver uma marca, que você não tem - Sara falou.
— Não tenho culpa, ele parecia legal - falei e os três me olharam feio.
— Vamos esquecer isso, quero almoçar - Rachel falou.
Fomos até o restaurante mais perto, comemos conversando, Tae quase desmaiou de tanto comer.
Andamos de bondinho, tiramos foto no Cristo Redentor.
Voltamos para o hotel, iríamos tomar banho e se arrumar para um lugar que só Rachel sabe onde é.
[...]
— Baile funk Rachel? - Sara falou.
— Incrível né - ela falou.
Estamos na entrada do morro, Rachel enganou os homens que estavam ali, vai dar merda!
No baile tinha gente dançando com arma na mão, Rachel que lugar é esse?
— Não vamos beber! - Sara falou - É perigoso.
Decidimos esquecer o fato de quê estamos no meio de um baile com uma facção, ficamos dançando.
Chegava alfa sarrando o Tae ele apenas mostrava a mão com aliança e as marcas.
— O que está falando nessa música? - Tae perguntou.
— Algo sobre comer um cu - Rachel falou.
— Poético - Tae ironizou.
— Jimin do céu, o cara da praia está aqui - Sara falou entrando em desespero.
— Onde? - perguntei.
— Ao lado do chefão disso aqui, ele te viu - falou olhando para trás de mim - O chefão acabou de cochichar algo para ele, ele está vindo Jimin.
— O que vamos fazer? - Rachel falou.
— Esconder o Jimin - Sara falou - Isso é culpa sua, se fosse feio isso não estaria acontecendo.
Sou culpado por ser lindo, para poucos né?
— Oi menino bonito - falou em inglês.
— Fingi desmaio - Tae falou em coreano.
— Oi - falei me tremendo com medo de ser fiel de traficante.
Mas se formos pensar bem, eu já sou isso.
— Vamos lá para cima - me convidou - Seus amigos podem vir.
Não vou dizer não para alguém que tem uma arma na cintura.
— Aliás, meu nome é Rafael, e o de vocês? - perguntou.
— Park Jimin - o restante falou o nome.
— Já ouvi esse nome - ele comentou.
Subimos a escada que dava direto onde o chefão estava, o cheiro de maconha me deixou levemente tonto.
Muitas meninas me olhavam com desdém, Rachel só não xingou porque estamos em território desconhecido.
— Então esse é o famoso ômega do sorriso bonito? - o chefão perguntou em inglês.
Por que raios todos falam inglês, eu quero conversar sem eles entenderem.
— Ele mesmo - Rafael respondeu.
— Sou Thiago - se apresentou - Dono disso aqui, como vocês entraram?
— Vai Rachel, conta para ele - Sara se pudesse jogava a alfa escada abaixo.
— Enganei seus homens - contou.
Eu gostava tanto da vida, e vamos de morrer!
— Já sabe o que fazer Rafael - é agora que eu morro?
A resposta é não, ele só desceu conversando em português pelo radinho.
— Fiquem a vontade - Thiago falou.
Me aproximei do parapeito e fiquei lá observando aquele monte de gente dançando, bebendo, beijando, quase transando.
— De onde você é? - perguntou parando ao meu lado.
— Coréia do Sul, mas moro no Canadá - respondi.
— Se assustou com a mudança do clima? Canadá é muito frio - ele falou.
Como você sabe que lá é frio?
— Eu já estive aqui mais vezes, mas ainda é um baque a diferença de temperatura - falei.
— Primeira vez em um baile? - perguntou.
Vou mentir, o outro foi em São Paulo, Sara falou que eles são inimigos.
— Sim, primeira vez - menti.
— Quantos anos você tem? - você está muito perto!
— Dezoito e você? - se afasta moço, meu alfa vai te matar no minuto que ficar sabendo.
— Vinte e três - mais novo que Jeon.
Tentou me beijar, mas eu fui mais rápido em me esquiva, essa foi por pouco.
— Eu não quero - falei.
— Mas eu quero - problema seu.
Grudou no meu braço apertando.
— Você não vai mais ir embora, será minha putinha.....................
(Piercing do Tae)
Em agosto eu volto.
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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