Jimin on

Jeon - Quando for para casa me avisa, eu vou te ligar por chamada de vídeo.

Tudo bem.

Não está, eu vou morrer no caminho.

Namorar ele está servindo como teste para minha sanidade, eu quase não tenho, e ele faz um negócio desse, quer me matar só pode.

— Jimin? - uma das meninas me chamou.

— Diga - falei, guardei o celular no bolso novamente.

— O que você acha sobre eu colocar mais um piercing? - Sara perguntou - Estou achando pouco esses dois.

— Está pensando em colocar onde? - perguntei.

— Como eu já tenho na sobrancelha e no nariz, quero colocar na boca - ela respondeu.

— Vai ficar bonito - dei minha opinião - Vai colocar Rachel?

— Deus me livre, odeio agulha - a alfa respondeu, o pai dela tem que ir junto para segurar ela na hora de vacinar, se não ela sai correndo.

— Que tal você colocar Jimin? Furar a orelha não ia ser grande coisa - Sara perguntou - E se fizermos uma tatuagem de amigos?

— Vou me afastar de você, má influência - Rachel falou - Brinco, piercing, tatuagens, daqui a pouco aparece com drogas.

— É mesmo, e se nós experimentarmos  maconha? - a ômega deu a ideia, eu e Rachel ficamos de boca aberta - Brincadeira gente.

— Acho bom, sobre o brinco, não acho má ideia, tatuagem eu dispenso - respondi e ela comemorou - Vou ver o que minha mãe acha.

— Se ela deixar me fala que eu vou marcar hora no estúdio - ela falou.

— Vocês são doidos - Rachel falou negando.

[...]

Para minha alegria Rachel me trouxe em casa, isso fez eu chegar mais rápido. Minha mãe já me esperava para o almoço.

— Como foi a escola? - perguntou colocando as coisas na mesa.

— Tirando as duas primeiras aulas que foi vaga, o resto foi bem normal - respondi me servindo.

— Como assim não teve aula? A escola mais cara do Canadá não tem professores? - ela falou indignada.

Minha escola é a melhor do Canadá, isso a torna a mais cara, bem cara mesmo. Só a escola é 65.000 por ano, mas tem os livros, as apostilas, as provas, e o uniforme, que é comprado por fora.

Eu estudo nessa escola a três anos, quando mudamos para cá, meu pai pagou os três anos de estudo, e todos os materiais.

Nós somos bem ricos, meu pai herdou uma parte da riqueza do meu avô, e com esse dinheiro ele construiu seu próprio império. Minha mãe era cirurgiã plástica, e também herdou uma parte da herança da minha avó.

— Quem precisa do Jeon com uns pais desses? - Cleberson fala.

— Eu acredito que o Jeon tem mais dinheiro que os meus pais - respondi.

— Mãe - chamei a atenção dela - Sara deu a ideia de eu colocar brinco, o que a senhora acha?

— Se for com um profissional, e que não vá estragar sua orelha, não vejo problemas - ela é o máximo né?

— É no mesmo lugar que a Sara colocou os piercings dela - respondi.

— Nem pensar, ela é meio doidinha se você não percebeu - eu ri - Vou procurar um lugar confiável.

— Tudo bem, ela também comentou sobre tatuagens - só quero saber a reação dela.

— Escreva "Minha mãe é a melhor do mundo" ou "Minha mãe é maravilhosa" - ela falou empolgada, endoidou de vez só pode.

— Mentir é feio, mãe.

— Perdeu amor nos dentes? - me olhou brava.

— Estou brincando - falei rindo.

— Mas você vai fazer tatuagens? - ela perguntou.

— O que a senhora acha? - respondi com outra pergunta.

— Você é livre, e eu também tenho uma tatuagem - como eu não sabia disso?

— Como assim a senhora tem tatuagem? - ela ria da minha reação.

— É a data do seu nascimento, o dia mais feliz da minha vida - ela respondeu.

— Deixa eu ver? - perguntei.

Ela ficou de pé, levantou um pouco da blusa e ali estava os números, mas espera aí.

— Mas a senhora já estava na igreja nessa época, o que o pai falou? - perguntei.

— Seu pai já estava na igreja, eu ainda não, eu fui após seu nascimento, tinha umas ômegas sem vergonha na cara dando em cima dele - respondeu brava - Fui para defender o que me pertence, no começo era só para marcar território, mas eu gostei e permaneci - me contou - E seu pai me levou no estúdio e ficou do meu lado, puro ciúme.

— Cada vez me surpreendo mais com essa família - falei para mim mesmo.

— Já você é um livro aberto - falou e se levantou levando os pratos.

— Eu tenho segredos - retruquei.

— Lógico que tem, fale bastante isso, um dia eu passo a acreditar - respondeu com sarcasmo.

[...]

Estou sentado na cama, criando coragem para avisar Jeon que cheguei em casa.

Peguei o espelho pequeno em cima da escrivaninha de novo, olhei o cabelo, meus dentes que acabei de escovar, passei mais um pouco de hidratante labial.

— Por que não toma um banho? - perguntou com deboche.

Cheguei.

— Tu chegou a mó cota, estava enrolando com sua mãe para não ter que ligar - sempre tão sincero.

O celular começou vibrar, meu coração bateu um pouquinho mais rápido, eu não sou acostumado com essas coisas.

Coloquei o celular na frente do meu rosto e atendi.

— Oi príncipe - pronto, morri!

— Oi Jeon - eu já estava doido para tampar minhas bochechas coradas.

— Demorou para chegar, voltou andando? - ele perguntou.

— Não, a Rachel me trouxe, mas eu estava almoçando e conversando com minha mãe sobre eu furar a orelha - respondi.

Ele parecia estar em um escritório, o celular está apoiado em algo, ele está sentando confortavelmente em uma cadeira preta, com uma camisa social, e os primeiros botões abertos.

— Morri aqui ó - o lobo fez drama.

— Pretende furar as duas? - perguntou interessado.

— Sim, eu não estava pensando em tatuagem, mas após minha mãe falar que ela tem agora também penso sobre isso - aos poucos minhas bochechas voltaram ao normal.

— Vai ficar mais lindo - esquece, estou corado de novo - Acredito que não importa quantas vezes eu te elogie, você sempre terá a mesma reação.

— Só estou acostumado com meus pais, e minhas duas amigas falarem isso, pessoas fora dessa bolha, não - respondi.

— Eu sou seu namorado, se acostume com isso - fiquei mais vermelho, ele riu - Mas eu acho muito fofo como você reage.

— Você tem tatuagens? - mudei de assunto antes que eu exploda.

— Sim, vou te mostrar uma - ele se levantou, abriu o botão da manga da camisa e começou puxar - Aqui - mostrou as duas cobras enroladas uma na outra no braço direito, uma branca e a outra preta.

— Que bonita, tem mais? - perguntei querendo ver as outras, ele se sentou novamente.

— Têm, mas se eu te mostrar você vai desligar na minha cara - respondeu arrumando a manga da blusa.

— Eu não faria isso - faria sim, se for em lugar "inapropriado" eu desligo.

— É mesmo? Vamos ver se é verdade - fez que ia desabotoar a camisa.

— Não ouse fazer isso - ele riu do meu desespero.

— Eu disse, você é muito tímido príncipe - se eu morrer vocês já sabem a causa.

Ele estava bebendo algo, levou a caneca preta a boca várias vezes.

— O que significa dar chá para alguém Jeon? - perguntei lembrando do que Sara falou, ele engasgou com o que quer que seja o líquido.

— Quem te falou isso? - perguntou, tossindo.

— A Sara, eu perguntei quais foram os presentes que a Rachel deu, e chá estava na lista, elas estavam com uma cara estranha - falei não dando muita importância.

— Elas namoram? - confirmei - Não tem como explicar isso, um dia eu te mostro - falou sorrindo.

— Tudo bem - espero que seja de hortelã, eu amo hortelã - Amanhã você pode levar uma coisa para mim?

— O quê? - perguntou interessado.

— Três blusas suas - eu estava com vergonha de pedir isso, mas após ver Tae usando a blusa de um dos noivos ele me deixou com vontade de experimentar as de Jeon.

— Tudo bem, eu levo, o que vai fazer com elas? - perguntou.

— Usar - falei óbvio.

Passei duas horas conversando com ele, por vezes ele me deixava com vergonha. Eu iria passar mais tempo falando com ele, mas minha mãe entrou no quarto do nada, ele acenou triste e desligou.

Quase chorei...

— Você chorou, e não foi pouco - depois eu sou o língua solta.

Ela veio avisar que conseguiu um estúdio, e já mandou mensagem para o meu pai, ele permitiu, se ele não deixasse minha mãe o faria dormir na neve do lado de fora.

[...]

Chutava pedrinhas no caminho para escola, com um leve medo de estragar meu coturno.

O casaco de pelinho marrom que estou usando esconde boa parte dos fios loiros, a touca dele, no caso, ontem eu estava com um moletom comum, me tornei o centro das atenções. Também uso um moletom fino por baixo do casaco, e calça jeans preta.

(Casaco do Jimin)

O tempo está melhorando, essa noite não nevou, e o Sol saiu, e mesmo assim eu sinto muito frio.

— Pede para Jeon te abraçar e o frio passa - o lobo informou.

Isso me lembrou que eu tenho aula com ele hoje, como eu devo agir?

Infelizmente eu cheguei na escola antes de bolar um plano, entrei pelo estacionamento, Jeon já estava na escola, o Mercedes está parado na vaga que ele sempre estaciona.

Sim, eu observei ele o suficiente para saber a vaga que ele gosta de parar.

As meninas não estavam no corredor, guardei minha mochila, peguei minhas balas, livros e caderno. Caminhei tranquilamente até minha sala.

— Bom dia, meninas - falei sorrindo, me sentei no meu lugar.

— Ele está de bom humor? - Sara perguntou para Rachel.

— Parece que sim - a alfa respondeu, colocou a mão na minha testa.

— O que está fazendo? - dei um tapa na mão dela.

— Vendo se está com febre, você não chega de bom humor - ela falou.

— Ele deu, certeza - Sara afirmou.

— É mesmo? Para quem? - cruzei os braços esperando a resposta.

— Jeon Jungkook - responderam juntas.

— Vocês mesmas disseram que ele está namorando, como eu teria feito isso? - as duas pareceram pensar na resposta.

— Ele pode estar namorando você - Sara falou.

— Lógico que está, na verdade, ele me pediu em casamento, em breve te dou o contive - falei com sarcasmo.

— Sério? - ela falou feliz.

— Não, eu não estou namorando ele, vocês enlouqueceram - as duas ficaram de bico.

Por que não contar para elas?

Vou descrever mais ou menos como será quando elas descobrirem.

Notícia de última hora, o Professor de Literatura Jeon Jungkook está namorando Park Jimin, o filho do importante empresário, logo mais traremos uma entrevista com o casal.

Cartazes na escola pelos corredores.

Professor Jeon Jungkook assume relacionamento com o melhor aluno Park Jimin.

O jornal pode ser exagero, agora os cartazes eu te garanto que não. Eu não gosto de chamar atenção, namorar um dos professores vai me tornar o centro dela.

Se o meu cabelo já foi motivo de gente virando o pescoço para olhar, imagina isso.

Obrigado, mas eu estou bem assim.

Quando eu terminar minhas provas, eu conto para as duas Maria Escandalosas.

— Park Jimin - a voz de Jeon me despertou dos meus pensamentos, espera, o que Jeon faz aqui na primeira aula?

— Sim, Professor - falei olhando para ele, estranho chamar ele assim.

— Venha pegar as atividades que foram passadas na segunda - minha pernas estavam bambas, mas eu fui.

Parei ao lado da mesa dele, ele me olhou por inteiro e deu um sorriso de lado sem mostrar os dentes, estou derretendo!

— Tome, termine hoje se possível - ele falou, me entregou duas folhas.

— Claro, obrigado - saí o mais rápido que pude.

— O resto da sala façam o que colocarei na lousa - falou em voz alta.

Nem era tanta coisa, Rachel estava fazendo drama, quinze perguntas cada folha.

Terminar de escrever foi fácil, estava concentrado respondendo, até alguém me cutucar.

— Que foi? - olhei para Sara.

— Olha a lousa - foi a única coisa que ela falou.

Olhei e nem acreditei na atividade que estava ali, "Desenho livre, vale 10 pontos".

Rachel virou para mim cruzando os braços.

— Pode me explicar isso? - ela falou.

— Tenho nada a ver com isso, estou ocupado com minhas atividades - voltei olhar para meu caderno e fui cutucado de novo - Que foi coisa chata?

— Segunda eu escrevi até o porquê de existir literatura atualmente, hoje eu vou desenhar uma joaninha e vou ganhar dez pontos - Rachel falou indignada.

— Qual a diferença de segunda para hoje? - Sara perguntou.

— Ele está de bom humor, agora me deixem terminar a droga da lição - falei bravo, continuei respondendo, as perguntas eram bem fáceis.

Do nada meu caderno foi tirado da minha mesa.

— Me devolve - falei para a alfa ladra.

— Não é a mesma lição de segunda, é um resumo - falou indignada - Imagina se estivessem namorando - colocou o caderno na minha mesa de novo.

Respondi a última pergunta, levantei com os caderno e as folhas, entreguei as folhas e dei meu caderno para ele corrigir as atividades.

— Deixei muito na cara né? - ele perguntou corrigindo, sem me olhar, em voz baixa.

— Não, elas nem notaram você facilitando minha vida acadêmica - respondi com sarcasmo, quase dou com o caderno na cabeça dele.

— Da próxima vez falo para desenharem você, vai ser difícil alguém conseguir colocar toda sua beleza no papel - ainda corrigia e falava sem me olhar.

Coloquei as duas mãos na bochecha, tampando a parte vermelha, filho da mãe!

— Tudo certo - me entregou o caderno.

— Você me paga - falei antes de sair.

Quando me sentei, as duas Marias me olharam sorrindo.

— Ficou vermelho por quê? - Sara perguntou.

— Ele elogiou minha letra - falei.

As duas voltaram sua atenção em algo mais importante que a minha vida amorosa, me deixando em paz.

Quanto tempo mais terei que esconder? Contar para os meus pais será mais difícil.

— Aquilo é uma aliança? - Sara perguntou para Rachel.

— Sim, é uma aliança, ele realmente está namorando, e não é com o Jimin, ele não está com aliança - Rachel respondeu.

Aliança? Que aliança?

Olhei a mão dele que estava dando nota para algum aluno, tinha uma aliança dourada.

Cadê a minha? Eu também quero!

Encostei minha cabeça na parede e fiquei olhando a mão dele, a aliança, na verdade.

— Por que está de bico? - Sara perguntou, colocou a cadeira ao lado da minha e começou fazer carinho no meu cabelo, sim, ela tirou minha touca.

— Não estou de bico - falei desfazendo o bico.

— Está triste por Jeon está namorando outra pessoa? Fica assim não, ele não te merece - continuou me consolando.

— Eu não estou triste Sara - estou sim, eu quero uma aliança.

— Está sim, tem uma lágrima querendo sair que estou vendo - ela falou apontando para o meu olho.

— Não tem lágrima - têm sim, que droga!

EU QUERO UMA ALIANÇA!

— E essa água saindo é o quê? - ela perguntou.

— Eu quero... Ah! Esquece - quase falei.

[...]

Jeon - Me encontre na sala que eu te levei da última vez.

Estava bebendo minha coca quando recebi essa mensagem, as meninas brigavam por comida e eu pleno com o refrigerante.

Estavam tão concentradas em brigar pelo sanduíche que não me viram sair, após terminar a latinha joguei no lixo.

Subi as escadas calmamente, essa área da escola fica tranquila na hora do intervalo, muitos alunos estão na quadra de basquete, outros comendo, e outros no lado de fora, esses normalmente são os casais e os adolescentes solitários.

Mas nenhum nos corredores e salas de aula.

Entrei na sala e fechei a porta, Jeon estava encostado em uma mesa com as mãos no bolso da calça social preta.

Parei na frente dele, basicamente no meio das pernas dele, mas ainda existia uma distância.

Que foi quebrada quando ele abraçou meu pescoço, abracei a cintura dele.

— Olá príncipe - falou ainda me abraçando.

— Olá Jeon - falei.

— Então eu estou namorando alguém que não é você? - ele perguntou após me soltar.

— Segundo Rachel e Sara sim, e eu estou sofrendo com isso - respondi.

— Vai me esconder até quando? - perguntou sério.

— Não estou te escondendo - ou estou? - Você está falando como se eu tivesse vergonha.

— E não têm? - está começando ficar sério demais essa conversa.

— Você disse que daria minha surpresa hoje - mudei o assunto.

— Claro, já ia me esquecendo - falou, suas mãos foram até seus bolsos, pegou uma caixinha de veludo preta retangular, não tem uma aliança aí.

Ele abriu e me mostrou, era lindo, um colar dourado, com um Sol, e várias pedrinhas no meio dele.

— Que lindo, eu amei - falei sorrindo - Coloca em mim - tirei a touca dando acesso ao meu pescoço.

— Vira - ele falou, virei de costa para ele, o colar foi colocado, agora eu sentia suas mãos quentes o fechando - Como você não aceitaria usar aliança, por estar me escondendo, esse colar vai ser nossa ligação.

— Por que um Sol? - perguntei ignorando o que ele falou, me virei quando ele terminou.

— Seu lobo já deve ter te contado, você é da Lua, e eu sou do Sol - ele respondeu - Você está com uma representação minha.

— Ele é lindo - falei olhando para o colar.

— Estou feliz por ter gostado - ele estava de braços cruzados me olhando.

— Trouxe as blusas? - olhei para ele.

— Aqui - puxou uma sacola de papel que estava atrás de si em cima da mesa.

— Obrigado - agradeci olhando na sacola, o sinal bateu sinalizando que o intervalo acabou.

Nós despedimos com um beijo e eu saí da sala.

Guardei a sacola dentro da minha bolsa no armário e voltei para a sala. Minha mãe não vai notar essas blusas, são bem parecidas com as minhas.

A professora que daria a aula após o intervalo tinha faltado, então ficamos sem fazer nada, cada grupo no seu canto conversando.

Estava com a cabeça encostada na parede apenas pensando, Jeon parece estar bem magoado com essa situação.

Eu não tenho culpa de ter duas amigas bocas abertas, e pais que eu não sei se vão me aceitar.

Por que isso está tão complicado?

— Por que está quietinho mochi? - Sara perguntou.

Ela não perguntou sobre o colar é porque o casaco está cobrindo ele.

— Só estou pensando - respondi e abaixei a cabeça na mesa.

[...] Sábado 13:27

O resto da semana foi bem complicado, Jeon não gostou nem um pouco dos meus casacos cobrirem o colar, ele não precisou falar, a reação dele foi óbvia.

Quando ele me olhou na sala e não viu o colar, primeiro ele ficou confuso, após eu mostrar ele dentro do casaco, ele negou e abaixou a cabeça.

Ontem tivemos a nossa primeira discussão, eu não esperava que fosse ser tão cedo. Ele falou que eu estava o escondendo e eu fiquei bravo porquê não estou, aí começamos discutir, foi da escola até em casa brigando.

Eu saí do carro bravo nem fechei a porta, ele que feche.

Minha mãe perguntou o porquê de eu entrar batendo a porta, respondi ser estresse na escola e subi para o quarto.

Passei dia chorando com a blusa dele, dormi chorando.

E agora estou aqui, chorando de novo, com outra blusa dele, eu quero meu alfa!

Jeon?

Mandei mensagem, ele visualizou, e não respondeu.

Jeon? Me responde.

A mesma coisa.

Por favor.

Visualizou e não respondeu, mandei mais dez iguais a essas, não mandou nenhuma resposta.

Estou deitado em posição fetal olhando o celular esperando que ele me responda.

Por que ele não entende que é difícil dizer isso? Eu vou morrer desidratado de tanto chorar.

Já era noite quando eu saí do quarto, meus pais estão na sala assistindo algum programa interessante que passa de sábado.

Meus olhos estão vermelhos e inchados, minha cabeça dói, meu coração também.

Fui até a cozinha e bebi bastante água, repor o que eu chorei.

Me sentei em uma das poltronas pequena que tinha na sala, minha mãe me olhou e se assustou.

— Por que estava chorando pequeno? - perguntou alarmada.

— Quem te fez chorar filho? - meu pai perguntou.

— Eu sinto muito - comecei falar, as lágrimas me impediam de continuar.

— Você não tem que sentir nada, por que você está chorando Jimin? - minha mãe perguntou de novo.

— Eu sou gay...................

(Tatuagem do Jeon)

(Colar do Jimin)

(Sala bem simples dos Parks)

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!