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Sob o efeito do medo

Chaewon refletia sobre o melancólico ocorrido que acontecera. Seus olhos levemente vermelhos, por ter lacrimejado após o acontecido. Desviava seu olhar de Heeseung a todo momento. Externamente parecia a personificação da calmaria, mas por dentro fervia de raiva. O mais velho logo se aproxima da mesma. Fechou os olhos e suspirou.

Foi rápido. Chaewon apenas sentiu uma ardência em sua bochecha e sua cabeça ser virada por conta da força que o seu noivo usara. O mesmo havia lhe desferido um tapa.

- É mesmo uma vadia. - o Lee falou grosseiramente. A Kim ainda tinha seu rosto virado. - Olhe pra mim quando eu estou falando com você! - a puxou bruscamente para que a menor lhe olhasse. Segundo após, ouviram batidas na porta e logo, o mesmo mordomo que o Lee havia parado no corredor, abriu a peça plana, adentrando ao local.

- Senhor Lee... - foi interrompido.

- Agora não, estamos ocupados.

- Senhor, eu recebi ordens de lhe pedir para colocar os coletes salva vidas e ir para o convés. - insistiu. O rapaz soltou a menor e se afastou. Chaewon apenas abaixou seu olhar e pousou sua mão sobre sua bochecha, que agora estava um tanto vermelha. - Coloquem roupas quentes, gostaria de sugerir casaco e chapéu.

O mordomo entrou para dentro da suíte e pegou os coletes salva-vidas.

- Isso é ridículo. - o Lee revirou os olhos saindo da frente de Chaewon.

- Não se preocupe, senhorita. É apenas uma precaução. - o mordomo disse calmo próximo de Chaewon que continuava massageando sua própria bochecha e encarando o chão.

Tudo que ela mais queria era sair dali logo.

[...]

Em todo o lugar do navio as pessoas eram informadas a colocarem os salva-vidas, muitas pessoas da nobreza da primeira classe estavam confusos e até mesmo reclamavam e que queriam continuar dormindo.

Na cabine, o capitão Smith emitia o código de socorro para qualquer navio que estivesse próximo ao Titanic.

- Capitão...

- Escute, rapaz, diga a quem responder que estamos afundando pela proa e precisamos de ajuda imediata. - o capitão entregou para o rapaz que recebeu a informação assustado.

O Titanic já estava começando a inclinar apenas minutos depois da colisão. No convés a tripulação iniciou o preparo dos botes salva-vidas, porém era difícil ouvir qualquer coisa devido ao barulho das vozes dos rapazes e do vapor das caldeiras que estava sendo evacuado pelas chaminés. Um frio devorador se fazia presente. Todos ali estavam apressados e amedrontados. Sr. Andrews foi em direção à um dos tripulantes quando percebeu que não tinha ninguém no deque.

- Sr. Wilde, cade os passageiros? - perguntou um pouco alto por conta do barulho das chaminés que soltavam vapor.

- Voltaram para dentro, está muito frio e barulhento para eles. - o homem apontou na direção das janelas. - Você, desça aqui e ajude com os cabos.

Sr. Andrews ficou nervoso olhando em seu relógio.

O salão de baile da primeira classe estava lotado. As pessoas dali não entendiam a situação, mas ainda assim conversavam como um dia qualquer e bebericavam seus drinques. Os violinistas ainda tocavam de uma maneira impressionante, contudo ninguém ali sequer prestara atenção. Chaewon, sua mãe e Heeseung logo chegaram ao local, encontrando o aglomerado de pessoas.

Andrews caminhava pelo salão com um semblante preocupado, enquanto observava a todos, queria se certificar se todos ali estavam com os seus coletes salva vidas.

- Rapaz, o que está acontecendo? - Molly perguntou para um dos mordomos que estava nervoso e aflito andando pelo salão. - Nos colocaram cheios de tralha e não estamos fazendo nada.

- Lamento, senhora. Vou certificar o que está acontecendo. - o rapaz correu para subir as escadas do salão.

- Acho que ninguém sabe o que está acontecendo aqui. - a Brown negou com a cabeça e seguiu com outros nobres para buscar uma bebida. Passando por Lee e as Kim's.

- Os ingleses fazem tudo pelo regulamento. - Heeseung resmungava passando pelo alvoroço de pessoas no salão e quase um mordomo trombou com ele. - Merda!

- Não precisa usar palavrões, senhor Lee. - Seohyun disse calma enquanto era seguida por duas criadas que faziam de tudo para colocar o colete salva-vidas na mulher. - Volte e coloque os aquecimentos em nosso quarto, eu gostaria de tomar um chá quando voltar. - pediu para sua criada que assentiu para ela e foram fazer o que lhe foi mandada.

Sr. Andrews continuava aflito e com um olhar perdido enquanto encarava a primeira classe curtindo aquela noite, pareciam nem mesmo se importar de colocar os coletes salva-vidas. Chaewon logo avistou o mesmo e foi em sua direção.

- Senhor Andrews. - Chaewon o chamou, tendo sua atenção rapidamente. - Eu vi o iceberg, e estou vendo em seus olhos... Fale a verdade. - pediu, tentando buscar as respostas nos olhos do mais velho.

- Este navio vai afundar... - o homem murmurou nervoso. Heeseung, que estava não muito afastado, ouvia o que dissera.

- Tem certeza? - a Kim olhou confusa.

- Tenho. Dentro de uma hora, mais ou menos, ele estará no fundo do atlântico. - enquanto o mais velho explicava Chaewon tinha um olhar vago. Involuntariamente, sua mão foi parar sobre sua boca.

- O que? - o Lee se intrometeu, incrédulo.

- Por favor, conte apenas a quem deva contar. Eu não quero ser responsável por pânico. Vá para um bote, rápido. - fitou a menor com seriedade. - Você se lembra do que lhe disse a respeito dos botes?

- Claro... Eu já entendi. - Chaewon murmurou. O engenheiro apenas assentiu e se afastou.

[...]

Yunjin não fazia ideia de onde estava. A mesma havia sido levada para uma pequena cabine da terceira classe, onde estava sendo algemada pelo guarda a um cano branco de ferro, que se ligava entre a parede e o teto.

- Senhor, você está sendo chamado na sala do comissariado da segunda classe. - um rapaz informou ao segurança, após adentrar ao local.
 
- Vá, eu fico de olho. - Lovejoy se pronunciou, retirando uma arma de seu paletó.

- Está bem. Eu vou. - o homem terminou seu afazer e entregou a chave das algemas ao mesmo, indo embora logo em seguida.

Yunjin observou Lovejoy sentar-se na cadeira enquanto lhe encarava sério, a Huh engoliu em seco nervosa. Olhou novamente para as algemas e notou que não tinha mesmo como sair dali sem pegar a chave das mãos de Lovejoy.

[...]

Na cabine o capitão Smith esperava por alguma das notícias de um dos seus tripulantes sobre o código de pedido de socorro.

- Senhor, o Carpathia disse que está vindo a dezessete nós. - o homem falou ao encontrar o capitão. - É a velocidade máxima deles, senhor.

- Foi o único que respondeu? - perguntou analisando o papel em suas mãos com as informações.

- O único que está perto, senhor, disseram que chegaram em quatro horas.

- Quatro horas!? - o capitão perguntou em voz alta, ele respirou fundo, sabia que não daria tempo, forçou um sorriso. - Obrigado, Bride. - assim que o rapaz se retirou ele olhou para cima, o céu escuro. - Meu Deus...

O capitão foi em direção aos botes para ver como estava indo a retirada dos mesmos e suspirou exausto.

- Já os colocamos nos costados, senhor. - o homem se aproximou de seu ouvido e falou mais alto. - Não é melhor levar as mulheres e as crianças para os botes, senhor?

- Mulheres e crianças primeiro... - o capitão repetiu meio atordoado para o homem.

- Sim, capitão. - se retirou, enquanto o capitão continuava com um olhar perdido encarando os botes.

O homem seguindo ordens do capitão, foi em direção as pessoas que estavam ali no deque e os chamou com os braços para que se aproximassem para ouvirem melhor.

- Por aqui, por favor. - esperou que chegassem mais perto dele. - Venham na minha direção, obrigado. Ótimo, por enquanto convocamos apenas as mulheres e as crianças. Por favor, senhor fiquem onde estão...

Os passageiros revoltados gritavam com o homem e reclamando com ele que apenas cumpriu a ordem dada por seu capitão. E seguiu para organizar por mulheres e crianças, se baseando sempre nas classes sociais delas.

Os músicos que estavam no salão foram em direção ao deque e colocaram cadeiras ali, violinistas, se preparando para tocarem e tentarem de alguma forma acalmar os ânimos de quem ainda não sabia a grandeza do que realmente estava acontecendo ali.

- Tudo bem gente, capitão mandou tocar alegremente para não haver pânico... Dança de casamento. - e assim a música se iniciou enquanto o caos no Titanic apenas começava.

[...]

Na terceira classe, o alvoroço estava bem maior pelos corredores, os funcionários do navio ainda distribuam coletes salva-vidas para todos e os mantinham ali no corredores e nas escadas, estavam presos ali. Impedidos de subirem para irem aos botes.

- Por favor, fiquem calmos. - o homem falava atrás do portão - Não esqueçam de colocar os coletes salva-vidas.

Tommy e Jay estavam lado a lado e o Park ficou observando enquanto aquela homem falava e se irritou, passando por entre as pessoas e indo até o homem.

- Deixem as mulheres e as crianças passarem para frente.  - Jay continuava a falar sério mas não lhe deram ouvidos.

Ali no meio a tantos homens, tinha uma mulher com seu casal de filhos, ela apenas ouvia o que o homem falava até que sentiu seu filho puxar a saia do seu vestido e ela o olhou.

- O que estamos fazendo, mamãe?

- Esperando, querido. Depois que a primeira classe entrar nos botes. - ela falava em seu tom de voz manso para não assustar o filho. - Será a nossa vez e queremos estar prontos, certo?

Os dois apenas concordaram enquanto encarava a mãe.

- Não empurrem, assim não vão sair mais rápido. - o homem gritava segurando os portões. - Vai pedir mais ajuda, vai! - pediu para um companheiro de equipe para ir buscar mais pessoas para ajudarem a segurar os portões.

No deque o primeiro bote estava sendo guiado pelas cordas até o mar gélido, por enquanto as coisas ainda estavam sob controle e ninguém parecia temer ao que estava acontecendo, a não ser aqueles que realmente sabia o que iria acontecer em poucos minutos.

- Abaixem o bote, esquerda e direita juntas! - o oficial Murdoch gritava. - Ambos juntos, firme.

O primeiro bote seguia descendo com cuidado, até que teve uma parada inesperada fazendo as mulheres e crianças nele gritarem assustadas.

- Equilibrem! - Sr. Murdoch mandou guiando os homens ao descerem as cordas.

Sinalizadores eram lançados no ar, a proa do navio já estava quase toda dentro d'água, estava inclinando já que foi onde a água começou a invadir. Chaewon ao lado de sua mãe observava os sinalizadores, estava nervosa.

[...]

Yunjin olhava o mar lá fora pela pequena janela ao seu lado. Faltavam poucos centímetros para a água ultrapassar toda a pequena abertura. Virou seu rosto em direção a Lovejoy, que brincava com a munição de seu revolver prateado. Após o mesmo perceber que garota lhe olhava, agarrou o projétil e colocou em sua arma.

- Sabe, eu estou achando que o navio vai afundar. - Lovejoy encarou a Huh. - Mas me pediram pra lhe deixar uma pequena lembrança. - aproximou-se da mesma, sorrateiro. Lovejoy rapidamente desferiu um soco no estômago da mesma. Yunjin logo curvou-se e grunhiu por conta da dor. - Com os cumprimentos do senhor Lee Heeseung. -  homem apenas apanhou a chave das algemas e saiu do lugar.

Yunjin levantou-se com certa dificuldade por conta do soco que recebeu. Olhou para a pequena janela novamente. A água já havia ultrapassado completamente.

- Isso não tá bom... - sussurrou para si mesma.

Segundos depois, escutou o som da temida água, que já adentrava ao cômodo de forma pavorosa. O desespero rapidamente tomou conta de si.

- Ah merda! Socorro! Será que alguém pode me ouvir! - Yunjin gritava, enquanto batia as algemas no cano de metal. O chocar dos metais produzia um estridente barulho no local. - Socorro! Socorro!

[...]

A terceira classe estava uma completa bagunça. Os coletes salva-vidas eram entregados desajeitadamente pelos comissários de bordo. Jay e Ryan participavam do amontoado presente ali. O irlandês rapidamente apanhou um dos equipamentos para si. Ambos novamente foram para as escadas e foram tentando ajudar passar mulheres e crianças para frente, mas as grades continuavam fechadas.

E novamente no convés do navio. O lugar se encontrava inquieto e totalmente cheio de pessoas, todas ali a espera dos botes. Eram em sua enorme maioria membros da primeira classe. O segundo Oficial, Charles, anunciava a preferencia de mulheres e crianças.

Lançaram os primeiros botes salva vidas. Os rapazes violinistas tocam as suas melhores musicas, com a intenção de pelo menos tentar aliviar a tensão que era instalada no ambiente.

O primeiro bote já havia sido colocado para fora do transatlântico, onde estava sendo abaixado pela lateral do navio. As mulheres e as crianças choravam por se separarem de seus noivos, uma verdadeira tragédia. Chaewon, que estava ao lado de sua mãe e seu noivo seriam os próximos a embarcar em um dos botes salva-vidas.

- Algum lugar para um cavalheiro? - indagou Heeseung.

- Somente mulheres agora, senhor. - Respondeu o oficial.

- Estão enchendo os barcos de acordo com as classes? - a senhora Kim perguntou, ao notar que havia algumas pessoas da segunda classe nos botes. - Espero que não fiquem cheios demais.

Chaewon logo a fitou com indignação. 

- Ah, mamãe... Cale a boca. - Chaewon repreendeu a mais velha, que logo a olhou assustada com o ato grosseiro da filha. - Será que não entende!? A água está quase congelada e não há barcos para todos, só para a metade! Metade dessas pessoas irão morrer!

- Não a melhor metade... - o Lee comentou debochado, atraindo o olhar de incredulidade de Chaewon. - Pena que não guardou o desenho, ele valerá muito mais pela manhã. - sorriu irônico.

- Seu cretino miserável... Você é inacreditavelmente nojento. - repugnância. Era apenas isso que Chaewon sentia.

- Entre no barco, Chaewon. - Seohyun lhe chamou, estendendo sua mão. Chaewon andou para trás lentamente, se negando a entrar. - Entre no barco!

- Adeus, mamãe. - Chaewon despediu-se. Logo se afastou depressa dali, dando as costas para ambos e atravessando o aglomerado de pessoas que havia no convés.

- Chaewon! - Heeseung logo correu até a mesma, a alcançando em segundos. - Aonde você vai!? - puxou o braço da menor com brusquidão, onde segurou com tamanha força, fazendo com que a Kim vira-se para si. - Atrás dela!? Contrariar seu marido, seu homem!? Prefere ser uma vadia de uma rata de esgoto!?

- Eu prefiro ser uma vadia a ser sua esposa. - foi breve. Seu olhar era de desprezo. Puxou fortemente seu braço das mãos do mais velho e tentou ir embora, porém o Lee era insistente, não gostou nada de ouvir o que Chaewon falara.

- Não! Eu disse não! - Heeseung esbravejava, enquanto puxava a Kim novamente. A mesma relutava, tentando soltar-se dos braços do mais velho.

E nesse momento, Chaewon lembrara o que aprendeu com Yunjin. Acumulou toda a saliva que havia em sua boca e cuspiu uma grande quantidade no olho esquerdo do rapaz, que se surpreendeu com o ato vindo da mulher. Aproveitou que o momento de desatenção de Heeseung, que a soltou rapidamente e correu para longe do maior. Sem olhar para trás.

Após correr como nunca, virando de corredor em corredor a procura do engenheiro do navio, finalmente encontrara o homem.

- Sr. Andrews! Graças a Deus! - Chaewon se aproximou do mesmo, ofegante. - Pra onde o segurança leva uma pessoa presa? - dizia de um modo desenfreado.

- O que é isso? Tem que ir para um bote imediatamente!

- Não! Vou procurar com ou sem sua ajuda. Só que sem ela, eu vou demorar...

O mais velho suspirou e negou com a cabeça. 

- Pegue o elevador e desça até o primeiro andar, vá para a esquerda, vá para a passagem dá tripulação, depois vire à direita e a esquerda de novo, nas escadas vai chegar ao um longo corredor. - a Kim logo assentiu e agradeceu ao homem, saindo correndo dali às pressas.

Depois de correr novamente e esbarrar nas poucas pessoas que havia ali, Chaewon logo alcançou o salão principal, encontrando o elevador que Andrews informou. O equipamento de transporte estava sendo guardado por um comissário de bordo, que impedia as pessoas de entrarem no elevador.

- Lamento moça, mas o elevador está fechado. - ele falou, após a Kim se aproximar velozmente. A mesma não aguentou. Sua paciência havia se esgotado.

- Eu estou farta de ser educada, droga! - agarrou o rapaz pelas vestimentas, o empurrando para dentro do elevador. - Agora me leve para baixo! - o comissário, assustado, rapidamente mexeu na alavanca dourada fazendo o elevador descer.

O equipamento de transporte descia calmamente, causando um curto período de silêncio no local. Então de repente, uma grande quantidade de água gelada invade pelas grades o pequeno espaço de modo descontrolado.

- Meu Deus do céu! - berrou o rapaz, amedrontado. Chaewon, prontamente abriu as grades do elevador, saindo do mesmo logo em seguida. - Volte moça! Eu vou subir! - e assim o fez. A menor apenas ignorou o rapaz. A água extremamente gélida do local alcançava quase os seus joelhos.

Chaewon começara a correr pelo corredor inundado, enquanto tentava lembrar-se do trajeto que Andrews havia lhe explicado. Estava apreensiva, tentava não imaginar que algo ruim havia acontecido a Yunjin. Cadeiras e mesas boiavam pelos corredores. Chaewon os empurrava para longe de seu caminho. 

- Yunjin! - gritou com esperança. As luzes do local piscavam de uma forma relativamente lenta e assustadora. - Yunjin!

- Chaewon! - escutou a voz abafada da Huh vindo de outra direção. - Chaewon! Eu estou aqui! - Yunjin batia as algemas contra o cano para fizesse algum barulho.

- Yunjin! - Chaewon corria na direção da voz que lhe chamava, ouvindo cada vez mais alto.

Até que a mesma abre uma porta a sua esquerda, logo encontrando sua amada aprisionada. A maior apenas sorriu contente em vê-la.

- Yunjin! Me perdoa! Eu sinto muito. - a Kim aproximou-se apressadamente até a mais nova. Segurou seu rosto, juntando seus lábios com tamanha saudades.

- O Lovejoy colocou no meu bolso. - a Huh relatou entre o beijo.

- Eu sei, eu sei! Me perdoa... - abraçou a maior desajeitadamente.

- Ei, olhe pra mim. - a Kim o fez. - Está tudo bem, meu amor. - foi sincera. Mesmo nesse momento caótico, Yunjin sorria de uma forma radiante e genuína, o que fez Chaewon fazer o mesmo. - Agora ouça, Chaewon. Você precisa encontrar a chave extra, tá bom?

- Está bem. - assentiu.

- Ela deve estar nesse armário. - apontou para onde a Kim deveria procurar. - É uma prateada pequena.

A água já quase alcançava sua cintura. Chaewon foi com dificuldade até o armário e abriu se deparando com várias chaves do mesmo tamanho, mas todas eram douradas.

- São todas douradas! - exclamou nervosa passando a mão por todas de uma vez.

- Olha na gaveta. - Yunjin apontou com a cabeça para a gaveta da escrivaninha.

Chaewon foi até ela e revirou passando as mãos por cada gaveta que tinha ali. Yunjin a encarava um pouco pensativa.

- Chaewon... - a Huh a chamou. E a mesma lhe encarou nos olhos. - Como descobriu que não fui eu?

- Eu não descobri, só constatei aquilo que já sabia. - respirava ofegante e Yunjin segurou um sorriso logo lembrando-se que tinha algo mais importante a fazer.

- É... Continua procurando. - Yunjin pediu para a menor que voltou a procurar.

Chaewon bufou irritada e notou que todas as gavetas, o armário estavam revirados, não tinha mais onde procurar uma chave para abrir as algemas de Yunjin.

- Não tem chave! - disse irritada.

- Tudo bem, amor... Escuta. - Yunjin falava calma tentando não deixar a Kim tão amedrontada e nervosa. - Você vai precisar buscar algo para tirar essas algemas... - a menor lhe olhava apreensiva. - Vai dar tudo certo.

Chaewon vendo que não tinha mais o que fazer, concordou com a Huh e se aproximou dela.

- Eu já volto, meu amor. Prometo. - Chaewon depositou um selinho nos lábios de Yunjin, saindo do cômodo logo em seguida.

- Eu te espero aqui!

Chaewon ouviu a Huh gritar do cômodo. A Kim percebeu que diferente da sala, no corredor a situação estava pior. A água chegava a sua cintura e as luzes piscavam.

Após caminhar contra a água por poucos minutos, um objeto grande e vermelho que estava na parede lhe chama a atenção, deduzindo ser o extintor.

Depois de se aproximar do equipamento, avistou um pequeno machado coberto por uma caixa de vidro ao lado do extintor. Apanhou a mangueira do objeto e lançou cuidadosamente sobre o vidro, fazendo o mesmo se partir em pedaços e cair no chão. Logo voltou correndo de volta para a cabine em que Yunjin lhe aguardava.

- Yunjin! - chamou-lhe, ao adentrar ao cômodo. A Huh logo virou-se em sua direção, voltando a ficar em pé. - Isto aqui serve? - mostrou o machado em mãos.

- Nós já vamos descobrir.

Chaewon seguiu em direção a Yunjin. A mesma ergue o instrumento, pronta para golpear as algemas. Mas a Huh arregala os olhos.

- Espera, espera, espera! Já usou um desses alguma vez? - Yunjin perguntou preocupada, a Kim balançou a cabeça negativamente.

- É a primeira vez. - respondeu nervosa, fitando a maior.

- Tudo bem... Olha, você vai conseguir! - demonstrou confiança. - Ouça, bata com força e bem rápido. Eu confio em você, Chaewon. - Yunjin ajeitou-se para que as algemas ficassem o mais exposta possível. Fechou os olhos, esperando o ato da menor.

Chaewon respirou fundo. Mirou o machado no meio da pequena corrente e ergueu o instrumento mais uma vez. Então, lançou o machado ao seu alvo, fechando os olhos. O barulho de metal com metal se chocando logo se fez presente. Yunjin logo abriu os olhos, após sentir que não havia perdido suas mãos.

- Você conseguiu! - a Huh celebrou, observando suas mãos libertadas, fazendo Chaewon gargalhar. A mesma rapidamente foi puxada para um abraço caloroso de Yunjin. - Okay, agora vamos. Precisamos sair daqui. - e sem demora, ambas abandonaram a cabine.

Yunjin segurou na mão de Chaewon e juntas chegaram ao corredor. Chaewon ficou em choque ao ver que a saída estava coberta de água.

- Argh! Que água mais fria! - proferiu Yunjin, assim que adentrou ao corredor ainda mais inundado.

- A saída é por ali! - Chaewon informou, apontando para a direção oeste. Tal caminho já não era mais seguro, a água já alcançava o teto do local.

- Temos que encontrar outra, vem. - a Huh logo a puxou para a direção oposta.

Yunjin seguiu puxando a mão de Chaewon. As duas estavam nervosas, já podiam sentir a água gelada batendo acima de suas barrigas e que não parava de subir nem por um minuto, o que aumentava a tensão e o medo.

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