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Agradecimentos e insultos

Já em seu quarto com suas roupas de dormir e sentada a frente de uma mesa com um pequeno espelho em suas mãos, Chaewon ouvira alguém bater na porta de seu quarto. Respirou fundo, olhou em direção ao espelho maior na parede e viu o reflexo de Heeseung na entrada.

- Sei que tem estado melancólica, vou fingir não saber o motivo... - o Lee falava calmo e ela o observava calada. - Eu pretendia guardar isto... - ele caminhou em sua direção com uma caixa de veludo azul escuro, com cautela o rapaz parou atrás da jovem Kim. - Para a festa de noivado da semana que vem. - sentou-se parcialmente em cima da mesinha e a olhou com um sorriso de leve. - Mas prefiro dar esta noite.

Abriu a caixa e revelou um colar com um pingente em formato de coração em uma pedra grande azulada.

- Minha nossa... - Chaewon murmurou e passou a ponta dos dedos no pingente, ela estava realmente impressionada com aquilo.

- Talvez para lembrá-la dos meus sentimentos por você. - Heeseung falou sorrindo ao ver que Chaewon estava impressionada com o colar. A Kim até tentou forçar um sorriso, mas sabia claramente que tudo aquilo era uma atuação por parte do Lee, bens materiais... Quem pensava nisso em meio a um casamento infeliz? Se indagava Chaewon.

- É um...

- Diamante? - o Lee a interrompeu. - Sim, 56 quilates, para ser exato. - se levantou e colocou o colar no pescoço da Kim e olhou seu reflexo no espelho. - Foi usado por Luís XVI, e é chamado de Ale Coeur de lá Mer.

- O coração do oceano.

- O coração do oceano. - eles disseram juntos. - Sim... - Heeseung sorriu para o reflexo da jovem.

- É impressionante. - Chaewon falou após alguns segundos em silêncio.

- É para a realeza. - eles se encaravam através do espelho. - E nós somos a realeza, Chaewon. - Heeseung se ajoelhou ao seu lado e apoiou o rosto em sua mão. - Sabe que não há nada que eu não lhe daria, não há nada que eu negaria, se você não me negar. - ela virou o seu rosto e ficou encarando os olhos castanhos do Lee. - Abra o seu coração para mim, Chaewon.

Chaewon continuou a olhá-lo, encarou sua boca e em seguida os seus olhos, ele fazia o mesmo com ela, a Kim virou o rosto e encarou seu reflexo no espelho e levou sua mão até o colar em seu pescoço, ela não conseguia sentir nada por ele, estava no meio dessa situação toda apenas por conta de sua mãe e queria deixar claro isso para aquele rapaz com ego tão grande. Heeseung não disse mais nada e saiu do quarto a deixando sozinha, pensativa.

Quando Chaewon deitou na cama a sua mente a levou para os acontecimentos de mais cedo no navio e apenas pensava na moça dos cabelos ruivos que tinha conhecido, Huh Yunjin. Certamente queria revê-la de novo.

[...]

Na manhã seguinte Chaewon resolveu dar uma caminhada no deque de cima do navio, algumas pessoas tiveram a mesma ideia. A Kim queria encontrar Yunjin novamente e agradecê-la pelo que fez por ela, mandou que um de seus funcionários a procurasse e não demorou muito para que Chaewon tivesse com Yunjin ao seu lado, a Kim estava intrigada com a moça e partiu para um breve questionário sobre ela, suas experiências rodando o mundo e seu passado antes de entrar no navio.

Estava mesmo curiosa para saber mais sobre Huh Yunjin e em meio alguns assuntos aleatórios que conversavam andando lado a lado, a Huh lhe contava sobre o seu passado e que deixava Chaewon interessada em saber mais.

- Estou vivendo sozinha desde os meus quinze anos. Desde que os meus pais morreram. - Yunjin contava despreocupada, Chaewon a admirou por isso. Demonstrava ser uma garota forte. - E eu não tinha irmãos nem parentes próximos naquela parte do país, então sai de lá e não voltei mais. - elas andavam pelo deque e Chaewon não tirava os olhos de Yunjin. - Pode me considerar uma folha voando ao vento... - começou a rir e suspirou. - Bem, Chaewon, andamos um quilômetro e meio aqui no deque, falamos sobre como o tempo está bom, sobre a minha infância, como lidei com a vida... - Yunjin segurou firmemente o caderno de desenho na mão. - Mas acho que não foi por isso que veio falar comigo, certo, Chaewon?

- Senhorita Huh, eu-...

- Yunjin. - Yunjin a interrompeu sorrindo gentilmente. - Apenas Yunjin.

- Certo, Yunjin... - Chaewon pareceu provar o nome em sua boca. Ela sorriu nervosa e encarou aqueles olhos grandes da maior. - Quero lhe agradecer pelo que fez por mim. Não apenas por me puxar de volta, mas por sua descrição.

- Não foi nada.

- Ouça... - a Kim voltou a falar, Yunjin não sabia se olhava para o rosto belo de Chaewon ou para o chão. A Kim continou a falar com desdém de si própria. - Sei o que deve estar pensando: "Pobre garota rica, o que ela sabe sobre a miséria?"

- Não... - a Huh se encostou no corrimão e negou com a cabeça. - Não é o que eu estava pensando, estava pensando no que podia ter acontecido para essa garota pensar que não havia mais saída?

- Bom, eu... - Chaewon pensou um pouco e bufou. - Olha, foi tudo, foi o meu mundo inteiro e todas as pessoas nele. - ela falava rápido e gesticulando com as mãos. - E a inércia da minha vida se arrastando e eu incapaz de impedir.

Chaewon estendeu o braço esquerdo e ergueu a mão mostrando a aliança a Yunjin que logo entendeu a situação, ela segurou sua mão e deu uma risada.

- Nossa, vejo isso, você teria ido direto ao fundo do mar. - a Huh fitou os olhos da menor que pareciam estar em desespero.

- Quinhentos convites foram mandados, toda a alta sociedade da Filadélfia vai estar lá. - sua respiração estava ofegante e Chaewon negava com a cabeça. - E durante esse tempo todo, tenho sentido como se estivesse no meio de uma sala lotada gritando o mais alto possível e ninguém nem se importa.

- Você o ama? - foi o que Yunjin perguntou assim que Chaewon terminou o seu desabafo.

- O que perguntou? - a Kim olhou na direção do suspensório da maior e depois em seus olhos castanhos.

- Você o ama? - repetiu a pergunta.

- Está sendo indiscreta, não deveria estar me perguntando isso. - respondeu na defensiva.

- É uma pergunta simples, você o ama ou não? - perguntou mais uma vez sorrindo de lado.

- Esta nossa conversa não está sendo muito apropriada. - Chaewon estava rindo de nervoso.

- Por que não pode simplesmente me responder? - Yunjin perguntou dando uma risadinha.

Chaewon deu uma risada um pouco alta e forçada, caminhou um pouco pelo deque com a mão direita apoiada em sua testa.

- Isso é um absurdo... - se virou e viu que Yunjin a acompanhava. - Você não me conhece, eu não a conheço e não podemos ter esse tipo de conversa, você além de uma desconhecida, você é indiscreta, rude, atrevida e eu vou embora agora.

Yunjin apenas ouvia o que ela falava e concordava com a cabeça enquanto tinha as duas sobrancelhas erguidas e um sorriso sapeca nos lábios.

- Yunjin, quero dizer, senhorita Huh, foi um prazer. - Chaewon apertava a mão de Yunjin e a balançava sem parar. - Eu a procurei para lhe agradecer e já que agradeci-...

- E me insultou. - Yunjin a interrompeu e Chaewon abriu a boca em descrença.

- Bem, você mereceu.

- Certo. - Yunjin disse rindo.

- Certo. - Chaewon repetiu e nada de soltar a mão da Huh.

- Achei que estivesse indo embora. - a Huh disse ao ver que a mão da nobre ainda segurava a sua.

- E eu estou. - a Kim se virou sorrindo e negou com a cabeça, deu meia volta e viu Yunjin ainda sorrindo. - Você é tão irritante. - e voltou a andar, porém lembrou de algo e se virou mais uma vez. - Espere, eu não tenho que ir embora, esta é a minha parte do navio, vá embora você. - ela esticou o braço direito e apontou com o indicador para o lado como se a mandasse sair.

- Ora, ora, realeza. - Yunjin estava achando aquilo divertido. - Quem está sendo rude agora? - Chaewon ficou com a boca aberta em descrença com o que a Huh falou e um som de "Há" saiu de sua boca.

- O que é essa coisa estúpida que você carrega? - tirou o caderno da mão de Yunjin sem nem pedir, abriu um pouco e a olhou. - Então, é artista ou algo do tipo?

Chaewon abriu o caderno e começou a ver alguns desenhos, ela caminhou até uma espreguiçadeira e revezava seu olhar nos desenhos e em Yunjin.

- São bons... - sentou-se e continuou a olhar, a Huh se aproximou e sentou ao seu lado. - São muito bons, na verdade. - a Kim ficou observando o desenho de uma mulher amamentando um recém nascido, e ao lado do desenho tinha o detalhe das mãos da mãe e da criança. - Yunjin, é um trabalho excelente.

- Não gostaram muito deles em Paris...

- Paris? - olhou na direção da ruiva e a mesma concordou com a cabeça. - Você viaja bastante para uma pobre... - Chaewon disse tudo que vinha na cabeça e apenas segundos depois percebeu, ficou sem jeito tentando concertar. - B-Bom... P-Para uma pessoa com recursos limitados...

- Vai anda, uma pobre, pode dizer. - Yunjin falou rindo baixinho.

- Ora, ora... - Chaewon parou em um desenho de uma mulher nua com apenas um cigarro preso em seus lábios, Yunjin passou a mãos nos fios ruivos e o prendeu em um coque no alto da cabeça, virou mais uma página e tinha mais um desenho de mulher nua. - Você usou modelos para desenhar estes? - a Huh concordou com a cabeça e Chaewon fechou um pouco o caderno quando um senhor passou perto delas.

- Essa é uma das coisas boas de Paris, há muitas garotas dispostas a tirar a roupa. - Chaewon olhou rapidamente para o rosto de Yunjin e deu uma risada nasalada e negou com a cabeça, virou a página e tinha mais uma mulher nua.

- Você gostou desta mulher. - Chaewon não conseguiu esconder sua expressão de estranheza assim que notou que era a mesma mulher dos outros desenhos e passou os dedos em cima. - Desenhou ela várias vezes.

- Espere... - parou a mão de Chaewon quando a mesma iria passar um desenho onde tinha duas mãos. - Ela tem mãos bonitas, está vendo?

- Senhorita Huh... Acho que você deve ter tido um relacionamento amoroso com ela. - Chaewon falou e ergueu a sobrancelha esquerda. A Huh coçou a nuca envergonhada mas negou com a cabeça sorrindo nervosa.

- Não, não... - Yunjin negou rindo e se aproximou do desenho. - Só com as mãos dela. Ela era uma prostituta de uma perna só. - a Kim parou de olhar o desenho e encarou o rosto de Yunjin, um pouco surpresa. - Olha. - mostrou o desenho e ela olhou mais uma vez atentamente e começou a rir. - Mas tinha senso de humor. - mostrou outro desenho já que Chaewon não parava de olhar para o seu rosto. - E esta senhora, costumava se sentar no bar toda noite usando todas as joias que tinha esperando pelo amado que tinha perdido há muito tempo. - Chaewon olhou o desenho e o analisou com o olhar atento. - Nós a chamávamos de Madame Bijoux, as roupas dela estão comidas por traças...

- Yunjin, você tem um dom, de verdade... - Chaewon olhou nos olhos da ruiva e sorriu de leve. Sentiu seu coração ficar um pouco acelerado na troca de olhares com a Huh. - Tem mesmo, é lindo, você consegue enxergar as pessoas.

- Eu enxergo você. - Yunjin falou encarando o rosto da jovem nobre, Chaewon deu um sorriso tímido.

- E...? - olhou de lado para Yunjin com a sobrancelha esquerda erguida, brincalhona.

- Você não teria pulado, Chaewon.

O sorriso da Kim aos poucos foi sumindo enquanto ainda mantinha um olhar intenso com Yunjin. Não entendia como, mas sua curiosidade pela senhorita Huh ia aos poucos aumentando a cada momento que trocavam palavras, era tudo muito diferente do seu próprio mundo, Yunjin parecia até mesmo um extraterrestre de outro planeta ao conversar com ela e ter seus pensamentos expostos, era como se ela lhe entendesse e mais ninguém.

Chaewon ainda não admitiria em voz alta mas ela adorava isso.

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