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Minha artilheira

Era mais um dia normal em Hogwarts para mim, estava andando pelos corredores com Hannah e minha melhor amiga e seu...ficante, talvez futuro namorado, não sabia exatamente o que aqueles dois eram, mas a minha amiga parecia estar apaixonada, ainda mais depois de passar horas falando sobre o loiro em nosso dormitório.

Lembro-me perfeitamente de quando esse rolo começou, a festa de vitória da Sonserina, como de costume eles davam uma festa quando venciam um jogo de quadribol, naquele dia não seria diferente claro.

Dali em diante eu passei de melhor amiga e vela do casal..., Mas cá entre nós, deixar Draco Malfoy irritado era com certeza muito bom.

Hoje era um dia ótimo para irritar Sonserinos, era Halloween uma data muito importante para todos os bruxos, e Dumbledore decidiu fazer algo diferente esse ano.

As aulas seriam abertas para qualquer aluno das 4 casas participarem em conjunto, era obrigatório participar de pelo menos uma e tínhamos a liberdade de escolher qual aula seria. No fim do dia serviriam um grande banquete no salão principal.

Eu não estava muito afim de participar, mas já que era obrigatório eu não tinha escolha.

Mas parece que Malfoy também não estava muito afim de participar.

Vi Hanna cutucar o rosto do loiro que protestou em seguida, então resolvi prestar atenção no assunto.

- Não - o loiro bate nas costas da mão de Hannah que estava o irritando.

- Você prometeu - ela o lembra.

- Não me lembro disso, deveria estar maluco - ele negou com a cabeça.

- Ah, não? Permita-me então.

Hannah soltou a mão de Malfoy e se afastou um pouco parando no meio do corredor e começou a...encenar?

- Draco, você viu as aulas especiais que terão no Halloween? Vai até ter de Trato de Criaturas Mágicas! - a corvina começa a falar como se estivesse lembrando de algo.

- Fiquei sabendo, quer ir comigo em uma delas? - Ela disse com uma voz estranha.

A ela estava imitando Malfoy.... E para ser bem sincera, estava péssimo.

- Já estava contando que iríamos juntos, e eu vou logo avisando que não é pra você desistir de última hora ou ficar reclamando para participar da aula.

- Claro que não, por que faria isso? - Volta a fazer a voz engraçada o que me dá vontade de rir.

- Então me prometa que você vai participar sem reclamar.

Eu e o loiro encaramos Hannah, que ignorava os olhares confusos de alguns alunos que acabavam passando perto e a vendo atuar tão intensamente.

- E você ainda disse com todas as letras "Eu prometo" - ela para com a demonstração da conversa que tiveram naquele dia, retornando a olhar diretamente para o loiro.

Draco sorri e começa a bater palmas espaçadas em um claro deboche, o que apenas faz com que Hannah erguesse suas sobrancelhas.

- Atuação perfeita, porém... - o sonserino se aproxima dela - Isso não me fará participar - e ele tomba a cabeça olhando minha amiga.

- Desiste, Hannah, ele obviamente está com medo de uns bichinhos inofensivos - O provoquei sorrindo.

- Medo? Definitivamente não! Deve ter esquecido seu cérebro na sua gaveta de calcinhas essa manhã. - disse o loiro pra mim.

- E você a sua coragem debaixo da cama da Hannah na noite passada - Rebati.

- Como sabe que estive lá ontem? Por um acaso estava espionando a gente? - Claro que não, acho que ele esqueceu que além de eu ser a melhor amiga da garota, nós dormimos no mesmo dormitório.

- Chega! Não estou nem aí para o que vocês esqueceram e onde, o que importa é que nós vamos participar desse circuito - Hannah dá um fim a nossa pequena discussão.

- Exatamente, você e sua corvina de estimação podem se divertir o quanto quiserem lá - Estimação? A idiota.
Antes que eu pudesse dizer algo Hannah protestou.

- Ah, você vai - ela agarra e rodeia a gravata verde em seu punho, a puxando contra si e fazendo com que ele acabasse se abaixando até perto do rosto dela - E eu não vou aceitar outro "não" como resposta - a garota dá um selinho nos lábios de Malfoy, fazendo ele se endireitar.

O que disse sobre ser a vela? Pois é...

- Se você precisa tanto assim de mim, eu posso fazer esse esforço - o loiro ajeita sua roupa tendo um dos braços entrelaçados com o da garota que sorria simples.

- Ótimo! Então vamos - Hannah começa a andar animada - Quais criaturas vocês acham-

- Divirtam-se - Digo pra Hannah fazendo com que ela parasse de andar e me olhou confusa, mas antes que ela pudesse perguntar algo eu disse - Não acha mesmo que eu iria ficar de vela, né? E nem adianta tentar me dar beijinhos pra me convencer, não sou o Malfoy.

- Arabella, é sério isso?

- Seríssimo, e outra, eu nem gosto muito de criaturas mágicas, vai ser melhor se eu não for junto - Expliquei e ela pareceu aceitar a resposta.

- E você vai fazer o que nesse meio tempo? Ficar só sentada esperando a gente?

- Não, estava pensando em ir na de Feitiços, vou ficar bem - Hannah olha pra mim com cara de cachorrinho que caiu da mudança e isso apenas faz com que eu os incentive a ir com um movimento de mão - Vão logo.

Vi eles se afastando e decidi me encaminhar para a sala de Feitiços.
Eu não estava com vontade de cumprir nenhum desafio agora, mas já que era obrigatório ir em pelo menos uma dessas aulas, que seja pelo menos uma que eu goste.

Estava distraída olhando em meu relógio que marcava exatamente 10 da manhã quando colidi com alguém.
Era um primeirista corvino.

- Ei, me desculpe, eu estou procurando alguém... - disse um pouco atrapalhado.

- Sem problemas - Desviei dele para seguir meu caminho, mas fui interrompida por ele me chamando.

- Você é a Arabella? Arabella Ross?

- Sim sou eu...Porque?

- Era você quem eu estava procurando... McGonagall quer falar com você, me pediu para avisá-la.

McGonagall queria falar comigo?

Pensei no que poderia ser, eu ia muito bem em suas aulas, não arranjava briga, ela nem mesmo era diretora da minha casa.

- Está bem, obrigada - agradeci o garoto que seguiu seu caminho.
Eu fiz o mesmo, eu já estava indo pra sala de feitiços mesmo.

No caminho me perguntei o que McGonagall queria comigo. Todos os pensamentos foram interrompidos quando eu cheguei na sala e avistei uma pessoa.

Sentado esparramado na cadeira, parecia que não tinha coluna, vestia um terno preto, e tinha o cabelo despenteado, a cara de sono e ele parecia estar cansado, mas isso não me importava.

O que me importava era saber o porquê de ele estar aqui, e eu também.
Não sabia o motivo da porra do Theodore Nott estar aqui.

- Aff, que merda você quer aqui, está me perseguindo é? - ele disse após ver que eu estava ali.

- Cala boca, babaca, antes que eu te dê outro soco - Ameacei.

Theodore Nott e eu éramos inimigos de longo prazo, isso porque no terceiro ano eu entrei para o time de quadribol da Corvinal como artilheira. E ele também entrou para o time de quadribol da Sonserina.

Isso nos fez desenvolver uma certa rivalidade que passou de pequenas provocações antes e depois dos jogos, para brigas em campo, e quedas das vassouras.

No último jogo que tivemos juntos, Nott me derrubou da vassoura para pegar a goles de mim. Felizmente antes que eu colidisse no chão com toda a força a professora Sprout me segurou com um feitiço. A Sonserina venceu aquele jogo.
Quando Noot saiu de campo fiz questão de ir brigar pelo que aconteceu, afinal, aquele não era o trabalho dele no jogo, era dos batedores, ele tinha feito aquilo de propósito, e se eu realmente tivesse caído da vassoura, só Merlin sabe o que poderia ter acontecido comigo.

Naquele dia depois de uma discussão eu lhe dei um soco, e por causa disso nós dois fomos suspensos dos próximos jogos de quadribol até o fim do semestre, o que foi puta mancada dos nossos diretores.

Talvez por isso eu esteja aqui hoje, talvez McGonagall queira nos punir por isso...mas não fazia sentido, afinal essa briga não tinha nada haver com ela.

- Há vocês estão aí - Ouvi a voz do McGonagall atrás de mim e me virei para encará-la.

- Um garoto disse que queria falar comigo...

- Sim quero, falar com os dois, sente-se senhorita Ross - disse McGonagall apontando para uma mesa.

Sentei-me em uma carteira na frente de sua mesa, e esperei o que ela iria dizer.

- Mandei chamá-los aqui a pedido do diretor de suas respectivas casas, me falaram que a briga de vocês não é de hoje, e que a última delas acabou indo longe demais - Ela dizia séria intercalando o olhar entre mim e Nott - Bom, eu sei que os dois são ótimos alunos na minha aula, e que provavelmente escolheriam a aula de feitiços para fazer hoje em conjunto, então resolvi reuni-los para que fizesse isso juntos.

- Não podem me obrigar a fazer isso - Nott protestou.

- Não mesmo senhor Nott, nós não podemos obrigá-los a se gostarem... mas podemos tirar 100 pontos de suas respectivas casas se não entrarem em concordância e fizerem isso juntos.

- Espera, isso é muito injusto... - Disse me levantando.

- Injusto senhorita vai ser se sua casa perde 100 pontos por culpa dos dois - Se eu perdesse tantos pontos a Corvinal inteira iria me azarar.

Ela caminhou até a um armário que ficava atrás da mesa dela, abriu a porta e tirou de lá uma caixa, trazendo-a e a colocando em cima da mesa à minha frente.

- Se aproximem... - disse para mim e para Nott, que se levantou e caminhou até a mesa, eu fiz o mesmo.

Paramos um ao lado do outro de frente para Minerva e observamos a caixa, era grande, bem maior do que uma caixa de sapatos, parecia ser feita de pedra e não tinha uma abertura, pelo menos não visível.

-- Um cubo de pedra? - Nott perguntou definindo os meus pensamentos.

- Isso não é só um cubo senhor Nott, isso é uma caixa de medos, ela foi criada por alunos grifinórios a muitos anos atrás para que pudessem encarar seus maiores medos... - Explicou mas só consegui me deixar mais confusa, e pela expressão de Nott, não parecia ter entendido também.

- Quando os medos forem superados a caixa vai abrir...e as portas também... - continuou explicando.

- Você vai nos trancar aqui? - perguntou Nott.

- Sim, pelo menos até abrirem a caixa, é bem, terão que trabalhar juntos para fazer isso - Ela se afastou e foi até a porta e a abriu - Boa sorte - saiu da sala e fechou a porta atrás de si.

No momento em que a porta bateu um pequeno fio branco começou a circular pela sala, passou pelas quatro paredes enquanto eu e Nott olhávamos.

- Inferno... - Nott pegou a caixa nas mãos e a chacoalhou de um lado para o outro.

- Ei, não faça isso pode quebrá-la - disse alto, e ele parou de mexer na caixa e olhou pra mim.

- Cala a boca eu estou preso aqui por sua culpa - me encarou bravo.

- Minha culpa?

- Sim, ninguém mandou me agredir... - eu o olhei incrédula - Eu até deixei passar o soco mas perder meu dia preso aqui com você ai já é demais, vou dar um jeito em você quando sair daqui.

Ele disse ríspido, largou a caixa na mesa e se aproximou de mim.

- A é o que você vai fazer? Vai falar pro seu papai? - Disse em um tom de ironia e vi seu rosto formar uma expressão de raiva, mais do que antes.

Theodore se distanciou de mim e se sentou em uma mesa.

- Que merda você está fazendo? A gente tem que abrir a caixa.

- Não "a gente" não vai abrir a caixa, você abre essa porra sozinha, já que fica pagando de fodona você deve saber o que fazer.

- Fico pagando de fodona? - repeti suas palavras com uma sobrancelha arqueada.

- Sim, fica... Só porque é a única garota que joga pra Corvinal desde que Chang saiu, acha que a gente vai te tratar diferente no campo. - Disse e me olhou de cima a baixo, admito que isso me deixou um tanto quando desconcertada.

- Acontece, Arabella, que nos outros times também tem garotas, e não é só porque vocês são garotas que não deixam de ser um oponente forte, ou você acha que vou parar minha vassoura pra você passar na frente?.

- Que merda você está falando, Nott? Achei que nós estávamos aqui pra abrir a merda da caixa - O interrompi.

- Eu não estaria aqui se você não fosse esquentadinha - ele sorriu, e nossa, nunca tinha reparado em como o sorriso dele era bonito.

- Eu...eu não sou esquentadinha, você me derrubou da minha vassoura.

- Sim, derrubei, assim como derrubei vários outros jogadores, do seu time e dos outros...nem por isso ninguém veio me socar na entrada do vestiário Sonserino - eu detestava admitir, mas ele tinha razão, lembro perfeitamente do dia em que o vi derrubar Cedric Diggory da vassoura dele em um jogo, Ced passou 3 dias na enfermaria por causa desse tombo - Isso é quadribol Arabella, se você nunca cair da vassoura em campo, significa que não joga quadribol direito.

Decidi não responder, de um modo ou de outro, ele estava certo.

Me aproximei da caixa a observando, percebi coisas escritas em sua lateral.
- Tem...tem algo escrito aqui, mas eu não entendo, parece estar em outra língua - olhei para Nott que revirou os olhos e se aproximou parando ao meu lado novamente olhou para as letras.

- Solum adversus timorem tuum invenies viam tuam - Disse Nott o que me fez o encarar confuso - Está em latim, garota... "Somente enfrentando seu medo você encontrará seu caminho"

- A me desculpe, senhor bilíngue - sorri.

- O que acha que isso quer dizer?

- Não sei, já fiz minha parte traduzindo, descobre o que fazer agora.

- Reviro os olhos e volto a observar a caixa, na parte de cima tinha um desenho, pareciam ser duas pessoas, suas mãos estavam encostadas - Acho que a gente tem que dar as mãos.

Ele me olha confuso por um instante e sorri.

- Você me deu um soco , me fez ficar preso aqui, e agora da em cima de mim na cara dura é isso?.

- Não seu idiota, está desenhado aqui - mostro o desenho pra ele e vi seu sorriso desaparecer rápido.

- Ah...achei que iria ter uma chance com você - confessou, me fazendo ficar surpresa no mesmo instante.

- Espera, do que você está falando?.

- Ah, qual é? Você me odeia isso você já deixou óbvio, mas não significa que eu te odeio também... Afinal, você é gata, e eu ia adorar te levar pro meu dormitório e fazer você pagar pelo soco.

Arregalo os olhos ouvindo sua confissão, Theodore Nott era uma cafajeste e todo mundo sabia disso, mas todo mundo sabia também que ele era muito atraente.

- Está brincando com minha cara?.

Ele olhou pra mim e se aproximou, ele estava muito perto, ergui meu rosto para poder olhar em seus olhos, Nott ergueu a mão a colocando em meu rosto, e aproximou seus lábios dos meus, mas não me beijou.

- Sim... - ele sorriu ainda muito próximo do meu - Estou brincando com você.

Fiquei incrédula sem reação vendo-o se afastar, eu realmente ia deixa-lo me beijar?

- Você cai fácil em papo de homem, não é Arabella? - Se distanciou de mim voltando a olhar para a caixa.

- Porra, vai se foder, Nott, você é um tremendo babaca, sabia? - me irritei com sua atitude, que tipo de monstro fazia esse tipo de coisa? A claro, sonserinos.

Ouvi ele rir, mas eu estava com vergonha para olhar em seu rosto.

-Sabia sim...que foi Ross? Você queria me beijar? - virou pra mim e encostou na mesa.

- Não viaja não... - disse chegando perto da caixa novamente.

Estendi a mão para ele indicando que segurasse a mesma, ele olhou pra mim e pra minha mão em seguida a segurou.

- E agora? - perguntou vendo que não aconteceu nada.

- Talvez se eu... - Coloquei a mão na caixa e foi como aparatar.

Eu estava em minha casa, Nott não estava lá, ela estava escura, o céu fora da janela estava nublado, não era como de costume quando eu vinha pra casa.

Minha casa estava sempre alegre, meu pai fazia de tudo para manter a casa sempre alegre, cheia de flores e quadros coloridos na parede.

Minha casa que sempre teve cheiro de flores e de comida caseira, estava suja, sombria, não tinham flores, e o pior, tinha um cheiro podre no ar, que me dava vontade de vomitar.

Comecei a andar pela casa, subindo as escadas devagar.

- PAI? FAW? - chamava meu pai e minha irmã não obtendo resposta.
Conforme chamava, me aproximava do quarto de meu pai, eu não sei o que estava acontecendo, mas parece que algo me chamava pra lá.

Quando me aproximei da porta o cheiro ficou mais intenso, encostei minha mão na porta e a abri lentamente.

No instante em que abri a porta não pude evitar de gritar.

Meu pai e minha irmã estavam jogados no chão perto da cama, estavam...estavam mortos.

A mão de meu pai tocava a mão de minha irmã que estava jogada perto dele, pareciam já estar mortos a dias, eu precisava sair dali, precisava de ar.

Lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, enquanto eu corria para o lado de fora da casa.

Quando atravessei a porta cai no chão chorando, gritando, eu estava...eu estava de alguma forma quebrada.

Ouvi um estrondo me fazendo olhar para trás, vendo no céu a enorme caveira, com uma cobra saindo de sua boca. Isso só me fez chorar mais.

Mas como num passe de mágica algo me puxou, e eu estava de volta a sala de feitiços de mãos dadas com Theodore Nott.

Assim que percebi que aquilo não passava de uma ilusão da caixa desabei...comecei a chorar, não me importava se Nott estava vendo isso.

- Droga... - Ele se aproximou de mim sem soltar minha mão - Quem...quem eram aquelas pessoas?

- Você viu isso também? - perguntei soluçando.

- Sim, eu... Eu vi tudo também...-colocou a mão em meu rosto e ergueu para que eu o olhasse - Se acalma foi tudo um pesadelo ruim, nada disso aconteceu...era sua família?

- Sim...meu pai e minha irmã...

- Esse é o seu medo? Perder seu pai e sua irmã? - perguntou me encarando.

- Eu tenho medo que os matem... Como... Como fizeram com minha mãe, na guerra, minha mãe foi atacada por comensais da morte, eles a mataram, minha irmã ainda era uma recém nascida, desde então meu pai cuida de nós duas, e... Ele é o melhor pai do mundo, mas... Eu tenho medo, por que agora Você-sabe-quem retornou e ele... Ele pode... - Eu não conseguia parar de chorar, o que me impedia de falar.

- Acalme-se, Arabella... Já passou, estou aqui com você nada de mal vai acontecer com sua família - Senti Nott me abraçar, se fosse em qualquer outro momento eu provavelmente bateria nele, mas eu estava chorando demais para fazer qualquer coisa agora, passei meus braços em sua cintura e só fiquei ali.

Passei um tempo até me acalmar um pouco, seu manto já estava molhado com minhas lágrimas...

- Se sente melhor? - balancei a cabeça e ele me soltou aos poucos... Theodore Nott definitivamente tinha mais compaixão do que aparentava - Bem, acho que entendi como a caixa funciona, temos que vivenciar os medos um do outro, talvez isso seja um jeito da gente... Sabe, se conhecer melhor... Vou ter que admitir que McGonagal foi brilhante com essa coisa... Mas isso deveria ser um desafio de feitiços então talvez tenhamos que fazer algo depois.

- Então eu...Vou ter que vivenciar seus medos agora? - Perguntei limpando meu rosto.

- Sim, mas...É estranho eu não tenho medo de quase nada, estou curioso para descobrir qual meu maior medo... Você vem? - Ele estendeu a mão pra mim que eu segurei sem hesitar, confesso que estava curiosa para descobrir o maior medo de Theodore.

Ele estendeu a mão e lentamente tocou na caixa. Então em um piscar de olhos estávamos em outro lugar.

Era um lugar escuro, não via nada, até ouvir um barulho.

- Theodore? - perguntei e não obtive resposta.

Então uma porta se abriu em minha frente e eu vi dois homens, vestidos de auror passarem por ela, mas eles pareciam não me ver...

- Levanta dai garoto, está na hora de conhecer sua nova casa - Olhei em volta, e o vi, sentado no chão no canto daquele lugar escuro, ele estava...

Diferente, usava vestes listradas e parecia abatido, ele também parecia não me ver ali.

Os dois aurores se aproximaram dele, um deles o pegou pelo braço com força o puxou pra cima bruscamente, vi Theo fazer uma careta de dor, mas ele não disse nada.

Eles o arrastaram para fora da sala por aquela porta e eu os segui, assim vendo onde estávamos, era um lugar escuro, feito de pedras, tinham celas com grades de ferro, era possível ouvir risadas e sussurros, o lugar me dava medo. Foi então que percebi, estávamos em Azkaban.

O medo de Theodore era ir para Azkaban?

O arrastaram até uma cela vazia e o jogaram lá dentro, fechado e selando o lugar com feitiços.

Nott se encolheu no chão no canto da sela e começou a chorar, eu não estava entendendo o que estava acontecendo até ele levantar seu braço e erguer a manga da blusa listrada que usava.
Em seu braço pintado de preto, a
caveira e a cobra, a marca negra.

De repente o ar ficou frio, olhei para o lado vendo a enorme criatura de capuz preto se aproximar da cela.
Theodore se encolheu mais ainda e começou a choramingar.

- Por favor...Não... - Lágrimas escorriam por seu rosto, ele parecia estar apavorado.

Então estávamos de volta a Hogwarts.

Observei em volta, Theodore segurava minha mão com força, olhei para seu rosto onde uma lágrima descia em sua bochecha.

Theodore Nott era um comensal da morte?

- Você... - Comecei a falar, mas fui interrompida.

- Eu não queria isso, eles me obrigaram, se eu não fizesse eu iria morrer... - Ele começou a chorar.
Eu estava estancada em meu lugar, sem saber o que fazer, os comensais mataram minha mãe e Nott era como eles?

Não, Theodore não era assim, ele era só um garoto.

- Theo... Está tudo bem, nós... Podemos dar um jeito, falar com Dumbledore, tenho certeza que ele pode-

- Não, Arabella, você não entendeu, porra? - Ele tirou a varinha do bolso e apontou pra mim - Ninguém pode saber disso, você não sabe a merda que pode acontecer se alguém souber que eu sou um comensal? - seu rosto agora mostrava que ele estava com raiva ele estava me assustando - Aquele velho não pode me ajudar.

- Theo...Abaixe a varinha... - falei, mas só fez com que ele segurasse a varinha com mais força.

Foi então que vi o fio branco que havia passado pela sala refazer o caminho de antes, quando chegou a porta ela se abriu.

Nesse momento eu não sabia o que fazer, estava com medo de que ele me machucasse, então corri pela porta.

Eu precisava encontrar alguém mas os corredores estavam vazios, meus batimentos cardíacos estavam acelerados eu estava cansada mas não parei de correr.

Até que por um milagre, eu a vi Hannah e Draco estavam ali na minha frente de costas pra mim.
Quando fui gritar seu nome senti algo tampar minha boca e fui puxada para um armário de vassouras no corredor.

Me debati, eu já sabia que era ele.

- Sinto muito, Arabella...

Eu estava com medo, mas por um instante achei que Nott realmente não iria me fazer mal, afinal, o Theodore com quem briguei todos esses anos era alguém totalmente diferente do Theodore com que estive na sala de feitiços minutos atrás.

O Theodore Nott que me foi apresentado hoje era cuidadoso e acolhedor, ele não me faria mal, e aparentemente tinha uma quedinha por mim...

Mas tudo isso estava prestes a sumir com apenas uma palavra...

- Obliviate...

Eu estava em um armário de vassouras, não me lembrava como havia ido parar ali, mas minha cabeça estava doendo então presumi que talvez tivesse caído.
Saindo do armário de vassouras avistei Hannah e Malfoy.

- Ei manés - chamei a atenção deles que se viraram pra mim - Por Merlin! O que houve com vocês dois? - perguntei ao ver Hannah evitando pisar com um dos pés no chão e sendo apoiada pelo Malfoy que tinha os cabelos bagunçados, o rosto sujo de terra e uma folha perdida em seus cabelos.

- Mordida de Cava-Charco e uma patada de uma Esfinge - ela aponta com a mão livre para os dois - E você, em que sala foi?

- Nem tive tempo para pensar direto, vocês foram muito rápidos, mas acho que vou ir em Defesa Contra a Arte das Trevas - Hannah e seu quase namorado me olham confusos.

- Você ficou todo esse tempo sem fazer nada?

- Que exagero, nem foi tanto tempo assim - ela franze as sobrancelhas mais confusa ainda.

- Tá bom... - sua voz era receosa - Então, a gente está morrendo de fome, você sabe se já vão liberar o almoço?

Almoço? Eu já sabia que minha amiga era uma esfomeada, mas nós acabamos de tomar café da manhã, era impossível alguém sentir fome em tão pouco tempo, provavelmente deve ter sido por causa da aula agitada.

Ouvimos passos se aproximarem e quando vi quem era revirei os olhos.

- Nott - Malfoy o cumprimentou com um aceno de cabeça.

Por incrível que pareça Nott não me ofendeu como fazia de costume, quando passou por mim me encarou, e cumprimentou Draco da mesma forma.

- Eu vou...procurar alguma aula para fazer agora, Hannah - digo saindo dali.

- Tchauzinho - Hannah cantarola enquanto eu me afasto dela e do loiro.
Olho para o meu relógio conferindo a hora, mas quando vi estanquei onde estava...

O relógio marcava, uma da tarde...Como isso é possível a minutos atrás era dez da manhã, me perguntei se aquilo seria algum problema no relógio.

Fui tirada de meus pensamentos quando ouvi uma voz familiar.

- Então senhorita Ross, como foi o desfio? - Era McGonagal.

- Olá professora... Me desculpe mas não sei do que está falando - Olhei confusa pra ela, mas sua expressão demonstrou que ela ficou mais confusa ainda.

- Como não senhorita...o desafio que fez com Theodore Nott...

- Desafio com Nott? - me perguntei sem saber do que ela estava falando.

Foi aí que algo se acendeu em minha cabeça... Me fazendo entrar em desespero.

- A DROGA.

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Gostaria de agradecer a todos os que leram até o fim e espero que tenham gostado....

Esse imagine é um especial de halloween em conjunto com outros autores e autoras aqui do wattpad aqui tera seus personagens e usuários.

itiimalarrysun - Draco Malfoy
SecdaMaia - Fred Weasley
WrittenbyMaia - Mattheo Riddle
davina-mkl - Theodore Nott
edsprince - Remus Lupin
Delicioussssslv - Ron Weasley
EvelynCBlack - George Weasley
Weasley_Scamander - Sirius Black
Filipa1407 - Bill Weasley
007_Aylin - Lucius Malfoy
priscila_fanfics - Severus Snape

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