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Oooie, Pessoal! Como vocês estão? Bem?
Vim avisar que já estou me sentindo bem melhor e que agora, descobri uma leve desidratação, mas já estou resolvendo! 💖
Bem, sobre esse capítulo, que é o último da primeira parte...
Ele tem gatilhos de abuso sexual, violência, morte, depressão, suicídio, temas pesados e tabus...
💥💥💥💥 Se não se sentir confortável, pare de ler na hora! 💥💥💥💥
Se quiser continuar lendo, bem...
Espero que gostem do início do capítulo , que está uma fofura e É NARRADO PELA RUBY E EU TO AINDA MAIS APAIXONADA POR ESSA MENINA ❤
Bjs 💋💋
A festa do Sebastian não teve hora para terminar, de forma que as cinco e meia, quando o sol começou a nascer no horizonte, eu estava descalça, sentada nos últimos degraus da varanda da mãe dele, com uma garrafa de cerveja na mão e encarando Lupita.
Claro que muita gente tinha ido embora depois das duas manhã, quando, enfim, o Parabéns foi cantado, mas...
Ainda tinham muitos amigos dele por lá. Os mais íntimos, no caso. Uma parcela deles, dormia espalhados pela casa, como o Anthony e Joy, no sofá.
Outra, ainda estava conversando, como eu e a Lupita.
Observei as nuvens mudando o tom e os passarinhos começando a voar de um lado ao outro, Piando freneticamente.
Liberdade.
Uma palavra que é apenas isso: Uma palavra.
Até que a tirem de você.
Então, você passa a valorizar até mesmo estar sentada no chão duro, bebendo sua cerveja favorita quente, enquanto o vento "estraga seu cabelo" e você está morrendo de sono.
-Ruby!
Levei um susto e Encarei Lupita. Notei que ela estava me chamando há algum tempo e que, de novo, eu tinha ficado aérea e pensativa.
Dei um sorriso.
-Desculpa, Lup. O que foi?
-Eu estou perguntando como você está... Não agora, mas de forma geral.
Engoli em seco e mordi a boca. Suspirei.
-Eu... Acho que eu ainda estou com medo, entende? Ele está sumido, Lupita. E ele tentou me matar... Mas... Eu estou tentando não deixar ele me controlar mesmo de longe.
Lupita segurou minha mão livre e sorriu.
-Eu estou muito orgulhosa de você!
Neguei com a cabeça, largando a cerveja e prendendo meu cabelo em um coque. Abracei meus joelhos e encaixei o queixo neles.
-Eu fui uma covarde, Lupita. Eu não lutei por mim mesma... Eu ia morrer, se não fosse pela sua denúncia e pelo Stan...
-Amiga... - Lupita tentou dizer, mas eu interrompi.
-Não tem nada de "orgulhoso" em viver com medo e calada. Em se deixar perder a identidade e...
-Nossa, mas que clima triste, hein!
Calei a boca. Sebastian estava encostado na porta, de braços cruzados. Trocamos um sorriso e um olhar, enquanto ele vinha até nós. Lupita suspirou e me deu um sorrisinho.
Ignorei.
-Não é isso, é que...
-Olha, não que eu tenha nada a ver com isso! - Sebastian sentou entre mim e Lupita. - Mas sei lá... Podemos não falar sobre isso hoje? Ainda estamos nas comparações do meu aniversário...
Concordamos. Sebastian abriu o braço e me puxou contra ele, beijando minha testa. Fechei os olhos, aproveitando aquele carinho.
Carinho que eu não tive com o Simon...
Ignorei aquele pensamento.
-Então, vocês vão embora quando?
-Lá pelas duas... - Lupita comentou. - Nosso vôo sai as quatro.
Sebastian franziu a testa e eu tentei não fica vermelha, sentindo os dedos da mão dele na minha nuca. Lupita continuava com o sorrisinho idiota.
-Nosso vôo?
-Meu e da Ruby. - Lupita explicou. - Prometi para a mãe dela que não ia deixar ela voltar sozinha.
Sebastian concordou com a cabeça.
-Ah, entendi... Nesse caso, vou levar vocês até o aeroporto, está bem?
Tentamos protestar, mas ele fez questão. Então, mudou de assunto.
-Eu vou voltar para Nova Iorque na semana que vem... E se a gente saísse juntos?
Concordei.
-Seria ótimo! Ai, a gente podia chamar o Anthony também, não é? Porque aí, a Lupita e ele ficam de uma vez...
-Ruby, eu acho que o Sebastian não estava me Incluindo no convite.
Lupita ergueu as sombrancelhas, bebendo um gole da cerveja dela. Senti meu rosto esquentando, mas Sebastian falou, rápido:
-Na verdade... Quero dizer, eu perguntei prmeiro para a Ruby, mas... Bem, eu ia chegar na Lupita e depois...
-Nós dois sabemos que você não ia me convidar, Stan. - Lupita riu. - Relaxa!
Me soltei do abraço dele e peguei minha cerveja.
Eu gostava dele. Da companhia dele. Do carinho.
Mas...
Nossa hora já tinha passado. Talvez, se não tivéssemos sido separados, podíamos estar juntos até agora, quem sabe casados? Ou podíamos ter terminado também... Não tem como saber.
Mas não achava que ele ficaria afim de novo. Ele era o Sebastian Stan e podia ter quem quisesse. E eu era eu.
-Ruby... - Lupita me empurrou com o pé. - Vai querer sair com o Stan?!
Ergui as sombrancelhas e dei um meio sorriso.
-É claro! Por quê eu não ia querer? Somos amigos...
Encarei Lupita, dando ênfase na palavra "amigos".
Ela deu de ombros.
-Nada que não possa mudar!
Sebastian engasgou com a cerveja que eu nem percebi que elr tinha tirado da minha mão. Lupita deu uma risada alta, enquanto eu dava uns tapas nas costas dele e puxava minha cerveja de volta, mas...
-Ah, Stan! Você acabou com a cerveja, seu idiota! - Reclamei, dando um tapa nele.
-Eu pego outra! -Observei Sebastian revirar os olhos e virar para Lupita. - Você e o Mackie...?
-Ele está me enrolando. - Lupita simplificou.
-Dá um ultimato nele! - Falei.
-Quer que eu dê uns tapas nele também?
Lupita riu e negou.
-Ainda não. Eu quero que ele conheça a Nina primeiro. E só depois da reação da Nina, eu vou cobrar ele.
Dei um sorriso e apoiei a cabeça no ombro de Sebastian. Ele tinha cheiro de canela e baunilha e eu fiquei tentada a morder ele.
Sem pensar muito, aproveitei nossa proximidade e o fato dele estar distraído, falando com a Lupita e o puxei pela bochecha, dando uma mordida na bochecha dele.
-Ai, Ruby! - Sebastian reclamou, rindo. - Que isso? Virou canibal?
Lupita soltou o ar e me encarou, surpresa. Devia ter achado que eu ia beijar ele. Neguei, rindo também.
-Claro que não, né? Mas é que você é tão cheiroso... Deu vontade de morder!
-Aí você foi e me mordeu?
-Ela sabe ser bem impulsiva! - Lupita riu. - Agora imagina se ela quisesse te beijar?
Revirei os olhos. Sebastian só deu uma risada alta.
-Você e o Anthony se merecem mesmo, hein, Lupita! Caramba!
Continuamos rindo e implicando um com o outro durante algum tempo, até eu começar a sentir tanto sono, que encostei na pilastra de sustentação do telhado da varanda e comecei a querer dormir. Eram oito da manhã, eu podia dormir até mais ou menos o meio dia sem me atrasar.
Acabei levando um susto enorme quando percebi que cochilei e fui acordada com Sebastian me pegando pelas pernas e pela cintura.
O sono passou na hora.
-O que você está fazendo?! Me põe no chão, Bastian!
-Calma, Ruby! - Sebastian riu, entrando comigo na sala. - Eu só vou te levar até o quarto... Tá dormindo toda torta no chão!
A mãe dele estava sentada no sofá e só riu com o meu desespero quando percebi que ele ia subir as escadas.
-Você não vai fazer isso! Dona Georgetta!
-Sebastian, acho que a menina te condiçãode subir as escadas.
-Viu?! Escuta sua mã... Aaaaaaaah!
Sebastian me jogou para cima, me pegando melhor e começou a subir as escadas, com uma careta, tentando segurar a risada. Aposto que o pescoço dele estava todo marcado pelas minhas unhas.
Quando ele me pousou no próprio colchão, não perdi tempo em pegar um travesseiro e começar a tacar com força nele, xingando Sebastian com todas as línguas que eu sabia, o que se resumia a Francês e inglês.
-Idiota! Se você fizer isso de novo, eu vou te matar! E se você me deixa cair?!
Sebastian conseguiu tirar o travesseiro da minha mão, rindo e forçou meus ombros para eu deitar.
-Eu não ia te deixar cair. Eu sou o Bucky, lembra? Super soldado...
Revirei os olhos e tentei fazer a cara mais zangada do mundo, mas falhei miseravelmente.
Sebastian me jogou um lençol por cima do meu corpo e eu consegui sentir o cheiro do perfume dele. Nos encaramos e ele abriu um sorriso.
-Eu te acordo uma hora, tá?
-Meio dia. - Pedi, bocejando.
-Meio dia e meia e não se fala mais nisso!
Sorri, concordando. Ele se abaixou e me deu um beijo na testa, fechando as cprtinas e saindo do quarto.
Tratei de tirar o sorriso idiota do rosto. Eu não sei porque ainda me surpreendia com o carinho dele: Sebastian sempre foi carinhoso comigo e, pelo que percebi, com todos os amigos e até com os fãs.
Evitei pensar no que eu tinha que fazer quando chegassr em casa. E a primeira coisa, seria queimar todas as roupas daquele infeliz...
Voltei a me ajeitar contra os travesseiros e acabei dormindo em segundos. Mas não consegui dormir totalmente. Uma hora e meia depois, a cerveja e o bolo deram algum tipo de revertério e eu tive que correr para o banheiro no final do corredor.
Foi Joy quem me achou, ajoelhada na frente do vaso, pondo até as tripas para fora.
-Hey, Ruby! - Joy veio até mim, segurando meu cabelo para trás. - Você está bem?
Acenei que sim e puxei a descarga, indo até a pia e limpando a boca. Respirei fundo.
-Você estava vomitando... Já é a segunda vez... De ontem para hoje..
Ergui o olhar para ela, ficando vermelha. Achei que ninguém tinha visto eu fugindo da Lupita para vir vomitar. Dei de ombros.
-Ruby... Tem alguma possibilidade de...?
-Não estou grávida. - Cortei. - Ele me dava anticoncepcional.
-Dá para falhar...
-Não, eu não estou grávida. - Reafirmei. - Vou voltar a dormir, tá?
Passei pela Joy, tremendo.
Eu achava que ele me dava anticoncepcional, mas eu não tinha certeza absoluta. Nunca vi a embalagem dos remédios nem ele os retirando delas.
Mas decidi afastar o pensamento, isso era assunto para quando eu voltasse para Nova York. Ia até um médico e solicitaria um exame.
Uma coisa de cada vez.
Se não, eu sufocaria e entraria em colapso.
Depois que eu acordei, ou melhor: Depois que Sebastian foi me acordar, levei uma hora e meia para ficar pronta. Falei com minha irmã no telefone e ela disse que ia me esperar no aeroporto, então, fomos até o aeroporto da Pensilvânia.
A despedida durou um pouco mais que o previsto, já que Joy e Mackie também quiseram ir.
Quando cheguei em Nova York, depois de algumas horas, não consegui achar minha irmã. Mas Lupita se ofereceu para me levar até em casa.
No caso, só voltamos para a minha casa, tarde da noite porquê convenci ela a ir fazer compras de mercado comigo.
-Quem diria que um mercado podia ser tão divertido, não? - Entrei em casa e deixei Lupita entrar também.
Largamos as compras na entrada e liguei as luzes.
-Nossa, Ruby! Que bagunça!
Dei de ombros.
-Foi a polícia... Eles vieram procurar coisas para incriminar o Simon e fizeram is...
Olhei ao redor. Móveis no chão, livros espalhados, coisas quebradas...
Minha garganta secou.
-Lupita, não foi assim que eu deixei a casa...
Lupita engoliu em seco e me puxou para sairmos dalí, mas antes que a gente conseguisse abrir a porta, já que eu me atrapalhei com a chave, ouvi Simon me chamar.
-Eu soube que sobreviveu, Ruby...
Lupita se enfiou na minha frente. Eu mal tive reação.
Simon estava na minha frente e segurava um faca enorme. Olhei ao meu redor, tentando achar algo para me defender.
-Simon, qual é o seu problema? - Lupita questionou.
-Como você entrou aqui? - Perguntei, tentando distrair ele. - Eu troquei a Chave, Simon! Você não pode entrar aqui! Eu tenho uma medida cont...
-CALA A BOCA! - Simon berrou. Eu me encolhi. - CALA A BOCA, VAGABUNDA!
Lupita arfou. Ele andou até a gente. Eu me encolhi mais contra a parede, tremendo. Me agachei, com medo. E percebi que o celular de Lupita estava ligado no bolso. Eu conseguia ouvir Joyce falando "Alô?".
Cheguei perto do bolso dela.
-Simon... - Minha voz saiu embargada e eu percebi que chorei. - Simon, por favor...
-EU MANDEI VOCÊ CALAR A BOCA, RUBY! VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE FEZ?! EU NÃO POSSO ANDAR LIVRE! E EU VOU MATAR VOCÊ!
Simon investiu contra a gente, a faca em punho. Eu consegui ouvir o desespero da Joyce. Puxei Lupita pelas roupas e a derrubei no chão, ao mesmo tempo que levantei e taquei, com toda a minha força, um odorizador de ambientes na cara dele.
Simon recuou, largando a faca. Lupita a pegou. Continuei tacandp contra a cara dele. Simon sufocou. Alguém escancarou a porta.
Com o susto, acabei deixando a latinha cair no chão. O que fez Simon me acertar um tapa no rosto.
-Eu vou matar você, Ruby! - Simon vociferou, de olhos fechados, lacrimejando. - Você é minha! E de mais ninguém! Você me ouv...
Ouvi o som de ossos se chocando e escapuli de debaixo de Simon, notando que caí. A dor na minha cabeça me indicava que eu bati com ela no chão, enquanto eu puxava ar para os meus pulmões.
Percebi que Lupita estava desmaiada no chão. E que Joy e mais um homem estavam lutando contra Simon.
-Você está bem?
Simon tinha uma poça de sangue escorrendo até o chão, pelo peito.
-Joy? Mas o quê...?
-Eu vim no avião seguinte! - Joyce explicou, conferindo se eu estava bem.
-A Lupita...
-Eu abri a porta na cabeça dela. - O rapaz explicou, pisando nas costas de Simon, que berrava ofensas e se debatia. - Eu não sabia que ela estava atrás da porta...
Joyce me ajudou a levantar. Continuei encarando Simon.
-Ele quebrou o nariz?
-Eu quebrei o nariz dele. - Joyce corrigiu. - Se eu fosse você, comprava botas militares! Elas fazem estrago...
Lágrimas recomeçaram a cair dos meus olhos, enquanto eu passava a mão pelo pescoço.
Mas tão rápido que eu só vi depois que Joyce caiu, Simon conseguiu soltar a algema e levantou, insandecido.
O rapaz tentou dar algums tiros, mas não fiquei o suficiente para ver. Levantei e tentei sair correndo, pedindo ajuda.
Não cheguei nem na varanda.
Senti Simon me agarrando por trás e me tirando do chão. Ele praticamente rosnava, enquanto tampava minha boca e me arrastava para dentro de casa.
Mordi a mão dele até sentir gosto de sangue. Ele berrou, abafado, por conta do nariz.
Consegui me soltar dele e tentei correr para longe, mas Simon foi mais rápido e me pegou pelas pernas. Eu me debatia, tentando acertar um soco na cara dele.
Nos encaramos.
Entrei em pânico.
Eu ia morrer.
Simon me socou no queixo e eu apaguei.
Quando acordei, estava largada no chão, com gosto de sangue. Comecei a chorar. Eu estava sem roupas e sentia minha intimidade ardendo. Uma olhada para baixo me fez ver que eu tinha sangue escorrendo pela pernas.
Eu queria morrer...
-Eu não estuprei você.
Levei um susto e comecei a chorar com mais força. Tinha uma camisinha no chão do meu porão, usada e encharcada de sangue.
Eu não tive psicológico para nada, a não ser me tampar e recuar.
Simon se agachou na minha frente e puxou meu rosto.
-Até porquê, meu amor, você é minha. E estava tão linda deitada... Eu tive que fazer amor com você...
-Você é um monstro!
Levei um tapa na cara.
Simon levantou, completamente transtornado. Me encolhi mais.
-Você consegue se ouvir, Ruby?! Você acabou de me chamar de monstro...
Eu não consegui responder. Simon enfiou um sorris no rosto.
-Eu. Não. Estuprei. Você. Eu fiz amor clm você, Ruby. E fiz amor para te livrar daquele resquício daquele vagabundo...
-O quê?!
-Você começou a sangrar, meu amor. Assim que te coloquei no chão. Já vi outras ex abortarem... Eu tirei sua calça para facilitar o processo. Já joguei o feto no lixo.... Agora podemos ser felizes. Eu desculpo sua traição...
Minha cabeça rodou. Encarei minha barriga, infelizmente, aliviada.
Eu fiquei grávida daquele miserável...
Encarei ele. Simon esperava alguma reação. Olhei ao redor. Eu estava mesmo no meu porão. Mas onde a Lupita, a Joy e aquele cara estavam?
Encarei Simon de novo. Eu tinha uma vantagem.
Respirei fundo, engolindo o horror e o nojo que eu estava dele e de mim mesma. Coloquei minha mão entre as pernas e percebi que não estava mais sangrando. Maa eu me sentia fraca. Dolorida. Vazia. Enojada.
Mas minha mente estava alerta.
-Simon... Você tem certeza...?
Ele inclinou a cabeça para o lado.
-De que, meu amor?
-Você me perdoa, amor? Eu fui fraca... Eu me iludi... Me arrependi, Simon. Por favor...
Eu não consegui mais seguir em frente com aquele discurso. Lágrimas grossas rolaram dos meus olhos.
Faziam apenas algumas horas que eu estaba no colo de Sebastian, recebendo carinhos e beijos na testa.
Eu nunca devia ter brigado com ele. Eu nunca devia ter seguido em frente, fingido que era nova demais para saber o que era amar.
Eu queria que ele me abrassasse e dissesse que eu ia ficar bem. Que isso tudo ia passar. Eu sabia que ele me protegeria se estivesse por alí.
Simon ergueu meu queixo.
-Ruby, meu amor... Não chora. Eu perdoo. A gente finge que nunca aconteceu, está bem? A gente ignora sua pulada de cerca, ignora que você engravidou daquele filho da puta... Eu já fiz amor com você, Ruby. Eu já limpei qualquer resquício daquele miserável! Eu te amo, meu amor. Eu sou maluco por você! Eu mataria qualquer um por você!
Assenti, me encolhendo.
-Simon... - Respirei fundo. - Me arranja uma blusa? Por favor? Eu... Estou... Por favor, eu estou com frio!
Simon assentiu e tirou a própria blusa. Sangue e suor. A blusa fedia em contato com a minha pele, me fazendo ter vontade de vomitar.
Okay. Agora eu tinha que ser racional. Eu não queria morrer. Eu não ia morrer.
-Eu... Simon... Eu estou com sede...
Simon foi até um canto, vasculhando a mochila dele. Tirou uma garrafa de vodka e me esticou, sorrindo.
-Para a minha Princesa.... A Melhor vodka do mundo!
Sorri, sentindo meu rosto doer e fingi beber. Simon me observava de perto. Troquei um olhar com ele. E mordi a boca, descendo a mão pela barriga exposta dele.
O desgraçado tinha coragem de estar excitado. Apertei de leve, fazendo Simon deixar o rosto cair no meu peito. Respirei fundo e engoli o nojo.
Comecei a masturbar ele por dentro da calça, até o sentir latejar e ofegar. Ele estava rendido e entregue. Respirei fundo.
-Amor...
Simon ergueu o rosto e me encarou, meio aéreo.
-Hmm?
Taquei a garrafa de vodka no rosto dele. Simon arfou, se levantando e enxugando os olhos.
-Sua puta! Eu vou mat...
Levantei correndo e quebrei a garrafa de vodka na cabeça dele, fazendo Simon ficar tonto.
A ardência entre as minhas pernas incomodava e eu tinha certeza que ele tinha, sim, me estuprado, no pior sentido da palavra. Ele devia ter se aproveitado do sangue para não me deixar esfolada, mas não deve ter adiantado.
Ele caiu de joelhos. Dei um chute na cara dele, bem no nariz torto e inchado. Recomeçou a sangrar na hora.
Peguei um fio de abajur e fui até ele. O ódio era tanto que eu não raciocinava. Enxuguei minhas mãos na blusa imunda antes de enrolar o fio no pescoço dele. Simon se debateu.
Eu estava cega de ódio e eu não estava ligando. Ele tinha feito eu ter um aborto. Tudo bem, eu não ia querer ter um filho dele, mas...
Isso só conseguiu me fazer ter mais ódio dele. Essa decisão era minha. Apenas minha.
Eu só larguei o fio quando ele desmaiou. Me deixei cair no chão, sem coragem de verificar se ele desmaiou ou não.
Levantei e dei meia volta. Mas estaquei.
Dei de cara com o que era para ser o feto. E então, minha ficha caiu. Eu estava mesmo grávida e ele me abortou. Desgraçado...
Ouvi um barulho atrás de mim e percebi que ele acordou.
Em desespero, subi correndo as escadas, seguida de perto por ele. Quando achei que ele ia me alcançar, a porta abriu.
Ouvi dois tiros e cheguei a escorregar na escada. Pelo barulho e pela dor, eu quebrei o pé.
Olhei para cima. Joyce tinha uma arma apontada para o corpo de Simon. Haviam dois furos no peito dele.
Meu corpo tremia tanto que eu podia estar tendo uma convulsão. Joyce tinha um braço em uma tipóia e veio até mim.
-Ruby... - O Olhar dela parou nas minhas ernas cheias de sangue. - Ele...?
-Sim! - Falei, chorando.
Joy me encarou. Depois, olhou o corpo de Simon. Tirou a arma do bolso e atirou mais uma vez, bem na genitália dele.
-Se eu tivesse visto antes, eu atirava antes dele morrer.
Assenti e a encarei.
-Joy... Onde você...?
-Eu tive que ir levar o meu parceiro. O desgraçado alí atirou no peito dele. Um milagre ele estar vivo. - Eu ia abrir a boca, mas ela interrompeu, me ajudando a andar. - Eu chamei reforços. Mas eu tive que acompanhar ele na ambulância. O policial que veio disse que não tinha ninguém na casa, que uma testemunha viu vocês saindo e entrando em um carro.
Ela fez uma pausa, para me pousar no sofá.
-Então, como tinha até placa, acreditamos na testemunha.
Olhei em volta. Minha casa estava cheio de policiais.
-Só que quando a Lupita acordou, ela me informou que você tem um porão e que falou para ela que tinha isolamento acústico...
-Era do meu pai. - Falei. - Ele botou para poder trabalhar até tarde sem noa incomodar.
Joyce assentiu.
-Realmente, o Simon pagou um homem e uma mulher para fugirem daqui. Achamos esse casal no aeroporto, prestes a embarcar para as ilhas maldivas. Pedi reforço e vim para cá agora. Amiga, me desculpa... Ele me apagou e eu fiquei tão desesperada com o meu parceiro...
-Tudo bem...
-Ele é como se fosse meu irmão. E a casa estava tão silenciosa...
-Ele me apagou também. Ele... - Notei uma mulher anotando o que eu dizia. - Ele tirou ... Você tinha razão. Eu estava grávida. E ele tirou meu bebê... E me estuprou. Eu estava dormindo, Joy. E ele transou comigo! Isso é estupro, não é?
Joyce acenou que sim e me deu um abraço, chorando.
-Eu fiz tudo certo, Ruby! Tudo! Eu peguei o avião depois de você! Eu cheguei aqui e te segui... Eu consegui manter ele preso durante minutos...
Neguei com a cabeça, deixando uma médica me examinar.
-Está tudo bem... Você... Eu não tenho como agradecer! Você chegou na hora certa...
-Ele estuprou você!
-Eu era estuprada sempre! - Exclamei. - Ele sempre me obrigava mesmo eu dizendo não! Joyce...
Sorri, sentindo uma dormência de alívio se espalhar pelo meu peito.
-Acabou. - Me deixei chorar. - Acabou... Meu Deus! Acabou!
Eu acho que eu nunca cometi uma atrocidade tão grande com um personagem, como fiz agora com a Ruby... 😭😫
Olhem, eu tentei ser o mais direta possível, mas pode ser que algo tenha ficado confuso. Se ficou, é só perguntar! Eu tiro toda e qualquer dúvida!
O próximo Capítulo é só um Banner. O início da segunda temporada vai atrasar uns dias devido à minha criatividade estar afetada pela minha condição de saúde! 🤧
Mas juro que assim que der, eu estou de volta! ❤
Bjs
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