10.
Ps: Quando a Ruby mencionar uma música, se quiserem dar mais um clima, é só escutarem First Loves - Paul McDonald.
Esperei por Ruby por cerca de vinte minutos no corredor. Até tentei dar uma olhada no que ela estava fazendo, mas Ruby tinha trancado a porta. No entanto, quando coloquei a orelha para verificar se ela tinha voltado a deitar, ouvi movimentos pelo quarto.
Foi nessa hora que Anthony apareceu no corredor e franziu a testa, me encarando.
-Está fazendo o que?
-Conferindo se Ruby está se arrumando. - Informei e desgrudei da porta. - Acho que sim, mas se ela não sair em alguns minutos dalí, vou chamar ela de novo.
Anthony riu e negou com a cabeça, encostando na parede.
-Cara, mulher demora assim mesmo! Você tinha que ver, a Lupita deve ter começado a se arrumar as três da tarde para chegar as seis...
Fiz uma careta, revirando os olhos, no momento exato em que a porta abriu. Meus olhos prenderam em Ruby e eu senti todo o ar dos meus pulmões escaparem.
-Ah, Oi, Anthony! - Ruby sorriu. - E então? O que acharam? Tá muito exagerado?
Ruby deu uma voltinha.
Meus olhos acompanharam as costas nuas do vestido, descendo pelas pernas até os joelhos e voltaram, quando ela se virou, subindo pelo decote discreto dos seios e parando no batom vermelho.
-Você está linda, Ruby! - Anthony sorriu. - Vou te falar a verdade, se eu não fosse comprometido, eu mesmo ficava com você!
Ruby deu uma risada, meio sem graça, e olhou na minha direção. Eu ainda estava tentando lembrar como se respirava e tentando não agarrar ela e entrar naquele quarto para mostrar o quanto eu desejo aquel...
-Stan!
-Ham?! - Pisquei e desviei o olhar, escutando as risadas de Anthony.
Ruby respirou fundo e esfregou a ponte sobre o nariz.
-Qual o seu problema, Sebastian?! Como você consegue ficar tão distraído, hein? Eu perguntei se está bom!
Calma, Sebastian. Relaxa. É só dizer que está. Só isso.
-Você é perfeita!
Silêncio. Anthony caiu na gargalhada e Ruby ficoi da cor do batom. Respirei fundo.
-Quero dizer, você está perfeita... Não que você não seja, mas... Quer dizer, não que você seja.... Eu só... É que você está linda!
Ruby franziu a testa, se aproximando de mim.
-O que foi?
-Você já começou a beber?!
Soltei o ar e neguei, rindo.
-Eu só...
-Ele está nervoso, Ruby! - Anthony puxou Ruby pelo braço e começou a ir na direção das escadas. - Vem, vamos para a festa, minha Linda!
Revirei os olhos, mas agradeci mentalmente. Se Anthony não interrompe, eu ia acabar soltando um "Eu só estou nervoso por ficar perto de você!".
Patético, Sebastian Stan. Patético!
Demorei alguns minutos para descer e acabei perdendo Ruby de vista naquela multidão de pessoas. Como eu também não estava com pressa para achar depois daquele papelão todo, fui até o jardim e peguei um drink, observando a noite que começava a cair.
Não dava mais para ficar nesse chove, não molha, com ela. Até porquê, Ruby era uma mulher linda e, quem sabe, amanhã ou depois, alguém pudesse se interessar por ela?
Suspirei, cutucando um ladrilho solto no chão com o pé. Eu amava ela. Mas não achava que merecesse ela. Seria tão mais fácil se eu tivesse certeza absoluta que não ia levar um fora...
-Um homem bonito como você, sozinho, aqui fora...
Me virei e encarei uma mulher alta e morena, com grandes olhos azuis.
-Esperando alguém ou decidindo se vai embora?
Tentei me lembrar de onde eu conhecia aquela mulher, mas ninguém vinha à minha cabeça. Só dei de ombros.
-Nem um, nem outro.
Só decidindo mesmo se vale a pena levar o maior fora da minha vida, ou não. Suspirei de novo, terminando o líquido no meu copo.
-Você é o Sebastian Stan? - Afirmei. - Ja nos conhecemos antes... Sou a Esme Calhoun.
Encarei ela. Esme... Esse nome não era estranho.
-Esme...?
-Nos conhecemos em criança, praticamente. - Esme sorriu. - Nas festinhas da Ruby. Você era o namoradinho dela, não é? Eu taquei bolo no seu cabelo, uma vez...
Dei uma risada, lembrando e a cumprimentei.
-Oi, Esme! Eu não te reconheci...
-Tudo bem. - Esme sorriu, cruzando os braços. - Também não está curtindo a festa?
Dei de ombros.
-Eu só tinha que pensar, e é impossível fazer isso lá dentro.
-Hm... Eu nem sabia que a Ruby conhecia tanta gente! - Esme olhou na direção da casa. - Quer dizer... A Maior parte é família, já que somos muitos, mas... É muita gente!
Concordei com a cabeça.
-Eu soube que foi você que ajudou a salvar a Ruby, não foi?
Hesitei por uns segundos. Depois, fiz que não.
-Não fiz nada, na verdade. Foi a prima do meu amigo.
-Ah... - Esme torceu a boca. De repente, me dei conta de quão próximos estávamos e recuei um passo. - Bem, sabia que ela diz que foi você?
-Ela é legal, só isso... - Dei de ombros. Mais uma vez.
De repente, percebi o quanto estava me sentindo ridículo. Esme era só uma garota bonita que estava jogando charme.
Talvez, eu estivesse perdendo a prática, mas não seria alí, à tão poucos metros de distância de Ruby, que eu acharia.
Quer dizer, Eu nem mesmo lembrava quando tinha sido a última vez que fiquei com alguém e, embora Esme fosse muito bonita e estivesse claramente interessada...
Ruby não me saía da cabeça.
-Bem, Esme, foi um prazer te rever, mas é que eu preciso entrar...
-Mas já? - Esme me segurou pelo braço e sorriu. - Poxa, tem tanto tempo que a gente não se vê...
Ouvi um latido e Olhei para o lado, a tempo de ver Bucky saindo correndo de casa, com Agatha atrás.
Sem pensar muito, assobiei. Bucky parou, derrapando de lado na grama, e começou a correr para mim. Me agachei e o peguei no colo.
Bucky abanava o rabo, frenético, enquanto lambia meu rosto inteiro. Ouvi o suspirou de insatisfação de Esme e vi quando Agatha chegou perto de nós, segurando uma coleira azul.
-O Furby tá quietinho! - Agatha reclamou. - Não sei porque esse bicho não pode ser igual! Oi, Esme!
Coloquei Bucky no chão e eu mesmo segurei a coleira dele. Agatha me encarou.
-O que vocês estão fazendo aqui fora? A Ruby está te procurando, Stan!
O olhar que ela me deu foi reprovador e eu só revirei os olhos.
-Conversando, Agatha. Nada demais.
-É? - Agatha abaixou o tom de voz. - Diz isso para a autoestima da Ruby, Sebastian!
Esme nos encarou e Agatha ficou encarando a prima, até ela se mancar e desaparecer.
-Sebastian, na boa... - Agatha respirou fundo. - Se você não está interessado nela, ao menos, não fica com ninguém na frente da Ruby, por favor!
Meu coração deu um salto de meio metro e eu encarei Agatha, que já estava dando meia volta. Andei alguns passos e segurei ela.
Agatha me encarou.
-O que você quis dizer com isso, Agatha?
-Você sabe o que eu quis dizer, Stan. Não se faz de sonso!
Soltei ela. Agatha me encarou, depois bufou e rolou os olhos. Eu estava levemente gelado.
-Essa sua inconstância, Sebastian. Trata a Ruby como se ela fosse a a única mulher na face da terra, no entanto... Não faz nada para tentar conquista ela.
Senti meu pescoço esquentar violentamente e troquei um olhar com Bucky, que parecia claramente dizer "Você é um idiota!".
-Minha inconstância?
-Sebastian, se manca! A Ruby é completamente apaixonada por você!
Engoli em seco, sentindo minhas mãos suarem. Corri atrás de Agatha de novo.
-Hey, hey, Hey! - Segurei ela e virei de frente para mim. - Pode ir parando aí, mocinha... Como assim ela é apaixonada por mim?
Agatha rolou os olhos e me encarou. Eu devia ter alguma expressão de surpresa muito evidente no rosto, porquê Agatha arregalou os olhos e exclamou:
-Você não sabe mesmo?!
Engoli em seco e neguei. Ela gargalhou.
-Espera! Então, quer dizer que esse tempo todo você não está só jogando ou brincando com a Ruby? Você realmente, não faz idéia que ela é louca por você?
Eu não conseguia pensar. Minha cabeça tinha dado um nó. Por algum motivo, eu sabia que Agatha estava falando a verdade.
-Ela... Ela é...?
-Apaixonada por você, Stan. Sempre foi, secretamente. Todo mundo notava. Mas aí, veio o Simon e todo mundo achou que ela tinha superado você. E então, você apareceu e a Ruby não consegue parar de falar de você. Por quê você acha que o Josh diz, o tempo todo, que ela gosta de você?
-Achei que era brincadeira... - Murmurei.
-Não! Ele ouviu a Ruby confessando para mim que estava apaixonada de novo. - Agatha fez uma pausa. - Sebastian, ela acha que você sabe da paixão dela e tem pena de dispensar ela por causa do jeito que você trata ela, entende?
Fiquei estático. Neguei com a cabeça e acabei levando um tapa na testa.
-Acorda, Sebastian! Você lambe o chão que ela pisa e não faz nada, absolutamente, nada!
-Mas o que você queria que eu fizesse?! - Perguntei, esfregando a testa. - Agarrasse ela?!
-Você não consegue pensar em outras formas de expressar seus sentimentos em ser agarrando ela?!
Abri a fechei a boca, mas não saiu som algum. Na verdade... Não. Eu não tinha pensado.
Segurei Agatha pelos ombros e encarei ela.
-Você tem certeza disso, Agatha? Ela está mesmo apaixonada por mim?
Agatha assentiu.
-Ela não é só apaixonada por você, Sebastian. Eu posso garantir, com toda a certeza, que ela te ama, como nunca amou ninguém.
Eu podia ter caído de joelhos no gramado, se Ruby não tivesse aparecido naquele instante, preocupada com Bucky.
-Ah, acharam ele! Eu quase infartei quando a mamãe disse que ele fug... Vocês dois estão bem?
Eu não tive coragem de encarar Ruby, então olhei para Bucky e dei um sorrisinho.
-Tô ótimo! Eu só... É que... Tive que atender o telefone... Você viu o Anthony?
Ruby franziu a testa e apontou para a casa.
-Dentro da sala, com o Will e o Charles. Você está bem?
-Tô sim, Minha Jóia! Depois falo com você! Toma, seu cachorro fujão! Tchau!
Entrei naquela sala aos tropeços, com pressa. Eu não queria achar Anthony. Eu queria achar Lupita.
Dito e feito. Os dois estavam se agarrando como se não houvesse amanhã, fazendo Joy e Chris segurarem vela no sofá.
-Lupita! - Chamei, freando quase em cima do casal.
-O que houve? - Lupita me encarou, ajeitando o cabelo. - Que cara é essa...?
-Preciso falar com você. Agora! - Avisei, puxando ela do sofá.
Lupita me seguiu até os fundos da casa, próximo à piscina. Sentei em uma espreguiçadeira e esperei ela sentar.
Não precisei falar nada. Lupita me encarou e suspirou.
-Você descobriu que a Ruby gosta de você.
-A irmã dela disse que ela é apaixonada...
-Gosta, ama, quer, é louca por... Você decide. - Lupita sorriu. - Mas é, ela é doidinha por você, Stan.
Eu tive vontade de chorar.
Eu tinha desejado tantas vezes aquele momento e agora que ele chegou, eu não sabia como agir, o que fazer, como pensar...
-Por quê você nunca...?
-Tentei te falar mil vezes, Sebastian! - Lupita fez uma careta indignada. - Em todas, você achou que era brincadeira.
Cocei a nuca. E encarei Lupita.
-O que eu faço, Lup?
-Como assim o que você faz?
-Eu amo ela, Lupita. - Admiti. - Eu amo ela com todo o meu ser, mas... Eu não sei se sou... Quero dizer, eu sei que Não sou o cara certo para a Ruby. Só que...
Lupita segurou minhas duas mãos e sorriu. Uma lágrima escapou do meu olho e eu enxuguei, antes que alguém visse.
-Você a ama, Stan. De verdade. E não vai ser um babaca com ela. Ou vai?
Não respondi. Esse era o meu medo.
-Mas e se eu for um babaca sem perceber? E se eu magoar ela? E se eu fizer algo que ele fazia?
Lupita suspirou e negou com a cabeça.
-Sebastian...
-Eu amo ela demais. - Falei, enxugando mais duas lágrimas. - Ao ponto de preferir viver na friendzone para o resto da vida do que perder ela, mas... Saber que eu tenho uma chance real e que... Ela sente o mesmo...
Lupita esperou que eu me acalmasse e continuou a falar.
-Sebastian, olha... A gente sabe que a Ruby tem trauma de relacionamento. Mas você é alguém que desperta essa vontade nela, sabe? Esse querer recomeçar de novo, de tentar... Só não vai com muita sede ao pote, cara.
Assenti.
-Eu espero o que ela pode me dar, não é?
-Você vai se incomodar com isso? - Lupita questionou, erguendo uma sombrancelha. - De só receber o que ela pode dar?
Neguei.
-Vai ser mais do que eu achei que receberia algum dia.
-Então... - Lupita sorriu. - O que você está esperando para contar a ela, Sebastian?
Neguei, sentindo um pânico imbecil tomar conta de mim. Minha vontade foi de dair correndo gritando e me jogar dentro da piscina.
-Não vai me dizer que você não vai contar?!
Esfreguei meu rosto, negando com a cabeça. Recebi um tapa na nuca, bem forte e a encarei.
-Você vai contar, sim, senhor!
-Mas e se ela recusar?
-Ela não vai!
Suspirei. Depois a encarei e voltei a insistir.
-Mas se ela recusar?
Lupita suspirou.
-Eu não creio que você é tão inseguro assim, Sebastian! Pelo amor de Deus, Homem! Só conta para ela!
Assenti e deixei Lupita voltar para a Festa. Fiquei sentado naquela espreguiçadeira durante quase duas horas, pensando e observando os casais que iam para o fundo para terem mais privacidade.
Eu não sabia o que pensar. Quando eu disse que precisava dar um jeito nisso, não achei que ia precisar dar um jeito tão cedo!
-Pensando em quê?
Me sobressaltei, levando um susto tão grande, que cheguei a cair de joelhos no chão. Levantei de uma vez e encarei Ruby.
Ela estava séria, de braços cruzados e testa franzida.
-Em nada... - Dei de ombros, limpando a calça e sentando na espreguiçadeira de novo.
Ruby assentiu, sentando do meu lado. Ficamos em silêncio durante algum tempo. Minhas mãos estavam apoiadas ao lado do meu corpo.
E levei um pequeno susto quando Ruby puxou a minha direita, entrelaçando nossos dedos. Olhei ao redor.
Estávamos sozinhos alí, e o portão que dava para aquela parte da casa estava fechado.
-Eu pedi para o pessoal sair. - Ruby falou, como se tivesse lido meus pensamentos. - Eu já vim aqui fora umas quatro vezes, Sebastian. E você não está bem hoje.
-Estou. - Menti, soltando minha mão da dela.
Ruby ergueu uma sombrancelha.
-É? Então, por quê você não está lá dentro implicando com o Anthony, discutindo com o Chris ou conversando com os meninos? - Engoli em seco. - Por qual motivo você não falou mais comigo depois que eu saí do quarto? A Esme me disse que você nem falou direito com ela. O que está acontecendo, Sebastian?
Fiquei em silêncio. Ruby virou o corpo para mim, sentando de buda, e usando o vestido para tampar as pernas. Ela me puxou para si, pelos ombros. Fechei meus olhos, encaixando a cabeça na curva do pescoço dela.
Tão cheirosa e linda...
-Você sabe que não adianta mentir para mim, né?
-Eu... Não sei como falar, Ruby.
Ruby fez carinho com as unhas na minha nuca. Não sei quem puxou quem, mas quando percebi, Ruby estava recostada na espreguiçadeira, e eu deitei por cima dela, com o rosto entre o pescoço e o peito dela.
As unhas dela me causavam uma sensação deliciosa, indo e vindo da gola da minha blusa, até minha nuca e vice e versa.
-Você devia estar na sua festa.
-Você também. - Ruby retrucou, baixinho. - Não tem graça sem você...
Sorri.
-Quer ouvir uma música? - Ruby ofereceu.
-Achei que já tinha música no ambiente... - Franzi a testa.
-Não a que eu quero ouvir, Stan.
Ruby puxou meu celular do meu bolso e digitou nele, até estar tocando uma música lenta. Bem lenta.
Ela apoiou o celular do nosso lado e voltou a brincar com o cabelo curto da minha nuca. Fechei meus olhos, puxando mais Ruby para mim.
A música não estava ajudando, já que falava sobre um primeiro amor. E eu não consegui conter as lágrimas .
Eu não queria perder ela.
-Sabe? - Ruby comentou. - Eu sempre ouço essa música quando quero lembrar de você...
Ela deu um beijo rápido na minha cabeça.
-E eu não sei porquê você está chorando, se você já vai ficar bem, se vai demorar... - Ergui o olhar e a encarei, me apoiando em um braço.
Ruby enxugou uma das lágrimas que desceu.
-Mas eu tô aqui, tá? Se precisar de mim, para qualquer coisa, Sebastian. É só falar... - Ela sorriu. - E quando eu não estiver, você pode ouvir essa música e ter certeza que eu quero você bem porquê eu te amo.
Engoli em seco mais uma vez, e levei alguns minutos para parar de chorar.
-Eu amo você, Ruby. - Soltei e voltei a me apoiar em um braço, para ver a reação dela.
Ruby sorriu e assentiu, me olhando.
-Eu também amo você .
Neguei com a cabeça, me ajeitando e chegando mais perto dela. Minha mão foi parar na bochecha de Ruby, enquanto eu olhava nos olhos dela. Ruby apoiou a mão na minha, franzindo a testa.
-Você não entendeu, Ruby. - Meu olhar alternou entre o olhar e a boca dela, descaradamente. - Eu sou apaixonado por você! Eu te amo!
Observei a boca dela abrir um "o", e ela me olhar, espantada. Fiz carinho nos lábios dela, me controlando.
Ruby respirava acelerado e desceu a mão pelo meu braço.
-O que?!
-Eu. Amo. Você .
Pronunciei devagar. Ela continuava me olhando, assustada. Mas eu não desviei o olhar e nem me afastei. Pelo contrário, cheguei mais perto.
-Eu sou apaixonado por você. De uma forma que... Ruby, Eu morreria por você! E eu... Eu não aguento mais guardar isso só para mim.
Encostei minha testa na testa dela, fechando os olhos. Eu sentia a respiração de Ruby no meu rosto, o cheiro de champanhe na boca dela.
Ruby não respondeu nada. Mas também não me afastou, quando Esfreguei meu nariz ao dela.
Eu tremia e estava gelado. Além de sentir que eu podia ter um ataque fulminante do coração.
Estremeci quando Ruby subiu a mão para minha nuca e esperei, tão perto, que meus lábios roçavam os de Ruby, de leve.
Eu nunca achei que podia ter tanto autocontrole assim.
-Sebastian...
Os lábios de Ruby tocaram os meus durante a pronúncia do meu nome. E a forma como Ruby pronunciou...
Encostei minha boca na dela, completamente. Minhas mãos a puxaram pela cintura. Ruby me segurou firme, pela nuca.
Eu sentia o gosto de lágrimas, do gloss de cereja e do champagne. Sentia o cheiro de frutas de vermelhas e da noite.
E eu nunca estive tão consciente de tudo ao meu redor.
Do arrepio que subiu pelo braço de Ruby, do som que ela fez com a gargants quando minha lingua encontrou a dela, da forma como as unhas de Ruby cravaram na minha pele e de como isso me provocou.
Nossas bocas se encaixavam em uma harmonia sem pressa. Minha língua explorava a dela inteira, e eu senti que podia ter derretido e virado menos que nada naquele minuto.
Eu era menos que nada diante da dimensão daquele momento.
O ar se fez necessário e eu subi minhas mãos para a nuca dela, separando apenas nossas bocas. Eu mal respirava.
-O que foi...?
-Shhhh! - Pedi. - Não pensa muito, Calhoun. Só aproveita.
Ruby me puxou contra ela de novo. E pela segunda vez seguida, eu não era nada diante dela. Eu era apenas amor.
E talvez, fosse mesmo de amor que Ruby precisava.
Oooie, Pessoal!
Eu trouxe esse tiro para vocês em formato de capítulo! ❤
Infelizmente, ainda não posso considerar que tirei a fanfic do Hiatus, mas aos poucos, tô tentando! Obrigada pela paciência que vocês estão tendo! 🤭😍
Mas e aí? Gostaram do capítulo? Acham que a Ruby vai corresponder os beijos? Já tava na hora ou podia ter esperado mais um pouco?
Enfim, espero que tenham gostado!
Bjs 💋💋
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro