♡um jantar nada agradável♡
Meu rosto ainda estava dolorido, aquele tapa foi forte, ninguém nunca levantou a mão para mim, quem ele achava que era?
Me aproximei da cômoda e peguei um pequeno espelho, pude ver o quão vermelho meu rosto ainda estava, eu fiquei parada por alguns minutos olhando aquelas marcas, de alguma forma elas chamaram minha atenção, talvez fossem bonitas? Eu poderia imaginar todo o meu corpo ficando daquela forma em segundos, marcado com facilidade pelas firmes mãos daquele professor, pensar naquilo causou um leve arrepio em meu corpo, impossível! Como eu poderia imaginar algo assim? Credo!
Eu precisava me arrumar para o jantar, eu só estava com um short vermelho com desenhos floridos em tons azul e uma blusa branca, a mamãe realmente me fazia vestir roupas terríveis. Eu também não iria caprichar em uma vestimenta só para um jantar com um velho estranho.
O vestido branco estava mais que perfeito, era simples, parecia mais um pijama, mas eu não me importava, o novo professor tinha que se acostumar ao meu modo. Após vestir o vestido percebi que ele era um tanto fofo, e talvez delicado? Ele ia até o joelho, e nas pontas tinha um remendo bonito, como era o nome? Renda? Acho que sim, ele não possuia mangas, afinal, não estava frio. O meu cabelo estava como sempre, grande, solto e talvez bagunçado, a sua profunda cor negra passava um tom de perigo para mimha imagem, ou era o que eu pensava, como uma garotinha de quinze anos poderia ser perigosa? Aquilo só estava em meus pensamentos. Logo suspirei.
Uma parte da frente do meu cabelo estava repicado até as bochechas, eu queria fazer uma franja estilo hime-cut, talvez esse era o nome? Mas o maximo que fiz, foi uma franja para cada bochecha. Me lembro do grande sermão que levei quando eu o cortei sozinha, eu não sabia que ouvir a voz dos meus pais por uma hora seria tão entediante.
Ao sair do meu quarto, decidi descer as escadas sorrateiramente, talvez o Sebastian não estivesse na cozinha, era assim o seu nome? Assim eu poderia pegar meu jantar e comer no quarto, e evitaria sua cara com aqueles cabelos caidos em seus olhos e seu olhar penetrante e intimidador.
A cozinha estava silenciosa, ao olhar para mesa pude ver que dois pratos com comida ali, era espaguete, o meu prato favorito. Me aproximei nas pontas dos pés e com as duas mãos segurei o prato para leva-lo para o quarto.
- Onde a garotinha pensa que vai? Você vai comer na mesa e isso é algo que você não vai recusar.
Ele fala enquanto tira seus cabelos de seus olhos.
- Mas eu queria comer no meu quarto!
- Está me convidando para comer no seu quarto? Que convite tentador.
Ele solta um sorrisinho enquanto apoia seu rosto em uma das suas mãos.
- Que papo é esse seu velho? Nem pense em entrar no meu quarto de novo!
As coisas que ele fala soam de um jeito estranho mas não dei tanta atenção e me foquei na minha refeição que estava com uma cara melhor do que a dele.
Enquanto eu comia, notei que ele me olhava fixamente, eu me sentia totalmente indefesa naquele cenário.
- Você está toda suja, como um pedido de desculpas por me chamar de velho, terá que deixar eu limpar seu rosto.
Ele se levantou de sua cadeira e eu me apressei para limpar meu rosto sem sua ajuda, mas ele tinha sido rápido, suas mãos estavam segurando meus braços antes mesmo de eu poder fazer algum movimento para limpar meu rosto. Ele se aproximou de mim, estava muito perto, eu podia sentir sua respiração em minha bochecha, logo em seguida ele beijou onde estava sujo, era um beijo úmido, molhado, e cada vez mais aproximava sua boca para perto da minha.
- É isso o que uma garotinha teimosa como você ganha.
Ele falou aquilo sem afastar seu rosto, enquanto dizia aquilo, ele segurava meus braços de um jeito cada vez mais forte.
- E-ei! Que aproximação é essa? Saia de perto!
Eu falava ofegante.
- É apenas um jeito de deixar você mais obediente.
Ele se afastou.
Eu ainda estava com um arrepio no corpo e com o meu coração acelerado.
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