Boa leitura 💜

" Se você realmente me perdeu, não se preocupe, aa correntes irão fortalecer nosso amor até o último segundo que restar "

Taehyung POV

Se passaram quatro dias desde o acontecido e nesses dias eu não dormia direito também não comia. Eu só pensava em Jungkook, pensava no sorriso, nos olhos, nos lábios, no abraço, na voz. Eu só queria ele e ainda quero. Evitava fazer com que ele me visse e contei com a ajuda de Jimin e Yoongi, quando chegava na escola eu só ficava na sala, no intervalo, Jimin ia comprar alguma coisa para mim comer enquanto eu e Yoongi esperávamos na sala. Eles tentavam me animar de algum jeito, assim como SeokJin e meus pais, tentavam me fazer dormir, comer e eu até deixei de fazer algumas tarefas, levei bronca dos professores e do diretor, mas ele falou ontem, quinta-feira, que ele me daria até segunda para colocar as tarefas e conteúdos em dia. A noite eu ficava vendo filme, seriado, dorama, ficava ouvindo música, menos dormir. Minha mãe ficou essa semana sem ir ao hospital para cuidar de mim, tentando me fazer comer, ela até comprou pizza doce, mas eu estava sem vontade, acabei emagrecendo um pouco, meu rosto ficou um pouco mais pálido, as olheiras ficavam cada vez maiores e escuras, mas eu não sentia sono, apenas cansaço. Jin me fez acreditar que Jungkook não fez nada e deu certo. Não sinto raiva por Jihyo ter beijado ele, estou chateado por ele não ter me contado tudo, tanto como ele era como os problemas que iriam causar se ficássemos juntos em frente ao público. Ele poderia ter me contado, eu iria enfrentar, iria lutar para que tudo desse certo, eu lutaria porque o que sinto por ele é além de amor. Mas parece que ele não confiou em mim.

Durante esses dias, Jimin e Yoongi tentaram me animar de um jeito estranho... Eles apareceram aqui com materiais de construção e umas pessoas, para ser exato alguns pedreiros. E a surpresa foi que eles me ajudaram a fazer uma casa na árvore, com ajuda do meu pai. A casa está no meu jardim, um espaco bem grande, aconchegante, decorei ela do meu jeitinho, coloquei um colchão de ar, um carpete felpudo, luzes coloridas, quadros, os quais não coloquei nenhuma foto ainda, coloquei algumas almofadas decorativas, etc...

Eu senti falta dele, muita falta dele, eu queria ele para me fazer sorrir como só ele sabe fazer, queria o sorriso dele, queria o abraço dele, o beijo dele, queria sentir a pele dele, tocar cada centímetro do corpo dele, queria dormir abraçado nele. Eu só quero ele

Hoje, sexta-feira, minha mãe e meu pai me proibiram de ir a escola, me mandaram ficar em casa, descansando e colocando um pouco das tarefas em dia. Dormi lá pelas 3 da manhã e acordei pelas 6, pelo simples motivo de mim sentir desconfortável, não sei com o que. Levantei e observei meu quarto todo revirado, meus lençóis estavam todos bagunçados na cama e algumas roupas no chão. Sentei na minha cadeira e abri meu notebook e coloquei meu fone de ouvido e a música do John Legend - "All of me" e retirei todos os matérias da minha mala, colocando todos espalhados na mesa. Abri a última gaveta e achei uma foto minha dormindo em cima de Jungkook, não faço a mínima ideia de como aquilo foi para ali. Ignorei e coloquei ela no fundo da gaveta, retirando algumas folhas pautadas de dentro e pegando algumas canetas do meu estojo.

Se passaram alguns minutos e até que estava indo bem, coloquei algumas tarefas de matemática, português e história em dia, faltava muitas ainda. Aa folhas pautadas eu usei para fazer um resumo, mas não das minhas matérias, da prova de Jungkook, por incrível que pareça eu ainda lembro de todos os conteúdos que eu fiz ele decorar, fiz ele lembrar de cada palavrinha. Esse resumo ocupou toda a minha manhã. Já eram 10 da manhã e eu estava sentado da cadeira, com meus fones que tocavam uma música lenta, alguns papeis na mesa e algumas canetas também. Ouvi três batidas da porta e depois a figura da minha mãe adentrou o local.

- Bom dia filho... - ela olhou em direção a cama, mas arregalou os olhos ao me encontrar na minha mesa- você já está acordado? - ela colocou um copo de água na mesa -

- humhum, acordei 6 da manhã - ela arregalou mais ainda os olhos -

- Como assim? Você devia estar dormindo, seu corpo precisa descansar. - ela tirou o papel da minha mão - E o que você está fazendo?

- resumo - coloquei a caneta na minha boca -

- mas essa matéria não e sua - ela apontou para o papel -

- não... É do Jungkook - ela sorriu mínimo e me puxou para a cama, me colocando sentado na beirada e ela abaixou na minha frente, apoiando as mãos no meu joelho -

- Sente falta dele? - assenti e meus olhos se encharcaram de lágrimas - Não chora, vocês vão se resolver, viu?

- parece que ele não me quer mais, ele nem veio atrás de mim. Não me mandou nenhuma mensagem e não tentou falar comigo

- ele também precisa de um tempo para pensar no que fazer... Não é tão fácil para ele, filho... Da um tempo para ele, pode ser?

- pode - falei debochado -

[...]

Só de sentir a presença dele no mesmo local que eu estou, meu coração já acelera, podemos dizer que o meu coração ganhou batimentos novamente, ele estava tão fraco, as correntes relamente não tinham mais vida, elas não me fortaleciam mais, agora era apenas meu corpo que me sustentava ainda, mas eu ainda o amo, ainda quero perdoa-lo, dar uma chance a ele, quero amá-lo e viver minha vida ao lado dele. Foi o que eu fiz. A minha mãe sempre fala que precisamos dar uma segunda chance e eu sempre segui os conselhos dela. Eu não aguentava mais longe dele, não suportava o fato de não poder abraça - lo. Eu só queria ele, apesar de uma parte de mim ainda está chateada, a maior parte dizia que era para mim desculpa - lo e dar mais uma chance.

Meu coração não aceitava o fato de ficar longe dele, quando eu ouvi a voz dele, um arrepio percorreu todo meu corpo, seu cheiro invadiu minha narinas, me trazendo a calma, seu toque me tranquilizou, seu abraço me aqueceu, aqueceu meu coração e me trouxe a vida novamente. Seus lábios me dominaram novamente, me aqueceram, me acalmou e colocou a felicidade dentro de mim de novo. Era tudo que eu precisava.

[...]

- eu quero - ele falou e voltei a deitar minha cabeça em sua perna -

Me enrosquei na coberta e cobri as pernas dele, abraçando com força a coxa dele, junto a minha pelúcia.

- Bom, quando eu nasci, eu era um alfa com instinto omega - ele começou a acariciar meus cabelos - Até então tudo bem, meus pais tentaram lutar para que o status alfa sumisse do meu sangue, mas não deu muito certo, na verdade só piorou. Quando eu tinha mais ou menos 13 anos eu já não tinha aquele instinto omega, eu era 100% alfa, e minha mãe e meu pai começaram a se culpar por isso, eu não tinha coração, era frio, mal-educado, então eu não liguei para eles, as vezes eu falava que não era culpa deles, mas não adiantou, eles só pararam de se culpar depois de um acontecimento. Antes de conhecer você eu não parava em casa, ficava em festas, bares, bebendo até eu não poder mais, eu ia para cama com muitas pessoas, mas eu estava completamente bebado, não sabia o que eu estava fazendo, mas eu só comecei a fazer isso porque eu comecei a me sentir muito mal, a ter mágoas e angústias dentro de mim, eu queria me livrar daquilo, queria tirar aquilo de mim, e a única maneira que eu achei foi bebendo e indo para a cama até que você surgiu e tirou toda essa angústia de dentro de mim - algumas lágrimas já molhavam sua calça jeans - E todo esse tempo ocorreram muitos problemas, brigas, consequências, mas nenhuma foi tão intrigante como foi com Jihyo... Eu não vou negar, as pessoas me usavam quando eu estava bêbado, me usavam no período de cio, até aí eu não ligava, no próximo dia eu nem lembrava da pessoa. Mas ai eu conheci a Jihyo em uma festa, eu estava bêbado, totalmente bêbado, nem sabia onde eu estava. Ela me tirou da festa e me levou para a casa dela. Antes de contar o que eu vou contar, o pai dela é policial e a mãe advogada, o que só piorou a situação dela. Ela me usou, ela estava em período de cio, mas não foi consensual, isso aconteceu ano passado e minha mãe já pedia para mim me preservar, eu tentei não deixar, usei todas as minhas forças, mas ela acabou, podemos dizer, me dopando com alguns remédios e acabou me usando. Eu não lembrava de nada e depois de alguns horas eu finalmente consegui ter noção do que estava acontecendo, eu estava na cama dela, sem nada e ela estava do meu lado, dormindo. Do meu lado tinha algumas caixas de remédios. Eu não liguei, coloquei minha roupa e gritei para alguém ir até o quarto. O pai dela apareceu e brigou muito feio com a filha. Eu não fiquei lá, eu fui embora, mas um dia depois, a mãe dela me avisou que ela vai ficar 6 meses no reformatorio - me deitei ao seu lado e puxei ela para deitar, colocando minha cabeça em seu peito - A partir desse momento eu fiquei com raiva dela, eu odiava ela e ainda odeio, meus pais ficaram sabendo e quase a colocaram para fora da escola, mas eu não permiti, não era justo, ela já pagou pelo que fez, mas desde então ela vem me perseguindo, tentando arruinar a minha vida... - depositei um beijo molhado, pelas lágrimas, em seu pescoço, fazendo ele se arrepiar - Ela não perde nenhuma oportunidade de me abraçar, ou de me beijar... Final do ano passado fiz um acordo com ela, eu não conto para ninguém o que ela fez se ela parar de me perseguir

- mas ela continua te perseguindo... - comecei a desenhar pequenos círculos em seu peito -

- Na verdade não, ela não me perseguiu nenhuma vez esse ano, as vezes dava um oi, ou algo do tipo. Ela apenas fez isso domingo, quando me viu te beijando e te abraçando na festa... Ela avisou a todos da escola ano passado que se envolvesse comigo, iriam se arrepender, e aí está a prova... Ela acabou com a minha vida por um tempo... O que significa que se ela tentar de nova, ela provavelmente vai ser expulsa da escola, ou por bem ou por mal...

- mas... Porque você era tão frio? Porque começou a beber e deixar as pessoas te usar?

- porque meus pais começaram a se culpar pelo o que eu era, e lá no fundo, eu amava eles mais que tudo na vida, afinal, são meus pais... Eu nunca demonstrava mas eu amava eles, e quando eles começaram a se culpar, uma culpa junto a uma angústia foi nascendo em mim e ficando lá, ela criou uma cicatriz no meu coração que naquela época ainda era um ferimento... - abracei sua cintura com força, tentando passar calma para ele -

- Agora tá tudo bem, não é? - falei esperançoso -

- É sim, agora tá tudo bem, bebê - ele depositou um beijo nos meus cabelos emaranhados -

[...]

Eu não vou mentir: nesse momento eu quero que Park Jihyo vá para o inferno. Pedi a Jungkook que me contasse tudo, tudo sobre a sua vida, sobre os casos que teve, sobre as brigas que já se envolveu, sobre seus sentimentos bons e ruins, pedi para ele desabafar tudo que estava preso em sua garganta. Pedi também para que me falasse um pouco mais sobre ele no passado e agora, no presente. No final ele já estava chorando baixo, ele realmente não gostava de tocar no assunto se envolvia o passado dele. Era um tanto quanto peculiar.

- Vai ficar tudo bem, eu to aqui - olhei para cima e sorri, recebendo o sorriso mais sincero da parte dele -

Rolei para cima dele, e apoiei meu queixo em seu peito, fazendo a ponta de nossos narizes se encontrarem. Limpei as lágrimas de seu rosto com meus polegares e depois lhe dei um selinho demorado, enquanto escorregava uma das mãos para o bolso traseiro de sua calça e retirar a chave com rapidez. Levantei num pulo e corri até a porta, colocando a chave na fechadura.

- hey, seu sapeca - ele brincou e veio em minha direção, me abraçando pela cintura e passou seu nariz pelo meu pescoço -

Girei a chave e abri a porta, me afastei e fui para fora do quarto, estendi minha mão em sua direção para que ele pegasse e ele logo entrelaçou nossos dedos.

- onde você vai me levar? - o puxei em direção as escadas -

- te mostrar o que eu fiz com Jimin e Yoongi durante essa semana - dei pequenos pulos quando chegamos no andar de baixo -

Vasculhei todo o local com meus olhos, meus pais não estavam em casa. O puxei em direção a cozinha, e percebi que a bolsa da minha mãe, a maleta do meu pai e a chave dos dois carros não estavam no balcão

- Ué, cada meus pais? - coloquei meu dedo indicador sobre meus lábios, dando pequenos toques -

- Aish Taehyung... Você é muito bobinho - olhei para ele e fiz um beicinho fofo - eles foram trabalhar, é meio óbvio - aumentei o bico - Não faz isso - ele desmanchou meu bico num selinho rápido -

O puxei novamente em direção ao jardim. O sol raiava forte, batendo em direção a água da piscina, tornando-a mais clara e relutante. O dia estava lindo, estava brilhante, estava sorrindo. Não haviam nuvens no céu, apenas o sol e alguns pássaros voando. O chão estava quente, então corri com ele em direção à sombra, perto da árvore onde estava a casa em que construí com ajuda de Jimin, Yoongi, meu Appa e alguns pedreiros

- o que quer me mostrar? - apontei para a casa em cima da árvore, ele ficou boquiaberto - Aigooo!!! Que linda - ele soltou a minha mão e passou o braço pela minha cintura, olhando para o alto, onde estava a casa -

- Vamos subir - puxei ele em direção as escadas de madeira, que eram inclinadas e em forma de caracol e com corrimão ao lado, com uma rede entre o corrimão e a escada -

Na rede havia alguns pregadores, para colocar fotos, os quais não tinham nenhuma ainda. A varanda era grande, formava um L em volta da casa. Não tinha nada ainda, meu pai e minha mãe falou que iriam deixar eu decorar como eu quiser, então por enquanto usei o que tinha em casa, para depois decorar um pouco mais bonito e melhor, do meu jeitinho.

Jungkook subiu e parou ao meu lado. Tapei seus olhos e abri a porta de madeira. Adentrei o local, guiando ele para dentro. Meus pés tocaram o tapete felpudo, afundando ele. No canto havia um colchão de casal de ar, com dois travesseiros e uma coberta, do lado do colchão uma mesa, com um abajur e um quadro. Em cima do colchão coloquei luzes coloridas, de varias cores. Do outro lado havia alguns quadros sem nada. E no chão havia algumas almofadas coloridas.

- gostou? - me sentei no chão, chamando ele com a mão, para se sentar ao meu lado -

- humhum... quem te ajudou?

- Jimin, Yoongi, meu pai e alguns pedreiros que vieram aqui... Levou apenas 3 dias

- É muito bonito - ele se encostou nas almofadas e me puxou para sentar no meio das pernas dele - e grande

- ainda tem muito o que decorar... meu pai e minha mãe me prometeram que iriam deixar eu decorar como eu quisesse

- e se eu te dar esse presente? - arregalei meus olhos, surpreso - hum? Eu posso te levar para comprar tudo o que você quiser

- Nem ferrando... Não somos comprometidos, você não precisa fazer isso... Não sou sua prioridade, nem sua propriedade...

- Hey, você é sim alguma coisa minha. Você é tudo meu... E eu posso te dar isso como um pedido de desculpa...

- não precisa, você já me deu você, não preciso de mais nada...

- Aceita! - ele pediu, mas neguei com a cabeça -

- Nao...Não vou aceitar isso de jeito nenhum! - exclamei com firmeza -

- Então eu tenho uma sugestão - gesticulei com as mãos para ele prosseguir - A gente conversa com seus pais quando eles voltarem e vemos o que eles acham

- Pode ficar tranquilo... Meus pais não vão aceitar de jeito nenhum

- E eu quero que você saiba que eu não vou desistir fácil - ele tocou na pontinha do meu nariz e depois me puxou para mais perto -

- hey, vamos nadar? - me virei de frente para ele e falei batendo palminhas - tá quente e eu to entediado

- O mocinho está insinuando que você fica entediado comigo? - ele cruzou os braços e ergueu uma sombrancelha -

- Não foi isso que eu quis dizer - ergui meus braços em sua direção e ele me puxou pela cintura, fazendo cócegas - P-para p-p-para Kookie - falei entre risadas e ele parou - Vamos logo... - levantei e puxei ele pela mão - Quero nadar - falei manhoso -

- Mas eu não tenho roupa - ele falou assim que descemos as escadas -

- tudo bem... É só tirar sua blusa - fiz gestos com a mão para que ele me esperasse e ele assentiu -

Corri para dentro de casa, coloquei uma bermuda e peguei duas toalhas, junto a uma câmera a prova d'água e desci novamente. Jungkook estava sentado na beirada da piscina, com os pés dentro, molhando sua jeans, seus pés balançavam na água e sua cabeça abaixada. Coloquei as toalhas nas espreguiçadeiras e me aproximei, colocando minhas mãos na barra da sua blusa, para retirá-la. Ele deu um pulo pelo susto e levou a mão ao peito

- que susto, bebê - ri alto e logo em seguida retirei com facilidade sua blusa -

Seu corpo era lindo, seu abdômen definido, seus músculos do braço a amostra. Como ele era lindo, gostoso e só meu.

- MEU DEUS! - berrei e tapei meus olhos, fingindo surpresa -

- deixa de ser bobo - ele me chamou com o dedo indicador e me sentei ao seu lado -

A água gelada entrou em contato com a minha pele quente, me causando um calafrio. Levei minha mão de encontro a sua e entrelacei nossos dedos, deitando minha cabeça em seu ombro.

- Obrigada por entrar na minha vida - sussurrei para ele, que começou a acariciar meus cabelos com sua mão e devolver um "eu te amo " no mesmo tom - também te amo

- VAMOS PULAR - gritei, levando minhas mãos para o alto e levanto, levando ele comigo -

Subi em suas costas e entrelacei minhas pernas em sua cintura, e minhas mãos passeavam pelo seu peitoral exposto. Dei três tapinhas em seu ombro para que ele corresse e ele fez. Ele correu em direção a água, dando um pulo quando chegou na beirada. Me soltei dele no ar e caímos na água. O barulho da água era relaxante, o contato da água era incrível, a sensação que percorreu meu corpo quando mergulhei na água era como se fosse entrar fundo no meu coração. Era um lugar cheio, cheio de água, porém meu coração era cheio de amor por Jungkook.

Subi minha cabeça da água, Jungkook ainda estava submerso e levantou num pulo, jogando água para todos os cantos. Ele balançou os cabelos de forma sexy, me provocando e passou as mãos pelo rosto, tirando os respingos de água, logo soltando um sorriso na minha direção.

[...]

Ficamos na água por um tempo até dar fome. Ficamos nadando, apostando corrida de quem chegaria no outro lado mais rápido, ficamos conversando, trocando abraços e beijos submersos, risadas e sorriso, os mais sinceros possíveis. Tirei varias fotos de nos, tanto dentro da água, como fora. Mandaria imprimir para colocar na casa da árvore.

Saímos da água e deitamos nas espreguiçadeiras, cada um pegou uma toalha e começamos a nos secar. Jungkook tirou a calça jeans, ficando apenas com sua boxer preta. Ele estava secando os cabelos com a toalha e eu estavam secando minhas pernas enquanto admirava o corpo dele.

- deita aqui - ele bateu sobre seu peitoral, depois que deitou na espreguiçadeira -

Deixei a toalha de lado e caminhei até a beira da espreguicadeira. Me ajoelhei, colocando uma perna de cada lado e engatinhei até nossos rostos ficarem próximos e então depositei meu corpo sobre o dele, abraçando sua cintura com força. Seu coração batia rápido e forte, sua respiração forte.

- O que quer fazer agora? - ele me perguntou enquanto acariciava minhas costas -

- podemos comer pizza, enquanto assistimos alguma coisa lá em cima - apontei para a casa da arvore -

- quer pizza do que?

- pepperoni e doce de chocolate com morango e banana

- então vai se trocar que eu vou colocar minha roupa para secar - ele se sentou comigo no colo -

- acho que tenho uma calça moleton sua aqui - coloquei meu indicador sobre os lábios - Vem, vamos ver - levantei e puxei ele junto -

Ele pegou sua calça e sua blusa e subiu comigo para o quarto. Revirei meu closet inteiro, enquanto ele ria da minha bagunça, mas finalmente achei.

- AQUI - gritei e joguei a calça para ele - pode tirar sua boxer e ficar só de calça - ele assentiu e começou a se trocar na minha frente - Assim não da, Jungkook - tapei meus olhos, envergonhado -

- mas esse corpo é só seu - ele se aproximou e me puxou pela cintura, fazendo nossos corpos se encontrarem -

- aish... coloca sua calça primeiro - ele soltou uma risada gostosa e obedeceu, e eu fiz o mesmo, porém só coloquei meu moleton, como sempre -

- vou chamar a pizza e colocar a minha roupa para secar, depois nos subimos e ficamos lá, ok? - assenti e ele sumiu do quarto -

Peguei minha cadeira e levei para o closet, subi nela e procurei um edredom grosso, junto a dois travesseiros. Coloquei tudo sobre o colchão e olhei para a mesa ao lado. A caixa de remédios ainda estava lá, me aproximei e peguei a caixa, a abrindo, e encontrando a caixa de preservativos. Sem hesitar, peguei um e coloquei no bolso da minha calça. Peguei o edredom e os travesseiros e corri para o andar de baixo.

Jungkook estava na cozinha, em pé ao lado do balcão, com o telefone na mão. Seu abdômen estavam totalmente a amostra, bem definidos, suas clavículas lindas, ele era lindo. Levei tudo para o jardim, e só então percebi que já estava quase escurecendo. Guardei o preservativo na gaveta da mesinha, arrumei os travesseiros e coloquei as almofadas encostadas na parede e abri os edredons, arrumando sobre o colchão.

Corri em direção a Jungkook, estiquei meu moletom para que cobrisse as minhas mãos e me sentei no balcão ao lado dele. Coloquei ele de costas entre as minhas pernas e comecei a massagear seus ombros e esfregar meus nariz em seus cabelos que ainda estavam molhados. Ele mexeu os ombros e passeou sua mão livre pela minha perna exposta. Sua mão estava gelada e minha perna quente. Um arrepio me fez estremecer.

Ele desligou o telefone e virou de frente para mim, segurando minha cintura. Me aproximei e ele tomou meus lábios de forma carinhosa e lenta, num selinho rápido, mas que logo foi se aprofundando. Ele colocou sua língua na minha boca e eu coloquei a minha na dele.

- dorme comigo? - Pedi manhoso, esfregando minha bochecha na sua -

- durmo quantos dias você quiser - ele me ergueu do balcão e me levou para o sofá -

Ele se sentou e eu coloquei minha cabeça no seu colo, escondendo meu rosto na sua barriga e inalando seu cheiro profundamente.

- isso faz cócegas - ele se remexeu e deixou um beijo na minha testa -

- Desculpa... - fitei o teto e comecei a brincar com os fios do meu cabelo -

[...]

Depois de um tempo, a pizza chegou. Jungkook foi buscar e eu fui pegar meu notebook. Peguei dois copos de vidro e a Coca-Cola que estava na geladeira.

Subi primeiro e logo depois Jungkook subiu. Fechei a porta e as janelas, deixando tudo escuro. Me aconcheguei nas cobertas e chamei Jungkook para sentar comigo.

- quer ver o que? - abri o Netflix e olhei para ele -

- Pode escolher - ele colocou as caixas de pizza na nossa frente e as abriu, o vapor quente veio direto no meu rosto e o cheiro invadiu minhas narinas -

Coloquei uma musica qualquer, já que não sabia o que ele gostava e começamos a comer e conversar. Obviamente eu queria a pizza doce primeiro, mas como o Jungkook é um chato às vezes, não deixou e tirou a pizza de perto de mim.

[...]

Acabamos de comer, coloquei o notebook de lado, mas deixando a música tocar. Acabamos com as duas pizzas. Ele se deitou e eu deitei ao seu lado, colocando minha cabeça na curvatura de seu pescoço e repousando minha mão sobre o edredom que nos cobria.

- eu te amo - ele falou com a voz tranquila -

- eu também te amo muito - abri meus braços, na intenção de mostrar o quão eu amo ele - meu amor por você é maior que o muuundo inteiro - prolonguei o mundo e ele riu baixinho -

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