⚔️Twelve⚔️
Boa leitura💜
" Meu sentimento por você é tão forte, que dele, nem sei nem um pouco"
Jungkook POV
Eu não sei o que sou ao lado dele. Eu não sei o que me torno junto a ele. Eu não sei o que sinto por ele. Não sei mais o que faço. Tenho medo, medo de machuca - lo, de magoa-lo, sei que sou capaz disso, minha raiva vai ao flor da pele quando algo me provoca. Lutas marcaram a minha infância e a minha adolescência, sangue era o que eu sentia prazer de deixar jorrar da pele daqueles que me enfrentavam, quando estava com raiva, procurava briga, aquilo sempre me aliviava, e bebida alcoólica era aquilo que me tirava de meus pensamentos ruins, não pensava em nada além de transa, é como se todos minhas mágoas e angústias sumissem quando o álcool queimava minhas garganta... Agora, ao lado dele, sinto a mesma sensação de quando brigavam ou bebia, me sinto leve e calmo, como se não existisse nada além de nós dois naquele mundo. E ele foi o responsável por isso, mesmo com poucos dias de convivência ele já foi um anjo para mim, sem ele, agora eu estaria num bar ou numa festa indo para cama com alguém.
Não posso negar, mas já fiz muitas coisas das quais me arrependo, me arrependendo de algum dia ter gritado e xingado meus pais, me arrependo de deixar as meninas no cio se aproveitarem de mim bêbado, me arrependo de ter sido trouxa com algumas pessoas que se mostravam confiantes e que no final era mais uma bosta, me arrependo de ter colocado uma gota de álcool na minha boca apenas para esquecer minhas angústias e mágoas e deixar pessoas se aproveitarem de mim, me arrependo de tanta coisa, que para mim, já não tem mais cura, de um jeito ou de outro, elas vão permanecer dentro de mim, dentro do meu peito, nada vai tirar isso de mim, já tentei me perdoar, já tentei pedir a Deus, mas nada, nada muda, nada sai de mim, tudo continua e só aumenta a cada dia, eu já desisti de tentar me livrar disso.
Posso ter ido rápido demais no nosso relacionamento, nos meus sentimentos, mas o pouco que sei sobre meus sentimentos por ele, sei que estou loucamente apaixonado por ele, aquele sorriso, aqueles olhos, aqueles cabelos macios, suas bochechas rosadas, suas mãos quentinhas, e seus lábios doces, isso é tudo. Tudo que eu preciso. Tudo que eu sonho. Tudo que eu quero.
Depois de deixar Taehyung na casa dele, segui até o parque que costumava ir com meus pais, com um sorriso bobo nos lábios e o cheiro dele na minha roupa. Sentei no mesmo local de antes, e olhei para as poucas estrelas ali presentes, junto a uma lua cheia e um céu escuro. Tirei minha jaqueta e a abracei, prendendo - a entre minha barriga e meus joelhos, abri ela em meus joelhos e afundei meu rosto ali, abraçando meus joelhos e Inalando o cheiro de Taehyung enquanto lágrimas tomavam conta dos meus olhos e soluços preenchiam o local.
Lágrimas de felicidade junto a lágrimas de tristeza e pura angústia e mágoa caiam sobre minha jaqueta e escorriam sobre meu rosto. Meu coração não estava pronto para um amor, eu não estava pronto. A qualquer momento, eu poderia surtar, ter um ataque e entrar num bar e fazer o que fazia antes, beber até dizer chega e deixar alguém se aproveitar de mim, mas eu não quero mais isso, eu já cansei disso, já cansei de ser trouxa e idiota, a ponto de não perceber até onde eu cheguei. Eu dependo dos meus pais para viver, dependo do dinheiro deles, mesmo sabendo que eu poderia trabalhar, mas não... eu fico perambulando pelos bares e festas e jogando o dinheiro dos meus pais fora, gasto de dinheiro. Enquanto os meus pais acham que eu económizo meu dinheiro para a faculdade em Seoul. Eu fui idiota a ponto de mentir para meus pais, e não é isso que eu quero. Eu quero me cuidar e me livrar das mágoas, angústias, tristezas, mentiras, e dar espaço a uma vida nova.
Quando olhei já estava caindo em rios de lágrimas, abraçado ao meus joelhos, e mordendo minha jaqueta, enquanto inalava o perfume de Taehyung
Olhei o horário, e era pouco mais de 20:00, olhei ao meu redor, e não havia ninguém, meu olhar foi direto para frente, encontrando o balanço no qual eu e meu pai brincávamos quando eu era pequeno. Me levantei e caminhei até ali, sentando e colocando a jaqueta no meu colo, enquanto encarava o chão e observava as lágrimas caindo e os soluços aumentarem cada vez mais e mais
Senti alguém se aproximar e sentar no balanço ao lado, olhei de canto do olho e vi Jin com um olhar preocupante
- hey, você ta bem? - ele colocou as mãos no meu ombro -
Não respondi, apenas me levantei e o ergui do balanço, abraçando o mesmo e me deixei chorar no ombro dele, enquanto o mesmo me consolava com carinho em meus cabelos e sua bochecha repousava na lateral da minha cabeça. Jin era a única pessoa em quem eu podia confiar e chorar ao lado dele, ele me entendia e não zombava de mim igual os outros, me achando um idiota por chorar.
- posso saber porquê você ta assim? - ele se a afastou e nos sentamos no balanço novamente -
- eu não aguento mais Jin, tem tanta coisa dentro de mim que eu quero me livrar, mas não consigo, eu só consigo descartar isso ou esquecer disso por um tempo em bares, festas ou na cama. Eu não quero mais essa vida
- E o que está te fazendo pensar assim? Até onde eu saiba você de antes não se importava com isso.
- Taehyung - sussurro, mas audível para ele - eu não sei o que eu faço, hyung
- e o que ele fez para você ficar assim?
- sabe aquele jantar de sexta que te falei? - ele assentiu - então, o filho deles é o Taehyung, nós conversamos bastante durante o jantar, e depois que comemos levei ele a una sorveteria, nos tomamos sorvete, trocamos alguns selinhos, ele ficou abraçado comigo, conversamos e trocamos histórias de nossas vidas e conversamos sobre como éramos, eu fiz ele dormir nos meus braços, e quando estou com ele, eu me sinto tão feliz, leve, parece que não existe nada além de nós dois ali, ele é como um anjo para mim. Eu não sei se estamos indo rápido demais, mas eu gosto tanto daquele garoto. É como se ele fosse minha cura para tudo isso
- e ele?
- ele me disse que fiz ele mudar, ele falou que antes ele era fechado, tímido, e agora, quando apareci na vida dele, ele sorri, ele conversa, ele consegue sair de casa, e ele começou a chorar de alegria.
- talvez você esteja certo. Ele pode ser sua cura, assim como você pode ser a dele. Mas porque decidiu vir aqui a essa hora todo arrumado?
-acabei de deixar ele em casa, fomos no parque - ele abriu um sorriso -
- foi legal?
- nos divertimos muito, brincamos, corremos, tomamos sorvete e assistimos o por do sol deitados na grama, abraçados, conversamos sobre o destino
- e no que deu a conversa?
- ele acha que estamos indo rápido demais, e que podemos ter acelerado o destino, e que talvez não era para nós termos nos conhecido
- acho que você deveria deixar o destino seguir como ele é
- eh.... - suspiro e ele se levanta -
- vem... vamos dar uma volta - me levantei e fomos andar pelo parque -
[...]
Cheguei em casa lá pelas 23:00 em casa. Eu e Jin ficamos andando pelas ruas de Busan até cansarmos, fiquei desabafando com ele tudo que estava preso dentro de mim, chorei o que tinha que chorar, gritei tudo o que estava encurralado na minha garganta, aquilo por algum motivo me fez me sentir melhor, me senti um pouquinho mais leve do que antes, meu organismo já não tinha mais água para liberar, chorei tanto que meu rosto já estava ardendo. Além de desabafos da minha parte conversamos sobre momentos divertidos, relembramos dias incríveis enquanto riamos pelas ruas. Ele sempre esteve ao meu lado, desde que contei a ele sobre minha vida, ele me apoiou, me ajudou, ele é o único que sabe sobre o que sinto e tudo que passei, ele entende, entende porque foi difícil para seu pai aceitar ele como omega, ele sofreu e muito, o pai o desprezava a ponto de fazer a mãe se divorciar, ela não aguentava ver o filho sofrendo, chorando, escondido no seu quarto enquanto os pais brigavam sobre SeokJin ser omega, até que chegou um dia em que a mãe não aguentou mais e pediu divórcio. Por dois motivos: ela descobriu que o marido a traia, pois sua marca doía e ardia muito enquanto o pai estava fora de casa, até que ela sentia o prazer do marido dentro de seu peito e decidiu separar. E segundo: não queria mais discutir sobre o filho.
Durante toda sua adolescência eu e Jin ficamos muito próximos, somos amigos desde os 12 anos, quando os pais se divorciaram, e desde então contamos tudo um ao outro, vejo ele como meu melhor amigo e praticamente meu irmão mais velho.
Chegando em casa, fui direto para o banho. Me despi e liguei a água da banheira, esperei encher até a borda e entrei na água quente, meu corpo, na hora, relaxou, meus músculos se acalmaram e aquele cansaço foi embora. Mergulhei minha cabeça e passei a mão no rosto, senti meus olhos pesarem, querendo fechar. Então sai do banho e coloquei uma boxer e uma calça moleton e cai na cama, logo adormecendo.
[...]
- Vamos pequeno - peguei na mão de Taehyung e o puxei junto a mim, dando um abraço -
- Vamos - ele entrelaçou nossos dedos e seguimos até o carro, indo em direção ao abrigo de cachorrinhos filhotes -
Segurava minhas lágrimas no carro e apertava Taehyung contra meu corpo mais ainda, só queria ele junto a mim, em meus braços. Ele estava no meu colo, com as pernas esticadas no banco e sua cabeça em meu peito, junto as suas mãos que abraçavam minha cintura e meus braços rodeavam seu corpo
- hey! - ele segurou meu queixo e virou meu rosto, para encara - lo, já que estava com os olhos na janela - ta tudo bem? - assenti e segurei minhas lágrimas, piscando forte - Que foi Jungkook?
- nada não... Eu to bem - falei com a voz embargada pelo choro -
- pode chorar, Jungkookie... Sei que você precisa - encarei ele -
Como ele sabia que precisava chorar?
- co.. como você sabe? - coloquei minha mão em seu rosto -
- não importa! - ele se sentou no meu colo, e abraçou meu pescoço, puxando meu rosto para seu ombro e acariciou meus cabelos - pode chorar... Eu não vou te zoar - deixei as lágrimas caírem em seu ombro, enquanto o abraçava mais forte - agora posso saber porquê o homem mais durão que eu conheço ta chorando? - ele falou numa voz brincalhona -
- eu não quero falar sobre isso - afundei meu rosto em seu pescoço, inalando seu cheiro -
- tudo bem... Não vou te forçar - ele deu um beijo em minha testa -
E foi assim que ficamos até chegar ao abrigo, comigo chorando em seus braços e ele me consolando com palavras de carinho e carícias em meus cabelos
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