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⚔️ Thirty seven ⚔

Boa leitura 💜

" O silêncio de um coração magoado grita tão alto, que o cego enxerga, o surdo ouve e o mudo fala. Porque embora um coração magoado ninguém o veja, todos ao redor sentem "

Jungkook POV

- Jungkook... - ele chamou depois de alguns minutos de silêncio, que mais pareciam horas de pura tortura. Meu coração batia rápido e minhas mãos suavam. Sua expressão era de tristeza e dor. - Jungkook, você realmente foi na casa da Jihyo? - ele perguntou, com a voz dolorosa e totalmente embargada pelo choro. Eu assenti, falando a verdade -

- Sim, porque? - olhei na sua direção, franzindo o cenho. Seus lábios estavam pressionados um no outro, as lágrimas escorrendo, sem barulho, os olhos e o nariz um tanto vermelho e as bochechas rubras - Tae, pequeno... - chamei, preocupado, tentando tocar em seu rosto, mas ele se afastou, levantando e pegando sua mala. Ele não disse nenhuma palavra, apenas jogou um objeto na minha perna. Um objeto brilhante. A minha pulseira, que eu não achava há dias. Ele correu até a saída da biblioteca. Peguei a minha mala e corri até ele, com toda a velocidade e força que eu nunca tinha usado - TAEHYUNG! PARA! O QUE VOCÊ TEM? - gritei, ja fora da biblioteca, mas ele ignorou, correndo escadas a baixo -

Sem pudor e medo de esbarrar em alguém, não entendendo nada, eu corri. Novamente para variar. Não raciocinei o que aconteceu nesses últimos minutos, eu só sabia que eu estava perdendo-o, perdendo-o, e dessa vez, algo que me diz que é para sempre. Mas nada é para sempre, exceto o amor. Algo dentro do meu peito me diz, uma voz ecoa dentro de mim, me avisando que é a última vez. Eu corri até o meu último suspiro, meu último batimento cardiaco, meu último fôlego. Ele não parou, nem sequer olhou para trás, como sempre fazia. Ele estava me deixando de vez.

Já no portão da escola, eu o alcancei, puxando ele pelo braço com força, fazendo com que nossos corpos se colidirem e nossos rostos se aproximarem, mas ele não deixou nossos lábios se tocarem e os arrepios percorrerem nossos corpos como sempre aconteceu, espalmando as mãos no meu peito, ele me empurrou com força, sem dó. Sem amor. Cambaleei para trás.

- O que aconteceu, Taehyung? - me aproximei, mas ele se afastou, abrindo a porta do carro de Mark, que quando me viu, acenou com um olhar triste para mim - Mark... - sussurrei -

- Jungkook, por favor... Não tente mais - ele jogou sua mala no banco traseiro - Só... Me deixe em paz, por favor... - ele entrou, batendo a porta e Mark acelerou na hora, sumindo pela rua na velocidade máxima

Perdi a noção de quanto tempo eu fiquei parado no meio da calçada, com a mente e o coração em Taehyung e tudo que o mesmo disse, os olhos vagando as minhas memórias para tentar lembrar de algo que fiz errado, as minhas mãos suavam frio, as lágrimas escorriam desesperadamente pelos meus olhos, meu coração batia rápido até demais, os que chegassem perto de mim, poderia até ouvir e acompanhar os batimentos, meu peito, na mesma medida que se contraia, ele chorava de dor e uma angústia de saber que eu perdi ele e que talvez, dessa vez, não tenha uma salvação para nosso amor. Mesmo sendo recíproco, verdadeiro e puro, talvez chegamos no nosso fim, ou apenas estamos começando o nosso começo.

Eu caí de joelhos no chão, agarrando com força meus fios morenos e puxando para frente, em um ato nervoso e raivoso. Gritei de dor, tristeza e raiva. Havia algo certo, mas ao mesmo tempo, em meio essa história, havia uma mentira. E leve quanto tempo precisar, eu vou descobrir tanto a verdade como a mentira. Ele não pode simplesmente acabar tudo, sem ouvir a minha versão da história envolta da minha defesa.

- Vamos, Jungkook! - um par de mãos pousam em meus ombros, me levantando e sem nem mesmo olhar quem era, sabia que era SeokJin e Namjoon ao seu lado, provavelmente o Kim alfa com um olhar confuso e preocupado e SeokJin com sua postura séria e brava, já que apertava meus ombros com um pouco de força -

[...]

- VOCÊ É UM IDIOTA OU FINGE SER UM? - assim que entramos na minha mesa, SeokJin começa a gritar e jogar as palavras na minha cara, apontando um dedo para mim - OLHA A IDIOTICE QUE VOCÊ ARRANJOU, SEU IMBECIL! VOCÊ MERECE MUITO MAIS DO QUE UM SIMPLES "ME DEIXA EM PAZ"... - ele gritou novamente eu o ignorei, subindo as escadas correndo e entrando no quarto, jogando a mala em algum canto e caindo na cama, afundando o rosto no travesseiro, deixando as lágrimas molharem o mesmo e os soluços serem abafados pelo tecido. Provavelmente Jin se arrependeu de ter gritado comigo e deve estar tomando coragem para vir falar comigo de novo, já que ele odeia brigar comigo, mas nós dois sabemos que eu mereço na maioria das vezes. O colchão afundou e uma mão começou a fazer um carinho nos meus cabelos. SeokJin - Hey, Kookie... - ele chamou, envergonhado - Descul... - interrompi ele, me sentando e abraçando ele com força, escondendo meu rosto vermelho em sua blusa -

- O que eu fiz, Jinnie? O que eu fiz para merecer isso? Porque tudo que parece dar certo, começa a dar errado? Justo com Taehyung, o único que eu amo e quero proteger - ele parou de acariciar os meus cabelos e me afastou, mudando sua expressão para seria e desafiadora -

- Ainda tem a audácia de perguntar o que fez? - assenti com a cabeça e ele negou com a cabeça - Você é inacreditável... - ele suspirou e se levantou, prestes a ir embora, mas o puxei de volta, fazendo ele se sentar na cama novamente -

- Porra, SeokJin! - elevei meu tom de voz, soltando seu pulso - EU NÃO FIZ NADA, CACETE! SERÁ QUE PELO MENOS ALGUM DIA VOCÊ PODE ACREDITAR EM MIM E NÃO NOS OUTROS? - gritei na cara dele e ele permaneceu intacto, esperando eu me acalmar e abaixar o tom de voz, já que sabíamos que eu iria fazer e eu fiz - Você é praticamente a única pessoa que eu conheço e que eu posso confiar e você vem jogar na minha cara algo que vocês pensam que eu fiz, só que na verdade eu não fiz nada? Se vocês pelo menos pudessem me dar uma chance para me pronunciar, mas não,... Primeiro o Taehyung me manda deixar ele em paz, nem sequer me dá uma chance de me defender e depois você chega gritando comigo como se soubesse a verdade. Caralho! - falei, mais calmo - Eu. Não. Fiz. Nada. Será que você entendeu ou eu vou ter que desenhar? - falei em tom grosseiro, ele abriu a boca para falar, mas eu o interrompi - Preciso ficar sozinho, por favor... Nos vemos amanhã para irmos para Gwacheon

- Tudo bem... - ele sabia que eu não iria deixar ele falar, então apenas se levantou e saiu do meu quarto, de cabeça baixa -

É o que todos dizem. Nada é para sempre. Mas eu não acredito, o amor materno e paterno sempre será para sempre, mesmo que aqueles que nos criaram estejam no céu, ou num lugar melhor, afastados de seus filhos, tanto de sangue como adotado, eles ainda amam mais que tudo e cuidam dos mesmos de longe, observando e recebendo noticias, assim como o meu e de Taehyung será, independentemente se estamos juntos ou não, o nosso amor ainda fluirá em nossos corações, mesmo que ele não queira demonstrar. A escolha é dele e eu não posso fazer nada, apenas tentar e te tentar até conseguir. Eu, até agora, não sei o motivo dele ter acabado tudo na hora, sem ao menos me explicar o porquê ou deixar com que eu me pronuncie. Não sei o que ele soube da boca de outros, ou seja lá o que for.

" Jungkook, você realmente foi na casa de Jihyo? "- a pergunta rodava na minha mente a todo momento, enquanto eu estava debruçado na porta, agarrando os fios do meu cabelo e deixando as lágrimas cair sem medo e pudor, apenas deixando elas livres e liberarem minha tristeza e dor.

- Arghhhh! - berrei, jogando o punho cerrado na porta várias vezes - MERDA! - berrei de novo, com a voz embriagada pelo choro -

Joguei a testa contra a porta, apertando os punhos cerrados ao lado da cabeça, enquanto os soluços e as lágrimas aumentavam. Me virei, jogando as costas na porta e deslizando até o chão, esticando as pernas, desleixadamente e escondendo o rosto entre as mãos.

Eu não podia controlar a dor que eu sentia, muito menos as lágrimas grossas e dolorosas que rolavam lentamente pelas minhas bochechas. Meu coração não entendia o que aconteceu e nem o que eu fiz, eu também não entendi e acho que nunca vou entender. Ele batia tão rápido e descontrolado, que meu peito chegava a pulsar. Minha respiração descompassado e ofegante de tanto chorar e gritar. Nada fez sentido. Nada. O jeito que ele me abraçou, que ele beijou, que ele me empurrou, um tanto receoso, que ele me olhou assim que entrou no carro de Mark. Foi uma despedida. Foi um abraço apertado e caloroso, transportando todo o amor, carinho, proteção, lealdade, confiança que ele tem em mim, obviamente deixando uma marca e um beijo no meu coração, para que eu nunca o esquecesse e que se eu esperar, talvez dê certo. E eu posso esperar o tempo que for preciso para ter ele novamente do jeito que eu quero. Foi o último beijo, a última troca de saliva, o último dançar de lábios, a última vez que nossas línguas irão se entrelaçar e acariciar a boca um do outro, foi um beijo de despedida.

Foi a última vez que eu me arrepiei quando senti seus toques e seu abraço. Foi a última vez que eu vou poder beijá-lo sem pedir, foi a última vez que eu o abracei, um abraço correspondido. Eu sei que é para sempre porque o conheço melhor que ele mesmo. Sei que aquele olhar foi de tristeza, dor, arrependimento e um pedido de desculpas, dizendo que não pode mais se magoar. Foi um beijo de despedida. Foi um abraço de saudades. Foi uma voz dolorosa e falha. Ele não queria fazer isso. Mas ele precisou. Ele tinha que fazer isso. Para o seu próprio bem, mesmo ele sabendo que não vai ficar nada bem e que tudo vai melhorar quando ficarmos juntos. Ele tomou sua decisão e não sou eu quem vou me fazer mudar, pelo menos não o eu de agora. Ele me mudou para melhor, me falou que não sou eu que tomo as decisões dos outros, não sou eu quem obriga os outros a fazerem tudo que eu quero, não sou eu que cuido e mando nos outros, ele me ensinou a amar, respeitar e cuidar. Ele me ensinou a livrar o meu eu verdadeiro de dentro de mim.

Às vezes sinto raiva dele ter me mudado. Talvez o meu eu de antigamente não iria aceitar esse acontecimento. Ele iria exigir, mandar, gritar, ele iria ser quem ele era. E felizmente eu não sou mais ele, eu sou Jeon Jungkook, filho de Jeon Hwa-Young, filho de Jeon Hyun-Shik e posse de Kim Taehyung. Meu único e verdadeiro amor.

Fiquei por um bom tempo sentado no chão. Chorando alto feito uma criança, soluçando repetidas vezes, que era difícil de respirar, jogando minha cabeça contra a porta mais de 50 vezes, sentindo raiva e tristeza, tentando controlar tudo que estou sentindo, é quase impossível. Tirei os sapatos e os joguei em um canto qualquer. Depois tirei o moleton e joguei na minha cama. Baguncei os cabelos, deixando os fios emaranhados e alguns caídos na frente do meu olho. Suspirei e me levantei, relutante. Fui cambaleando até o banheiro e tranquei a porta, debruçando as mãos na pia e encarando meu reflexo no espelho.

Os olhos inchados e mais escuros que o normal. O rosto vermelho e molhado. As bochechas em um tom rosado escuro. Meus lábios estremecidos e úmidos. Meus músculos estavam tensionados até demais, permitindo que minhas veias saltassem para fora em um movimento repentino. Liguei o chuveiro e tirei toda a roupa lentamente, me recusando a continuar aqui. Pensando e sonhando com ele, ao invés de ir atrás e buscar o que quero, não o que me pertence.

Entrei embaixo da água e meus músculos relaxaram na hora. Seria uma guerra difícil e desafiadora para tê-lo de volta. Mas saiba de uma coisa.

Se eu estou confuso e sem saber o que fazer? Sim, eu estou.

Se eu estou pensando em desistir de nós? Não, eu não estou.

Nem se eu fosse doido eu pensaria em desistir de nós e do nosso amor. Do nosso futuro. Do seu final feliz. E do nosso amor crescendo.

[...]

- Jungkook? - Namjoon entrou no meu quarto, relutante. Terminei de fechar a pequena mala que eu fiz e coloquei o boné, com a aba para frente, escondendo a minha cara péssima -

- Oi, Namjoon! - tentei soar feliz, mas não deu muito certo. O cansaço e a dor tomaram conta da minha voz -

- Jin e eu estamos te esperando na sala. Venha logo, ok? - assenti e antes dele sair, caminhou até mim, parando a minha frente. O olhei com uma sobrancelha arqueada e ele levantou meu boné, observando meu rosto, cada detalhe - Vai ficar tudo bem. Precisa descansar, Jungkook-ah - ele acariciou minhas bochechas de leve, sorrindo largamente, deixando suas lindas covinhas aparecerem -

- Obrigada! - sorri e ele deixou meu quarto -

Calcei as botas e levantei a mala do chão, me jogando na cama para pegar o celular e o carregador. Joguei o fio na mala de mão. Fui até a mesa e peguei o notebook, o fio, meu fone de ouvido e coloquei na mala. Abri a última gaveta e levantei todas as pastas que havia, alcançando a última. A capa escrito "Para meu bebê". Abri a mesma, retirando o pen drive com o vídeo que eu fiz para ele na primeira vez que brigamos e que eu nunca mostrei a ele. As fotos espalhadas pela pasta, fotos de nós dois, apenas dele. Todas as lembranças que tínhamos estava guardada naquele pasta. Coloquei a mesma na bolsa e fechei a gaveta. Abri o celular para ver se Taehyung havia respondido as minhas, mais de 100 mensagens, que eu havia o mandado ontem. Nada. Ele não viu nem respondeu e a última vez que ficou online foi ontem de manhã. Suspirei e guardei o celular no bolso da calça, descendo as escadas com a mala, sem força e vontade.

Desci as escadas e dexei a mala na frente da porta, junto com a mala de mão. Caminhei até a cozinha. Jin, Namjoon, minha mãe e meu pai, estavam sentados, conversando e tomando um café.

- Bom dia, filho! - minha mãe disse sorridente e eu acenei, me encostando no batente da porta - Venha tomar café da manhã, não irá sair sem comer - neguei com a cabeça, incapaz de olhar nos olhos dela -

- Não estou com fome! - disse rápido e Seokjin se levantou, caminhando na minha direção, com um semblante triste e preocupado -

- Me desculpa, Jinnie hyung... - sussurrei, com a voz embargada pelo choro, ainda com a cabeça abaixada - Eu não queria gritar com você e nem falar com você daquele jeito, eu sinto muito, hyung... - abri os braços, pedindo o refúgio dele -

- Eu quem deveria pedir desculpas a você, kookie... - ele disse e me abraçou fortemente, passando os braços pelo meu pescoço e eu passei os meus em seu peito, apertando com força, escondendo o rosto ali- Me desculpe por ter inteferido na sua vida, não deveria ter feito isso... - apertei ele mais ainda, me recusando a chorar na frente de todos -

- Eu te amo - sussurrei e ele apoiou o queixo no meu boné -

- Eu também te amo... - ele levantou meu rosto, beijando minha bochecha - Vamos? - assenti e Namjoon e Jin pegaram as minhas malas e saíram de casa, se despedindo de meus pais - Omma? Appa? - chamei-os e eles me olharam com um olhar preocupado -

- Filho... O que houve entre você e Jin? - meu pai perguntou calmo -

- Brigamos ontem... Por causa de Taehyung... - murmurei a última parte -

- O que tem o Tae? - Minha mãe franziu o cenho, sem entender nada -

- Ele terminou o que nem começamos... - as lágrimas voltaram a cair, assim como meu peito se contraiu e meu coração palpitou, falhando algumas batidas - Não quero falar sobre isso agora, podemos conversar quando eu chegar? - os dois assentiram, me chamando para um abraço. Caminhei, receoso e me abaixei no meio dos dois, abraçando a cintura dos dois com força - Eu amo vocês...

- Nós também te amamos, Jungkook-ah... - Minha mãe acariciou meus cabelos e meu pai abraçou meus ombros, fortemente - Agora vá, vão se atrasar... - assenti e me levantei, deixando um beijo na bochecha de cada um -

[...]

- Alguém vai me contar o que aconteceu para o Taehyung não querer falar comigo, responder minhas mensagens, ou algo do tipo? - murmurei, chamando a atenção dos dois, que estavam tentando me distrair para mim não chorar -

- Jungkook... Não podemos nos intrometer na sua vida, principalmente quando se trata de Taehyung... - Jin suspirou - É melhor você mesmo falar com ele na segunda feira

- Ele não vai nem querer olhar na minha cara, o que quer que eu faça? - me aproximei, apoiando as mãos nos bancos da frente e colocando meu rosto entre os deles -

- Aposta é aposta. - Namjoon soltou e eu arqueei uma sobrancelha -

- O que? - perguntei, olhando para Jin que também não entendia -

- Jungkook... Pense bem - ele olhou de relance para mim, soltando uma mão do volante para bater de leve com os dedos na cabeça - Vocês fizeram uma aposta, não é mesmo? - assenti - Você perdeu, então até onde eu saiba e conheça ele, ele não é de desistir e sempre cumpre o que fala... Ele terá que cumprir com o que ele falou - sorri involuntariamente e voltei a minha posição de antes -

- Você é brilhante, Nam... - Seokjin riu -

- Mas é sério... Não peça para nós te contarmos o que aconteceu - Namjoon se tornou sério e eu logo assenti, sabendo que ele viu pelo espelho - Agora durma, sei que não dormiu essa noite e quando chegar lá, Tammy vai ficar querendo brincar com você toda hora

- Tudo bem... - me deitei no banco, achando uma posição confortável. Uni as mãos na minha barriga depois de tirar o boné e jogá-lo para Seokjin. Encarei o teto do carro e o barulho do carro soava irritantemente nos meus ouvidos. O canto dos pássaros relaxava tudo -

Todos meus momentos com Taehyung vieram a minha mente. Todos os nossos sorrisos mais verdadeiros. Todos os nossos abraços mais calorosos e acolhedores. Todos os nossos beijos doces e calmos. Todos os nossos olhares apaixonantes e hipnotizantes. Toda vez que ele se agarrava em mim à noite, pedindo para que eu nunca o deixasse, as vezes que ele disse que me amava e logo depois começava a brincar com os meus cabelos e beijar meu rosto, todas as minhas chances que eu não perdia para apreciar sua beleza e seu rosto sereno enquanto dorme, todas as vezes em que eu o abracei por trás e beijei seu pescoço, todas as vezes que eu acariciava seus cabelos, suas bochechas, sua cintura. Todas as vezes que saímos juntos para nos divertir e rir de algo bobo. Todas as vezes que nos amamos. Tudo estará guardado, será a nossa história, que não está no fim, apenas no começo.

Todo relacionamento tem seus altos e baixos, todo amor tem suas idas e vindas, tudo tem algo bom e algo ruim, nada é perfeito. A vida não é perfeita e mesmo que o mundo não quer que fiquemos juntos, eu irei batalhar para que tudo dê certo, tudo corra do jeito que tem que ser. Darei tudo que ele merece. Eu darei seu tão esperado final feliz. Pode levar anos, pode levar a eternidade, mas eu estarei de braços abertos e coração unido para tê-lo novamente.

Pode estar sendo estranho eu dizer que acabou tudo entre nós, sendo que nem conversei com ele, ele nem me contou. Mas eu sei, sei porque sinto e o conheço. Ele pode não pertencer ao meu coração, minha alma e meu corpo, fisicamente, mas ele pertence de todos os modos possíveis. Mesmo não portando uma marca, eu sei que ele está chorando e gritando. Sei que está sentindo a mesma dor que eu, porém mais forte, sei que está sentindo tristeza e culpa. A culpa não é dele, a culpa não é minha.

A culpa é da vida.

Parte da culpa é minha.

Parte da culpa é dele.

Mas principalmente, a culpa é da vida.

Terá algum dia em que ficaremos juntos para sempre, mas esse dia pode não ser hoje, amanhã, depois de amanhã, daqui uma semana, um mês. Mas vai chegar.

Sem perceber, eu já estava chorando e soluçando alto. As lágrimas quentes e dolorosas escorriam pelos meus olhos e iam de encontro ao meu pescoço, onde ele costumava beijar e dormir com o rosto ali, sentindo meu cheiro. Os soluços eram tão contínuos, que estava difícil respirar. A dor no meu peito só crescia e pulsava mais ainda. Meu coração chorava e se contraia o máximo que podia. Apertei meus olhos com força, impedindo das lágrimas descerem. Mordi meus lábios com força, que dava para sentir o gosto de sangue tomar conta da ponta da minha língua.

Eu não aguentava viver longe dele. Longe daqueles braços que eu tanto me sentia seguro e feliz. Longe daquele sorriso, que aquecia meu coração e alertava meu corpo, como uma corrente elétrica de 220volts. Longe daqueles lábios, que me proporcionavam as melhores sensações e os melhores delírios. Longe daquele corpo, que eu tanto amava tocar e apreciar. Longe dele, que eu tanto amo e quero para mim. Quero proteger e cuidar, até a vida de dizer que já está na hora de deixá-lo, o que vai demorar para acontecer.

Eu posso cuidar e amar ele de longe, sem poder tocá-lo ou falar. Eu só preciso vê-lo, para que o meu dia melhore, eu preciso daquele sorriso para iluminar o meu dia. Eu só preciso ver a silhueta dele para me sentir melhor. As lágrimas e os soluços já eram incontroláveis, eu chorava alto igual uma criança e soluçava como se eu fosse morrer há qualquer momento. Meu peito subia e descia do banco. Apertei minhas mãos umas contra as outras e mesmo de olhos fechados eu podia sentir o olhar de Seokjin em mim. Aquele olhar triste e doloroso. Ele chorava quando eu chorava, ele ria quando eu ria, ele sentia a dor quando doía em mim.

- J-jin... - chamei e ele resmungou um "hum", com a voz dolorosa e embargada pelo choro - hyung, porque dói tanto aqui? - perguntei, soluçando enquanto colocava a mão no lado esquerdo do peito, em cima do meu coração - Ta' doendo muito, Jinnie...

- Namjoon, pare o carro... - ele pediu e Namjoon fez. Abri os olhos e Seokjin saiu do carro e abriu a porta de trás, levantando minha cabeça para colocar em seu colo -

Virei, ficando de costas para Namjoon, escondendo o rosto na blusa vermelha de Seokjin, que acariciou meus cabelos. Apertei com força a barra da sua blusa, tentando achar um jeito para a dor sumir, mas nada resolvia. Eu quero ele. Quero os seus braços e seu beijo. Quero sentir seu cheiro e ouvir a sua voz doce e calma.

- Hey, Jungkook... Não chora, assim eu vou chorar junto - Jin disse calmo, tentando esconder que a sua voz estava embriagada pelo choro -

- Doi...

- Eu sei que dói, kookie... Mas você não pode fazer nada, tudo bem? - assenti, fungando - Tente ser forte, Jungkook-ah, tudo vai se resolver, eu te prometo

- Eu quero ele... Eu sinto tanta falta dele, hyung... - chorei mais ainda e Jin suspirou, tentando me acalmar, mas nada adiantava - Jin, me ajuda... Meu coração dói muito, dói como nunca doeu antes - choraminguei e ele apenas continuou acariciando meus cabelos - Traz ele de volta... - pedi -

- Eu não posso, kookie... Mas se eu pudesse, eu traria quantas vezes você quiser... Tente descansar, tudo bem? Eu não irei sair daqui

- Eu não consigo fechar meus olhos que ele vem na minha mente! - pigarreio e aperto mais ainda sua blusa, afundando meu rosto ali -

- Quer ouvir a voz dele? - Namjoon pergunta e eu assinto freneticamente - Amor, pegue o notebook dele e abra nos arquivos - ele pediu para Jin e o mesmo fez - Tem uma pasta chamada "Taehyungie, meu amor" - franzi o cenho -

- Como sabe disso? - a minha fala foi abafada pelo tecido da blusa dele -

- Quando fazemos trabalhos juntos, esqueceu que sou eu que fico com o seu notebook? - soltei um "aahh" e logo Seokjin colocou meus fones em mim - Se prepare para dormir, pequenino... - ele esticou a mão para trás, batendo de leve na minha perna -

A voz doce e melodiosa dele soou nos meus ouvidos. A letras de All of me, cantada por ele, se torna mais linda ainda. As notas alcançadas suavemente e sua voz rouca, ecoava como uma válvula de escape para a dor que eu sentia, ou pelo menos metade dela. Cessei a força que eu fazia na barra da blusa de Jin e meus músculos relaxaram na hora, me acalmando e fazendo meus olhos pesarem e o choro cessar.

Eu lembro exatamente desse dia. Estávamos na casa na árvore dele, aproveitando o calor humano de nossos corpos. Eu estava sentado na cama e ele entre as minhas pernas, com a cabeça no meu peito. Meus braços rodeavam a sua cintura e meu queixo repousava em seus cabelos, enquanto meu peito subia e descia no ritmo do dele, em perfeita sincronia. Meu celular estava do lado e ele me perguntou se podia cantar, eu respondi que sim, sorrindo e comecei a gravar. Faz um tempo, ele nem sabe da existência dessa gravação. Mas eu escuto toda vez que preciso ouvir sua voz, ou preciso me acalmar. No final da música, ele disse "eu te amo", o que ficou nitidamente audível na gravação.

Quando ele falou e eu ouvi, meu coração acelerou de uma forma absurda, as lágrimas voltaram a cair, mas eu não me permiti soluçar alto. Jin percebeu que eu estava chorando e colocou para reproduzir a gravação, me fazendo me acalmar e cair num sono profundo.

[...]

- TIO KOOKIE! - Tammy gritou, abrindo a porta da casa tingida de amarelo claro. Ela veio correndo na minha direção, de braços abertos. Os cabelos longos e pretos voando, o vestido rodado azul balançava e um sorriso sereno tomava conta de seus lábios, deixando seus olhos formarem linhas. Soltei minhas malas no chão e flexionei os joelhos, abrindo os braços e chamando ela. Quando ela chegou ao meu encontro, peguei ela no colo e a rodei no ar, vendo ela rir histericamente -

- Hey, minha princesa. Tudo bem com você? - coloquei ela no chão e ela se jogou nos braços, rodeando meu pescoço com seus pequenos e finos braços. Abracei seu corpo, caindo de bunda no chão devido ao impacto - Estava com saudades de você, pequena... - beijei sua bochecha assim que ela se desvencilhou do abraço e se sentou na minha perna, ainda sorrindo -

- Eu to bem... - ela encostou a cabeça no meu peito e segurou a minha mão - Eu também tava com saudades, kookie - sorri, abaixando a cabeça, numa tentativa de esconder a dor e a tristeza que me consumia. Além das olheiras e a minha expressão cansada -

- E eu não ganho um abraço, Tam? - Seokjin chamou a atenção da menina, colocando uma mão na cintura enquanto a outra, ele chamava ela. Ela se levantou e correu em direção ao primo, que a pegou no colo e a abraçou -

Tammy é uma pequena alfa. Encrenqueira e bagunceira. Desobediente, mas é um doce quando quer. Me levantei do chão e arrumei a blusa, abaixando mais ainda o boné e quando eu fui pegar as malas, Seokjin pos a mão em cima da minha, me impedindo.

- Deixa que eu levo, tem alguém querendo mais você do que eu - ele apontou para baixo e só aí percebi que Tammy estava em meu encalço, com os braços para cima. Sorri e a peguei, colocando ela sobre meus ombros. Ela colocou as mãos sobre meu boné e eu segurei suas pequenas e finas pernas. Sook, tia de Seokjin e irmã da mãe dele, junto com Chin-Hwa, marido da mesma, apareceram na porta -

- MENINOS! Vocês vieram! - a mulher alfa veio na nossa direção e o ômega veio junto, com um sorriso nos lábios -

- Oi tia! - Seokjin saudou e Namjoon e eu fizemos uma pequena reverência, mesmo já tendo uma certa intimidade com ela. Seokjin a abraçou fortemente -

- E como vão vocês, meninos? - Ela olhou para mim, lançando um olhar do tipo "depois nos conversamos" e depois para Namjoon, que sorriu, mostrando suas covinhas -

- Oi, Sook... Tudo bem, e você? - ela sorriu e abraçou Namjoon, depois vindo na minha direção e tirando meu boné. Automaticamente, abaixei a cabeça, não querendo mostrar a minha aparência horrível -

- Oi... - tentei soar normal, mas saiu mais como tristeza do que para felicidade - Como vai? - ela sorriu serenamente e me abraçou, não retribui por estar segurando as pernas de Tammy, que começou a brincar com meus cabelos -

- Esta tudo bem? - Chin-Hwa perguntou a mim depois de abraçar Seokjin e Namjoon, assenti e apertei a mão dele -

- Depois nós conversamos - Sook sussurrou ao pé do meu ouvido enquanto se distanciava -

[...]

- Temos dois quartos de visita. Um do lado do quarto de Tammy e um na frente do nosso. Vão querer qual?

- Eu e Namjoon ficamos na frente do de vocês e Jungkook do lado da Tammy, pode ser? - assenti e terminei de tomar o chá que Sook havia feito, com um bolo quentinho de chocolate -

- Amor, leve os dois lá para cima junto com Tammy, irei conversar com Jungkook um pouco - o omega assentiu e os quatro subiram escadas acima - Então, vai me contar o que houve?

- Não aconteceu nada, Sook... Só estou cansado - apertei a xícara nas mãos e abaixei a cabeça, incapaz de levantar o olhar e encarar a mulher a minha frente -

- Jungkook-ah... Você vivia aqui em casa nos feriados e eu sempre ia para Busan visitar minha irmã e Jin. Não acha que te conheço o suficiente para saber que há algo de errado? - ela entendeu sua mão e pousou em cima da minha, me fazendo olhar para ela com um olhar triste - Então, o que aconteceu?

- Não aconteceu nada... É sério, só estou cansado e precisando descansar...

- Estou sentindo cheiro de ômega daqui, seu tonto... - ri baixo - Sou alfa, lembra? Sei o que está acontecendo e que está com o moleton dele nas mãos, estou mentindo? - neguei com a cabeça, olhando para o moleton preto de Taehyung no meu colo - Então, qual o nome e oque aconteceu?

- Se chama Taehyung e se nem eu sei o que aconteceu, não posso te explicar... Ele simplesmente acabou o que nem começamos, sem nem me explicar o porquê disso, nem o motivo, ou algo do tipo... Ele simplesmente terminou, não responde as mensagens, não atende minhas ligações... - disparei rapidamente, mas ela captou tudo - Ele está me evitando...

- Não sei também o que aconteceu... Mas tente se animar um pouco, tudo bem? Sabe que eu não sou boa em conselhos, mas não quero te ver triste e chorando escondido, ok? - assenti - Agora vá lá para cima, tome um banho, descanse um pouco e depois desça para passarmos um tempo juntos, o que acha? Todos aqui sentimos sua falta

- Tudo bem... - soltei sua mão e me levantei, abraçando o moleton de Taehyung - Obrigada, Sook... - subi as escadas correndo e entrei no quarto, trancando a porta e me jogando na cama, afundando o rosto no moleton dele -

Peguei a mala do chão e coloquei sobre a cama, pegando os utensílios para o banho e retirando a embalagem rosa claro, que continha o presente de Tammy. Fui para o banheiro tomar um banho.

[...]

- Tammy, venha aqui - entrei em seu quarto e a mesma estava assistindo a televisão concentrada, mas quando me viu, sorriu e veio na minha direção. Peguei ela no colo e a levei para o meu quarto, colocando ela sentada no colchão - Eu trouxe um presente para você, princesa... - sentei ao seu lado e ela começou a pular de felicidade. Sorri e afaguei seus cabelos carinhosamente, esquecendo de Taehyung por um tempo e me concentrando no longo final de semana que eu teria pela frente -

- O QUE? O QUE? O QUE VOCÊ COMPROU PARA MIM? - ela gritou, ficando de pé no colchão e subindo nas minhas pernas, segurando meus ombros. Cai de costas no mesmo e ela começou a pular na minha barriga e por um momento, eu me peguei imaginando se fosse minha filha com Taehyung. Ri e num movimento rápido, tirei ela de cima de mim, voltando a me sentar e pegar a embalagem rosa. A ideia de ter uma família com Taehyung ainda rondava a minha mente, eu estava desligado naquele momento e eu só pensava nele e naquele sorriso, naquele abraço e naquele beijo. - kookie? - Tammy chamou, me tirando da minha onda de pensamentos. Limpei as lágrimas debaixo dos olhos que eu nem sabia que estavam caindo e voltei a atenção a menina ansiosa ao meu lado -

- Oi.. Hum... Feche os olhos - ela obedeceu e eu coloquei a embalagem em seu colo -

- Pode abrir! - ela abriu os olhos e começou a rasgar com rapidez a embalagem e logo um sorriso se formou em seus lábios. Ela jogou a embalagem rosa no chão e segurou a embalagem de plástico nas mãos -

- Você comprou um kit de blocos de montagens para mim? - assenti e ela soltou um grito, me abraçando fortemente e beijando a minha bochecha - Obrigada, kookie...

- De nada, princesa... - acariciei seus cabelos e ela voltou a pegar a embalagem e a olhar com luxúria - Quer montar? - ela assentiu freneticamente, olhando na minha direção com um sorriso brincalhão no rosto - Vamos lá em baixo, que tal? Seus pais e seu primo vão gostar de ver você distraída ao invés de correr pela casa que nem uma doida - ela fez um bico fofo e indignado, cruzando os braços. Ri de tal ato e peguei ela nos braços para um abraço, ela sentou no meu colo e abraçou meu peito, colocando a bochecha encostada no meu peito. Meu coração acelerou, meu peito se contraiu numa rajada de dor e tristeza e as lágrimas queriam descer acima de tudo -

Apertei a menina em meus braços e apoiei o queixo em seus cabelos, beijando o local. As lágrimas já desciam sem eu perceber, sem barulho. Desciam como um riacho e um modo de fazer a dor e a tristeza sumir, mas nada adiantava. Nada que eu tentasse fazer, iria adiantar... Elas desciam como um modo do meu corpo clamar por ele e pelos seus toques. Tammy pareceu perceber que eu estava chorando e se desvencilhou do abraço, olhando na minha direção. Ela levou suas mãos para as minhas bochechas, segurando meu rosto.

- O que foi, tio kookie? - fechei meus olhos, impedindo das lágrimas descerem - Porque você ta chorando? - neguei com a cabeça e deixei um beijo molhado em sua testa -

- Tammy, meu amor... Desça um pouco e deixe seu primo conversar com o tio kookie... - Seokjin apareceu na porta, chamando a minha atenção e dando um leve susto em Tammy, que assentiu e desceu do mim colo, levando o presente junto - Tio Nam está te esperando para te dar seu presente - ela sorriu e começou a dar pulinhos de felicidade. Ela caminhou até a porta e parou ao lado de Seokjin -

- Cuide dele, Jinnie... - Seokjin assentiu, bagunçando o cabelo dela de forma terna e ela logo desceu as escadas correndo -

- Porque está chorando, kookie? - ele trancou a porta e veio na minha direção, se sentando ao meu lado. Sua voz estava dolorosa e triste -

- Eu não aguento, hyung... Eu choro por dor e tristeza, quero morrer e reviver junto a ele novamente e agora, só o que me faltava, era imaginar um filho meu e de Taehyung só porque estava com Tammy no meu colo - soltei como um jato da minha boca, deixando as lágrimas descerem sem pudor -

- Hey, hey, hey... Calma, jungkook-ah - encostei a cabeça em seu ombro e me permiti soluçar alto - Taehyung está bem - levantei rapidamente minha cabeça e arregalei os olhos -

- O QUE? COMO ASSIM? - balancei seus ombros com rapidez - Ele ta bem? Como você sabe? Onde ele está? - ele riu baixo e segurou meus pulsos. O choro havia cessado, assim como meu coração estava um pouco aquecido e batendo um tanto rápido -

- Calma, Jungkook... - ele fez movimentos para mim respirar fundo e eu o acompanhei - Eu falei com ele agora há pouco, ele disse que está na casa de Mark, seja lá quem for. Ele está cuidando de seu pequeno, mas não está totalmente bem, disse que se sente fraco e sem vontade de fazer nada. Ele estava péssimo - as lágrimas voltaram a cair e meu coração apertar -

- Meu bebê está mal? - perguntei numa súplica, deixando os ombros caírem - Você viu ele? Ele dormiu bem? Ta se alimentando?

- JUNGKOOK! - ele me repreendeu e eu fiquei quieto, esperando ele falar - liguei por vídeo chamada para ele... - gesticulei com o olhar para ele continuar - ele estava péssimo, estava no sofá, enrolado num cobertor e com um moleton duas vezes maior que ele. Aquele menino sorridente que eu conheci, não se parecia nem um pouco com aquele Taehyung que eu vi

- Ele está usando meu moleton... - murmurei e um sorriso mínimo apareceu em meus lábios - Eu preciso ver e falar com ele, Jin - implorei - é urgente... - ele negou com a cabeça - eu preciso cuidar do meu pequeno

- Desculpa, kookie... Eu prometi a ele que não iria te contar nada e já quebrei a promessa porque não gosto de ver você triste, agora deixar você falar com ele, já é exagero, não acha?

- Acho que sim... - limpei as lágrimas que escorriam e balancei a cabeça várias vezes, me livrando da tristeza - Vamos descer? - tentei fugir do assunto e ele assentiu, indo junto comigo ao andar de baixo. Onde Tammy estava montando os blocos que dei a ele e ao lado, uma embalagem de massinha, com formas e cores diversas - Uau! Vejo que está montando uma casa? - sentei ao lado dele e ela assentiu, me dando uma peça -

- Coloca - ela apontou para a construção a nossa frente e eu estiquei o braço, encaixando a peça para completar o telhado -

Percebia o olhar de Seokjin, Namjoon e Chin-Hwa sobre mim, mas apenas ignorei. Eles sabem que sou muito próximo de Tammy e amam quando eu venho visitá-la e brincar. Não veio visitá-la faz dois anos, a última vez que nos vimos foi no aniversário de 2 anos dela e ela não se esqueceu de mim, já que a maioria das crianças não costumam se lembrar.

- Ela chorou por tantos dias com saudade de você, Jungkook - Chin-Hwa se pronunciou e eu olhei em sua direção, com um sorriso sereno nos lábios, que o fez sorrir junto - Ela te ama muito e te considera um irmão mais velho - olhei para Tammy, onde a mesms estava concentrada montando os blocos -

- Eu também amo muito ela e considero ela minha irmã mais nova... - beijei a lateral da sua cabeça e ela sorriu, suas bochechas tomando um tom rosado e fofo -

[...]

- Vem, Tammy... Venha me dar tchau - coloquei as malas no carro e corri para dentro da casa, chamando a pequena -

Ela estava encolhida no sofá, com o rosto entre as mãos e chorando muito. Meu coração se apertou e eu suspirei. Tammy já chorou tantas vezes hoje e ontem porque sabia que eu iria embora domingo e domingo chegou. Ontem passamos a noite vendo filmes e brincando. Consegui por um tempo esquecer Taehyung e tudo que aconteceu, mas quando estou sozinho e sem fazer nada, ele vem a minha mente de novo e eu não deixo de deixar as lágrimas descerem. Me aproximei, com as mãos no bolso da calça jeans e me sentei no chão, de frente para ela.

- Hey, minha princesa... - chamei, tocando seu braço levemente - Venha me abraçar, Tammy... - ela se sentou no sofá e limpou o rosto, abrindo os braços ma minha direção -

Estiquei os braços e a peguei no colo, sentando so sofá e colocando ela no meu colo, rodeando seu corpo com meus braços, num abraço confortável e caloroso. Ela retribuiu, apertando seus braços em volta de meu pescoço e mordendo minha blusa, cessando o choro.

- Não chore, Tammy-ah... - beijei sua bochecha, separando o abraço e ela se sentou de frente para mim, apoiando as mãos no meu peito -

- Não vai, kookie... - ela disse, manhosa e eu desviei o olhar, tentando não ceder -

- Eu também não queria ir, princesa... - beijei a ponta de seu nariz - mas eu prometo que voltarei logo, ou você pode ir me visitar, minha Omma também está com saudades de você, pode ser? - ela assentiu e me abraçou novamente, retribui, dando beijos contínuos em sua bochecha, o que a fez rir e eu olhei para a porta. Seokjin estava parado, encarando a cena com um sorriso grato no rosto. Me levantei com ela no colo e a segurei com um braço, enquanto o outro, tirava os fios de cabelos que tampavam seus olhos - Me promete que vai me visitar?

- Prometo, kookie oppa! - ela sorriu e escondeu o rosto no meu pescoço -

- Eu te amo, princesinha... - coloquei ela no chão e segurei suas pequenas mãos, olhando no fundo dos olhos dela com um sorriso enorme no rosto -

- Eu também te amo, muito, muito, muito... - sorri e beijei sua testa, antes de seguir até a porta e bater de leve no ombro de Seokjin, que se despediu da prima e dos tios e seguiu até o carro -

Coloquei meus fones de ouvido e coloquei uma música qualquer para ouvir enquanto olhava a paisagem verde pela janela. Suspirei, já com saudades de Tammy e suas risadas escandalosas que tanto me contagiavam. Saudades de Taehyung, de tudo nele. As lágrimas queriam cair novamente, mas eu não permiti, eu não poderia estragar a viagem.

- Essa viagem te fez bem, não é? - tirei meus fones e Namjoon deu partida -

- Sim... Precisava ver Tammy para esquecer de tudo a minha volta - Seokjin sorriu, assim como Namjoon - Do que estão sorrindo?

- De você... - Seokjin se virou para mim - sei que está triste por taehyung, mas é tão linda a relação que você tem com Tammy, ela te ama mais do que me ama

- Isso não é verdade... Você é primo dela, ela deve te amar muito mais

- Quando eu venho visitá-la, ela não corre para fora de casa para me abraçar e não chora quando eu vou embora - ele falou num tom ciumento e eu ri escandalosamente -

- Está com ciúmes, Jin? - ergui uma sobrancelha e ele negou com a cabeça, desviando o olhar. Namjoon apenas ria do namorado - Está mentindo, te conheço. Não minta para mim, hyung - ele bufou e assentiu com a cabeça -

- Ok, eu estou com ciúmes... - ri mais ainda e Namjoon me acompanhou, recebendo um tapa na perna -

- Tudo bem se ela me amar mais, você ainda tem um grau de parentesco com ela, eu sou só um amigo do primo dela que acabou virando amigo dela também

- Você está mais para irmão do que amigo - Namjoon interviu e Jin o fuzilou com o olhar - Não ta mais aqui quem falou

- Você esqueceu Taehyung por um tempo, não é? - dei de ombros, não querendo chorar novamente -

- Ergh... - cocei a cabeça - quando estou sozinho e pensando um pouco, eu só consigo pensar nele e no que irei fazer agora... Eu chorei muito, porém sem barulho para não chamar a sua atenção e fazer com que você ative seu modo super protetor - ela me fuzilou e eu joguei as mãos para o alto, me rendendo -

Olaaaa!!! Tudo bem com vocês! Me perdoem por ter demorado para postar, é que esse capítulo é maior grande e eu tive que revisar, também demorei muito para escrevê-lo. Bom, espero que tenham gostado!

Ah, mais uma coisa... Eu estarei revisando a fanfic inteira, então não estranhem se a notificação que eu atualizei todos os capítulos aparecer, ok? Não irei alterar nada do conteúdo, só irei corrigir os erros ortográficos.

Beijosss

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