Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

⚔️ Thirty eight ⚔️

Boa leitura 💜

" Morte, anjo ferido, coração partido, espelho de ambições de desejos e paixões, do começo ao fim, entre laços do coração, sentimento, partido, alma, além do destino. O sentimento traz marcas profundas, nem mesmo um anjo escapa do amor, olhe meu coração e sinta minha dor. Veja as feridas que você as fizeram, que sangram.

Taehyung POV

Meu coração doí como nunca doeu antes. Eu não continha as lágrimas que deixavam meus olhos e os gritos, que escapavam da minha garganta. Meu coração batia a mil. Meu peito se contraia, subindo e descendo, me deixando eufórico e louco. Não conseguia decifrar o que eu sinto. Não sei se é arrependimento, dor, tristeza, culpa, medo ou simplesmente amor. Em meio a tudo isso, há algo errado, assim como há algo certo. Eu fiz a coisa certa, fiz o que acho que tinha que fazer, fiz o que meu consciente mandava e meu coração negava. Ninguém sabe até onde eu tentei resistir para deixar esse acontecimento quieto e deixar que a vida fluisse do jeito que eu queria e do jeito que tinha que ser. Eu já senti a falta dele desde o momento em que mandei ele me deixar em paz. Eu já queria me matar apenas por ter falado aqui, mesmo sabendo que não era a verdade, foi apenas a tensão do momento.

Eu não queria ter feito isso, mas eu precisei. Uma coisa que eu não aceito é a mentira. Talvez eu tenha passado dos limites em não ter deixado-o falar e talvez me explicar. Eu posso sentir sua dor, angústia e tristeza daqui, mesmo a quilômetros de distância, mesmo em outra cidade, eu posso sentir. Conseguia sentir seu cheiro, por mais incrível que possa parecer, seu cheiro ainda está impregnado no meu corpo, nas minhas roupas, no meu nariz, no meu cérebro e no meu coração.

Eu não fui para casa desde sexta, Mark me levou para a casa que ele e Jackson alugaram. Ligaram para a minha mãe, explicando, por metade, a situação e a mesma disse que tudo bem, que quando eu estiver melhor era para mim voltar para casa. Mark e Jackson já não sabiam o que fazer para me fazer ficar bem. Eu não sentia fome, muito menos sono. Só queria morrer e voltar ao tempo, concertar o que eu fiz, pelo menos assim eu teria ele ainda. Teria seu abraço, seu beijo, seu cheiro, sua voz, suas carícias e seu amor perto de mim.

- Tae-yah, por favor... Você precisa comer - Jackson apareceu na minha frente com comida chinesa, estendendo para mim. Neguei com a cabeça, apertando mais ainda meus joelhos contra meu peito e cobrindo meu rosto com o edredom de Mark - Kim Taehyung! Você vai passar mal - ele se sentou no braço do sofá, deixando a comida na mesa de centro e colocando a mão nos meu cabelos desengonçado, começando um carinho ali -

- Não estou com fome - minha voz saiu fraca e arrastada, devido ao choro intenso e continuo -

- Tae... Eu não sei mais o que fazer, você não come, não dorme, nem sequer levantou desse sofá - ele passou a mão pelos cabelos fortemente, mostrando o quão irritado ele estava - Pelo amor de deus! Come um pouco - ele pediu, carinhoso, voltando a pegar a comida -

Assenti, abrindo a minha boca devagar, que estava branca e seca. Ele sorriu, pegando o hashi e levando ao pote, ele pegou um pouco de macarrão e colocou na minha boca. Fechei a mesma e mastiguei, sentindo o tempero da comida chinesa invadir meu paladar. Engoli e abri a boca de novo, apressado. Bati de leve na coxa de Jackson e ele riu da minha situação, colocando mais um pouco na minha boca.

- Viu? Estava com fome, não é? - Mark apareceu na escada, de braços cruzados, pijama, o rosto amassado e oa cabelos bagunçados. Ele ficou sexta e sábado acordado comigo, tentando me acalmar. Assenti e Jackson me beijou na bochecha, antes de colocar mais um pouco na minha boca - Quer um suco? - assenti e ele foi para a cozinha -

- Seu rosto já está mais rosado, pequeno... - Jackson acariciou minha bochecha, jogando as mechas atrás da minha orelha - Você precisa se alimentar e se cuidar melhor, ouviu?

- Sim, Jackie... Desculpe - soltei baixinho e abri os braços, rodeando sua cintura com força -

- Ta tudo bem... - ele retribuiu o abraço e Mark logo apareceu ao meu outro lado, me estendendo o copo com suco de laranja natural -

- Obrigada, hyung - beberiquei um bom gole e beijei sua bochecha, em forma de agradecimento -

- De nada, viu como comida resolve tudo - eu e Jackson rimos da fala do omega mais velho e ele acabou rindo junto - Está melhor? - coloquei o copo na mesa e fui mais para o lado, deixando Jackson se sentar no sofá. Assenti, mas lá no fundo, ainda estava mal e a beira de um penhasco -

- Não minta para nós, Taehyung - Jackson advertiu e eu escondi o rosto na palma das mãos -

- Tudo bem... Ainda estou meio indisposto e cansado, mas em geral, estou bem

- Não, Tae... - Mark negou - estou falando do seu coração - ele colocou minha não no meu próprio peito e eu olhei no fundo de seus olhos -

- Nem eu posso explicar, é uma mistura de arrependimento, culpa, dor, tristeza, angústia, mas principalmente amor - Mark e Jackson inclinaram o corpo para frente, olhando para mim com o cenho franzido -

- O que? Como você pode sentir amor com uma coisa dessas? - Jackson perguntou -

- Porque eu sei que mesmo que formos ficar separados, nosso amor não vai morrer, não vai diminuir a intensidade, não vai virar ódio. Ele só vai aumentar, florescer, se preservar até a nossa morte. Amor é amor e apesar de estarmos um longe do outro, ainda nos amamos

- Como você pode pensar assim? Olha a merda que ele fez - Jackson se irritou, jogando as costas com força no sofá -

- Jackson! Você... - Ele apontou para Jackson - e principalmente você, Taehyung - ele aumentou o tom de voz - estão julgando o Jungkook sem nem mesmo saber a verdade, vocês não viram o olhar que ele olhava para Taehyung quando fui buscá-lo, não viram o desespero na sua fala, vocês não viram nada e não podem julgá-lo. Você, Jackson, não pode falar nada, não pode falar que Taehyung está errado, que ele não pode sentir amor, você não pode falar nada. Literalmente nada. E você, Taehyung, não podia ter feito o que fez sem deixar ele falar, não podia simplesmente mandar ele te deixar em paz se você mesmo não quer, não pode acabar com tudo sem uma explicação visivelmente boa - ele falou, exaltado. Jackson e eu olhávamos atentamente para ele, estranhando o modo, já que nunca vimos ele assim. Ele cuspia as palavras com certeza, enquanto gesticulava com as mãos, fuzilando eu e Jackson com os olhos -

- Esta defendendo ele, Mark? - Jackson se pronunciou, esperando Mark se acalmar -

- Estou! - ele estufou o peito, encarando o seu alfa - Você também deveria, Jackson - ele deixou os ombros caírem, diminuindo o tom de voz, não querendo causar intrigas entre os dois - Acha que se ele te traisse, ele choraria e sairia correndo atrás de você? Acha que se ele te traisse te beijaria e te abraçaria todo dia? Acha que ele diria o quando te ama? Acha que ele iria continuar com você se tivesse te traido? Acha mesmo que ele é capaz disso? - dei de ombros, sem saber o que fazer - Vocês estão pensando errado sem ter uma prova para estarem contra ele. - abaixei a cabeça, envergonhado e Jackson também fez o mesmo, cedendo ao próprio omega - Se Jungkook precisasse de mim nesse exato momento, ou se precisasse conversar, eu iria, porque não tem nada que me prende aqui, não tem nada que me impeça de tentar entender o que está acontecendo. Vocês sabem que não sou de brigas, não sou de me intrometer, então não me peçam para escolher lados, não me peçam para ficar contra alguém, aliás, fingam que eu não existo quando o assunto é isso - ele bufou, recuperando o fôlego -

- Mark está certo, Taehyung! - Jackson cedeu e eu o olhei incrédulo -

- Vocês não são eu para saber o que sinto e o que penso, não podem me falar o que fazer. Não sentem o que sinto por ele e não sabem o quanto isso dói em mim - soltei como uma bomba, já com o coração nas mãos e as lágrimas nos olhos -

- Não mesmo! Não podemos te obrigar a falar com ele nem se resolverem. Não podemos te obrigar a aceitar o fato que está errado e que precisa deixá-lo explicar. Não podemos porque não somos você - Mark apontou para mim, com um semblante sério e desafiador - Somos seus amigos, os que sempre cuidaram de você, acha que não sei que está arrependido e quer voltar atrás? - dei de ombros e Mark continuou a falar - Não me subestime, Taehyung... Mas acha que nunca senti isso? Nunca pensei que estava certo mas na verdade estava completamente errado? Nunca pensei que fui traído pelo cara que está comigo até hoje? Taehyung, me escute... - olhei para ele, com um olhar desafiador - Você está errado e estará errado afinal de contas

- Não, eu não estou errado! - neguei várias vezes com a cabeça -

- Bom, você tem a minha palavra... Se realmente acha que está certo, pare e pense em tudo que viveram, em tudo que ele te falou, todas as vezes que ele se declarou, tudo. Pense nas mensagens desesperadas que ele te mandou sexta, pense em como ele está chorando e gritando por você. Só pense nele e tente achar o erro nisso tudo. As palavras vieram de Jihyo - ele se levantou e caminhou para o quarto, provavelmente indo tomar banho -

Olhei para Jackson com o olhar do tipo "O que eu faço? Me ajuda, por favor". As lágrimas já desciam sem eu perceber e a dor voltou, meu coração palpitava falhava algumas batidas, enquanto meu corpo procurava o refúgio e o aconchego dos braços de Jungkook. Meus lábios caçavam o dele. O meu corpo procurava o dele, assim como meu coração estava a procura do dele. Jackson me puxou para um abraço meio desajeitado. Retribui e apertei seu corpo, sem saber o que fazer.

- Hyung, o que eu faço? - me desvencilhei do abraço, limpando o rosto com as costas da mão -

- O que sabe fazer de melhor, Taehyung - Jackson deu de ombros, claramente sem saber o que fazer -

- Que seria...?

- Fazer as pessoas felizes com pequenos atos - frazi o cenho, encolhendo os ombros -

- Isso não faz o menor sentido, Jackson!

- Não acha que se você der um oi para ele, ele não iria sorrir pelo resto do dia? Não acha que se sorrisse para ele, ele ficaria igual um idiota sorrindo e pensando em você? Pequenas coisas, se feitas com amor e carinho, se tornam enormes - Jackson completou a fala sem sentido, que começou a se encaixar - Olha... Mesmo que esteja magoado com tudo, com a mentira e a verdade, não deixe de falar com ele, não deixe de olhar nos olhos dele, não deixe de sorrir para ele, não deixe a magoa afastar ele de você, não deixe de sentir amor por ele, tudo bem? - assenti e ele sorriu para mim, retribui e ele tombou a cabeça para trás -

[...]

- Certeza que quer me levar a escola? Eu já posso ir sozinho - perguntei, assim que deixando a minha casa, já que tínhamos ido para lá essa manhã para mim me trocar -

- Tenho... - ele entrou no banco do motorista e eu no do passageiro - você ainda não está totalmente disposto, não dormiu bem essa noite e ainda não está se alimentando - suspirei e ele deu partida -

- O que eu faço se Jungkook estiver na porta me esperando? - olhei para ele, com os olhos um tanto arregalados, num expressão inocente e fofa -

- Falar que quer falar com ele, aliás ele tem uma punição a cumprir, então é melhor vocês conversarem em casa do que na escola, porque provavelmente ele vai dar um show e você também. Acho que nem você nem ele querem ficar ouvindo rumores da briga do casal, não é? - assenti e olhei para a janela, vendo a casa de Jungkook passar e o mesmo abrir a porta lentamente. Os cabelos arrumados, as olheiras visíveis, os ombros caídos, e um olhar de dor, tristeza e saudade. Mark acelerou mais ainda ao me ouvir suspirando e tocando o vidro com a ponta dos meus dedos - Sente saudades?

- Óbvio! - murmurei, abaixando a cabeça e vendo as gotículas de lágrimas caírem sobre minha calça jeans -

- Sabe que foi você que fez isso para os dois, não é? - bufei, Mark ficou enchendo meu saco esse final de semana inteira falando que eu estava errado, que eu não deveria ter feito isso, que a saudade que cresce no corpo de ambos é minha -

- Até quando você vai ficar jogando na minha cara? Porra, Mark, a vida é minha, eu faço minhas escolhas e decisões, tanto boas quanto ruins. Que saco! - falei em tom grosseiro e ele deu de ombros, parando o carro na frente do portão -

- Te vejo hoje?

- Te mando mensagem... - ele assentiu e eu sai do carro -

[...]

- Você está bem, Tae? - Yoongi me cutucou sem a professora perceber. Neguei com a cabeça e voltei a deitar a cabeça nos braços - O que você tem?

- O que você acha que eu tenho? - perguntei grosseiro - Desculpe... - ele sorriu fraco - Jungkook veio a escola?

- Sim, porque? Aliás estava correndo pela escola inteira atrás de você - arregalei os olhos, virando para trás por inteiro, sem me importar com a professora explicando. Já que estávamos no fundo da sala, ela nem iria perceber -

- O que? Como sabe? - ele deu de ombros -

- Porque ele veio falar comigo, ele precisava urgentemente falar com você.

- O que você, Yoongi? - revirei os olhos e voltei a olha-lo -

- Eu disse que você o esperaria na saída da escola para irem embora juntos - arregalei os olhos, sentindo meu coração acelerar -

- Você o que? Porque fez isso? Eu não vou embora com ele nem que me paguem - cruzei os braços, olhando de relance para a professora, que explicava atentamente -

- Taehyung, pare de cu doce! Se nunca falar com ele, nunca irão se resolver. Se dependesse de você, vocês nunca mais iriam se falar. - bufei e assenti, voltando a atenção para a professora -

[...]

- Hyung, você acha que o Jungkook vai tentar alguma coisa quando me ver? - deitei a cabeça no colo de Jimin, brincando com uma folha no gramado do pátio -

- Sinceramente acho que não... Você mudou ele de uma forma sobrenatural, as chances dele tentar algo são mínimas... Antes de você entrar na escola, o Jungkook ia atrás do que ele queria, ele gritava e forçava as pessoas a darem tudo que quer, ele machucava e deixava as pessoas intimidadas. Ele tinha nojo por ômegas e via eles como um "brinquedo sexual" - Jimin fez aspas com os dedos, me fazendo arregalar os olhos - você mostrou um novo universo para ele, mostrou que tudo que ele fazia nunca valeu a pena e nunca iria valer, você ensinou ele a amar e a respeitar, cuidar e proteger... Você transformou o Jungkook em outra pessoa, Taehyung... E você é o único que não enxerga o que fez, as vezes parece que exageramos dizendo que você foi um anjo e praticamente um deus quando entrou na vida de Jungkook e o mudou, mas não é... Você realmente foi um Deus até agora na vida de todos. Sabe, ele aprendeu que ele não pode mudar a opinião dos outros e forçá-las contra a própria vontade, ele aprendeu que privacidade é algo que não devemos nos intrometer e se você acabou tudo é porque tinha um motivo, assim como ele vai ter um motivo para tentar reconciliar a relação de vocês...

- Como tem tanta certeza que ele não vai tentar nada?

- Porque ele está a praticamente cinco metros de distância de nós, fixando seu olhar aqui, na verdade, em você, provavelmente se segurando para não correr até aqui, chorar, te beijar e só falta te pedir em casamento - ri baixo e me sentei, procurando ele com os olhos e eu achei. -

Achei a imensidão de tristeza e dor em seus olhos, que costumava ser de alegria e felicidade. Achei seu corpo perfeitamente desenhado e seus cabelos macios e arrumados. Achei seus lábios macios e quantes. Eu achei ele. Só não podia mais me machucar. Ele sorriu minimamente e acenou para mim, com um olhar triste. Acenei de volta e Seokjin olhou para minha direção, sorrindo triste e puxando Jungkook para fora do pátio.

As lágrimas desceram novamente como um rio numa correnteza forte e abundante. Jimin me abraçou de lado, colocando minha cabeça em seu ombro. Yoongi apareceu em nosso campo de visão, com uma porção de batata frita e três refrigerantes nas mãos. Ele sabia como me alegrar, pelo menos nos outros dias, hoje já não.

- Jiminie... - chamei manhoso, me endireitando - eu tenho saudades dele... - fiz um beico fofo e cruzei os braços, virando a cabeça e impedindo Yoongi de colocar uma batata na minha boca -

- Eu sei, Tae... Eu sei... - ele suspirou, bebericando a coca-cola - só não esqueça que você não sabe a verdade, assim como foi você que fez isso acontecer... - mandei a língua a ele e Jimin e Yoongi riram, me contagiando -

- Aish... Até vocês, já não basta o Mark... - eles riram mais ainda e por um momento eu esqueci de tudo a minha volta e me concentrei naquele momento -

Fixei meu olhar em um ponto fixo da grama, viajando em todas as memórias da minha vida e eu percebi que as melhores memórias foram com Jungkook ou ele está em alguma, tanto os melhores quanto os ruins. Não importava onde nem quando, sempre será bom de Jungkook estiver junto e me fazendo sorrir igual um idiota e me sentir feliz como nunca senti antes. Sempre será bom ter a companhia dele, seja no silêncio ou no barulho. Sempre será bom ouvir a voz dele e poder gravar como um disco no meu cérebro, para mim poder reproduzir sempre que eu quiser e onde eu quiser. Tudo é bom, se ele estiver junto.

Eu posso ter errado, posso estar certo, posso ter sido estúpido e egoísta, mas eu nunca vou me arrepender de ter conhecido ele, abraçado-o, beijado-o e eu NUNCA vou me arrepender de amar ele e poder saber que esse sentimento é recíproco e verdadeiro, mais forte do que nunca e resistente pelas correntes que entrelaçam nossos corações, almas e corpos. E sem perceber, eu estava sorrindo largamente, olhando para a grama e lembrando da vez em que fomos ao parque, ficamos deitados na grama, rindo e conversando sobre assuntos aleatórios e sem sentido.

- Taehyung? - Yoongi passou a mão na frente do meu rosto, mas eu ainda viajava nas melhores memórias que eu tive na minha vida - TAEHYUNG! - ele berrou algo que parecia fazer sentido, mas na minha cabeça, era uma palavra muito desconexa e sem sentido -

- KIM TAEHYUNG! ACORDA PARA A VIDA! - Jimin berrou no meu ouvido e eu finalmente despertei do meu transe. Balançando a cabeça algumas vezes, eu vi eles com o cenho franzido - O que deu em você?

- Só estava pensando... - sorri e eles deram de ombros -

[...]

- Será mesmo que ele não irá tentar nada? - perguntei aos dois, enquanto guardava os livros na mala. Ouvi os suspiros dos dois e logo, um tapa na parte de trás da minha cabeça - Ei!

- Taehyung, fala sério! - Jimin cruzou os braços - só falta ele te pedir em casamento e fugir com você para a China... - ele brincou, arrancando risadas baixos de Yoongi, que jogou a mala sobre os ombros e agarrou as alças. Saindo em disparada atrás de Hoseok depois de nos dar tchau -

- Não exagere, hyung... - fechei a mala e me virei de frente para ele -

- Ele está certo! - a voz grave e rouca dele ecoou pela sala vazia. Carregada pelo sono e o choro, ainda é a melhor que eu poderia ouvir, apenas para sentir meu coração esquentar e minhas pernas estremecerem, sem esquecer o aperto e a vontade de correr para aqueles braços -

- Eu ja estou indo... Boa sorte - Jimin sussurrou ao pé do mim ouvido, passando por mim e deixando eu e ele, sozinhos -

Me virei lentamente e Jungkook estava escorado na porta, com as mãos nos bolsos, os cabelos arrumados, as olheiras escuras e fundas, a imensidão de dor e tristeza em seus olhos e a saudade que estava nitidamente visível na sua figura magnífica. Me aproximei lentamente, ficando há alguns metros de distância e eu sorri verdadeiramente. Ele negou com a cabeça e se desencostou da porta, se aproximando de mim lentamente, como se ele quisesse que esse momento durasse para sempre.

- Eu posso? - ele abriu os braços e o medo de ser magoado novamente me atingiu, mas ao mesmo tempo, eu queira estar naqueles braços, sentir o calor que ele me transmite e me encaixar no melhor abraço do mundo. Eu queria ir para onde eu sempre deveria estar. Porém, o medo é maior.

- Jungkook... - suspirei, me afastando -...por favor... - ele deixou os braços caírem ao lado do corpo -

- Tudo bem, vamos? - assenti e fomos em direção ao portão principal. Um silêncio desconfortável permanecia entre nós, um silêncio que nunca ficou entre nós -

Os batimentos dele estavam um tanto alto, a respiração descompassada, como se ele fosse cair há qualquer momento. Ele suspirava e olhava de relance para mim, se controlando para não tentar algo.

- Pensei que não iria mais querer ver a minha cara - Jungkook quebrou o silêncio, rindo um pouco sem graça e fitando a calçada -

- Acho que precisamos conversar... - suspirei, querendo me aproximar e acolhê-lo em um abraço, mas não foi isso que aconteceu. - Mas não agora...mais tarde, pode ser? - olhei para ele e como se ele soubesse, ele me devolveu o olhar, doloroso e de saudade. Sorri de volta. Ele assentiu, voltando a fitar o chão -

[...]

- Bom, recebi tarefa de português, química e mais um trabalho de história - me sentei no carpete da sala e o chamei para ele se sentar ao meu lado. Receoso, ele sentou alguns centímetros de distância de mim -

- Vamos começar? - ele assentiu e retirou os livros da mala. Me levantei e me sentei na frente dele. Ele sorriu de canto e abriu os dois livros entre nós dois - Qual é a matéria de português?

- Fonética e fonologia - ele suspirou e eu o acompanhei, totalmente desconfortável com a situação -

- Fonética é o estudo dos sons e fonologia é a parte que estuda os fonemas - falei depois de ler a explicação do livro. Percebi o olhar de Jungkook queimando sobre mim - Entendeu algo?

- Naum... - ele falou manhoso e eu percebi que ele estava me provocando. Subi meu olhar e ele estava de braços cruzados e um beico gigante nos lábios -

- Não comece, Jungkook... - abaixei meu olhar de volta ao livro, me controlando para não rir e encher ele de beijos - Vamos, tire esse bico dos lábios e pegue o livro - ordenei, com a voz brincalhona e a risada gostosa dele ecoou pelos meus ouvidos e naquele tempo, eu não me vi com dor e saudade. Eu me vi na nossa bolha, onde sempre nos encontramos quando estamos juntos. Não me contive e acabei rindo junto -

- Eu vou sentir falta disso... - ele falou, enquanto nossas risadas cessavam aos poucos e ele me lançava aquele olhar apaixonante e brilhoso. Retribui o mesmo olhar, tentando passar que eu o amo -

- Eu também, Jungkook...eu também... - suspirei e eu me contive para não abrir os braços e pedir o seu refúgio e seu calor humano -

Ele pegou o caderno e um lápis, colocando sobre as pernas. Ele olhou uma última vez para mim, antes de pousar a ponta do lápis na folha com força, deixando com que suas veias da mão, saltassem para fora. Ele suspirou, sabia que estava com raiva e triste, sabia que queria uma explicação vindo da minha parte, talvez não seja a hora certa para gritar e descontar a minha raiva, talvez não seja a hora certa para deixar as lágrimas escorrerem de ambos os olhos, talvez não seja a hora de ouvir a verdade, talvez nunca chegue o momento em que teremos o nosso final feliz.

Receoso, levei minha mão à sua bochecha, fazendo ele me olhar nos olhos, com um traço de lágrimas nos olhos, os lábios franzidos e a pele quente. Comecei um carinho preguiçoso na sua bochecha, fazendo com que ele fechasse os olhos e aproveitasse as carícias. Ele deitou o rosto na palma, esfregando a bochecha ali, em busca de carinho e logo colocou sua mão sobre a minha, de leve. Não recuei, continuei com o carinho e deixando um sorriso sereno escapar de meus lábios. Uma lágrima desceu de seu olho e eu interrompi seu caminho, limpando com meu dedão e depois passando o dedo sobre seus olhos, tirando qualquer vestígio de lágrima. Apesar de estar triste e magoado com ele, não consigo o ver chorar. Meu coração se parte ao meio e amolece, fazendo com que eu não consiga me controlar nas minhas ações.

- Por favor, não chore... - pedi e ele fechou os olhos novamente com força, tentando impedir as lágrimas de descerem - eu não quero te ver chorando, hyung...

- Então volta para mim... - ele pediu numa súplica e eu afastei minha mão lentamente de sua bochecha - Eu não entendo, Taehyung... Não entendo o que aconteceu com você na sexta, não entendo com o que ficou raivoso e triste... Eu juro que estou tentando entender, mas tudo parece difícil e complicado, parece que estou num labirinto e que nunca mais vou achar o caminho de volta. - ele soltou como uma bomba, passando a mão pelos cabeloa fortemente, num ato nervoso - Pelo amor de deus, me explica - ele implorou -

- E VOCÊ AINDA PERGUNTA? - gritei, falando firmemente - Depois de tudo que fez, ainda ousa em pedir uma explicação? Justo para mim? - apontei para o meu peito -

- PORRA, TAEHYUNG... - ele gritou e eu me encolhi por medo. Ele percebeu e abaixou o tom - Você nem sequer me explicou o porque de ter acabado tudo, simplesmente acabou com tudo com um simples "sim". Eu não te entendo.

- Não me entende? Agora eu que preciso te dar uma explicação? - indaguei, com a voz firme e forte - Acho que quem precisa dar uma explicação é você, nao eu...

- Talvez se você me explicasse o motivo de tudo que está acontecendo, você não sabe o quão eu sofri esse final de semana, o quanto eu chorei e clamei por você, não sabe quantas vezes eu queria morrer se for para não sofrer, não sabe quantas horas eu fiquei tentando entender o que aconteceu... - Sua voz voltou a ficar embargada pelo choro - Você não sabe o quanto eu te amo e te quero de volta...

- PARA! PARA COM ISSO, JUNGKOOK! NÃO VÊ O QUE ESTÁ FAZENDO? - gritei, forçando a voz para a mesma continuar firme e forte -

- NÃO, TAEHYUNG! EU NÃO VEJO O QUE ESTOU FAZENDO, PORQUE EU SIMPLESMENTE NÃO FIZ NADA! EU NÃO VEJO O QUE ESTOU FAZENDO PORQUE VOCÊ TOMOU CONTA DE TODOS OS MEUS PENSAMENTOS, SONHOS, OLHOS, VOCÊ TOMOU CONTA DE MIM, SERÁ QUE NÃO PERCEBE? - ele gritou e eu me afastei, odeio quando ele grita. Fiquei há alguns metros de distância -

- Não, eu não percebo... Que pena! - usei o tom mais irônico possível -

- Pelo amor de deus, Taehyung! Você não entende que eu não fiz nada? Não entende que eu sou a vítima de tudo? - neguei com a cabeça - Quer saber? - ele jogou todos os materiais dentro da mala, a fechando - Talvez realmente não devemos ficar juntos. E nunca deveríamos.

Aquilo quebrou meu coração em trocentos pedaços. Rasgou meu peito e estilhaçou meu corpo inteiro em pedaços impossíveis de se juntar. Parecia que eu havia morrido e agora, estivesse voando para o céu. Minhas mãos fraquejaram e minhas pernas tremeram. Minha boca se abriu e minha visão de embacou.

- Me livre da aposta! Me livre dessa merda, assim você nunca mais precisará olhar para a minha cara, imbecil! - cuspi as palavras na cara dele, gesticulando com as mãos -

- Aposta é aposta! - ele se levantou, furioso e saiu pela porta, batendo a mesma fortemente -

- MERDA! MERDA! - gritei, debatendo as mãos com força no carpete e depois, abracei meus joelhos, encaixando o rosto entre meu peito e o joelho, deixando as lágrimas virem a tona e a dor voltar, a angústia me dominar e a tristeza me consumir -

Fiquei sentado por um bom tempo na sala, abraçando meus joelhos e esperando o choro cessar. A dor e a tristeza aos poucos foi se esvaindo, dando lugar a uma raiva e desapontamento gigantesco. Meu coração palpitava fortemente, falhando algumas batidas e só faltava sair pela boca de tanto desespero e raiva que eu sentia. Como seria encarar ele amanhã sem gritar e descontar a minha raiva? Como seria ficar com ele sozinho, nessa casa? Como seria aturar ele pedindo um milhão de desculpas?


- TAEHYUNG! - SunHee arrancou com a porta, provavelmente ouvindo o meu choro lá de fora. Ela soltou as várias sacolas de compras no chão e correu em minha direção, se abaixando a minha frente, pousando as mãos nos meus braços - Hey, o que aconteceu? - ela se sentou, de pernas de índio, levantando o meu rosto. Não respondi, apenas continuei chorando - Tae, por favor... Me conte o que aconteceu! - ela implorou e abriu os braços na minha direção. Cai em seu colo, afundando meu rosto no seu ombro e apertando fortemente seu corpo -

- Ele é um imbecil mais imbecil do mundo dos imbecis! - disse entre fungadas, tentando controlar a minha respiração descompassada -

- O que ele disse, meu amor? - ela afastou o rosto, para olhar na minha direção enquanto afagava meus cabelos -

- Eu não quero falar! Eu quero que ele vá para o inferno e nunca mais volte! - falei um tanto alto, desesperado -

- Shhh... Calma, tá tudo bem agora. - ela beijou minha testa e começou a me balançar de leve, como se fosse me ninar -

- Não sou mais um bebê, noona... - disse, com a voz brincalhona e ela riu junto -

- Poderia ser... Lembra de quando você era mais novo e nós brincávamos junto lá em Daegu? Corríamos de um lado para o outro, gritando e rindo igual uns idiotas... - ela disse, recordando os nossos momentos. Fechei os olhos, imaginando a nossa casa em Daegu, o quintal enorme e verde, a piscina gigantesca, meu quarto pintado com um verde claro, com estrelas brancas no teto que brilhavam no escuro. Minha cama branca e preta. Os brinquedos espalhados pela casa inteira e meus pais e SunHee me mandando guardar -

- Queria poder voltar ao tempo e reviver tudo isso de novo! - me senti frágil e indefeso. Submisso e fraco. Eu me sentia um nada. Simplesmente um nada. - Sinto tanta falta daquela época, noona

- Eu também, Tae... - me afastei e passei a mão pelo rosto, afastando todos os vestígios de qualquer lágrima que eu me recuso dar aquele alfa -

- Para que todas as sacolas? - apontei para as várias sacolas no chão -

- Sua Omma convidou Mark e Jackson para virem jantar aqui hoje! - ela disse animada - Ela pediu para te avisar que se quiser convidar seus amigos tudo bem... - assenti e me levantei, ela seguiu meus movimentos. Ajudei-a com as sacolas e levei até a cozinha, colocando tudo no balcão central -

- O que vai fazer?

- Para o jantar, sua mãe que vai cozinhar... Agora, para te animar, que tal japchae? Hum? - assenti freneticamente, dando pequenos pulinhos, enquanto batia palmas -

( N/A: quem não sabe, japchae é um prato doce de macarrão frito e legumes)

- Posso ajudar? - ela assentiu e me chamou com as mãos, segurando um avental com pequenas melancias na mão -

Se eu escrevesse uma Fanfic de Yoonmin, vocês leriam?

⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️

VOTEM(⭐) e COMENTEM(💬) PLEASE!!! (^_-)

Gostaram do capítulo???

Espero que sim... 💜💜

Adicionem a biblioteca📚📚📚

Amo vocês💙

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro