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⚔️ Seventy Six ⚔️

Boa leitura 💜 (ESPECIAL ANO NOVO)

"Apague as memórias ruins, segure em minha mão e sorria. Está tudo bem, conte até três e esqueça."

N A R R A D O R

Jimin [chat on]

Oi, Jungkook [23:30 pm]
Não sei onde ela está, não me responde e não me atende.[23:30 pm]
Estou preocupado com ela, mas minha mãe e nem meu pai me deixa ir atrás dela. Pensei que você iria. Sinto muito por isso estar afetando seu relacionamento com Taehyung, sinto muito também por estar envolvendo vocês. Não precisam mais ajudar, se quiserem, acho que não tem mais para onde ir e não tem mais o que procurar. O único jeito é uma denúncia, mas ela não aceita. [23:34 pm]
Amanhã te explico tudo. Vê se resolve as coisas com o Taehyung, ele não para de mandar mensagem no nosso grupo dos omegas. Boa noite, hyung. [23:35 pm]

Ok, Jimin. [23:40 pm]
Vai ficar tudo bem com ela, eu espero. Vou fazer o meu possível para ajudar, mas você sabe que priorizo minha relação com o taehyung. [23:40 pm]
Boa noite. [23:41 pm]

Jimin [chat off]

E no dia seguinte, Jihyo estava na porta do apartamento.

[...]

Assim que Jihyo entrou no banheiro para tomar um banho rápido, Jungkook desabou em raiva. Começou a xingar e se irritar com tudo à sua frente. Estava sendo educado e cumprindo com sua palavra, assim como lhe foi ensinado. Mas também foi ensinado a sempre seguir seus princípios e ouvir seu coração, porque não confiar em si é o pior jeito de seguir em frente e resolver seus problemas. Foi ensinado por seus pais e por Taehyung que nada deverá vir acima de si mesmo, nem mesmo um amor.

Mas deixar Jihyo na mão não o tornaria um grande filho da puta?

[...]

- O que você quer, Jihyo? - Taehyung perguntou quando a menina saiu do banho e se sentou na mesa de jantar, de frente para o ômega.

- Preciso de di... - começou a falar, mas Jungkook bateu tão forte na bancada de pedra da cozinha que sentiu sua mão latejar e ficar dormente. - nheiro.

- Não vou te dar dinheiro. - o Kim olhou sério para Jungkook quando ouviu. - Você não precisa do meu dinheiro e não fará bom uso dele. Se for só isso, pode ir embora.

- Eu preciso ir embora da Coreia hoje a noite, Jungkook. Eu e minha mãe. Por favor - a garota tinha a voz tomada pelo desespero.

- Eu te dou dinheiro, Jihyo. - Taehyung se pronunciou, já sacando o celular do bolso. - De quanto você precisa?

- Preciso de...

- Não! - Jungkook interviu. - Você não vai dar dinheiro para ela fugir do país e de seus problemas. Ela não tem consciência do que está falando, não sabe nem aonde está e muito menos o que aprontou antes de vir para cá.

- O que... eu não sei do que está falando, Jungkook. - Jihyo franziu os olhos, tremendo.

- Ah, sabe muito bem. Não se faça de sonsa, garota. - Taehyung o fuzilou com o olhar quando percebeu o tom rude e grosso do namorado.

- Jungkook, do que está falando? - o Kim se levantou.

- Você pode querer fugir dos seus problemas enormes o quanto quiser, pode tentar mudar de cidade, mas eles sempre vão estar com você até os resolver de uma vez por todas. Eu disse que te ajudaria e eu realmente vou, porque sou um homem de palavra, mas não aceito você vir na minha casa em plena manhã pedir o meu dinheiro para fugir.

- Não estou entendendo o problema, Jungkook. - Taehyung cruzou os braços.

- Ela está drogada. - Jihyo arregalou os olhos e logo se encolheu quando Jungkook lhe lançou um olhar julgador para si.

- Eu não sei do que está falando, Jungkook. Eu não estou drogada, porque acha que eu faria isso? - tentou manter a postura, mas já fora exposta.

- Você se olhou no espelho? Viu a vermelhidão nos seus olhos? Suas mãos não param de tremer. Acha que isso vai resolver seus problemas e colocar seu pai atrás das grades? - chegou perto de Jihyo e segurou seus pulsos.

- Eu não quero ele atrás das grades, Jungkook, eu quero ele morto, mesmo que eu tenha que matar ele. - gritou, os olhos cheios de lágrimas. Tentou se soltar do aperto do outro, mas foi em vão.

- Jihyo, isso... - Taehyung começou a falar, mas Jungkook pediu, silenciosamente, que ficasse quieto.

- Eu entendo, Jihyo, mas você... - Jungkook a soltou.

- Não, Jungkook, você não entende o que é ter um pai agressivo, você não entende o que é ser silenciada e julgada pelo próprio pai, não sabe o que é ver sua mãe sendo assediada pelo próprio marido na sua própria casa! - berrou aos prantos . - Você sempre foi o playboyzinho famoso, rico e bonitão da escola e por mais que tivesse muitos problemas, isso nunca foi um deles. Sua família é perfeita e você é idiota o suficiente para não dar importância e não saber o valor.

- Ok, Jihyo, é melhor parar por aqui. - Taehyung pediu, vendo que Jungkook começava a se irritar.

- Por mais que vá me ajudar, no fundo você só me quer fora da sua vida, não é isso? Ou agora eu estou alucinando? Drogas não me impedem de ler seu olhar. Você... é um lixo.

- PARK JIHYO! - Taehyung gritou, eufórico com a situação que a garota estava causando.

- Você sempre foi o garoto que eu era apaixonada, mas eu percebi o quanto você cresceu e está feliz, mas você não percebe isso em mim. Não vê que eu não sou mais a garota infantil e estúpida de antes? Eu cresci, Jungkook, eu amadureci, mas as suas memórias de mim continuam no inferno que eu te causei e te impedem de ver o meu eu de agora. - continuou gritando, em meio a lagrimas. Jungkook apertava o punho, sem demonstrar nenhuma expressão.

- Por favor... - Taehyung balbuciou.

- Você, Jungkook, não entende e nunca vai ser capaz de entender o que eu estou passando. - respirou fundo, tentando se recompor, mas tinha tanta coisa para falar ainda.

- Acabou? - o alfa cruzou os braços, erguendo as sobrancelhas.

- Não.

- Então, continua. Vai, Jihyo, fala mais. Aliás, o que isso vai ajudar nos seus problemas? - foi sincero e Taehyung agarrou sua blusa.

- Você acha que eu viria atrás de você para me ajudar? Jungkook, você é o adulto mais adulto que eu conheço e tenho confiança. Eu não vim por opção. - limpou as lágrimas. - Eu tenho muito remorso por você. Você causou isso na minha família e mesmo assim eu estou aqui na sua casa esperando você me dar uma saída melhor.

- Não o culpe pelos problemas de sua família, Jihyo. - Taehyung se pronunciou, borbulhando de medo e raiva.

- Esses problemas começaram desde a última vez que te vi no colegial.

Jungkook queria gritar com o que estava ouvindo. Era culpa dele que a garota era atiçada e ficava o provocando todos os dias? Era culpa dele que Jihyo estava metida nesses problemas?

- Pessoas não mudam, mas melhoram. - o olhou nos olhos.

Jungkook ficou a olhando por minutos para se certificar que o discurso tinha acabado e quando teve certeza, foi embora do apartamento.

- Você passou dos limites.

[...]

- Jungkook! - Taehyung o alcançou ainda na portaria do condomínio. Segurou-o pelo pulso e o virou para si, de medo que ficasse frente a frente para ele. - Vem, vamos voltar para casa.

- Eu vou andar um pouco, amor. - disse sem emoção alguma.

- Eu vou junto.

- Não, bebê, deixa eu ficar um pouco sozinho. - disse com carinho, segurando o rosto do namorado nas mãos. Taehyung segurou seus pulsos e sentiu a frieza que as mãos de Jungkook estava.

- Não quero você andando por ai sozinho, hyung.

- Ainda está de manhã, Tae, nada vai acontecer. - sorriu sereno, acariciando a bochecha dele.

- Não, Jungkook. Vamos voltar para casa. - tentou o puxar na direção do prédio, mas o alfa resistiu. - Por favor, vamos... - o puxou mais uma vez. - por favor... - o puxou novamente, com um pouco mais de força.

- Eu não quero ver ela, Taehyung. - disse, se soltando do aperto do mais novo.

- Ela está em outro quarto, eu disse para ela descansar um pouco. - Jungkook suspirou. - Vamos para casa, Kookie, - pediu carinhosamente, sentindo a brisa fria bater em seus braços expostos.

- Não quero, Tae. Não quero ir para casa. - insistiu mais uma vez, mas Taehyung não baixou a guarda. - O que você tanto quer fazer em casa?

- Nada, eu só não quero que você fique na rua logo de manhã. - foi sincero e estendeu a mão para Jungkook voltar voluntariamente e não forçado.

- Eu volto em uma hora.

Taehyung não respondeu, continuou com a mão esticada, olhando para Jungkook na esperança de que conseguisse o levar para casa. Passou-se minutos quando finalmente Jungkook cedeu e com um sorriso fraco no rosto, envolveu os ombros do namorado em um abraço forte e apertado. Taehyung abraçou a cintura fina e sorriu satisfeito.

- Vamos para casa. - afirmou e o Kim acenou com a cabeça.

Quando entraram na casa, não viram Jihyo na sala e nem na cozinha. Foram direto para o quarto e a caminho, puderam ouvir a televisão do quarto de visitar ligada. Um alívio percorreu o corpo de Taehyung por saber que a garota não tentara ir embora.

Jungkook se jogou de bruços na cama, enterrando o rosto em seu travesseiro fofo, resmungando alto e nervoso. Taehyung trancou a porta, fechou as cortinas e se deitou nas costas do namorado, o reconfortando. Encaixou o rosto na curvatura do pescoço de Jungkook e depositou um beijo quente e rápido, sentindo os pelos do local se eriçarem.

- Tae..

- Sei que as coisas não andam muito bem entre a gente, amor. - resmungou enquanto depositava beijos no alfa. - Me desculpe por ter te forçado a fazer algo que eu sei que não era da sua vontade. Me desculpa de verdade por isso...

- Tudo bem.

- Não se preocupe com essa situação, a gente vai conseguir resolver e logo estaremos de volta com a nossa vida. Eu não queria causar nada disso, eu sei que eu dei início a toda essa confusão que estamos. Me desculpe.

- Pare de pedir desculpas, a palavra final foi minha. - se virou, ficando cara a cara com taehyung, que ainda estava em cima de si.

- Eu coloquei nosso relacionamento na beirada de um precipício. Eu não tinha noção do que isso podia causar e eu não estou me fazendo de vítima, eu só não quero mais ficar brigada co você. - disse e Jungkook segurou seu rosto. - Eu te amo, Jungkook.

- Eu também te amo, Tae. - beijou sua testa em um estalo.

Antes que pudessem dizer mais alguma coisa, ouviram um barulho de chaves e logo uma porta ser aberta.

- A Jihyo está indo embora! - Jungkook exclamou e levantou em um salto, descendo as escadas correndo com Taehyung em seu encalço.

Quando desceram as escadas, encontraram a garota na porta de casa, com a chave do carro de Jungkook na mão. Quando olhou a cena, ficou incrédulo com o que via.

- O que está fazendo? - perguntou ríspido, arrancando suas chaves da Park e guardando imediatamente no bolso.

- Indo embora. - não o olhou nos olhos.

- E vai para onde? você não dirige, ainda é menor de idade.

- eu vou dar um jeito, Jungkook. Me dá as chaves - esticou a mão, esperando que as chaves caiam em sua posse.

- As chaves são minhas, Jihyo.

- Pode me emprestar? - abaixou a mão.

- Te surpreenderia se a resposta fosse não? - disse irônico e ao mesmo tempo que Taehyung a puxou para dentro com força, Jungkook bateu a porta da frente, a trancou e tirou a chave.

- Me deixem ir embora, não tem porque eu estar aqui. O que quer que façam, não vai adiantar, logo mais meu pai vai me achar. - implorou.

- Eu realmente estou tentando meu máximo! - exclamou Jungkook. - Você disse que confiava em mim, cumpra sua palavra e me deixe protege-lá. - nervoso, disse. - Não adianta de nada você gritar comigo, falar um monte de coisa que queria falar para depois ir embora. Não. Vai. Adiantar. - disse rude, sem paciência para drama.

- eu não vou te forçar a nada, Jungkook. - Tinha o pulso segurado por Taehyung, que tinha os olhos grandes percorrendo todo o local.

- Você acha que está me forçando a isso? - revirou os olhos. - Eu não vou brigar com você, porque eu sei que não adianta nada eu ficar gritando. Eu tenho muita coisa para te dizer, você me irritou e passou dos limites mais cedo. Você está na minha casa, ao menos precisa ter respeito comigo e por Taehyung. - disse sério, mas Jihyo não demonstrava estar entendendo. - Não é porque eu não quero ajudar que eu vou te largar agora.

- Eu não quero mais a sua ajuda. - Taehyung a olhou, com os olhos franzidos.

- Depois você me vem com discurso de que cresceu e amadureceu. Pare de se deixar ser levada por emoções e acontecimentos só porque está aborrecida. - se aproximou repentinamente de Jihyo e ficou nariz com nariz, a tensão tomando conta da casa toda.

- Se afasta de mim antes que eu te empurre. - disse calma.

- Não vai rolar eu te ajudar se você ficar aborrecida e se fazendo de coitada para cima de mim. Você deu o showzinho de manhã, é seu dever arcar com as consequências.

Jungkook respirou fundo e em pequenos segundos conseguiu perceber que aquilo estava incomodando muito Taehyung. O ômega mordia o lábio inferior desesperadamente e Jungkook se afastou da garota.

- Eu não consigo mesmo te ver como uma pessoa crescida e madura, quer que eu faça o que? - arqueou as sobrancelhas. - Eu sinto muito pela visão que eu tenho de você, mas você não tentou passar outro caráter de você para mim. A única memória que eu tenho é do inferno que me causou e eu não canso de repetir isso, porque eu não quero você perto de mim e nem da minha família.

- Então porque está me ajudando se não me quer por perto? - se sentou no sofá.

- Porque foi a minha família que me pediu para te ajudar. Jihyo, eu sinto muito, mas eu nunca vou ser capaz de perdoar o que você fez comigo. - foi sincero e a Park sentiu os olhos embaçarem. - O que você fez foi imperdoável, você acha que algum ser humano merece ser perseguido todo santo dia durante anos pela mesma pessoa?

- Não.

- Não aja como se fosse fácil eu esquecer, te perdoar e virarmos amigos.

- Não estou pedindo que viremos amigos. Você não está entendendo. Quero que me veja como mulher.

- Você não é uma mulher, você é uma adolescente, assim como o Taehyung. - Jihyo o olhou diretamente. - Eu não te vejo como mulher, porque você ainda é uma criança.

- Eu não sou uma criança, Jungkook. - revirou os olhos.

- Você é uma criança na sociedade. Não sabe de nada. - se sentou de frente para ela e Taehyung de seu lado.

- Sei que meu pai não presta. - debochou.

- Muitas pessoas não prestam, muitas pessoas causaram mal as outras e não sentiram um pingo de culpa.

- Não precisa ficar jogando indireta para mim. Eu sei que fiz mal a você, mas sou profundamente arrependida.

- Você não está arrependida ou não teria tido a coragem de vir aqui e me falar tudo aquilo, como se a culpa fosse realmente minha que seus problemas famílias começaram. Vale lembrar que você que era atiçada e destruía meus dias, você causou isso. Seu pai causou isso. Eu não causei nada.

- Eu já disse que não estou aqui por opção. - bufou.

- Sim, você está. - Jihyo revirou os olhos. - Ou vai me dizer que não teve a opção de ir na delegacia prestar queixa ou ir na casa de Jimin? Você está aqui porque quer e não porque não teve escolha. - Taehyung sorriu minimamente, começara a perceber que Jungkook calculara tudo em sua mente.

- Se eu digo que não tive escolha, eu não tive escolhe, mas que saco. - Jungkook segurou muito para não rir. A garota não sabia mentir.

- Você está aqui porque quer a nossa ajuda em específico. - insistiu, se levantando. Jihyo o ignorou. - Você está aqui porque quer a nossa ajuda. - insistiu novamente e Jihyo levantou. - Você está aqui porque quer a nossa ajuda. - forçou novamente. - Você está aqui porque quer a nossa ajuda. - insistiu e Jihyo lhe mostrou o dedo do meio. - Você está aqui porque quer...

- CHEGA! - Jihyo gritou e empurrou Jungkook tão forte pelos ombros que o alfa bateu de costas na parede, com um sorriso no rosto.

- É assim que você deve agir quando seu pai chegar perto de você ou de sua mãe. Logo após, correr o mais rápido que puder e ligar para a polícia. - sorriu, arrumando a camisa.

Taehyung oprimiu um riso e Jihyo o olhou furiosa, mas agradecida.

Foi um avanço.

[...]

Era noite e os três estavam dormindo no sofá da sala, cansados demais para fazer qualquer coisa. O que não sabiam é que Jihyo não estava conseguindo dormir pelas pontadas causadas pelos hematomas em seu abdômen.

Olhou para o lado e os dois garotos dormiam profundamente, chegou até a passar à mão na frente do rosto deles, para ver se tinham reação, mas nada.

Se levantou devagar e quando viu que já estava cedo e quando viu que daria 24 horas de desaparecimento, se mandou.

Horas depois Jungkook e Taehyung acordaram, prontos para mais um dia de luta.

- Jungkook! - Taehyung gritou pelo namorado do andar de baixo, enquanto o mesmo estava no banheiro. - Jungkook, cadê a Jihyo? - gritou.

- Ela não está no quarto dormindo, amor? - desceu as escadas

- Não, eu já procurei pela casa toda. - coçou os cabelos. - E se ela foi embora?

- Ela foi embora, Tae. Não deixou recado, bilhete, nada. - passou pelas mesas da casa para ver se encontrava algum bilhete, mas não achou.

Jungkook, tentando manter a calma, sacou o celular do bolso e tentou ligar para o número de celular dela, mas caiu na caixa postal.

- Deixe eu tentar. - Taehyung disse, mas caiu na caixa postal novamente.

Ficaram minutos tentando, quando já entravam em desespero decidiram se arrumar e sair na rua procurando.

- Vamos, Tae. Se troque rápido, precisamos ir agora!

- Estou indo, estou indo.

Quando entraram no elevador, Taehyung recebeu uma ligação de um número desconhecido, desligou por não saber quem era, mas o número voltou a ligar mais duas vezes quando finalmente decidiu atender.

- Alô?

- Bom dia, hospital geral de Busan, gostaria de falar com Kim Taehyung. - Taehyung gelou na hora e sentiu as mãos suarem.

- Sim, sou eu. A que devo a ligação?

- Estou ligando para tratar de uma paciente chamada Park Jihyo. - Taehyung engasgou com a própria saliva quando ouviu o nome da garota. - Aparentemente você é o contato urgente no celular dela e eu preciso do senhor imediatamente aqui.

- Sim, claro, vou correndo para aí. Aconteceu algo?

- Acho melhor te explicar quando você chegar, senhor. Obrigada. Até mais. - desligou.

- Quem era? Para onde você está indo? - Jungkook arqueou as sobrancelhas.

- Era o Hospital Geral de Busan. Ligaram para falar de Jihyo, aparentemente sou o contato urgente dela e precisamos ir lá agora. - disse meio aflito.

- Espera, esse hospital é a duas quadras da casa dela! - exclamou e acelerou, virando à direita.

Chegando ao hospital, correram para o atendimento ao cliente, deram as informações necessárias e correram para a emergência, que era onde Jihyo estava.

Na porta da sala, foram impedidos de entrar por um policial, o que foi estranho.

- Sou Kim Taehyung, o contato de emergência dela, me deixe entrar agora! - pediu desesperado, empurrando o policial, mas não tinha força para isso.

- Desculpe, menino, mas vocês não podem entrar.

- Porque não? Nos chamaram aqui.

- Sem a esterilização, os trajes certos vocês não podem entrar. Park está fazendo um exame de delito agora.

- Tudo bem, assim sim podemos entrar, não é? - Taehyung disse esperançoso, tentando mais uma vez entrar mas foi barrado novamente.

- Não, Tae, agora é sério. Devemos esperar aqui fora. - Jungkook o puxou para sentar em um sofá

- Porque não podemos?

- Um exame delito é feito quando há uma causa criminosa e precisam recolher vestígios e materiais... dependendo do caso pode ser muito pessoal e íntimo para ser visto por duas pessoas. É melhor ficarmos aqui, Jihyo está cercada de médicos, vai ficar tudo bem.

Mas a verdade é que não sabia se era verdade.

Durante uma hora, Taehyung ficou andando de um lado para o outros roendo as unhas nervoso e preocupado. Tentou convencer o policial de o deixar entrar só para checar a amiga, mas não rolou. Jungkook já estava começando a perder a paciência com toda a demora.

- O que fizeram com ela? - parou em frente ao policial e perguntou.

- É confidencial, senhor Kim.

Passou-se mais meia hora quando finalmente foram capazes de entrar na sala. Taehyung quase desabou de joelhos ao ver a situação e Jungkook sentiu a fala gaguejar.

Jihyo estava sentada em uma cadeira alta de hospital, com uma roupa de hospital e o corpo machucado: o olho roxo, cortes na bochecha, a boca sangrenta e o pescoço rosado.

- Tomem cuidado, meninos, ela está muito frágil. Vocês tem dez minutos antes de ela entrar na cirurgia, sejam rápidos. Ela implorou para ver vocês. - a doutora falou e saiu da sala, os dando privacidade.

Em uma mesa separada, havia uma grande caixa branca, separada com divisórias. Continha inúmeros saquinhos plásticos de cenas de crime com coletas dentro.

Taehyung e Jungkook não conseguiram se mover por um tempo, ainda paralisados com o estado que Jihyo se encontrava.

- Meu pai me bateu muito quando voltei para casa essa manhã e me humilhou. - disse. - até minha mãe chamar a polícia e ele ser preso em flagrante. - tentou sorrir, mas não conseguiu. - acabei de fazer um exame de corpo de delito para a investigação contra meu pai, minha mãe também fez um.

- Jihyo.. - Taehyung chamou, mas a garota continuou a falar, mexendo nos próprios dedos.

- A má notícia é que eu estou com três sangramentos internos, quase imperceptíveis pelas radiografias, mas a doutora Yang é muito boa e conseguiu os localizar. Estou indo para a sala de operação daqui a pouco. Me desejem sorte.

- Você sente muita dor? - Jungkook se aproximou e se sentou na cadeira que tinha.

- Na hora não, por causa da adrenalina, mas agora sim. Dói muito meu estômago, mas eu já estou acostumada.

- Eu sinto muito por isso, Jihyo. Mas vai ficar tudo bem. - Taehyung pegou sua mão com cuidado e acariciou o dorso.

- Eu sei.

- Pode chorar, se quiser. Eu sei que é difícil estar nessa situação. Eu só não sei como você está tão calma sentindo tanta dor e sendo vítima de agressão por parte da família.

- Não é a primeira vez que isso acontece, Jungkook. Ele já fez isso muitas vezes, minha mãe só quis acabar com tudo agora. Eu juro que estou bem.

- Eu vou acabar com esse desgraçado. - o Kim só conseguia sentir raiva pela situação. - Ele vai pagar pelo o que fez.

- Tudo vai se resolver. Minha dor acabou e eu vou começar uma vida nova bem longe daqui.

- Desculpe, meninos, mas ela precisa entrar na cirurgia agora.

[...]

Três horas se passaram quando finalmente viram ela voltando para o quarto desacordada pela anestesia. Quando a médica se aproximou, rapidamente se levantaram.

- A cirurgia foi bem, ela ainda está anestesiada, mas o efeito deve passar em alguns minutos.

- Obrigada. - Taehyung a abraçou.

- Fiquem a vontade para entrarem.

Os dois entraram e se sentaram no sofá do quarto. Por alguns minutos, ficaram apenas em silêncio, esperando ela acordar.

- Tenho lições para amanhã, mas com todo a correria eu não fiz nada. - Taehyung bufou, afundando no sofá.

- Quer voltar para casa?

- Não podemos deixar ela e a mãe sozinhas no hospital.

- Você volta e eu fico aqui. - sugeriu. - De noite eu já estou em casa. Pode chamar Jimin e Yoongi para te fazer companhia, se quiser.

- Ok, eu vou chamar um táxi para voltar, assim você não precisa fazer duas viagens. - pegou o celular no bolso e Jungkook nem protestou contra.

- Me liga assim que chegar em casa, ok? - Taehyung assentiu e abriu a porta. - Não ganho um beijo?

- Desculpa - riu e voltou para selar os lábios alheios em um beijo casto.

As coisas entre os dois ainda não estavam 100% normal, mesmo depois da conversa, ainda agiam cautelosamente. A situação que se encontravam era de se atentar.

Se passaram 30 minutos desde que Taehyung havia chegado em casa quando Jihyo começou a abrir os olhos. Percebendo a movimentação alheia, se levantou e foi para perto da cama.

- A cirurgia foi bem, acho que não teve nenhuma complicação. Como se sente? - se sentou na beirada.

- Meio sonolenta e perdida. - esticou o braço para alcançar o corpo de agua, mas não tinha força.

- Aqui. - Jungkook pegou o copo e aproximou da boca de Jihyo. - Beba.

- Obrigado.

- Sua mãe também está bem e descansando no quarto ao lado. - colocou o copo de volta na mesa. - Taehyung voltou para casa para fazer as tarefas da escola.

- E porque você continua aqui? - se ajeitou na cama.

- Não podia deixar vocês aqui sozinhas. - tentou sorrir. - Descanse, seu corpo deve estar exausto.

- Tenho uma coisa para te falar antes...

- Nada que possa esperar até mais tarde. Descanse, eu vou ficar aqui. - pousou a mão no braço de Jihyo.

- Não, eu preciso falar agora. Mas você precisa me prometer que não vai ficar bravo ou tentar fazer eu mudar de ideia.

- Pode falar.

- Minha mãe comprou duas passagens para os Estados Unidos ontem, Jungkook.

- Que legal! Você vai viajar? - se animou.

- Só de ida. - Jihyo parecia triste, mas ao mesmo tempo aliviada. - Estamos indo embora da Coreia no final do mês, ou seja, em duas semanas.

- C-como assim? Vocês não podem ir embora no meio de uma investigação contra seu pai.

- Isso a gente resolve depois. - fez esforço e se sentou. - Precisamos recomeçar nossa vida, Jungkook. Busan não é mais um lugar bom para nós, só traz memórias ruins e desagradáveis e acredite, não queremos mais isso. - olhou o céu através da janela. - Isso pelo menos é bom para você

- Isso não é verdade. - sentiu uma pontada de culpa em ouvir a garota dizer aquilo.

- Eu já conversei sobre isso com o Tae e ele concordou e super apoiou, o Jimin também sabe e só falta você. - tentou sorrir. - Se eu vou embora da Coreia, eu preciso me livrar de todos os arrependimentos e me libertar de mim mesma.

- Certo. O que quer me dizer? - se levantou e se sentou no sofá, por ser mais confortável.

- Me desculpa, Jungkook. Eu sei que é quase imperdoável o que eu fiz, mas eu espero poder sair de Busan sem esse peso nas costas. Eu não tenho muito o que dizer, eu só sinto muito mesmo por tudo que eu fiz e talvez você possa me perdoar mais para frente.

Jungkook pensou por um tempo, observando a situação. Não sabia explicar, mas de alguma forma não estava feliz com a partida da Park. Aquele pedido de desculpas era sincero?

- Tudo que eu fiz foi por atenção e era tão idiota isso. Por um momento eu esqueci que não estava só te machucando, como machucando todos ao redor, inclusive eu mesma. - baixou a cabeça. - Eu me prendia em um garoto que ao menos ligava para a minha existência, ele só me odiava muito e agora eu entendo o porque.

Jungkook a ouvia.

- Eu estou ciente que você disse que não é capaz de me ver como uma mulher crescida e madura, mas eu realmente mudei. Tudo em mim mudou, inclusive o que você significa para mim. Aliás, toda garota de 15 anos sonha em ter o popular da escola como namorado, mas eu só piorei muito as coisas.

- Sim.

- Ver o seu relacionamento com o Taehyung indo tão bem me faz pensar que com certeza tem alguém no mundo que vai me amar, assim como um dia eu já te amei. - Jungkook não tinha nem reação para o que ouvia. - Vocês são como ímãs, literalmente. É como se ele fosse sua alma gêmea, ou melhor, ele é.

O que Jihyo queria dizer não estava claro para Jungkook, mas deixou ela continuar.

- Vocês são uma inspiração para o amor. Mesmo com problemas e brigas, vocês ainda se amam e nunca esquecem do porque de estarem juntos, certo?

- Sim.

- O que eu quero dizer é que eu torço muito por vocês e fico feliz de você estar feliz. - sorriu.

- Obrigada por isso, significa muito.

- Eu estou na mais sincera forma que eu poderia encarnar. Eu me arrependo muito de ter te irritado por todos esses anos.

- Eu te perdoo.

Jihyo arregalou os olhos, o encarando finalmente. Não sabia o que responder. Jungkook se levantou e ficou em pé ao lado da cama, a observando.

- Se eu quero amadurecer e ficar bem, eu também preciso me livrar de algumas coisas e essa coisa é o ódio que eu sinto por você.

- Eu sinto muito.

- Te odiar vendo você passar por isso não é uma coisa muito fácil e eu não quero mais fazer isso.

- S-sério? - gaguejou, sentindo o nariz começar a arder e os olhos encherem.

- Eu desejo o melhor para você nos Estados Unidos, Jihyo. Eu quero que você seja bem sucedida e um dia ainda volte para Busan para visitar. Você ainda é uma criança e tem muito a aprender, mas tudo o que está passando e como está superando já diz muito sobre como você amadureceu. Eu fico feliz em conseguir ver isso acontecer.

- Obrigada, Jungkook. - não se segurou e começou a chorar. - Obrigada mesmo, significa m-muito.

- Não há de que. - riu com a situação de Jihyo. - Eu te perdoo por tudo que fez, mas o importante é que você mesma se perdoe. Liberte a sua alma e seu coração, deixe que eles sejam livres e te ajude a fazer decisões. De resto, não é mais importante.

- Certo, certo, você está certo como sempre. - limpou o rosto com as mangas.

- Você vai se dar bem nos Estados Unidos, mas vai sentir muita falta da comida. - Jihyo riu e Jeon a acompanhou.

- Com certeza. - segurou a mão de Jungkook com as duas mãos, o olhando atentamente.

- Eu não te amo mais. Você pode se libertar.

It's time to go, 2020

Venho aqui pessoalmente depois de 6 meses sem atualização para lhes desejarem um Feliz Ano Novo. 2020 não foi um ano bom, mais fácil para alguns e mais difícil para outros, mas o que importa é que sobrevivemos. O covid-19 arruinou nossas vidas, nossos relacionamentos, nossa saúde e vidas de milhares de pessoas, mas ao mesmo tempo nos mostrou coisas que nunca iríamos saber se não estivéssemos a beira de um vírus que não conseguimos nem ver a olho nu mas é fatal. Eu quero que vocês fiquem bem, sejam felizes e se libertem de todo o mal que tem guardado dentro de vocês. Aproveitem muito a vida de vocês enquanto podem e façam de 2021 um ano memorável. Também quero agradecer profundamente por ter vocês aqui comigo nessa jornada incrível que essa fanfic está me levando. Só esse ano vocês foram capazes de acumular mais de 50 MIL leituras, vocês foram capazes de me deixar feliz com um simples comentário e eu não tenho nem como agradecer vocês por isso. Passem bem a virada de ano, abracem a família de vocês, rezem por todas as vítimas de covid, se cuidem para não pegarem e principalmente, aproveitem. Tenham um ano novo incrível. Mas nunca se esqueçam de serem responsáveis e usarem máscara sempre. Eu amo vocês demais e feliz ano novo!! 🥳🎇

GAME OVER 2020

⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️

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Amo vocês💙

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