⚔️ Seventy five ⚔️
Boa leitura 💜
"O coração bombeia 7570 litros de sangue por dia, que é equivalente a quantidade de gasolina necessário para percorrer daqui até a lua, é por isso que quando eu digo que te amo daqui até a lua, quer dizer que eu te amo a cada batida do meu coração."
N A R R A D O R
Quando Jungkook acordou naquela manhã depois de horas acordado sem conseguir dormir, Taehyung estava ao seu lado, com um braço por cima de seu peito e uma perna em cima de seu quadril. O rosto encaixado na curvatura do pescoço e a respiração calma quente batia de frente com a sua pele.
Se perguntou porque o garoto havia voltado para a cama. Talvez estivesse se rendido e deixado aquilo para lá? Não, definitivamente aquele assunto não era algo para deixar para lá. Sabia que aquilo não significava que Taehyung não estava mais bravo.
Saiu cuidadosamente da cama para não o acordar e depois de ir ao banheiro fazer suas necessidades, saiu do quarto, levando Yeontan consigo.
Desceu as escadas, colocou ração para Yeontan e quando se virou para a cozinha, deu de cara com Jimin e Jihyo cozinhando, ou tentando. Suspirou e se encostou na parede, cruzando o pé direito sobre o esquerdo e cruzando os braços.
- Vem cá, vocês estão tentando cozinhar ou quebrar a minha cozinha?
Jimin e Jihyo arregalaram os olhos e se entreolharam rapidamente antes de encararem Jungkook.
- Se eu te disser que estamos tentando cozinhar você definitivamente não vai acreditar. - Jimin disse, fazendo um bico fofo, mas Jungkook não esboçou reação alguma.
- Quantas panquecas vocês queimaram? - indagou quando sentiu o cheiro invadindo suas narinas.
- Porque está de mau humor? - Jihyo perguntou, quebrando um ovo na vasilha com a massa.
- Apenas não dormi bem.
Se sentou no sofá e ligou a televisão, passando os canais até achar algo interessante para assistir, mas não achou nada, então só colocou nas notícias.
- Cara, da onde você tirou essa receita? E porque continuam queimando as panquecas? - bateu no braço do sofá. Estava realmente de mau humor.
- Você está muito chato, oppa. - Jihyo resmungou e Jungkook paralisou, engolindo em seco.
- Pelo amor de deus, não me chame assim. - protestou, irritado. Não tinha dado permissão para toda a intimidade.
- O que você tem, Jungkook? - Jimin perguntou, preocupado. Deu sinal para Jihyo baixar a bola e não se aproveitar da situação, mesmo que não tinha pretensão alguma.
- Já disse que apenas não dormi bem.
- É, claro. - foi irônico e Jungkook virou o rosto, o encarando.
- Alguma notícia? - se referiu a situação de Jihyo e sua família. Os dois Park negaram lentamente com a cabeça.
- Talvez precisemos nos preocupar daqui uma hora... - Jihyo disse enquanto olhava o horário no relógio de pulso.
- O que tem daqui uma hora? - Jeon franziu o cenho, colocando um braço em cima do encosto do sofá.
- Vai fazer vinte e quatro horas de que estou "sumida" - fez aspas com os dedos. - De verdade, o que quer que tenha falado para a minha mãe, não sei se ela irá admitir que sabia onde eu estava.
- É, eu já fui avisado sobre isso... - disse com um leve tom de tristeza e preocupação para onde o seu relacionamento seria guiado.
- Jungkook, eu acho melhor você vir aqui fazer essas panquecas. Estou fazendo algo de errado e não sei o que é.
Jimin bateu as mãos no balcão quando queimou mais uma. Jungkook suspirou e o ignorou. Já acordou de saco cheio e aquilo não estava ajudando.
- Alô? Se não vir aqui, iremos destruir a sua cozinha. - balançou o braço tentando chamar a atenção de Jungkook, mas foi ignorado novamente.
- É sério, Jeon, você está bem? - Jihyo trocou o peso do corpo para a perna esquerda.
- Estão errando apenas na hora de fazer as panquecas. Precisam colocar um fio de óleo para não queimar. Tentem de novo. - anunciou.
- Se queimarmos novamente... - Jimin começou a fazer o que lhe foi instruído.
- Eu faço.
Taehyung apareceu na escada coçando os olhos e quando sentiu o cheiro de queimado, fez careta. Jungkook o olhou de canto e percebeu que o mesmo continuava bravo e o ignorando. O ômega nem ao mesmo o olhou, apenas seguiu para a cozinha e começou a ajudar os dois.
O mais velho dali continuou fingindo prestar atenção no noticiário, mas o que mais queria era que Jimin e Jihyo fossem embora para que pudesse resolver as coisas com Taehyung. Não estava querendo ser ignorante e só pensar em si, mas não estava muito se importando com Jihyo, aliás, ela sempre seria o inferno do colegial.
Sabia que aquilo iria afetar seu namoro de alguma forma, mas não esperava que viesse tão a tona. Taehyung estava literalmente ignorando a sua existência por algo que foi ele mesmo quem pediu para fazer.
Talvez estivesse fazendo da forma errada, talvez entendeu errado. Mas se não ajudasse da forma que está, como mais poderia fazer? Lhe dar um cheque gordo e mandá-la fugir do país? Definitivamente não era um bom caminho.
Quando as panquecas começavam a cheirar, Jungkook suspirou aliviado que não iria precisar cozinhar. Desligou a televisão, foi até a cozinha em completo silêncio e pegou um banana milk na geladeira.
Taehyung, Jimin e Jihyo o encaravam com uma expressão um tanto quanto amedrontada. O alfa estava no mais natural humor de um alfa. E alguém ali sabia o porque e eu posso te garantir que não eram as visitas.
Foi até o quarto e quando terminou o seu banana milk, jogou no lixo. Pegou sua toalha que estava na cadeira e foi para o banheiro tomar um banho quente. Quando terminado, vestiu um jeans claro e uma blusa, um tanto quanto grande, amarela. Penteou os cabelos depois de secos, escovou os dentes, passou seu perfume e saiu do quarto com sua jaqueta, carteira e celular.
- Onde está indo? - Taehyung perguntou quando viu o namorado calçando os sapatos e pegando as chaves do carro.
- Hoje é dia de mercado e vou aproveitar para pegar roupas na casa do Jimin e ver algumas para Jihyo.
- Vai nos deixar sozinhos aqui? - Jihyo quase gritou, com os olhos arregalados.
- Se vocês quiserem passar fome e não terem o que usar eu posso ficar aqui sem problema algum. - abriu a porta e olhou para os três omegas, que tinham um olhar inocente.
- Ok, apenas volte rápido. - Taehyung disse, voltando sua atenção para a pilha de panquecas a sua frente.
- Não abram a porta para ninguém ao menos que eu esteja aqui. Finjam que estão mortos, que não estão aqui, qualquer coisa, menos abrir a porta.
Passou primeiro no mercado. Nem sabia o que precisava comprar, apenas estava lá como todos os outros sábados, a diferença é que Taehyung não estava junto para lhe lembrar do que precisa em casa.
Quando pegou o carrinho e andava até o primeiro corredor, conferiu se o celular estava ligado e com conexão. Sabia que mesmo que Taehyung estava chateado consigo, não hesitaria em lhe ligar ou mandar mensagem se algo acontecesse.
Fez a compra para uma semana, como sempre, mas dessa vez incluiu uma caixa de soju. Enquanto dirigia em direção a residência dos Park, ficou olhando o celular a cada cinco em cinco segundos. Havia passado 24 horas.
Ao descer do carro, pensou que seria rápido e não seria preciso pegar o celular. Pensou errado. Muito errado.
Por sorte, a mãe de Jimin tinha umas roupas de Jihyo na casa. O alfa estranhou, mas aceitou de bom grado, não teria que ir ao shopping apenas para comprar roupas para a ômega. Ainda ficou para bater um papo rápido com a mulher mais velha, que estava feliz e ansiosa com a visita inesperada.
Quando entrou no carro e deu partida, pegou o celular apenas para dar uma olhada se havia mensagens ou alguma ligação perdida de Taehyung.
- Porra.
Grunhiu quando viu as três ligações perdidas de Taehyung e cinco mensagens de texto pedindo para ele voltar rápido para casa. Muito rápido.
- Caralho. Caralho. Caralho. - ficou repetindo nervoso enquanto tentava chegar o mais rápido no apartamento.
Jungkook corria na velocidade mais alta que o permitido e estava pouco se fudendo se iria receber inúmeras multas altas. Não tinha ideia do que havia acontecido, mas sentia seu sangue ferver e esquentar o corpo.
O sinal fechou, deixando-o ainda mais irritado e nervoso. Batia a mão no volante, olhando o celular de cinco em cinco segundos, mas nada.
- Abre logo, cacete. - grunhiu com os dentes trincados e quando o sinal ficou verde, acelerou.
Chegou no apartamento em poucos minutos. Estacionou o carro de qualquer jeito na vaga, ignorou as compras e as roupas e só seguiu para o elevador, o chamando.
Esfregou as mãos nas coxas por cima da calça, irritado com a demora. 13º andar. Iria demorar um século e suas pernas poderiam ser mais rápidas que um sistema de merda. Correu para as escadas.
Os cinco lances de escada pareciam vinte. Quando chegou na frente do apartamento, as pernas já estavam cansadas e o suor escorria pela testa. Tudo parecia normal. Não tinha nenhuma porta arrombada ou nenhum grito vindo do interior, mas mesmo assim a abriu em um supetão.
Tudo estava calmo.
- O que aconteceu? Porque me chamou?
Bateu a porta atrás de si e foi até Taehyung, que estava sentado aflito no sofá, encarando a televisão desligada.
- Cadê a Jihyo e o Jimin? - perguntou quando não viu sinal dos dois no local. - Taehyung! - exclamou quando o menino não lhe respondeu.
- Ele veio aqui, hyung. - disse e levantou o olhar, fazendo Jungkook arregalar os olhos e dar passos para trás. - Park Misuk veio aqui.
- Ele te machucou? Machucou alguém? - se aproximou, se sentando ao lado dele e o analisando, vendo se tinha algum machucado.
- Não, mas levou Jihyo com ele. Não foi agressivo, ela disse que iria e eles apenas foram embora.
- Eu não disse para não abrirem a porra da porta se eu não estivesse em casa?
- Não grita... - colocou as mãos sobre os ouvidos.
- O que? Eu não estou gritando. - franziu o cenho. Taehyung estava assustado, mas não sabia o porque.
- Eu abri a porta, eu não vi quem era antes e quando eu abri, ele começou a gritar procurando você. Eu fiquei assustado, eu pensei que ele iria me machucar, ou machucar alguém. - disse tudo na velocidade da luz, mas Jeon captou cada palavra. - Eu pensei que ele fosse ômega...
- Mas ele é. - afirmou. - O que aconteceu depois? Vai com calma ou eu não consigo te entender.
- Eu disse que você não estava e mandei ele ir embora, para voltar outra hora, mas ele não quis e entrou em casa. Aí eu te liguei, você não atendia. Liguei de novo e você não atendeu de novo.
- E? - pediu para continuar.
- Ele queria ver Jihyo, disse que estava preocupado e que a esposa havia dito que ela estava aqui com a gente. Eu disse que estávamos comendo, porque estávamos. Depois eu disse que ele não vai levar ela até você chegar, mas ela disse que não queria causar problemas e foi. Jimin foi logo depois.
- Porque você não segurou ele mais um pouco? Eu já estava chegando. - passou a mão no cabelo, irritado. Taehyung franziu o cenho, percebeu que o alfa estava praticamente brigando consigo, como se fosse sua culpa.
- O que? Você saiu de casa! - o acusou, levantando.
- Eu sai para fazer compras e buscar roupas para eles, não foi por motivo nenhum, muito pelo contrário. - se defendeu.
- E foi por isso mesmo que ele levou ela embora. Você tinha que estar aqui para proteger a gente, Jungkook! - exclamou, irritando a fúria que tinha dentro do corpo do alfa.
- Eu disse para vocês não abrirem a porta, mas vocês abriram e olha no que deu! - gesticulou com as mãos, como se fosse óbvio. - Se me lembro bem, disse para fazerem qualquer coisa menos abrir a merda da porta.
- E eu deveria ignorar ele e esperar o cara arrombar a porta? - Taehyung se sentou no outro sofá quando percebeu que estavam discutindo novamente.
- Ele não iria arrombar a porta porque sabia que seria invasão, Taehyung. - deixou óbvio e o ômega abriu a boca em surpresa.
- Mesmo assim a culpa é sua. - disse depois de alguns minutos de silêncio, pensando o que diria. - Você não podia deixar a gente aqui, é o seu dever proteger a gente. Me proteger.
Choramingou, apontando para o próprio peito e Jungkook percebeu que o namorado só estava assustado com a situação e estava procurando refúgio em uma briga para o culpar.
- Taehy, está tudo bem. - tentou o tranquilizar e se aproximou, mas Taehyung se levantou e o empurrou pelo peito.
- Não está tudo bem. A gente disse que ia ajudar ela e...
- Ainda iremos. - o interrompeu.
- Como iremos se ela nem vai mais conseguir sair de casa? - gritou, assustando Jungkook com o tom de voz alto repentino.
- Taehyung, respire. Se acalme. - tentou desviar o assunto. A respiração do garoto estava pesada e ofegante, as bochechas vermelhas de nervosismo. - Você só está com medo, meu amor...
- Eu não estou com medo, você que é insensível e não está nem aí com ela. - foi pelo caminho errado e se arrependeu na mesma hora que Jungkook revirou os olhos e se afastou mais ainda.
- Como assim eu não estou ajudando ela? Eu literalmente a defendi da família nojenta dela, deixei ela ficar aqui em casa, mas você e o Jimin simplesmente deixaram ela ir sabendo do que pode acontecer.
- Não coloque Jimin no meio disso. - pediu.
- Isso não se trata de quem está fazendo mais por ela, de quem está mais preocupado. A gente está falando da segurança e vida dela. Porque você faz tudo girar em torno de mim? Como se eu fosse o culpado.
- Eu não estou te culpando. - Taehyung só ficava na defensiva, o que dificultava ainda mais Jungkook se aproximar para o acalmar.
- Você acabou de dizer que eu que deveria proteger vocês, que eu deveria estar aqui para te proteger. Você está me culpando sim. - Jungkook tinha um tom debochado, mas não era por mal. Taehyung que estava atiçando seu lado egocêntrico.
- Ok, estou. - admitiu.
- Meu amor... - chamou, percebendo que Taehyung não tinha mais argumentos para usar. - Eu posso me aproximar?
- Não.
- Porque? - suspirou.
- Eu estou instável, eu posso te bater ou gritar mais ainda. - tentava ficar calmo, mas seu peito subia e descia cada vez mais rápido.
- Está tudo bem, eu não ligo e além do mais, não irá doer se me bater. - levantou as mãos, fazendo sinal para acalmar a situação.
- Não me subestime. - lhe fulminou com o olhar.
- Está se sentindo ameaçado? - virou a cabeça, estreitando os olhos.
- O que? Não. Claro que não, porque estaria? - disse como se fosse bobagem aquilo.
- Então o que é? Está assustado, com medo? - se sentou no ponta do sofa livre.
- Não é nada disso, não diga bobagens. - revirou os olhos, mordendo o lábio.
Tinha que convencer a si mesmo que não era nada disso para Jungkook não descobrir dando uma de telepata com a marca que portavam.
- Tem certeza? - acalmou a voz em um caminho alternativo para Taehyung quebrar a barreira e deixá-lo se aproximar.
- Tenho. - foi seco e Jungkook jurava que iria explodir.
- Eu consigo sentir que está confuso com o que está sentindo. Não precisa mentir para mim, sou eu, Tae. É o jungkook. - sorriu, mostrando os dentes de coelho fofo que tinha.
- Entao porque está insistindo para que eu admita, seu idiota? - Jungkook se fingiu de ofendido, fazendo graça para fazê-lo esquecer do ocorrido.
- Oh, agora eu fiquei ofendido. - colocou a mão no peito em drama. Taehyung abriu um sorriso pequeno, revirando os olhos.
- Não venha com drama.
Jungkook assentiu, estabelecendo um silêncio desconfortável entre os dois em seguida. Quando percebeu a respiração do ômega mais calma, pensou no que poderia dizer.
- Talvez devêssemos esquecer ela. - mencionou e Taehyung o olhou, incrédulo.
- Como? - franziu o cenho.
- Talvez devêssemos esquecer a Jihyo. - repetiu.
- Isso eu entendi, mas que merda você tem na cabeça para estar pensando isso?
- Eu não tenho merda na cabeça, estou escolhendo o melhor para nós dois. Isso está afetando nosso relacionamento demais, está nos colocando um contra o outro, está colocando uma barreira entre a gente. - explicou.
- Mas e ela? Fica como?
- Eu não sei, Taehy. - encolheu os ombros.
- Para de ser ignorante. É a vida dela. - cuspiu as palavras e dessa vez realmente machucou Jungkook.
- E é o nosso relacionamento em jogo. - se deitou no sofá, pousando uma mão na barriga e colocou o outro ante braço apoiado na testa, encarando o teto. - Não estou sendo ignorante, só que temos prioridades em nossas vidas e nosso relacionamento sempre vai ser a primeira.
- Você vai simplesmente descartar ela? - abriu um pouco os olhos, intensificando a pergunta.
- Eu não estou descartando ela, não tire palavras da minha boca. - pediu e Taehyung concordou com a cabeça, mesmo que Jungkook não estivesse vendo. - Não acha que temos prioridades?
- Eu sei que temos.
- E o nosso namoro não é a prioridade? - perguntou, suspirando.
- É sim. - foi sincero. - assim como a situação com Jihyo, não podemos deixar ela na mão depois que começamos. A gente tem que terminar o que começou.
- Mesmo que isso vá nos destruir? - indagou Jungkook.
- Porque acha que isso vai nos destruir, hyung?
- Porque estamos brigando o tempo todo desde que ela reapareceu, discordamos de uma decisão e isso foi motivo de discussão, imagina o que iremos enfrentar até concluirmos tudo. - fechou os olhos, mantendo a calma. Taehyung só estava complicando.
- Mas não devemos abandoná-la. - insistiu.
- Ok, então deveríamos apenas não nos envolvermos muito. - reformulou. - Não devemos ser muito abertos e deixá-la ficar aqui em casa, ou esconder ela dos pais, instruí-las a fazer coisas que ela não quer, só apoiar e ajudar no que ela pedir e acharmos certo.
Taehyung o olhava, pensativo na proposta que Jungkook ofereceu. De olhos fechados, sentiu um peso ser depositado em seu abdômen e ergueu a cabeça. O Kim estava sentado em sua barriga, com as pernas para fora do sofá e os braços soltos, o encarando.
- O que está...?
- Não podemos e nem iremos fazer isso. - o interrompeu, fazendo Jungkook levantar a cabeça e o encarar com o maxilar trincado.
- Como? O que está dizendo?
- Não podemos deixar ela na mão agora, Jungkook. Não é como se o nosso relacionamento fosse acabar, ser destruído ou algo do tipo. Eu porto uma marca sua. - disse como se a preocupação de Jeon fosse totalmente uma bobagem.
- Tudo bem, você que sabe. Eu vou ir buscar as compras no carro. - sem deixar Taehyung lhe responder, saiu de casa.
Voltou minutos depois, carregando inúmeras sacolas nos braços e ainda tinha mais na porta. Taehyung não estava mais na sala, provavelmente no estúdio. Quando deixou todas as sacolas no balcão de pedra da cozinha, seu celular tocou.
- Alô? - atendeu sem nem ver antes quem era.
- Jungkook? - Era a voz de SeokJin. O alfa sorriu, mesmo que fraco.
- Hyung! - disse animado. - Como vai? - segurou o celular entre a orelha e o ombro, começando a tirar as compras das sacolas para guardar.
- Bem e você, Kookie?
- Estou bem, porque a ligação de repente? - questionou, quase deixando o celular cair no chão quando foi abrir a geladeira para guardar o leite e a manteiga.
- Queria bater um papo e... - recuou antes de dizer e Jungkook já sabia do que se tratava.
- O que caralhos você fez dessa vez? - disse junto com Jin, afinando a voz para parecer igual. - Nada. Eu não fiz nada.
- Não está a fim de conversar sobre pelo visto, né. - percebeu quando Jungkook respondeu curto e seco, tentando cortar o assunto.
- Não tem o que conversar.
- Como não? Além do fato de Taehyung ter ligado desesperado para mim dizendo que vocês brigaram.
- A gente não brigou. - olhou para trás, conferindo se Taehyung estava por perto e sussurrou, guardando as comidas no armário. - A gente só não concordou em uma coisa.
- Ele me disse que você não queria mais ajudar Jihyo em sei lá o que, porque ele não me disse o que era. Também disse que você acha que isso vai destruir a relação de vocês. - disse, tentando soas pacífico e que não estivesse escolhendo um lado, mas no fundo, Jungkook sabia que aquelas palavras estavam vindo como um sermão para cima de si.
- Desde quando você julga antes de ouvir os dois lados da história? - sussurrou novamente, mas alto o suficiente para o Kim ouvir. - É óbvio que vai destruir o nosso relacionamento, é a Jihyo. Ela é...
- O seu inferno do colegial. Sim, todos sabemos disso. - completou, com a voz cansada da repetição do termo quando o assunto vinha a tona. - Estou disposto a ouvir o seu lado, se quiser me contar.
- Olha, na verdade... - olhou em volta, procurando alguma coisa para fazer apenas para não ter que conversar sobre aquilo.
Seus olhos caíram na pilha de louça suja que tinha ali e logo, um sorriso sacana surgiu nos lábios dele. Tinha a desculpa simplesmente perfeita.
- Eu tenho um monte de coisa para fazer agora. Estou guardando as compras, tenho que lavar a louça e limpar a casa.
- Tudo bem... - Meio incerto, aceitou. Sabia que era só uma desculpa qualquer, mas não queria forçar. - Depois a gente se fala.
- Tchau. - disse e desligou a ligação. Apoiou as mãos no balcão e olhou em direção as escadas, pensando sinceramente em gritar para que Taehyung viesse explicar porque havia ligado para SeokJin.
Mas deixou quieto, só terminou de guardar as compras, lavar a louça e limpar a casa que estava uma bagunça. Afinal, nos dias de semana eles nem tem tempo de fazer muita coisa, já que só estudam, praticamente.
Imaginou que o garoto estaria com fome. Já era tarde e a última coisa que comeu foram as panquecas de manhã. Correu para o quarto só para tirar a roupa e trocar por uma calça moletom e desceu novamente.
Pegou os ingrediente para fazer kimbap e pedaços de frango congelado para fritar. Deixou o frango no fogo baixo e começou a preparar os kimbap. Quando pronto, o cortou em rodelas e distribuiu sobre um refratário retangular, pegou um prato raso e colocou uns pedaços de frango e colocou em uma bandeja de madeira, junto com um par de jeotgarak e um copo de limonada.
Subiu as escadas com a bandeja e bateu na porta do estúdio de Taehyung com o cotovelo. Sem resposta, abriu e o encontrou dormindo na cadeira, usando os braços como travesseiro. Riu fraco e deixou a bandeja ao lado, dando um beijo na bochecha gordinha e saiu. Mesmo brigados ou só de mal um com o outro, um alfa tinha que cuidar de seu ômega.
Pegou sua comida, subiu para o quarto e ligou a televisão na intenção de colocar um filme de terror para assistir. Antes, ligou o celular.
Jimin [chat on]
Jimin, está tudo bem? [16:45 p.m]
Cadê você? Cadê a Jihyo? [16:45 p.m]
O que aconteceu? [16:45 p.m]
Eu e Taehyung brigamos novamente e eu preciso entender direito o que aconteceu. [16:46 p.m]
Me liga quando puder ou me manda mensagem. [16:46 p.m]
Jimin [chat off]
Voltou a ver seu filme, inquieto com toda a situação ao seu redor. Se sentiu estupido por estar assistindo filme quando seu mundo parecia desabar, mas o que mais poderia fazer? Poderia estar sendo egoista por estar comendo e vendo televisão com tudo que estava ocorrendo ao seu redor. Poderia ir atrás de Jihyo e a ajudar, oi poderia ir resolver suas coisas com Taehyung, que sinceramente, era sua maior preocupação.
Sabe que dia é hoje? 19 de agosto e sabe o que tem dia 19 de agosto? Meu aniversário. E sabe o que eu quero nesse dia? Parabéns de todo mundo. A autora aqui está completando 15 aninhos hoje. Mesmo em quarentena, eu espero me divertir e aproveitar. Quem aí vai me dar parabéns?
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