
⚔️ Fifty ⚔️
Boa leitura 💜
" Quem ama, sempre volta para os braços do amado. E não se esqueça, não importa o motivo, a circunstância, a situação, tudo passa e ele sempre estará ali. Para você "
N A R R A D O R
- Últimos três dias de aula - Jeon comentou, chateado, quando se sentou na cama de Taehyung, que estava dobrando roupas.
- Últimos três dias da sua prenda - parou de dobrar seu moletom e deixou os ombros caírem, suspirando.
- E talvez os últimos três dias que iremos manter contato próximo - se sentou na beirada, encolhendo os ombros.
- Eu não quero me afastar de você... - Taehyung disse depois de alguns minutos em silêncio. Jeon lhe direcionou o olhar, se aproximando do outro, que lhe olhou nos olhos.
- Então não se afaste, Tae - ergueu o mindinho e sem pensar duas vezes, Taehyung entrelaçou seu mindinho com o do alfa.
A última semana de aula do primeiro semestre. As últimas provas estavam acontecendo e tudo que Taehyung sabia fazer era chorar no colo de Jungkook, que se responsabilizou pelo menor enquanto os pais não estavam na cidade. Ia embora da escola com Taehyung e ficava com o menor a tarde inteira e só ia embora quando se certificava que o Kim estava dormindo tranquilamente.
Todo aquele negócio de amizade e confiança, deu certo. Eles estavam se aceitando como amigos, se viam como amigos e esqueceram por um tempo tudo que passaram. Claro que desejavam um ao outro, mas por enquanto a amizade estava até onde eles podiam cuidar.
Jungkook ainda chorava às escondidas de todos e tudo. Não chorava na frente de Taehyung, nem dos amigos e muito menos dos pais. Chorava quando estava trancado no quarto e tinha a certeza que ninguém iria ouvi-lo e mal sabia ele, que Taehyung chorava e chamava o nome dele à um quarteirão de distância.
A vida de Taehyung - parte dela - ainda continuava preto e branco. E esse preto e branco era causado pela ausência do Jeon. Não podia negar. Mas os dois compartilhavam do mesmo sentimento de não querer que as aulas e o acordo acabasse. Não queriam se afastar e pode acreditar, Taehyung não deixará Jungkook ir embora.
Mesmo não estudando, os dois estavam indo bem em todas as provas. Mesmo Taehyung não dando a atenção necessário tanto a ele mesmo quanto ao Jeon, sabia que se não fizesse não teria problemas com as suas notas e as de Jeon. Sabia que o alfa era capaz.
2 dias depois...
Jungkook se despediu de Taehyung e pediu novamente para ele ser forte novamente. Taehyung assentiu e saiu andando, com a cabeça baixa, não querendo ouvir a verdade.
Caminhou até a casa, vendo que o carro que não estava lá, já se encontrava no local. Taehyung suspirou e abriu a porta, encontrando aquele preto e branco novamente. Ouviu um barulho da cozinha e deduziu ser os pais. Subiu e guardou a mochila, descendo novamente para a cozinha.
Encontrou os pais sentados na mesa, com os rostos vermelhos e inchados. Seu pai não conseguiu encarar o filho de tão mal que estava, assim como a mãe, que estava de cabeça baixa. Taehyung já continha lágrimas grossas nos olhos, deduzindo o que havia acontecido.
- NÃO! NÃO! NÃO! MINHA HALMONI NÃO MORREU! - gritou, permitindo deixar as lágrimas escorrerem pelas suas bochechas. Segurou o batente da porta, apertando-o para manter equilíbrio.
A mãe e o pai lhe direcionariam o olhar, suplicando um "sinto muito" e foram abraçar o filho, que se deixou pender as pernas e jogar o corpo nos braços dos pais, que o seguraram e tentavam acalma-lo, mas sabia que só uma pessoa poderia fazer isso.
- Eu sinto muito, querido... eu tentei fazer de tudo, mas ela teve...
- EU NÃO QUERO OUVIR! - berrou contra o peito do pai, que o agarrava com firmeza, chorando tanto quanto o filho.
- Filho... - o pai o chamou, mesmo sabendo que não obteria resposta. - Ela está em um lugar melhor
- NO MUNDO DOS MORTOS? NO CÉU? - se desvencilhou do abraço dos pais e os encarou - Não, ela não está melhor lá, ela estaria melhor aqui. - apontou para o chão. - Sua Omma, Appa... - suplicou, abraçando o pai que se permitiu chorar mais ainda
Taehyung saiu do abraço e subiu as escadas, querendo ficar sozinho. Não podia acreditar, não queria acreditar que sua avó havia morrido. Ela tomava grande parte do coração dele. Sempre fora um exemplo para Taehyung e sempre disse que não temia a morte e que não era para Taehyung temer e se isolar quando isso acontecer. Mas Taehyung sabia que era exatamente o que iria fazer. Bem no último dia de aula isso aconteceu. Ele queria morrer e queria estar no lugar dela.
Sentou na cama e abraçou os joelhos depois de ter trancado a porta. Colocou o rosto entre os joelhos e gritou de dor e raiva. Chorava tanto que seu corpo podia ficar desidratado. Não sabia explicar o que sentia, apenas sabia que tinha um vazio dentro de si. Estava estressada e nervoso, não conseguia controlar seu corpo. Não conseguia se acalmar e pensar com clareza.
Por outro lado, Choon Hee tentava consolar o marido que chorava pela morte da mãe. Queria ajudar o filho, mas sabia que o filho não iria querer ajuda. Colocou o braço do esposo sobre os ombros e o levou até o quarto, deixando ele deitado na cama. Ficou sentada por um tempo, acalmando o marido e quando finalmente dormiu depois de noites mal dormidas, pegou o celular e ligou para a única pessoa que podia socorre-lá, ou melhor, socorrer Taehyung.
- Jungkook? - disse com a voz trêmula assim que a ligação foi atendida. Por outro lado, Jeon já esperava uma ligação, mas não da mãe dele, mas sim dele. - Taehyung precisa de você, dessa vez, para todo sempre
[...]
Jungkook apenas colocou um moletom, já que estava apenas com a calça moletom e saiu de casa, atrás de seu pequeno. Correu sem preocupações, apenas querendo encontrar Taehyung. Não se importou com nada a sua volta, se é que conseguia prestar atenção a sua volta. Suspirava, ofegante e desesperado para acolhe-ló em seus braços de verdade.
Choon-Hee havia explicado tudo a Jeon, sabia que Taehyung precisava dele mais do que nunca. Quando chegou na porta, apenas a abriu, fechando-a rapidamente e assim, correu escadas acima, sem nem ver se os pais de Taehyung estavam bem. Queria ver se ele estava bem. Estava desesperado. Parou em frente, olhando a porta branca e pela fresta da porta, viu que estava trancada.
- Merda - sussurrou para si mesmo, tendo que levantar a mão e bater três vezes na porta. Passou alguns minutos e Jeon, impaciente que não parava de andar de um lado para o outro, se virou para ir embora, mas ouviu passos e a chave girar. Se virou de frente e apenas viu um olho vermelho de Taehyung. Estava chorando e isso quebrou o coração de Jungkook.
- Vá embora, Jungkook, por favor... - suplicou, não querendo deixar sua voz sair embargada.
Taehyung fez o movimento de fechar a porta, mas Jungkook colocou seu pé, abrindo-a mais. Entrou dentro do quarto e fechou a porta, vendo Taehyung virado de costas para si.
- Eu disse para ir embora! Me deixa em paz - disse, com a voz totalmente embargada pelo choro constante. O Kim não obteve resposta e então se virou.
E quando o fez, Jeon rodeou todo o corpo dele com os braços, o prendendo firme contra ele. Taehyung teve seu rosto contra o peitoral de Jeon e os braços presos. Ele chorava alto, tão alto que Jungkook apenas fechou os olhos e deletou esse som da sua mente. Não queria o ouvir. Pensava que Taehyung iria ficar quieto e permitir o abraço, mas foi ao contrario. O Kim soltou seus braços e começou a se debater contra o peito de Jungkook, que apenas estava ali, o segurando e tentando mantê-lo calmo. Taehyung batia tanto, mais tanto em Jungkook, que chegou a gritar. Balançava a cabeça de um lado para o outro, sentindo os fios atrapalharem sua visão. Batia em Jungkook, mas não era porque estava recebendo seu abraço favorito, era de raiva e dor.
Por outro lado, Jungkook estava calmo por fora, mas seu interior estava tão agitado, que tinha certeza que se Taehyung estivesse quieto, sentiria as batidas do coração dele. Não sabendo o que fazer, soltou um braço e levou a mão em direção ao queixo do Kim e levantou o rosto dele, encontrando as iris escuras, os olhos marejados, o rosto vermelho e inchado. Com muito esforço, já que Taehyung ainda se debatia em Jungkook, limpou as lágrimas e o rosto dele com os polegares, vendo que Taehyung não o olhava nos olhos, olhava para o peito dele.
Apenas ficou ali, encarando Taehyung se debater contra ele, sabia que não era porque estava sendo abraçado. Conhecia o Kim e sabia que era de dor e raiva. E quando Taehyung se deu por derrotado, se entregou ao abraço aconchegante de Jungkook. Se entregou de corpo, alma e coração. Contornou o peito dele com seus braços molhados, apertando-o firme enquanto chorava muito. Não queria que Jungkook o visse desse jeito, então escondeu o rosto entre o braço e o peito do Jeon, sentindo o mesmo o aconchegar ainda mais em seus braços.
Não sabiam o que estavam sentindo, aliás, era muita coisa passando na cabeça dos dois ali. Taehyung estava arrasado, estava triste. Ele estava de luto. E Jungkook, só se preocupava com o Kim, se ele estava bem e calmo. Eram tantas emoções que nem sentiram seus corações se conectarem de novo e explodirem de alegria quando se abraçaram depois de dois meses. Era um abraço de amor. Não de amizade. Sabiam apenas de uma coisa: Estavam em casa novamente
Ficaram ali por minutos, apenas ouvindo a respiração um do outro e os batimentos acelerados. Taehyung parava de chorar e gritar aos poucos, ainda apertando o alfa contra si. Jungkook apenas cuidava dele. O abraçava da melhor maneira possível, passava calor humano que sabia que Taehyung gostava e ficou esperando o Kim se acalmar. Jungkook ergueu um pouco Taehyung do chão apenas para levá-lo para varanda. Precisava de ar fresco. Quando foi tentar se soltar de Taehyung, não conseguiu.
Parecia que os braços estavam colados ao corpo do ômega, ele ia para trás, mas não conseguia e voltava, não conseguia fazer o movimento de sair do local. Soube então, que se conectaram novamente e abraçou-o de novo, sentindo Taehyung tentar o puxar para mais perto, mesmo que não tivesse mais espaço entre eles. Queria que se tornassem um só.
Encostou as costas no objeto longo de metal e descansou a bochecha nos cabelos de Taehyung, que olhava o gramado verde, que na visão dele era preto, enquanto agarrava com força o moletom do alfa, não tinha forças para mais nada, apenas continuar ali e nunca mais sair. Fechou os olhos pesadamente, os forçando a nunca mais abrir, não conseguia tirar da cabeça o fato que nunca mais iria ver a avó.
Se passaram longas horas e os dois continuavam ali. Abraçados e sentindo o cheiro um do outro. Taehyung havia perdido todas as forças e agora apenas pendia os braços pela cintura do Jeon, Jungkook, ao contrário do Kim, apertava com força o corpo frágil contra seu peito, querendo o proteger de todo o mal que existe, inclusive a morte de alguém. O sol já estava se pondo e uma ventania balançava os cabelos dos dois rapazes ali na varanda.
- Ela se foi... - Taehyung falou sem forças, sem tirar o rosto do peito de Jungkook. O mesmo rolou os olhos para baixo, conseguindo ver o rosto angelical do seu pequeno anjo
- Eu sinto muito, Taehyung... - acariciou as costas do omega, nem querendo pensar o quão ele estava sofrendo.
Taehyung ergueu o rosto do peito alheio, dando a visão do rosto vermelho para Jungkook, que apenas fez uma cara de tristeza e segurou o rosto dele com as duas mãos, olhando bem no fundo dos olhos cintilantes que ele tanto amava. O Kim colocou as mãos sobre as do Jeon, abrindo um pouco mais os olhos, sabia que Jungkook queria ver bem lá no fundo.
Deixou um pequeno beijo molhado no nariz do ômega e o puxou para dentro, lentamente. Estava escurecendo, afinal.
- Quer tomar um banho? - Deixou Taehyung sentado na cama e se ajoelhou na frente dele. Taehyung apenas negou com a cabeça. Jungkook assentiu, indo até o armário do outro e procurando por algo mais confortável para ele dormir,
Acabou por pegar o moletom vermelho que ele sempre usava para dormir. Caminhou de volta e pensou se aguentaria ver o corpo que ele tanto desejava a sua frente. Mas Taehyung precisava dele. Suspirou baixo e caminhou até ele, pegando nas barras da blusa escolar. Taehyung levantou os braços e deixou Jungkook retirar a peça. Jungkook olhou por míseros segundos o peitoral dele, estava mais magro. Colocou logo o moletom, jogando o capuz por cima dos cabelos dele. Tirou a calça e a meia e o deitou na cama, cobrindo ele até o pescoço.
Taehyung não obtia nenhuma expressão além de tristeza e dor. Seus olhos ameaçavam marejar, mas ele logo limpava. Jungkook não sabia se ficava ou ia embora, até Taehyung bater no lugar vazio na cama, indicando para Jungkook deitar ali.
E o alfa foi, deitou ao lado do seu pequeno, que sem pensar duas vezes, se enroscou no corpo que sentia tanta falta. Passou suas pernas por cima das de Jungkook e abraçou a cintura, escondendo o rosto na curva do pescoço, inalando fortemente o cheiro ácido e doce mesclado.
Taehyung e Jungkook haviam se reconectado e não vão mais se desconectar. Não se depender da decisão deles.
- Jungkook... Nunca me deixe, por favor. Fica comigo para sempre - pediu, quase numa súplica, contra o pescoço do mais velho, que acariciava a cintura do outro sob o moletom.
- Fico, bebê - Jungkook, ao pronunciar o apelido, descobriu que sentia falta de o chamar assim. Taehyung, mesmo de luto, sentiu seu coração acelerar e esquentar, deixando ele envergonhado. Sentia falta de ouvir o apelido que Jungkook tanto o chamava. - Para sempre agora. Eu te faço uma jura de amor, eu prometo que nunca mais iremos nos separar, não mais. Daqui em diante são nossas mãos entrelaçada, nossos passos igualáveis e nosso coração no mesmo ritmo sempre
Taehyung levantou o rosto, não sabendo exatamente o que faria. Há tanto tempo não tocava no alfa que sem sabia mais o que fazer. Ficaram se encarando e Taehyung viu Jungkook fechar os olhos, achou que deveria ir e foi. Se aproximou lentamente, inclinando a cabeça e selou os lábios dele, com calma, desejo e amor. Um selinho longo, mas significativo. Agora sim, Jungkook e Taehyung sentiram seus corações explodirem e as bocas procurando mais contato.
Jungkook sorriu contra os lábios dele e o puxou para seu peito, deixando Taehyung depositar todo seu peso nele. Enquanto apenas sentia os lábios doces e carnudos que sentia tanta falta, apertava fortemente a cintura do outro. Taehyung sentia tanta falta dele, mas era tão difícil assumir e tentar novamente. Com uma mão no peito do alfa e a outro no pescoço, abriu a boca, puxando ar, para assim selar novamente e começar um dançar de lábios. Eles iam e vinham, se encostavam e desencostavam e o barulho dos lábios completavam o quarto. Quando enfim, se separaram e Taehyung o olhos nos olhos, como se quisesse a permissão e Jeon nem precisou responder. Sentiu o Kim mordeu seu lábio e logo invadir sua boca com a língua macia e com um gosto salgado de lágrimas. Jungkook sentiu seu corpo explodir e ele logo encontrou a sua língua com a do omega. Os dois estalaram em amor e felicidade. Tinham encontrado o caminho novamente. Ficaram acariciando um ao outro, tanto com a mão quanto com a boca e a língua.
Jungkook já tinha sua mão dentro do moletom do ômega, segurando a cintura fina dele. Taehyung sorria e gemia baixo, sentindo seu corpo estremecer com os toques de seu alfa sobre a pele branca dele. Ficaram se beijando por longos minutos, até a falta de ar se fizer necessária, mas Taehyung estava tão vermelho que levou os lábios até o pescoço alheio, depositando um beijo molhado e uma mordida fraca. Jungkook riu e percebeu que não tinha mais aquele grande vazio no seu peito. Ele não estava mais na escuridão, ele tinha encontrado sua luz. Taehyung. Mordeu o lóbulo do outro, querendo fazer todas as coisas que desejava fazer todo aquele tempo.
Taehyung estava mais do que feliz por ter se encontrado novamente, mas a dor da perda da sua avó ainda doía em seu peito, ainda predominava naquele instante. Estava o esfaqueando pelas costas, mas sabia que Jungkook podia o curar, poderia fechar todas as feridas e abrir novos caminhos dentro dele. Desejava o Jeon e foi ali, naquele momento, que prometeu para si mesmo que não deixaria Jungkook ir embora.
- Eu senti a sua falta... - Jeon disse, enquanto sentia os beijos molhados serem depositados pelo seu pescoço. Havia decidido algo naquele momento que sentiu os lábios que amava. E cumpriria. Cumpriria logo. Não esperaria nem mais um segundo.
- Eu também senti a sua falta - parou de provocar o maior e apenas se aconchegou ali, recebendo as carícias preguiçosas do Jeon em seu cabelo.
Jungkook inverteu as posições, deixou Taehyung por baixo e se deixou por um tempo ficar encarando o rosto vermelho dele. Os cabelos caídos na frente dos olhos e os lábios vermelhos. Tirou as mechas da frente do rosto do ômega e deixou um selinho simples na boca dele, voltando a se deitar ao lado dele. Puxou Taehyung para si e apenas se calou, querendo ouvir a respiração do outro e fazê-lo dormir em paz e sem pesadelos.
Com os olhos fechados e a respiração calma, Jungkook e Taehyung pensavam um no outro, no quanto se amavam, se desejavam, se queriam e o tamanho do amor que sentiam um pelo outro. O que chegaram à conclusão que é incalculável. Jungkook pensava novamente em como sua vida de tornou. Ele foi de transa sem compromisso e bebidas em excesso para amor incalculável e beijos lentos. Não era apenas isso, não podemos negar. Taehyung pensava em como vivia sem o Jeon ao lado, sem os abraços e beijos que o acalmam. Pensava porque diabos Jungkook entrou em sua vida e de como um alfa estúpido e escroto que era um nada na sua vida, virou um tudo de hora para a outra. Se perguntavam o que realmente sentiam um pelo outro.
Amor não tem explicação, você não vê ele, você sente. E Taehyung e Jungkook sentiam mais do que pensavam.
[...]
Taehyung acordou com raios de sol no seu rosto que passavam pela fresta da cortina. Se espreguiçou e tateou o local ao seu lado, não encontrando o corpo que deveria estar ali. Pensou que deveria estar lá em baixo, então se sentou e sorriu ao lembrar de todas as cenas com Jeon ontem, mas diminuiu o sorriso ao lembrar da morte de sua avó. Suspirou e voltou a se deitar, enrolando todo o edredom a sua volta, feito uma bolinha no centro da cama. Ouviu o som do chuveiro e logo o mesmo desligar, então aí deduziu que Jeon estava tomando banho. Apenas ficou ali, enrolado no edredom esperando o alfa.
Assim que ouviu a porta do banheiro abrir, se escondeu debaixo da coberta. Jungkook saia apenas com a calça moletom e a toalha na mão, secando os fios morenos. Riu ao ver que o menor se remexia na cama, mas estremeceu ao pensar no que seria daqui alguns minutos.
Deixou a toalha na poltrona e se aproximou lentamente do pequeno bolo que era Taehyung no edredom. Apoiou os joelhos e puxou lentamente o edredom, sabendo que estava acordado. E quando sabia que Taehyung estava distraído, puxou a coberta com tudo e encheu o rosto dele de beijos. Sabia que Taehyung precisava de carinho e ele vai dar. Taehyung ria baixo e abraçava o pescoço do alfa, que continuava beijando o rosto dele.
- Tenho uma surpresa para você, Tae-ah - parou de o beijar e se sentou na cama, tendo a cabeça de Taehyung em seu colo. Taehyung adorava surpresas e sempre se animava.
- O que que é? - disse, curioso, fazendo sua melhor expressão fofa para o alfa falar.
- Está lá fora. Vai lá! - Taehyung pulou da cama e caminhou rapidamente até a varanda, abrindo a porta. A varanda era grande e a surpresa estava apenas no final dela. Taehyung olhou para o lado esquerdo e não viu nada, mas quando olhou para o lado direito, viu o que não esperava.
Um enorme urso branco no chão com um coração vermelho na mão e uma mesa posta de café da manhã. Jeon havia preparado isso pela manhã. Seu queixo caiu e ele só sabia sorrir. Ficou lá parado na porta olhando para aquilo. Mas não esperava pelo que vinha em seguida
- Há mais ou menos cinco meses atrás eu conheci uma pessoa... - Jungkook falou atrás de Taehyung, fazendo ele se virar para encarar o alfa - A minha vida mudou desde então, não preciso nem falar. Eu bebia excessivamente, ia em bares e transava sem sequer algum compromisso. Mas a partir daquele dia na sala do diretor, aquela escura e solitária prisão que eu era, ganhou um brilho. Ganhou uma luz que até hoje eu não sei de onde vem - Olhou nos olhos de Taehyung e pode ver eles marejados - Essa tal pessoa não só me ama, mas me transformou. Ela tirou tudo de ruim que tinha dentro de mim, tudo que me fazia mal, tudo que me consumia até meu último suspiro, tudo que podia me matar e deixou apenas as coisas boas, que é o que me fez de mim o que eu sou hoje. - Jungkook abaixou a cabeça, tentando manter a calma - Essa pessoa me ensinou a amar. Ela me amou e eu amei ela. Amo até hoje e tenho certeza que ela me ama também. Ela me ensinou a ter respeito, a ter gratidão e compaixão, acho que ela me ensinou o que é ter uma vida fora de bares. A gente já passou por tanta coisa, já passamos por tantas brigas, problemas, discussões, mas nunca nos separamos para sempre. Eu sempre pensei que sabia exatamente o que sentia por essa pessoa, mas se eu soubesse, não seria amor. Não seria amor se eu soubesse o que sentia, se eu conseguisse decifrar, mas aí eu descobri que não sei, não sei nem 10%. Uma aliança de compromisso não vale tanto quanto o amor, não é por uma aliança que vamos estar comprometidos, aliás, sempre estivemos. Não vai mostrar que estamos juntos, porque sempre estivemos, não vai mostrar o quanto nos amamos, porque nada vai medir isso. Admito, eu era um alcoólatra que achava que bebida era a resolução de todos os problemas, mas eu achei a solução deles na luz que vinha dessa pessoa. Ela virou meu refúgio, meu Porto Seguro, minha salvação e o amor da minha vida - deu uma pausa e deu um sorriso singelo - Eu te amo, Taehyung. Eu te amo com todas as minhas forças, com toda a minha alma, com todo o meu coração e com toda a minha vida e se você quer saber, eu não quero passar nem mais um segundo longe de você. Eu cansei de imaginar como seria se estivéssemos juntos, cansei de sonhar e não tornar isso realidade. - Jungkook se ajoelhou no chão, tirando de trás, uma caixa preta aveludada. Taehyung colocou a mão na boca, surpreso pelo o que Jungkook estava fazendo, já chorando descontroladamente. - Taehyung, você quer namorar comigo?
Aaaaaaa!!!
Só toma essa, apenas morra comigo quando eu escrevi isso. Mano, levei três dias para escrever. Eu juro por Deus que as dúvidas que vocês têm vão ser solucionadas, ok? Juro de dedinho. Até a próxima sexta
Decepcionei?
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