Temos um plano?
Como pessoas totalmente perdidas em toda aquela agonia, os quatro amigos se apressaram à chegar no enorme casarão dos Jung. Mesmo que fosse perigoso dirigir naquela velocidade na cidade, Johnny não funcionava racionalmente sob pressão, sendo assim, junto de Taeyong e Katrina, foram os primeiros a chegarem. Esquecendo-se sobre o jantar que Jaehyun estaria tendo junto dos amigos de seu pai, Johnny cansou seu indicador na campainha. Após provavelmente cinco toques exasperados a porta fora aberta por um Jaehyun impaciente.
— Pelo amor de Deus, pare com isso...! — sorrateiramente o garoto fechou a porta agora atrás de si para cumprimentar seus amigos — Qual o problema...? Estou um pouquinho ocupado se não notaram... — com uma jogada leve de cabeça, ele apontou aos carros chiques estacionados em frente à sua casa.
— Precisamos muito da sua ajuda e eu estou ficando maluco só de pensar no que está acontecendo com ele agora enquanto estamos aqui perdendo tempo. — Johnny nem ao menos respirou falando rápido o suficiente para ninguém entender o que ele havia dito.
— Opa, calma aí que eu não entendi uma palavra do que você falou. — levantando as mãos negando com a cabeça, Jaehyun notou o carro de Doyoung se aproximar em frente a calçada da sua casa — Okay, quem, além do Johnny, quer me dizer o que está acontecendo aqui?
— Eu vou simplificar, o Yuta sumiu. — Taeyong cruzou os braços com um semblante apreensivo, contudo pela expressão de Jaehyun, ele não havia acreditado em suas palavras.
— Por que acham isso? — riu baixo — Gwiyomi me disse que ele não foi para a aula e que vocês passariam na casa dele mais ou menos agora.
— Exatamente, mas ele não estava lá! — Johnny exclamou enquanto Doyoung se aproximava em passos rápidos.
— Já pensaram que ele pode ter saído um pouco para espairecer a mente?
— Jaehyun, o Yuta te mandou alguma mensagem esquisita ontem? — Doyoung chamou a atenção para si.
— Esquisita, não. — respondeu cheio de certeza até parar para pensar — Na verdade... Hm, mas acho que aquilo não foi nada demais... — falou consigo mesmo.
— Ele te agradeceu não foi? — Katrina finalmente comentou alguma coisa.
— Sim. — pareceu um pouco assustado com a pergunta da garota — Ele te mandou uma mensagem assim também?
— Ele mandou para todos nós. — Taeyong agora de braços descruzados suspirou — E depois disso fomos ao apartamento ver se estava tudo bem.
— Mas ele não estava lá, vocês já disseram... Okay, isso é um pouco estranho mesmo.
— Não é só isso. — Taeyong retomou suas falas — Conseguimos entrar no apartamento com a chave extra, mas todas as coisas dele sumiram.
— Como assim todas as coisas dele sumiram? — Jaehyun arregalou os olhos brevemente.
— As roupas, sapatos, tudo. Só ficaram os móveis. — Doyoung sentiu a aflição no olhar do garoto na frente deles.
— Mas para onde ele foi...?
— Nós temos certeza de que ele voltou para o Japão... — Katrina fora firme mesmo que estivesse prestes a chorar — Muitas coisas aconteceram e muito do seu passado foi revelado, é possível que ele tenha cedido aos caprichos dos pais.
— Por que... Ele não me contou nada...? — Jaehyun sentiu um aperto em seu peito, como se um pedaço seu estivesse desaparecendo.
— Ele não contou para ninguém. — Johnny consolou o amigo — Nós descobrimos acidentalmente.
— Aquele idiota, devíamos dar um murro na cara dele quando o encontrarmos... — Taeyong já se via irritado e ao seu lado Doyoung ria baixo por ele demonstrar sua preocupação daquela forma.
— Agora precisamos de um plano. — Johnny fitou os cantos — Mas será que a gente podia entrar ou sei lá, minhas pernas estão cansadas cara.
— É claro que não... Esses metidos na sala de jantar são um pé no saco. Eu vou me livrar dessa situação, esperem aqui, nosso problema é mais importante... — e em poucos segundos, Jaehyun já estava de volta dentro de casa.
Não demorou para se juntarem novamente, Gwiyomi que também estava no jantar os convidou à sua casa para conversarem lá, visto que sua mãe havia saído para fazer compras com seu pai. Explicaram com todos os detalhes que puderam toda a situação de Yuta, pelo menos até onde sabiam, para Jaehyun e sua namorada. De certa forma, o garoto não ficou impressionado ao descobrir o que os pais do seu melhor amigo faziam por trás dos panos há anos, entretanto nunca pensou que chegaria a esse ponto.
ㅡ Essa situação de casamento arranjado eu entendo... Só que, no meu caso eu sempre soube que teria que me casar, por isso foi mais fácil dar uma chance, mas o Yuta... Acho que no lugar dele eu me sentiria traído pelos meus pais. ㅡ Doyoung suspirou e olhou as horas em seu relógio no pulso ㅡ Eu ainda tenho alguns minutos sobrando, então vamos pensar logo numa forma de resolver tudo isso.
ㅡ Esse é o problema, ninguém consegue falar com ele! ㅡ Johnny que estava na poltrona ao lado resmungou.
ㅡ Eu vou tentar ligar... Se ele saiu de manhã é óbvio que já chegou na casa dos pais. ㅡ Jaehyun retirou o celular do bolso rapidamente procurando o contato de Yuta.
Todos ficaram em silêncio aguardando pacientemente por uma resposta e esperando que dessa vez conseguissem entrar em contato com o garoto. Foram segundos de pura agonia.
ㅡ Alô, Yuta...?! ㅡ rapidamente todos se aproximaram para ouvirem a conversa, então Jaehyun colocou a chamada no viva-voz.
ㅡ *Mōshiwakearimasenga, wakai masutā Yuta wa anata ni imasugu o tsukisoe dekimasen.
*Sinto muito mas o jovem mestre Yuta não pode atendê-lo no momento.
ㅡ Quem é essa aí? ㅡ Johnny sussurrou ㅡ Eu não entendi nada, alguém entendeu...?
ㅡ Ela disse que o Yuta não pode atender. — Doyoung sussurrou de volta para Johnny se esticando mais próximo do celular — *Kare ga doko ni iru ka oshiete itadakemasu ka?
*Você pode nos dizer onde ele está?
— Quando foi que você aprendeu a falar em japonês? — Taeyong beliscou a bochecha de Johnny com força — AI! — o encarou.
— Cala a boca Johnny... — Taeyong levou o indicador aos lábios demonstrando o quanto estava irritado.
— *Chū honke ni tsuite hanasu koto wa yurusa remasen. Mōshiwake arimasen. Anata ga watashi o yurusu koto ga dekireba, kekkonshiki o keikaku surunoni hontōni isogashīdesu. Yoiichinichiwo. — e a chamada fora desconectada.
*Eu não estou autorizada a falar sobre a família Nakamoto, sinto muito. Agora queira me desculpar, mas estamos muito ocupados planejando o casamento. Tenha um bom dia.
— Ela desligou? — Jaehyun fitou o celular.
— Nós precisamos fazer algo logo! — Doyoung se recostou no sofá suspirando.
— O que ela disse? — Katrina, que estava ao lado dele percebeu que algo pior estava por vir.
— Não tinha a permissão de nos dizer onde ele estava e que estão ocupados planejando o casamento. — coçou a cabeça.
— Mas que merda... Estou começando a achar que o Yuta não tem noção da gravidade das coisas. — Taeyong se levantou — Agora, como vamos impedir isso?
— Precisamos ir para o Japão e trazê-lo de volta. — Jaehyun simplesmente comentou.
— Ah, como se isso fosse a coisa mais fácil do mundo! — Gwiyomi retrucou.
— Meu pai tem um avião particular — todos arregalaram os olhos —, sim nem eu sabia descobri ontem. Podemos pegar emprestado... — sorriu cínico.
— Ótima ideia, mas e como ficam o Bogum e a Charlotte? — Johnny apoiou os cotovelos nos joelhos.
— Eu cuido deles. — Gwiyomi sorriu — Vocês sabem que eu tenho experiência nesse tipo de coisa. — sua ironia estava bem evidente o que fez Jaehyun rir — Mas minha folga no trabalho é só quarta-feira...
— Eles disseram que estão planejando o casamento, então é bem provável que ele não aconteça essa semana... — Doyoung ponderou — Pode ser arriscado, mas é a única opção que temos se a Katrina quiser ir com vocês.
— Eu quero ir! — ela apertou os dedos no tecido da almofada.
— Mas e o seu trabalho? — Gwiyomi parecia preocupada com a outra.
— Hm... — ela suspirou — Eu posso pedir para uma das outras garotas cobrir meu turno...
— Espera, você não vai vir junto Doyoung? — Johnny perguntou.
— Eu não posso, vou começar a estagiar no hospital do meu pai. — seu sorriso parecia cansado — Vou ter que deixar esse assunto nas mãos de vocês.
— Pois bem então, quarta-feira depois da aula. — Taeyong confirmou — Eu sei que isso é um assunto muito importante, mas eu tenho um compromisso em uma hora...
— Eu preciso ir também. — Doyoung retirou as chaves do carro de seu bolso da calça — Quer uma carona Taeyong? — o outro consentiu com a cabeça — Então, estamos indo.
— Eu preciso buscar a Charlotte na pré-escola... — assim que Katrina comentou, Johnny se levantou.
— Certo, então agora que estamos todos de acordo, eu também vou indo. — sorriu para Katrina — Vamos, eu te levo vou cuidar da Charlie daqui a pouco mesmo.
— Ah, e mais uma coisa. — Doyoung que já estava com Taeyong na porta se virou — Continuem tentando entrar em contato com o Yuta, uma hora ele pode nos responder.
Depois de estarem todos de acordo, cada um seguiu seu caminho desejando que a sorte estivesse ao lado deles. Durante todo o percurso Katrina ficou em silêncio, Johnny queria dizer algo, confortá-la de alguma forma, entretanto não encontrava as palavras e isso o deixava pressionado. Fora uma viagem curta, mas de clima pesado, assim que buscaram Charlotte a garotinha conseguiu colorir um pouco o ambiente.
— Katrina. — já estavam dentro da casa das duas garotas, Katrina se preparava para sair para trabalhar quando Johnny a chamou — Sorria.
— O quê?
— Yuta gosta de você, de verdade. — ela corou brevemente — Não se preocupe, nós vamos trazê-lo de volta, então sorria.
— Pare de falar coisas embaraçosas... — ela sorriu levemente.
— Vai ficar tudo bem. — e disso Johnny tinha certeza.
Capítulo 18 ↬
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