47° Capítulo
O dia foi incrível, como já era de se esperar. Ao anoitecer embarcamos novamente na lancha que viemos ontem a noite, antes de irmos Spencer fez umas 100 ligações, não sei o que o preocupava tanto.
Não demorou muito pra chegarmos, a noite anterior estava me dando boas lembranças.
- Você deve estar com fome, vamos dar uma volta. - Spencer diz assim que entramos em sua residência.
- Eu não acredito! Acabamos de chegar, estou exausta, com fome, mas exausta. - Reclamo cruzando os braços. - Podemos pedir uma Pizza! Bem mais pratico.- o mesmo me olha com um olhar reprovado, apenas dou de ombros.
- Tem coisas mais saudáveis pra se comer, sabia? - Ele coloca as chaves na mesa e vem até mim. - Mas tudo bem, estou louco pra comer pizza - ele sorri.
- Pensei que o senhor não mentisse, Sr. Bennett, aposto que já tem muitos anos que não sabe o que é pizza, nem deve lembrar do sabor...-Sorrio de lado.
- Olha, a mocinha é ousada, pra sua informação eu não como só essas coisas que você imagina.-Reviro os olhos.- VEM CÁ!!- ele puxa com toda delicadeza minha cintura e sela meus lábios.
Não demorou muito para chegarmos, e depois de comermos e de algumas brincadeiras, pedi para que o Spencer me levasse pra casa. Mesmo depois dele ter insistido para que eu dormisse com ele, o caminho pra casa não demorou, acabei cochilando no carro e acordei com as mãos dele acariciando meu rosto. Sorri em resposta e soltei um suspiro tentando acordar.
- Está em casa, bela adormecida- Ele sorri e sai do carro, abrindo minha porta logo em seguida.
-Boa noite, Spencer...
- Boa noite, Rose. -Ele me dá um beijo e assim entro. Sou vencida pelo cansaço e acabo dormindo sem colocar o pijama.
POV SPENCER
Assim que deixei Rose em casa, recebi uma ligação dizendo que a mercadoria já havia sido entregue e assim que cheguei em casa, caminhei rapidamente até o corredor principal, tirei a chave do meu pescoço e abrir a porta.
O local estava escuro, mas a meia luz provida da abertura da porta era o suficiente para refletir de volta em meus olhos o brilho metálico das armas que ali estavam.
Prateleiras e mais prateleiras de armas das mais variadas, algumas sendo facilmente reconhecidas por seu grande uso em filmes de ação, como a M16 e a M4, rifles de assalto e carabina respectivamente.
A sala inteira podia se considerar um paraíso para os amantes de armas.
Mais a frente, em prateleiras similares, porém um pouco menores, estavam submetralhadoras conhecidas, como MPX e MP5, utilizada bastante em videogames e filmes, estas armas na vida real eram utilizadas para combates a curta distância, operações noturnas, resgate de reféns e escoltas.
Em armários laterais, uma luz interna fraca iluminava o que havia dentro, que eram diversas pistolas, entre elas a M18, a pistola escolhida pelo exército americano para ser utilizada em combates. Sua eficiência e capacidade de acoplar lanternas, mira lasers e outras coisas mais, a deixa bem flexível para o exército americano, e para os compradores dessa arma.
Um especialista em armas poderia dizer que a pessoa que fez as compras não estava comprando as cegas, e eu realmente não estava. Pois existem modelos novos de ponta da Taurus, sendo esta a pistola TH9c, que por ser compacta e discreta, era muito utilizada para porte, por conta do seu potencial como defesa pessoal.
É possível ver diversos armários longos dedicados a apenas um tipo de arma, a sniper.
A Mk 14 EBR não era uma arma de última geração, mas com o preço mais acessível do que a nova com quase o mesmo desempenho, ainda fazia dela uma ótima escolha para se atirar a longas distâncias.
Penduradas nas paredes aos montes, estavam diversas escopetas, sendo que as mais visíveis, as que estavam mais embaixo, eram todas variações da série Mossberg 500, escopetas pump action.
Como consegui isso tudo? Contatos no comércio de outros estados onde é legalizada a venda de armas e contatos no exercito americano para conseguir algumas armas um pouco mais exclusivas.
Trazer as armas para essa sala não é tão difícil quando se tem muito dinheiro. Todos tem um preço para o silêncio.
Após avaliar toda mercadoria dou um longo suspiro.
Adentro o banheiro e tomo um banho pra aliviar a tensão e a voz do meu amigo torna a aparecer na minha cabeça.
"Você precisa contar a verdade a Rose, não a machuque, Spencer".
Isso dói em minha alma, uma dor que quero arrancar a todo momento, somente quando estou ao lado dela tudo muda. Eu tentei contar a ela, varias vezes, mas sempre somos interrompidos ou acontece algo.
Desligo o chuveiro e pego a toalha colocando na cintura e uma outra para o cabelo.
- Já está decidido. Amanhã querendo ou não, vou contar a verdade para Rose.- Digo olhando para o espelho embaçado por conta do vapor.
- Amanhã!
Visto uma box e me deito na cama, preciso dormir, o dia será longo amanhã .
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