38° Capítulo parte 2
Me despeço e resolvo voltar para a suíte, eu realmente estava acabada. Entro no elevador e passo por aquele ritual de sempre, isso era definitivamente um saco. Sinto firmeza nas pernas ao cruzar as portas, Naomi estava sentada no sofá mexendo no celular, o qual o largou imediatamente quando me viu.
-Eu realmente pensei que vocês tinham voltado pra Nova York e me deixaram aqui.- Ela me chama para o sofá e eu sento ao seu lado.- Como foi o dia?
-Cansativo...mas fechamos um negócio grande!!- Digo com um sorriso estampado no rosto.
-Eu sabia que você era incrível...-Ela me abraça e segura em meus ombros.-Preciso de um favor seu...- Ela fala com voz de súplica.- O Christian me chamou para sair hoje...
-AH MEU DEUS, O CHRISTIAN? EU SABIA!!- Quase grito para o hotel inteiro ouvir e imediatamente a Naomi põe a mão em minha boca.
-Você quer que o senhor irritadinho escute? Ele não pode saber disso.- Ela me olha fixamente e retira a mão.- Por favor, diga a ele que tive que sair pra encontrar uma amiga...por favor, Rose...- Ela faz cara de cachorro molhado e eu não consigo não revirar os olhos e sorrir.
-Divirta-se, bobinha.- Dou um abraço apertado nela e a vejo descer pelo elevador, acenando pra mim até sumir completamente.
Vou para o quarto e tomo um longo banho quente. O cansaço e as preocupações foram lavados por completo, eu estava realmente renovada.
Termino o banho e escolho um conjunto de calcinha e sutiã pretos, com um roby da mesma cor. Visto-os e resolvo ler na sala, enquanto o sono não chegava. Olho para o elevador e para o relógio, o Spencer só deve voltar mais tarde... Afundo no sofá e volto a minha leitura.
Não sei se o tempo passou rápido, ou era eu que estava concentrada totalmente no livro, mas um calafrio subiu em minha espinha e eu pude sentir o olhar negro dele pesar em mim.
Olho para os lados e imediatamente o encontro encostado em uma pilastra no canto da sala. Ele estava com o blazer pendurado em um ombro e o topo da sua camisa estava aberta...ele realmente estava de tirar o fôlego. Volto para a leitura com o intuito de me distrair do seu olhar, mas meu coração da um salto quando o escuto falar.
- "É tolerável, mas não tem beleza suficiente para tentar-me. Não estou disposto agora a dar atenção a moças que são desprezadas pelos outros homens." - Ele diz sem me olhar. Eu conheço isso de algum lugar...Espera! Então ele já leu Orgulho e preconceito. Olho para o objeto em minhas mãos e franzo o cenho.
- "... ele é desagradável, horrível; pouco adianta cativá-lo. Tão orgulhoso e tão convencido que é impossível aturá-lo. Andava de um lado para o outro, pensando na sua importância. Não é suficientemente simpático para que se tenha prazer em dançar com ele. " - Dessa vez sou eu quem respondo usando uma frase da mãe de Elizabeth.
- Você sabe muito bem que ela queria dançar com ele. - Spencer se aproxima e se senta em minha frente.
- Muito pelo contrário, ela nunca dançaria com um cara arrogante que só pensa em si, que é egocêntrico e acha que as coisas funcionam a base do dinheiro. - Respondo um pouco rude.
- E não é assim? Jane se casa por amor? Ou pelo dinheiro. Qual é sua visão sobre isso? - Ele diz como se já soubesse minha resposta.
- Por amor, é claro! Jane se apaixona muito fácil, mas a Elizabeth não. Ela não aceitou o pedido do Sr. Darcy quando ele o fez da primeira vez. Porque ela nunca se casaria sem existir amor. Apenas bons casamentos salvariam as irmãs Bennet da pobreza e indiferença da sociedade aristocrática do início do século 19. Mas a Elizabeth era diferente...ela realmente acreditava no amor.
Spencer apenas me encarava com aqueles olhos negros, e por fim deu um sorriso fraco.
- Então você acredita que exista amor e não interesse?- Ele olha para algum ponto fixo na noite lá fora.
- Ainda vai existir interesse, mas o amor sempre vence. - Dou de ombros.
- "Você tem de me permitir dizer com quanto ardor eu admiro e amo você"
Naquele momento meu coração acelerou. Minha boca secou e eu não conseguia reagir. O ouvir citar umas das frases que mais me tocou e mexeu comigo foi um completo soco no estômago. O momento em que o Sr. Darcy se declara para a amada. Dou um suspiro e o encaro. Ele continua com o olhar fixo.
- "Sei que é generosa de mais para fazer pouco de mim. Se os seus sentimentos são ainda os mesmos que manifestou em Abril passado, diga-me imediatamente. O meu amor e os meus desejos permanecem inalterados; mas basta uma única palavra sua para silenciar-me para sempre."
Ele diz com voz baixa. Não sei se era possível, mas senti meu peito arder e o rubor invadir meu rosto. Ele se levanta sem me encarar e eu me levanto junto. Ele faz menção em sair dali, mas paro em sua frente.
- O livro não termina assim. - Ele me olha sem entender.
Me aproximo dele e ficando na ponta dos pés, coloco meus braços em volta de seu pescoço e encaro seus lindos olhos.
- É assim! - O beijo.
Não foi um simples beijo. Nossos lábios se encaixaram perfeitamente, como se fossem feitos uns para os outros, minha língua agia com urgência para explorar a dele, minhas mãos agarraram os seus cabelos, os puxando para aliviar a tensão. Escuto-o gemer colado em meus lábios, suas mãos agarram minhas coxas com firmeza e senti quando ele me levantou, fazendo-me enlaçar sua cintura. Aquele contato permitiu um maior atrito entre nossas intimidades, eu o podia sentir pulsar, o que me fez morder seu lábio inferior e o puxar suavemente.
Ele apertou minha bunda e me segurou pela nunca, aprofundando ainda mais nosso beijo. Não demorou muito para que ele começasse a mordiscar meu pescoço, dando pequenas chupadas e lambidas pela região. Me arrepiei com a ação e senti a reação formigando em meu ventre.
Por um breve momento eu voltei a realidade e lembrei de um pequeno detalhe que poderia dificultar as coisas. Me afasto dele relutante e seguro seu rosto.
-Eu sou virgem...- Digo ofegante, olhando em seus olhos. Ele franze o cenho e me encara.
-Por onde você andou todo esse tempo?...- Ele da um sorriso magnífico e torna a me beija.
Eu apenas fechei os olhos e me deixei levar. Aquele era o momento... eu realmente me sentia pronta.
Spencer começa a se movimentar pela suíte, em nenhum momento ele me soltou ou fez menção de me soltar, ele apenas dirigiu-se para o seu quarto e me colocou delicadamente na cama. Não pude reparar na decoração, mas a cama era sem dúvidas, muito macia. Ele se afastou um pouco e olhou diretamente em meus olhos.
-Tem certeza?- Ele pergunta com a respiração ofegante e as pupilas dilatadas.
Não o respondo, apenas o calo com os meus lábios. Tiro sua camisa apressadamente e começo a trilhar beijos pelo seu pescoço, segurando seus cabelos em uma mão e explorando seu dorso com a outra. Sempre pensei como seria tocar esse homem, explorar cada músculo do seu corpo com minhas mãos...
Ele me gira na cama, me fazendo ficar montada em seu colo. Ele desamarra meu roby, deixando-o cair ao lado da cama, para por um minuto para me analisar e não consigo conter meu constrangimento.
-Você é maravilhosa, Rose...- Ele me segura pela cintura e volta a trilhar um caminho com seus lábios pelo meu pescoço e pelos meus seios. O ato me fez movimentar o corpo, dando algumas reboladas em seu colo, arrancando um gemido rouco do fundo de sua garganta.
Ele novamente ficou por cima de mim, mas dessa vez ele se afastou e tirou a calça lentamente, sem afastar nossos olhares. Ele voltou e retomou as suas provocações. Um beijo casto nos lábios, um beijo molhado no encontro do pescoço e da clavícula, um roçar de lábios sob a minha pele que queimava...ele tirou meu sutiã com maestria e abocanhou suavemente um dos seios, chupando-o e assim fez com o outro da mesma forma. Suas mãos desceram pela minha barriga, a ponta dos seus dedos trilhavam um caminho para a parte inferior do meu corpo, me fazendo arquear as costas com o contato. Ele passou a mão suavemente no encontro das minhas coxas e começou a estimular o local, me beijando ali logo em seguida.
Ele tirou minha calcinha lentamente e a guardou dentro do bolso da calça que estava no chão. Ele voltou a atenção para aquele meu ponto sensível e sua língua agiu com maestria. Seu hálito quente, sua velocidade... eu estava quase perdendo a sanidade com o ato, até que senti o seu dedo me penetrando. Agarrei os lençóis e joguei a cabeça pra trás, olhando em seguida diretamente para ele.
-Você está tão pronta...- Ele sussurra e tira sua cueca, massageando seu membro logo em seguida enquanto me olhava. Arregalei os olhos ao ver o tamanho, quanto mais o Spencer o estimulava, mais rígido ele ficava.
Apoiei-me sob os cotovelos e o assisti desenrolando o preservativo em seu comprimento. Ele voltou a se por em cima de mim e me deu um casto beijo nos lábios. Enquanto olhava em meus olhos, ele ia afundando aos poucos em minha carne, me fazendo estremecer com a dor. Ele mordeu o lóbulo da minha orelha suavemente, o que me fez delirar e esquecer a dor por um momento, depois capturou meus lábios e me beijou suavemente. Nossas línguas exploravam cada centímetro uma da outra, seus dentes puxavam os meus lábios, fazendo com que eu afundasse minhas unhas em suas costas, descontando a onda de prazer. Ele me fez esquecer o que estava acontecendo, e quando menos percebi, ele já estava totalmente acomodado dentro de mim. Eu o beijei e ele começou a se movimentar vagarosamente, esperando para que eu me acostumasse com a sensação.
A onda de prazer estava tomando conta dos nossos corpos, o calor emanava da gente, o ritmo que o Spencer me penetrava estava aumentando e eu só queria mais e mais. Senti um frio subir pela minha espinha e sem ao menos hesitar, explodi ao seu redor falando o seu nome.
-Spen...cer...ah...- Sussurro em seu ouvido enquanto as ondas de choque se espalhavam pelo meu corpo.
-Ahh Rose...- Ele diz pausadamente, enquanto encontrava a sua própria liberação.
Éramos uma mistura de suor, cansaço, sentimentos indescritíveis em um único emaranhar de corpos. Deitei em seu peito e pude senti seu coração acelerado e sua respiração tentando se normalizar...ele estava sentindo o mesmo que eu...
Não sei se foi o cansaço do dia, mas eu realmente estava me sentindo sonolenta. Fechei os olhos e não muito distante pude escutar.
-"Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente."... Boa Noite, minha Rose.- Ele diz e assim caímos na escuridão dos nossos sonhos.
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