26° Capítulo
- Tem algo de errado em ser essa música?- Sua mão puxa minha cintura pra mais perto do seu corpo, me fazendo sentir cada músculo que definia seu torso.
- Não, errado é estar dançando ela com você.- Me afasto, mas sem sucesso, já que ele torna a me segurar ainda mais firme, como se quisesse nos tornar apenas um só.
- Olhe para mim, Rose -Ele ofega em meu ouvido ao proferir aquelas palavras. Reviro os olhos sem encara-lo, era só o que faltava... O que esse idiota quer ? Sinto que um sorriso divertido aparece em seu rosto e imediatamente tento ignorar.
Fico apenas olhando as pessoas dançarem em nossa volta. De repente sinto suas mãos passearem por minhas costas e seus lábios tocarem suavemente a minha orelha. Meu coração dispara, penso em olha-lo e repreende-lo imediatamente, mas não tenho forças ou coragem para assim o fazer... Droga, Meu corpo parece reagir a cada sinal que o Spencer provoca, chega a ser irritante.
-Spe..ncer - É só o que consigo dizer, com a voz meio falha ele nem se quer me responde.
Ele segura minhas mãos e faz com que eu as coloque em seus ombros, assim o mesmo segura com firmeza e uma certa delicadeza em minha cintura, voltando a colocar seus lábios em minha orelha. Não espero o que possa acontecer, minha cabeça está girando e meus pensamentos estão completamente confusos, eu não sei o que está acontecendo. Tudo para quando escuto a voz de Spencer.
-You look so wonderful in your dress
I love your hair like that
The way it falls on the side of your neck
Down your shoulders and back
We are surrounded by all of these lies
And people who talk too much
You've got that kind of look in your eyes
As if no one knows anything but us.
(Você está tão maravilhosa em seu vestido,
Eu amo o seu cabelo assim,
A forma como ele cai de lado em seu pescoço
Nos seus ombros e costas
Estamos rodeados por todas essas mentiras
E pessoas que falam demais
Você tem aquele tipo de olhar nos seus olhos
Como se ninguém soubesse nada além de nós)
Ele começa a cantar a música em meu ouvido, não sei se era possível, mas eu sentia minha alma querer sair do meu corpo, aquela sensação era completamente inexplicável. "Tenerife Sea" a música que sem dúvidas ficará marcada para sempre.
- Should this be the last thing I see
I want you to know it's enough for me
'Cause all that you are is all that I'll ever need
I'm so in love, so in love
So in love, so in love
You look so beautiful in this light
Your silhouette over me
The way it brings out the blue in your eyes
Is the tenerife sea
(Caso esta seja a última coisa que eu vejo
Quero que saiba que é o suficiente para mim
Porque tudo o que você é, é tudo que precisarei
Eu estou tão apaixonado, tão apaixonado
Tão apaixonado, tão apaixonado
Você está tão bonita nessa luz
Sua silhueta sobre mim
O jeito como isso destaca o azul de seus olhos
É o mar do Tenerife)
Ele continua cantando e provocando arrepios em meu corpo. Sua Voz é suave, sexy, sensual... uma mistura que eu não consigo descrever em meras palavras.
" Droga, Rose, isso é apenas uma música idiota e é isso que ele está fazendo você parecer, não caia no jogo dele... Ele não presta ". Meu Subconsciente me alerta e eu volto a mim, colocando um sorriso de desdém no rosto. Se ele acha que vai sair ganhando, ele está muito enganado. Sem ao menos dar explicações, tiro suas mãos da minha cintura e me afasto.
Caminho até a mesa onde deixamos as coisas e pego meu celular a fim de chamar um táxi.
-Rose, Onde você está indo? A festa ainda não acabou, espera...- Ele tenta me segurar mas puxo meu braço com certa brutalidade e volto a caminhar para a saída.
Spencer vem logo atrás. Vejo algumas ligações perdidas do meu pai, provavelmente ele estava preocupado com o meu sumiço repentino e mais algumas de alguém provavelmente desesperado. Checo o número mas não o reconheço. Quem será uma hora dessas?
Ignoro qualquer palavra que o Spencer esbravejava atrás de mim e sigo até um lugar que descubro ser o jardim. Spencer continua me seguindo mas não o dou atenção. Retorno a ligação para saber quem era.
- Alô, senhorita Williams?- A voz feminina do outro lado pergunta.
- Sim, ela mesma! Quem gostaria?- Franzo o cenho com a demora da sua resposta. Levanto um dedo quando o Spencer ameaça me interromper.
- Eu sou a Doutora Torres, seu pai...
Minha respiração falha, sinto minha pele empalidecer e minha cabeça rodar, imediatamente Spencer me segura quando minhas pernas falham e sem ao menos hesitar, ele tira o celular da minha mão e leva-o ao ouvido. Ele me olha normalmente como se não quisesse me preocupar.
-Senhor Bennett falando, pode me dizer o que houve?- Sua voz soa séria e preocupada.
-Senhor Bennett? O senhor Williams deu um princípio de infarto, pelo que soubemos ele havia acabado de sacar sua aposentadoria e se direcionava para uma casa de jogos, mas foi assaltado no meio do caminho e devido ao grande susto ele desfaleceu no meio da rua. O quadro dele aparenta ser instável, estamos fazendo o máximo possível pra controlar a arritmia cardíaca. Precisamos que a filha dele venha o mais rápido possível para dar entrada em alguns documentos que faltaram. O senhor é parente da família? Seria de ótima ajuda ter alguém pra acompanhar a Senhorita Williams.
Spencer me olha profundamente e volta a proferir algumas palavras que eu não consigo entender e em seguida desliga o celular. As lágrimas dos meus olhos refletiam o meu estado mental. Ele coloca as mãos em meu rosto e as limpam, pedindo sem emitir sons que eu respirasse.
- Você precisa ser forte, Rose. Não fraqueje logo agora que seu pai precisa de você.- Ele afaga minha bochecha, acariciando-me.
- Spencer... eu não sei o que serei sem ele.- fungo indelicadamente e abaixo minha cabeça.
Spencer apenas segura minha mão e me levanta, segurando minha cintura, me direciona para o carro. O trajeto pareceu uma eternidade, a tensão pairava no Ar.
-Onde vamos?-Resolvo quebrar o silêncio.
- Ver seu pai..........- Spencer se mantém rígido, segurando com uma certa força o volante do carro.
Suas palavras são curtas. Ele está dirigindo muito rápido, o que me preocupa ainda mais. Paramos de frente ao The Mount Sinai Hospital e Spencer segurou a minha mão.
-Pode ir entrando para ver ele, enquanto isso eu resolverei algumas coisas pendentes.-Ele beija os nós dos meus dedos e abre a minha porta.
-Certo, te vejo em breve.- Me encaminho para a entrada, enquanto Spencer se vai. Respiro fundo e atravesso as portas.
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