14° Capítulo
Na manhã seguinte acordei um pouco atrasada, não daria tempo de tomar um banho, mesmo assim eu tomei, escovei os dentes rapidamente e me arrumei. Desci as escadas correndo, o barulho do meu sapato ecoava a casa toda fazendo um som engraçado. Ao adentrar a cozinha posso perceber que todos estão postos na mesa, Naomi na direita próxima a Spencer e Kayte em sua frente, também ao lado de Spencer. Agradeço mentalmente por estar afastada dele. Me sento ao lado de Naomi, dando um pequeno sorriso a ela.
-Vejo que a mocinha acordou meio atrasada hoje - Ela diz com um sorriso.
-Me perdoe, senhorita Bennett eu acabei perdendo a hora o que não é novidade. - esboço um sorriso de lado.
-Rose? Que isso? Sem formalidades, você sabe disso! -Naomi afirma fazendo uma cara de brava me fazendo rir.
- Naomi já te considera como irmã.- Spencer entra no meio da conversa. Confesso que ao escutar sua voz me lembrei do sonho na noite passada, logo em seguida da cena dele junto a Kayte que me fez querer vomitar.
-É uma honra pra mim, Senhor Bennett. -Respondo sem o olhar.
-Sem formalidades, Rose.
-O senhor é meu patrão, devo ser formal com você. - Pela primeira vez naquela manhã, nossos olhares se encontram. Ele me olha de uma forma diferente, não sei como explicar.
- Ela sabe ser uma boa empregada.- Kayte faz com que eu desvie meu olhar de Spencer e a encare. Dou uma leve risada e olho no fundo de seus olhos.
- Pelo menos sei cumprir meu papel, e não preciso transar com o chefe pra conseguir nenhum tipo de promoção. - Naomi volta um pouco do liquido que antes bebera para sua xícara e Spencer arregalar os olhos para mim. Bebo um gole de café elegantemente e me levanto. -Com licença Naomi, preciso terminar de arrumar alguns papéis que o Senhor Bennett pediu. Te vejo mais tarde.
-Rose, fique. Por favor! -Spencer pede, mas o ignoro. Me lembro que na noite anterior ele disse que me colocou ali por dó, então eu iria fazer meu trabalho valer a pena.
Saio da casa encontrando Paul a minha espera.
-Senhorita Williams, está bem?
-Graças a você sim. Muito obrigada, Paul, você me salvou. - Sorrio.
- O senhor Bennett pediu que eu mantivesse os olhos em você e não deixasse nada acontecer contigo, assim eu fiz.
Ele abre a porta do carro pra mim e em seguida vai para o seu lugar, o caminho é silencioso. Consigo pensar somente nas palavras de Spencer naquela noite, ele não devia ter falado daquela maneira comigo.
Paul estaciona de frente a uma casa, muito bonita por sinal. É ali que outros empresários vão está, me parece que Spencer está querendo comprar outras duas empresas.
Saio do carro e vou até a entrada da casa, toco a campainha e assim que a porta é aberta, tenho uma surpresa.
-Ai meus Deus, você!? -Sorrio e o abraço.
-Calma gatinha, o que houve? -Ian me pergunta olhando nos meus olhos, sua mão estava segurando meu queixo e a outra estava em minha cintura.
-Senti sua falta. -O abraço.- Precisava ver você. - Automaticamente meus olhos se enchem de lágrimas, porém, não posso chorar já que estou no trabalho.
-Entre e me conte o que houve. -Adentramos a casa e fomos para uma espécie de sala de visitas. Contei toda história a ele, e no final ele estava querendo matar Spencer.
-Não vou fechar acordo nenhum com ele, está me ouvindo?! Ele é um idiota. Minha mãe pediu que eu viesse nessa reunião, Droga.-Quem olha pra Ian dessa maneira nem desconfia que ele seja gay.
-Não faça isso Ian, por favor. Você sabe por que estou nisso.
-E você sabe que eu poderia ter te ajudado, ainda posso.
- Não! Eu quero fazer isso, a mamãe faria isso.
Ele me puxa e beija minha testa, nesse momento alguém aparece.
Spencer!? -Ian diz ainda segurando minha cintura.
-E você é? Me lembrei! O rapaz que deu o bolo na Rose na hora do almoço.- Spencer usa sua voz sarcástica e sexy para me deixar com raiva.
-Senhor Bennett, eu não te dou o direito de falar da minha vida pessoal.- Olho furiosamente para ele.
-Rose, posso conversar com você? Em particular?- Ele fala extremamente doce e já sei que lá vem bomba.
Ian me olha e eu balanço a cabeça em aprovação para ele. Assim que ele sai, Spencer caminha até mim.
-Sabe que não precisa ser assim, você é chata e arrogante, isso não devo mentir e sabe que é verdade, mas eu não quis dizer aquelas malditas palavras, me desculpe. Sei que sou seu chefe, mas não quero que seja algo chato. -Ele estende sua mão pra mim. - Podemos tentar?
Eu apenas dou um sorriso de lado e seguro sua mão.
-Podemos! -Ele sorri feito uma criança que acabou de ganhar doce. E que belo sorriso ele tem.
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