Capítulo 38 - Pavor
Perspectiva de Kim Taehyung
Tortura, medo.
Essas palavras descrevem como me sinto neste momento. Vê-la ali junto a outro homem, sorridente. Perdê-la é meu pior pesadelo. Os drinks fortes que tomava, não amenizava a dor.
Encontrei o olhar de Jungkook, logo desviei. Ele não pode dizer que estou aqui. Peço mais um copo da bebida alcoólica e em instantes, o barman me serve.
JK: Taehyung. - Escuto a voz de meu amigo. Minha expressão é de espanto.
KT: O que tá fazendo aqui? Volta pra lá.
JK: Calma, só quero conversar. Eles não vão desconfiar. Eu disse que ia no banheiro. - Suspiro dando mais um gole na bebida forte que desce rasgando minha garganta. - Tô logo te avisando para não exagerar no álcool.
KT: Eu sei.
JK: Bom, o que pretende fazer?
KT: Não sei exatamente, mas preciso que o namorado da S/N não esteja perto.
JK: Namorado?
KT: O Victor ué?! - Passo a lhe encarar. Vejo o mesmo rindo baixo. - Qual é a graça?
JK: Eles não namoram. - Franzi minhas sobrancelhas, confuso. - Provavelmente a S/N te disse isso para você se manter afastado. Se eles namorassem, acredite, eu seria o primeiro a saber.
Filha da mãe...
JK: Enfim, o Victor vai embora daqui a pouco.
KT: Ótimo... Nos encontramos na praia, agora volte logo antes que desconfiem.
JK: Beleza, até mais. - O mesmo se retira.
Solto um suspiro de alívio. Esperta ela sempre foi. Quando S/N disse que estava namorando, meu coração se partiu mais ainda. A dor de amar é quase insuportável. O pior foi saber que posso ver ela com outro, pelo menos não a fiz sofrer me vendo com a Jisoo.
Minutos torturantes e perturbantes se passaram. Pude ver de relance o Victor saindo da balada. Um sorriso surge em meus lábios. Logo depois, a Jennie se levanta da cadeira junto com aquele cara da viagem que fiz com a S/N, Jaehyung, se não me engano, lhe acompanha em uma dança. Assim, foi um por um fazendo o mesmo. Todos com seus pares, menos ela, porém isso logo muda. Um rapaz baixo se aproxima da minha pequena.
Ambos dançavam um pouco distante, o que me fez ficar mais tranquilo.
??: Bonita ela, né? - Uma voz grave surge ao meu lado. Lanço meu olhar e vejo um homem, cujo a aparência era de alguém de meia idade, talvez uns 30.
KT: De quem está falando? - Me finjo de desentendido.
??: Da S/N, claro. Outra grande jogadora. - Ele acena pro barman e logo pede uma vodka. Assim que é entregue a bebida ao mesmo, ele termina em um único gole. - Você tem sorte, Jogador Azul.
KT: Me desculpe, mas quem é você?
CM: Chin-Mae, prazer. - Ele estende a mão, mas não retribuo. - Pensei que fosse mais gentil. Sou seu fã.
KT: Foi mal ai, não estou me sentindo bem hoje.
CM: Por conta dela, né? - Nada falo, apenas lhe ignoro. - Me diz... Vocês ainda tem um caso?
KT: Por que a pergunta? - Pergunto desconfiado.
CM: A S/N é uma mulher que qualquer um homem iria querer. Queria chamar ela pra sair, sabe? Talvez até poderíamos namorar. - Solto um sorriso sarcástico.
KT: Ela não é tudo isso, como pensa. - Minto - S/N é chata, só pensa nela mesma, só quer saber de dinheiro, é mal-educada, sem um perfume, ela fica fedorenta, tem bafo, fica com nojo das coisas...sabe? Acredite, parceiro, ela não tem nada de bom. - A mentira mais mentirosa que já disse em toda minha vida.
CM: Sério? Não aparenta ser nada disso.
KT: As aparências enganam, mas se quiser tirar as próprias conclusões, vai lá e experimente. - Lhe lancei um olhar matador disfarçado. Meu coração dispara. Ele não...
PRA QUÊ MERDA EU FUI FALAR ISSO?
Chin-Mae logo se levanta e caminha em direção a garota que ainda dançava com um desconhecido, por mim. Uns papos são trocados, e o outro se afasta. Agora as mãos dele estão na cintura dela, enquanto dançavam e conversavam sobre algo.
Meu sangue ferve, meus pulsos são fechados, estou pronto para meter um burro naquele cara. Eu deveria pensar duas vezes antes dizer aquilo.
(...)
Perspectiva da S/N
Depois que levantamos de nossa mesa, os casais logo começaram a dançar. No meu caso, não demorou muito para um cara aparecer. Seu nome era Jonatas. O mesmo fedia a bebida. Eu fui educada. Sua conversa era sobre coisas aleatórias e eu só fingia um sorriso. Porém, meu par foi trocado por outro mais velho, pelo que aparenta. Seu cabelo era raspado, mas não a ponto dele ficar careca, sua voz grave, ele era um pouco mais alto e cheirava a perfume barato.
??: Oi, S/N, né? - Afirmo com minha cabeça. - Sou Chin-Mae, prazer.
S/n: O prazer é todo meu.
Uma conversa foi rolando entre nós dois. O mesmo tinha 29 anos, era médico, solteiro e amava jogar diversos jogos. Sua pegada era boa. Suas mãos estavam firmes em minha cintura, enquanto nossos corpos balançavam com o ritmo da música que tocava.
CM: Você não é mal-educada, nem chata, nem tem bafo, mas por que o Jogador Azul disse isso? - Ele aponta a cabeça em direção ao balcão do barman e pude visualizar o loiro, que desviou o olhar.
S/n: O que ele disse? - Mantenho minha voz firme.
CM: Que você era mal-educada, fedia, não se importava com os outros, que tinha bafo... Enfim, coisas ruins.
De princesinha, viro uma fera. Pra quê mísera fez isso?! Uns dias atrás estava me implorando que eu ficasse contigo, e agora...? Que cara bipolar. Eu não irei permitir que ele saia por ai dizendo mentiras sobre mim.
Antes de eu ir surtar, puxei Chin-Mae pela nuca e colei nossos lábios. Meu beijo era intenso. No início, não correspondeu, mas não muito obstante, foi cedido. Seu aperto forte em minha cintura, fazia meu corpo arrepiar. Segundos depois, a falta de ar se faz presente.
CM: Porra, isso foi incrível. - O mesmo me dá um selinho.
S/n: Bom, agora tenho que resolver um negócio, licença. Foi um prazer te conhecer. - Sorrio e me afasto.
Meus olhos percorrem pela multidão, logo encontrando Taehyung que se levantava do banco. Apresso meus passos e seguro seu braço.
S/n: Quem você pensa que é para ir espalhando mentiras sobre mim, hum?! - Esbravejo. O olhar do mais alto vai para Chin-Mae que se mantinha distanciado.
KT: Eu posso explicar.
S/n: Eu não quero ouvir suas explicações. Era só isso mesmo. Se acontecer de novo, você vai se ver comigo. Idiota! - Giro em meus calcanhares e quando ia começar a andar, meu pulso é puxado.
Sinto meus pés vacilarem, portanto não caio. Meu corpo se chocava com o das pessoas, enquanto o loiro me puxava. Eu não conseguia protestar, apenas pedia desculpas para aqueles que eu me esbarrava. Esse acontecimento logo termina, assim que adentramos o banheiro.
S/n: Você ficou maluco?! Virou um psicopata.
KT: Desculpa, mas eu não ia fazer uma propaganda sobre você, S/N. - Ele diz e tranca a porta.
S/n: Como assim?
KT: Se pensa que quando qualquer homem fosse me perguntar suas qualidades e tals, eu iria dizer uma por uma.... Você está muito enganada. - Lhe encaro. - Eu não tenho medo de te perder, eu tenho pavor, princesa. Jamais que eu iria insinuar o quanto você é perfeita para outro cara.
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OIIII, O QUE ACHARAM?
É DOIDO QUE EU VOI FAZER PROPAGANDA DE VOCEEEEEE
Nos vemos no próximo capítulo 😽🙂
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CON-TI-NUA 😗✌️😌😉
Obrigada por ler ❣️
Deixe seu voto pfvr 🙏☺️ me ajuda e incentiva muito a continuar! ⭐⭐⭐
Desculpa por qualquer erro de digitação 😉
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