Você tem filho?
Uma semana depois
Pov. Brunna
Uma semana se passou desde que Ludmilla voltou pra casa, fui ao médico e felizmente meu bebê está bem, Ludmilla vem se recuperando, mas ainda está com pontos no ombro, Jasmine voltou a escola e agora está mais animada do que nunca. Isabelle ainda está internada, tem se recuperado aos poucos já que a bala atingiu uma área delicada, assim que ela se recuperar vai direto pra cadeia, o que me alegra bastante e me deixa triste pelo pai dela que está sofrendo. Agora estou aqui olhando Ludmilla que resolveu testar minha paciência e está tentando pegar uma caixa enorme de livros na sala.
- Ludmilla eu vou te bater se continuar fazendo esforço com esse braço ainda com pontos. - disse séria e ela me olhou.
- Desculpa amor. - ela disse fazendo carinha de bebê.
- Não faz essa carinha bebê, eu só quero que você fique boa logo. - disse e dei um selinho nela.
- Mas nem é tão pesada essa caixa amor. - ela disse e eu neguei.
- Deixa essa caixa aí Ludmilla. - disse séria e ela bufou.
- Deixa essa caixa aí Ludmilla. - ela disse me imitando.
- Para com isso Ludmilla. - disse séria.
- Para com isso Ludmilla. - ela disse me imitando.
- Faz isso de novo que vou deixar você subir pelas paredes. - disse e ela me olhou confusa.
- Como assim? - ela perguntou.
- Greve Ludmilla. - disse e ia subir as escadas.
- Amor? - ela chamou segurando minha mão.
- Agora é amor. - disse e ela me puxou pela cintura colando nossos corpos.
- Sempre foi amor, desculpa. - ela disse e eu ri.
- Isso tudo é só pra eu não fazer greve? - perguntei rindo.
- Jamais. - ela disse e eu assenti.
- Então você não vai se importar se eu deixar você um mês sem nada. - disse e dei um beijo no rosto dela.
- Tá brincando né? - ela perguntou manhosa.
- Não - disse com vontade de rir da carinha triste dela.
- Amor - ela disse fazendo biquinho.
- Calma Amor, não vou fazer greve. - disse e ela sorriu.
- Ainda bem, não brinca assim. - ela disse e escondeu o rosto no meu pescoço.
- Te amo tanto bebê. - disse acariciando seus cabelos.
- Também te amo princesa. - ela disse e beijou meu pescoço.
- Vamos buscar a Jasmine na escola Lu. - disse e ela assentiu.
- Ela está tão esperta. - Lud disse e pegou a chave do carro.
- Muito, ela parece tanto com você, toda cuidadosa e cavalheira. - disse e ela sorriu.
- Mas tem a sua beleza. - ela disse e eu corei. - Quase quatro anos juntas e você ainda cora pelo que eu falo.
- Fazer o que né? - disse e ela riu.
- Vamos? - ela disse entrelaçando nossas mãos.
- Vamos, eu quero comer churrasco. - disse e ela assentiu.
- A gente almoça perto da escola da Jasmine. - ela disse e eu assenti.
Saímos da casa e seguimos de carro depois de uma pequena discussão porque Ludmilla insistiu em dirigir e óbvio que eu não deixei. Agora estamos na porta da escola de Jasmine esperando ela sair.
- Eu poderia ter dirigido. - Ludmilla disse segurando minha cintura.
- Eu também posso Ludmilla, e você só vai dirigir quando tirar esses pontos do ombro. - disse e escondi meu rosto no pescoço dela.
- Chata. - ela disse e eu ri.
- É muito bebê mesmo. - disse rindo.
- Caio? - Lud disse e olhei pra ele.
- Oi Ludmilla, Brunna. - ele disse e sorriu fraco.
- O que você faz aqui? – perguntei.
- Vim buscar meu filho. - ele disse e eu assenti.
- Você tem filho? - Ludmilla perguntou.
- Tenho, três anos. - ele disse sorrindo fraco.
- Pai - um garoto do tamanho de Jas disse.
- E aí campeão? - Caio disse bagunçando o cabelo do menino.
- A gente vai pla casa da minha mamãe? - o menino perguntou.
- Vamos filho. - ele disse sorrindo. - Tchau Ludmilla, Brunna.
- Tchau. - disse e ele saiu. - Não acredito nisso.
- O que amor? - Lud perguntou.
- Ele tem um filho Lu. - disse e ela assentiu.
- Mas o que tem isso? - ela perguntou.
- O menino é da mesma idade que a Jasmine, então ele me traiu. - disse e ela me olhou confusa.
- E você se importa? - ela perguntou me olhando séria.
- Não com isso, mas com o fato dele não ter assumido a Jasmine. - disse e ela me olhou séria.
- Você queria que ele fosse pai pra ela né? - ela perguntou triste.
- Eu só fiquei surpresa por ele ter me escondido isso durante esse tempo todo e ter rejeitado uma criança sendo que assumiu a outra, é muita falta de caráter. - disse e ela assentiu.
- Então você queria que ele assumisse. - ela disse e eu neguei.
- Você é a papa dela, nunca tenha dúvidas disso, é você. - disse e ela sorriu.
- Dela e desse pedacinho de gente dentro de você. - ela disse e eu assenti sorrindo.
- Essa é a nossa família meu amor, ninguém vai mudar isso. - disse e escondi meu rosto no pescoço dela.
- Mama, papa. - Jas gritou ao lado da professora.
- Bonequinha. - disse e ela veio correndo. - Como foi hoje?
- Eu fez desenho. - Jas disse e peguei-a no colo enchendo de beijos. - Óia papa
- Que lindo bonequinha. - Lud disse e beijou ela. - Quem são?
- É eu, a mama, você e esse aqui é o meu imãozinho. - ela disse apontando o desenho.
- Então você também acha que é um menino? – perguntei.
- É, poque a papa fauo que é. - Jas disse e eu assenti.
- Não me julgue, eu fiz um menino, tenho certeza. - Lud disse e eu ri.
- Vamos almoçar meu amor? - perguntei colocando Jasmine no chão.
- Vamos. – Jasmine disse e Ludmilla pegou a mochila dela. - Papa, quelo dolitos.
- Depois a gente compra filha. - Lud disse e entrelaçou nossas mãos.
Seguimos para o restaurante próximo à escola, Jasmine andava na nossa frente contando sobre a escola toda animada e eu apenas sorria por ter uma família tão perfeita.
- Obrigada por me fazer tão feliz. - disse olhando pra Ludmilla.
- Obrigada você por uma família assim. - ela disse e eu sorri.
- A gente não vai do cauo mama? - Jas perguntou.
- Vamos almoçar primeiro filha. - disse e ela assentiu.
- Amor, vamos ali no mercado comprar o biscoito dela logo. - Ludmilla disse e eu assenti.
Ludmilla pegou Jasmine no colo e entrelaçou nossas mãos, atravessamos a rua e seguimos para o mercado, entramos no mercado e a Ludmilla colocou Jasmine no chão enquanto pegávamos a minha paixão, Nutella.
- Papa meu bicoito tá ali. - Jas disse.
- Vai lá pegar filha, mas não some da minha visão. - Lud disse e Jasmine saiu correndo.
- Você está viciando minha filha em doritos. - disse e Ludmilla riu.
- Tenho que ensinar as coisas boas da vida, você só quer dar mato pra ela. - Ludmilla disse e fomos até Jasmine.
- Me dá meu bicoito. - Jasmine disse para o menino que reconheci ser o filho do Caio.
- Não. - o menino disse e saiu correndo e Jasmine foi atrás dele.
- Jasmine. - Chamei indo atrás dela.
- Ei? Você não pode bater no meu filho. - escutei Caio dizer.
- Mas ele pegou meu bicoito. - ela disse com raiva.
- Mesmo assim, sua mãe não te deu educação? - Caio disse com raiva.
- Dei muita educação sim, quem não deu foi você pro seu filho que pega o que não é dele. - disse e peguei a mão de Jas.
- Brunna? Eu não sabia que era a sua filha. - Caio disse sem graça.
- Independente se é a nossa filha ou filha de qualquer pessoa, você não pode falar isso com uma criança. - Ludmilla disse séria.
- Papaaa, ele pegou meu bicoito. - Jas disse fazendo carinha de choro.
- Deixa ele filha, a papa pega outro pra você. - Ludmilla disse e pegou ela no colo.
- Devolve o biscoito filho. - Caio disse.
- Não, é meu. - o menino disse e deu língua para Jas.
- Diota, só bebê da linga. - Jas disse séria.
- Acho melhor a gente ir embora. - disse e nos retiramos.
- Está tudo bem bonequinha? - Ludmilla perguntou.
- Tá papa, mas ele pegou meu bicoito. - Jas disse triste.
- Aqui um maior que aquele pra você. - Lud disse entregando o biscoito.
- Óia mama, é muito glande. - Jas disse sorrindo.
- É meu amor, mas não sai correndo assim, fala com a gente primeiro okay? - disse e ela assentiu.
- Kay mama. - Jas disse e fomos para o caixa.
Pagamos e seguimos para o restaurante, Jasmine estava toda feliz por causa do seu biscoito, pedimos nossa comida e comemos entre conversas e brincadeiras, Ludmilla como sempre fazendo suas graças pra arrancar nossos sorrisos. Terminamos de almoçar e fomos para o estacionamento pegar o carro.
- Mama, soninho. - Jas disse antes de entrarmos no carro.
- Vai atrás com ela amor. - disse e Ludmilla assentiu.
- Queria dirigir. - Lud disse e eu neguei.
- Só quando tirar esses pontos. - disse e ela bufou.
- Entra amor. - disse abrindo a porta de trás.
- Obrigada - ela disse rindo.
Seguimos para casa em silêncio e Jasmine brigava com o sono, ela já estava totalmente irritada e eu sabia que quando ela fica nessa manha só dorme no colo. Chegamos em casa e Ludmilla deu um banho nela enquanto fui tomar um banho também. Agora estou sentada no sofá com ela no meu colo segurando uma mecha do meu cabelo enquanto Ludmilla toma banho.
- Mama - Jas chamou com os olhinhos marejados.
- Fecha os olhinhos filha. - disse e ela chorou.
- Mama, dodói. - Jasmine disse chorando.
- Onde está dodói filha? – perguntei.
- Da baiga mama. - ela disse chorando.
- Calma meu amor. - disse levantei com ela no colo.
- Mama - ela disse chorando.
- Calma bebê. - disse acariciando seus cabelos.
- Dodói mama. - ela disse chorando e eu sabia que era gases.
Fui até a cozinha e peguei o remédio dela, coloquei algumas gotas na colher e ela tomou ainda chorando, voltei com ela pra sala e sentei novamente no sofá.
- Dodói mama - Jas disse chorando.
- Calma bebê. - disse e deitei com ela em cima de mim.
- Dodói - ela disse soluçando.
- Já vai passar meu amor. - disse e dei uma mecha do meu cabelo na mãozinha dela.
Fiquei acariciando suas costas, sempre deu certo deixar ela deitada em cima de mim, claro que daqui algumas semanas não vai dar mais, então vamos ter que esperar o remédio fazer efeito enquanto ela chora, infelizmente.
- Dodói - ela disse baixinho.
- O que foi amor? Manha pra dormir? - Ludmilla perguntou parada ao meu lado.
- Gases de novo. - disse e ela assentiu.
- O que a médica disse sobre isso? - Lud perguntou.
- Pra ela tomar o remédio sempre que sentir dor, não tem nada de errado, só alguns tipos de alimentos que fazem mal. - disse e ela assentiu.
- Mama - Jas disse quase dormindo.
- Dorme meu amor - disse acariciando suas costas.
Ficamos alguns minutos em silêncio e Jasmine acabou dormindo, sentei com ela no colo e Ludmilla sentou ao meu lado e ligou a televisão num jogo.
- Sem acordar ela Lu. - disse e ela assentiu.
- Você também tem que descansar. – Ludmilla disse e pegou Jasmine.
- Ainda não tô com sono Lu. - disse e ela assentiu. - Lu?
- Oi princesa. - ela disse.
- Que frase foi aquela? "Diota, só bebê da linga", foi você que ensinou? - perguntei e ela riu.
- Talvez, mas só ensinei minha filha a se defender. - ela disse e eu ri.
- Só você pra ensinar essas coisas. - disse e ela assentiu rindo.
- É, mas eu não gostei do que aquele cara disse pra minha filha. - Ludmilla disse séria.
- Eu sei amor, nem eu gostei. - disse e ela segurou minha mão.
- Só me segurei porque acho que não é bom brigar na frente de criança, mas se aquele cara falar alguma coisa com você ou nossa filha novamente, eu vou arrebentar ele. - ela disse e eu assenti.
- Que marrenta essa minha bebê gente. - disse e beijei seu rosto.
- Só estou protegendo vocês. - ela disse e eu sorri.
- Lu? Quando vamos contar pra ela? – perguntei.
- Daqui uns três anos a gente começa a falar que ela é minha filha do coração. - ela disse.
- Será que ela vai reagir bem? – perguntei.
- Vai meu amor, meu amor por ela não vai mudar por causa de um exame. - ela disse e eu sorri.
- Eu te amo Lu - disse e beijei-a lentamente.
- Também te amo princesa. - ela disse e eu sorri. - Posso pedir uma coisa?
- Claro amor. - disse e acariciei seu rosto.
- Eu não quero que a Jasmine saiba sobre ele, ele não merece conhecer ela. - ela disse e eu assenti.
- Tudo bem Lu, ele não quis ser o pai dela então ele não é. - disse e ela assentiu.
- Mas agora me conta sobre esse pequeno aí, você está se sentindo bem? - ela perguntou e segurou minha mão.
- Estamos bem Lu, ele é bem calminho. - disse e levei sua mão até minha barriga.
- Será que ele vai parecer com você? - ela perguntou.
- Não sei amor, mas queria que parecesse com você. - disse e ela sorriu.
- Daqui algumas semanas a gente pode fazer aquele exame de novo né? Porque eu quero muito saber se é menino. - ela disse e eu assenti.
- Se for menina você não vai ficar chateada né? - perguntei acariciando seu rosto.
- Claro que não amor, mas é que eu sempre quis ter um casal. - ela disse e eu assenti.
- Lu? - disse e ela me olhou.
- Pode falar amor. - ela disse.
- Eu queria dizer uma coisa, mas não sei se você vai concordar. - disse e ela me olhou.
- Pode falar pequena. - ela disse e sorriu.
- Eu quero ligar assim que ele ou ela nascer. - disse e ela ficou me olhando.
- Sem mais bebês? - ela perguntou.
- É. - disse e desviei o olhar imaginando uma briga.
- Tudo bem princesa, já vamos ter dois bebês. - ela disse e eu assenti.
- Mesmo? – perguntei. - Se você não concordar, eu posso continuar tomando o remédio.
- Tudo bem mesmo, e se por um acaso a gente decidir ter mais algum filho, a gente entra na fila de adoção. - ela disse e eu assenti.
- Tem como me apaixonar ainda mais? Obrigada por sempre me entender. - disse e ela sorriu.
- Sempre vou me esforçar pra entender você Bu. - ela disse e beijou minha mão.
- Você é a melhor esposa do mundo. - disse e enchi ela de beijos no rosto.
- Você que é, a melhor esposa, melhor amiga, melhor mãe, melhor amante, melhor tudo. - ela disse e eu sorri.
- Leva ela pro quarto e vem ficar um pouquinho comigo. - disse e ela assentiu sorrindo.
Ludmilla subiu com Jasmine no colo e eu fiquei assistindo o tal jogo que passava, não tenho muita paciência pra assistir, mas como Ludmilla gosta eu sempre vejo com ela. Lud desceu as escadas e ia sentar no sofá.
- Senta aqui atrás. - disse e ela assentiu.
- Ama me fazer de travesseiro né? - ela perguntou e eu ri.
- Uhum, é gostoso e eu ainda ganho vários beijos. - disse e ela riu sentando atrás de mim.
- Gosta assim - ela disse me abraçando e deixou um beijo em meu pescoço.
- Uhum - disse e ela me aconchegou em seus braços.
- Te amo tanto. - ela disse e beijou meu pescoço.
- Também te amo minha pretinha. - disse e ela sorriu.
Ficamos assistindo o jogo, Ludmilla deu alguns gritos por causa do gol e me assustou, mas nada que um abraço bem gostoso dela não fizesse eu me acalmar. Agora estou aqui quase dormindo por causa do seu carinho.
- Dorme um pouquinho bebê. - ela disse baixinho passando o nariz na minha orelha.
- Tô quase. - disse fechando os olhos arrepiada pelo contato.
- Quer se ajeitar no meu colo? - ela perguntou e eu assenti.
Levantei e deitei no seu colo escondendo meu rosto no seu pescoço, ela levou a mão até minha cintura e beijou meus cabelos. Fechei os olhos e fiz um leve carinho em seu rosto.
Pov. Ludmilla
Brunna acabou pegando no sono, era a coisa mais linda dormindo. Ela sempre me pareceu tão frágil, mas de um tempo pra cá tem se mostrado uma pessoa tão forte, apesar de todas as circunstâncias e acontecimentos, ela tem se tornado uma pessoa mais confiante, claro que ela ainda não melhorou totalmente e a psicóloga dela disse que ninguém se recupera totalmente de algum trauma, mas que apesar de tudo, ela teve ótimos avanços. Hoje em dia raramente ela trava como antes, quando temos algum desentendimento, mesmo que ela fale devagar, ela já não trava mais. Quando passamos por alguma situação de nervosismo, ela se mostra mais confiante e quando ela sente que não dá, ela corre para meus braços e me pede carinho. Eu me sinto a mulher mais feliz do mundo por ter essa latina comigo, ela me faz ser melhor a cada dia, seu jeitinho tímido de ser me conquista dia após dia, sou completamente apaixonada por ela em cada detalhe. E também tem nossa bonequinha, aquela lá tem parecido muito comigo em seu jeito, toda independente, cuidadosa, cavalheira, Bu vive brigando por a gente fazer tantas bagunças. Jasmine volta e meia pergunta pelo bebê, o que faz a Brunna ficar toda emocionada, e agora tem o nosso pedacinho de gente, que eu espero muito ser um menino, não por só querer um menino, mas porque sempre pensei em ter um casal, e também por uma preocupação com Jasmine, se for uma menina tenho medo dela ficar com ciúmes demais. Saí dos meus pensamentos sendo cutucada por um pingo de gente com carinha de sono.
- Papa, eu codei. - Jas disse coçando os olhinhos.
- Vem cá bonequinha, senta aqui do meu lado, só cuidado com sua mama. - disse e ela assentiu.
- Ponto papa. - Jas disse sentando ao meu lado.
- Quer assistir desenho? - perguntei e ela assentiu.
- O Bob papa? - ela perguntou.
- Pode ser meu amor. - disse e coloquei no desenho.
- A mama tá domindo. - ela disse e eu assenti.
- É que ela também ficou com soninho. - disse e ela assentiu.
- E o imãozinho? - ela perguntou.
- Ele está aqui, quer falar com ele? - perguntei tentando uma aproximação dela.
- Mas ele faua? - ela perguntou.
- Não meu amor, mas ele escuta você. - disse e ela assentiu.
- Pode costar na baiga? - ela perguntou e eu assenti.
- Claro filha. - disse e ajeitei Brunna no meu colo. - Pode encostar filha.
- Oi imão - Jas disse e levantou a blusa de Brunna. - Eu tobem já fiquei da baiga, minha mama fauo que já. Papa ele não tá fauando.
- Ele não fala ainda filha. - disse rindo.
- Po que você não faua? Não gota de eu? - Jas perguntou triste.
- Ele te ama filha, só que é muito pequeno. - disse e ela assentiu.
- Po que ele não sai da baiga? eu plesto meu tecado. - ela disse e sorri com a pureza dela.
- Ele tem que ficar ali, se não ele fica muito dodói. - disse e ela assentiu.
- Não pode ficar dodói tá? - Jas disse beijou a barriga de Brunna que arrepiou na hora.
- Você beijou a barriga da mama. - disse e ela fez biquinho.
- Não pode? - ela perguntou.
- Claro que pode meu amor, quando sua mama acordar ela vai ficar muito feliz. - disse e ela sorriu.
- O Bob papa. - Jas disse e eu ri.
Acho tão engraçado esse jeitinho inocente de criança, não vê maldade, faz as perguntas mais puras, tem uma demonstração de carinho tão espontânea e doce que ninguém pode impor, acho que eu e Brunna estamos fazendo um bom trabalho como mães dela, nossa bonequinha é tão fofa e educada de as pessoas, ela se importa em ver todos bem, em dividir as coisas, em abraçar a todos que ela conhece, mas por outro lado, não leva desaforo pra casa, como hoje cedo com o biscoito, conhecendo minha filha, tenho certeza que ela dividiria tranquilamente qualquer coisa, mas como ele tomou da mão dela e ainda implicou, minha filha é uma leoazinha. Fiquei observando ela assistindo o desenho toda concentrada e sorri, essa menina é uma versão da Brunna, seus cabelos castanhos escuros, seu olhos num castanho lindo como o da mãe, suas bochechas gordinhas e seu sorrisinho meio de lado. Senti Brunna se mexer no meu colo e ajeitei-a em meus braços.
- Dormi muito? - ela perguntou com uma voz de sono.
- Não meu amor. - disse e dei um selinho nela.
- Codou mama. - Jas disse sorrindo.
- Acordei filha. - Bu disse e beijou seus cabelos.
- Ele vê papa? - Jas perguntou.
- Não meu amor. - disse e ela fez carinha triste.
- Ele não gota do Bob? - ela perguntou.
- É porque ele ainda é muito pequeno filha. - disse e ela assentiu.
- Do que vocês estão falando? - Bu perguntou.
- Do bebê, ela conversou com ele. - disse e ela sorriu.
- Sério? - ela perguntou sorrindo.
- Sim, não falou muito, mas falou e beijou sua barriga. - disse e ela sorriu ainda mais.
- Logo seu irmãozinho sai pra brincar com você filha, e estou muito feliz de saber que você gosta dele. - Bu disse e beijou Jasmine.
- Não pode mama, se ele sair da baiga vai ficar dodói. - Jas disse e eu ri.
- Não filha, quando ele já estiver grande na barriga, ele pode sair. - disse e ela assentiu.
- E ele vai ver Bob né mama? - Jas perguntou.
- Claro filha, e vocês vão brincar muito. - Bu disse sorrindo.
- Ebaaa - Jas comemorou.
- Mas e sua barriga meu amor? Ainda está doendo? - Bu perguntou.
- Não mama, já merolhou. - ela disse e ri pelo jeito errado e fofo dela.
- Que bom filha, então vamos comer? - Bu perguntou.
- Quelo dolitos mama. - Jas disse e Brunna me olhou.
- Tudo bem filha, mas primeiro vamos comer uma fruta. - Bu disse e Jas assentiu.
Tomamos café da tarde e voltamos para assistir desenho enquanto Jas comia seu biscoito toda alegre.
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