Tem que dar certo
Pov Brunna
Acordei sentindo o braço possessivo de Lud na minha cintura, ela me abraçava como quem protege algo de muito valor e eu me sinto exatamente assim com ela. Me mexi virando de frente pra ela e percebi que ela acordou na hora, provavelmente preocupada.
- Tudo bem? - ela perguntou com a voz rouca.
- Uhum, pode dormir tranquila, qualquer coisa eu chamo. - disse e ela me aconchegou em seus braços.
- Você tem consulta nove horas, me acorda. - ela disse e foi dormir.
- Obrigada por ser meu anjo. - disse e beijei a ponta do seu nariz.
Ela escondeu o rosto no meu pescoço e fiquei arranhando sua nuca devagar enquanto sentia seu corpo no meu. Apesar de estar deitada consegui ver alguns arranhões fortes, tinham uma elevação e um tom avermelhado, me senti mal por ter feito isso. Passei a mão levemente pelos arranhões e ela gemeu baixinho de dor, ouvi batidas na porta e disse um "entra", vi Te e Jasmine entrando e pela hora deveriam estar na escola, mas já estavam arrumados para sair.
- Bom dia mama. - os dois disseram juntos.
- Bom dia meus amores. - disse e eles me beijaram.
- Está melhor? - Te perguntou e eu assenti.
- Bem melhor do que ontem, e vocês? Não vão pra escola não? - perguntei e eles negaram.
- Vamos ficar com nossa mãe o dia inteiro. - Jasmine disse sorrindo.
- Amo vocês. - disse e eles sorriram.
- Também mama. - eles disseram juntos e Te sentou na cama.
- Jas, pega uma pomada que está ali na gaveta de cuecas da Lud por favor. - disse e Jas assentiu.
- Por que vocês não contaram antes? - Te perguntou e Jas entregou a pomada.
- Vocês eram pequenos e faziam anos que eu não tinha nada mais. - disse e passei a pomada nos arranhões.
- Hmmmm - Lud gemeu de dor.
- Calma Bebê, é rápido. - disse passando a pomada.
- Tem mais alguma coisa pra gente saber? - Te perguntou e eu neguei.
- Não que eu lembre agora. - disse e coloquei a pomada no criado mudo.
Lud me aconchegou em seus braços e ficou com o rosto enterrado entre meus seios, percebi que meus filhos notaram e corei. Fiquei fazendo um leve carinho em seus cabelos enquanto escutava seu ressonar.
- O que a gente vai fazer depois do médico? - Te perguntou.
- A Lud deve ter que ir na empresa, depois a gente pode ir ao shopping. - disse e ele assentiu.
- Vamos pegar um cinema hoje? Tem filme de terror. - Jasmine disse e eu ri.
- Você é idêntica a Lud. - disse e ela riu de um jeito fofo. - Amor?
- Hmmm... Mais cinco minutos. - Lud murmurou entre meus seios.
- Levanta amor, a gente tem que ir ao médico. - disse acariciando seus cabelos.
- Mas está tão bom aqui. - ela disse e eu ri da sua manha.
- Levanta Bebê. - disse e ela abriu os olhos me olhando.
- Bom dia princesa. - ela disse e escondeu o rosto em meus seios.
- Bom dia, levanta vai. - disse e ela negou apertando minha cintura.
- E eu achando que era preguiçosa. - Jasmine disse e eu ri.
- Bom dia crianças. - Lud disse ainda agarrada a mim.
- Bom dia Papa. - eles disseram juntos.
- Lu, tira o rosto daí e levanta. - disse e ela bufou.
- Não posso nem aproveitar. - ela disse fazendo biquinho e sentou na cama.
- Depois você fica aqui, agora vai tomar banho. - disse e ela levantou da cama.
- Caralho papa. - Te disse olhando a ereção matinal da Lud no short sem cueca.
- Já falei sobre os palavrões. - disse séria e ele engoliu a seco.
- Achou que era pequeno? - Lud disse rindo e entrou no banheiro.
(...)
- Brunna Gonçalves Oliveira. - escutei uma mulher chamando com uma prancheta.
- Sou eu. - disse levantando.
- Tem algum acompanhante? - ela perguntou e eu assenti tímida.
- Três. - disse e ela assentiu.
- Sala 101. - ela disse e eu assenti.
Segui para a sala acompanhada das minhas três sombras, entrei na sala e Demi me deu seu sorriso mais doce. Me aproximei e ela me abraçou como todas as vezes, ela tornou-se como uma amiga em poucos anos de convivência, já que mudei de psicóloga.
- Bom dia, vejo que hoje veio acompanhada. - Demi disse sorrindo.
- Bom dia, esses são meus filhos e a Lud você conhece. - disse e ela assentiu sorrindo.
- Prazer, filhos lindos. - Demi disse e foi sentar. - Fiquem a vontade.
Eles sentaram num sofá e eu fui para o divã, Demi colocou seu óculos e respirou fundo.
- E aí? Como foi a semana? - ela perguntou descontraída.
- Fizemos a nova coleção, está incrível. - disse e ela sorriu.
- Conseguiu modificar a calça? - ela perguntou e eu assenti.
- Tive que colocar num modelo masculino, já que a minha querida esposa não quis ser minha modelo. - disse e ela riu.
- Entendo, a Sel também não gosta de ser minha cobaia. - ela disse e eu ri.
- Pega, vamos relaxar um pouco. - ela disse me entregando duas bolinhas de mão.
Respirei fundo e ela sorriu de um jeito doce, comecei a apertar as bolinhas devagar enquanto tentava ao máximo relaxar.
- O que mais aconteceu essa semana? - ela perguntou calma.
- Ela... Ela apareceu. - disse e apertei as bolinhas.
- Ela quem? - ela perguntou e eu respirei fundo.
- Mia. - disse e ela assentiu.
-O que você sentiu? - ela perguntou segurando a prancheta.
- Medo... Eu... Eu lembrei... - tentei dizer e as lágrimas começaram a cair.
- Calma, aperta a bolinha lembra? - ela disse e eu assenti suspirando. - Consegue falar?
- Eu... Eu... Eu lembrei de todas as vezes... As vezes que o Jor-jorge me batia... Ela ria... Ou depois me ameaçava... Lembrei do... do olhar. - disse e as lágrimas iam rolando em meu rosto.
Fiquei chorando por um tempo, Lud até ia vir me abraçar, mas Demi não deixou, eu já não tinha mais forças pra apertar a bolinha. Demi fazia algumas anotações enquanto me observava, depois de longos minutos consegui me acalmar um pouco.
- O que você sente quando lembra dela? - Demi perguntou e eu respirei fundo.
- Raiva... Mágoa... Tristeza... Pena talvez. - a cada pausa uma lágrima caía.
- Por que? - ela perguntou e olhei incrédula.
- Ela é minha... Minha mãe... Ela... Ela... Ela tinha que me defender. - disse e ela assentiu.
- Você disse pena, por que? - ela perguntou curiosa.
- Ela não sabe o quanto é bom sabe? É mágico aproveitar tudo, mesmo tendo noites mal dormidas, preocupação com médico, tudo. É mágico ter um ser tão especial pra cuidar, um pedaço seu, ela não sabe o que é isso. - disse e ela sorriu.
- Por que a raiva? - ela perguntou e eu apertei as bolinhas.
- Porque ela me deu as costas quando eu mais precisei. - disse e ela olhou curiosa.
- E quando foi? - ela perguntou fazendo anotações.
- Quando eu soube que estava grávida, eu queria o colo dela, estava perdida em tanta confusão na minha mente. - disse e ela assentiu.
- Mas a Ludmilla não estava com você? - ela perguntou e eu neguei.
- A Lud não é mãe biológica da Jas. - disse e ela assentiu curiosa.
- Podemos falar sobre essa pessoa? - ela perguntou e eu assenti. - Nome dele.
- Caio, Caio Cabral. - disse e ela assentiu.
- Como você conheceu ele? - ela perguntou e percebi Lud desconfortável me olhando.
- Num desses jantares, ele veio falar comigo. - disse e ela assentiu.
- E como era o relacionamento de vocês? - ela perguntou e eu torci a boca.
- No começo era bem tranquilo, ele era gentil, fofo, me tratava bem, mas depois ele começou a ficar estranho, insistia sempre para termos relação e eu achando que se me entregasse ele voltaria a ser um príncipe. - disse e ela assentiu.
- E como é a relação entre vocês? - ela perguntou e eu suspirei.
- Não existe desde o dia que contei sobre a gravidez, ele mandou tirar a minha filha. Depois de alguns anos descobri que ele me traia e tem um filho da mesma idade que ela, sem contar que ele não assumiu porque ela simplesmente é uma mulher. - disse e ela assentiu suspirando.
- E como você se sente em relação a ele? - ela perguntou e eu sentei.
- Não sinto nada além de raiva e muita pena, raiva por ele ter me enganado e não ter assumido sua responsabilidade e pena porque ele perdeu a garota incrível que minha bonequinha é. - disse e ela assentiu sorrindo.
- Será que agora podemos falar sobre a famosa Lud? - ela perguntou e eu assenti tímida. - Quando você conheceu ela?
- No dia que contei sobre a gravidez fui expulsa de casa e o Caio disse que não iria assumir. Eu nem lembro como cheguei nessa praça, mas ela estava lá. - disse e ela assentiu sorrindo.
- E o que aconteceu, viraram amigas? - ela perguntou e eu assenti.
- Fui morar com ela aquele dia mesmo. - disse e ela riu.
- Como assim? - ela perguntou assustada.
- Loucura né? Mas eu estava tão perdida que sequer notei isso. - disse e ela assentiu sorrindo.
(...)
Depois de quase duas horas de consulta, eu me sentia bem mais leve, Demi tinha o poder de ir tão profundo que eu nem percebia e já estava respondendo. Agora estamos aqui na empresa de moda, Leon me ligou porque um dos vestidos para o desfile não ficou bom, então todos (meus filhos e Lud) estão na sala esperando eu terminar de ajeitar as coisas com o Leon para irmos ao shopping.
Pov Ludmilla
Raiva, é o que eu sinto no momento. Olhar Brunna e esse homem tão próximos está me levando à loucura, ele não está dando em cima nem nada, mas só de saber que ele gosta e convive todos os dias com ela, o ciúme vai no teto. Theo e Jas estão conversando sobre alguma coisa no celular e eu só consigo olhar Brunna e esse homem.
- Então Bru, eu pensei nesses dois tecidos, apesar de serem inferiores ao outro, ficam melhor. - Leon disse mostrando dois pedaços de pano.
- Esse aqui, será que fica pronto até amanhã? - Bu perguntou e ele assentiu.
- Eu mesmo vou ficar auxiliando a Liz. - ele disse e ela sorriu.
- Tem que dar certo. - Bu disse e ele sorriu.
- E vai dar, você é incrível. - ele disse e ela sorriu largo.
- Obrigada, lembra daquela roupa que você desenhou? - Bu perguntou apoiando na mesa me dando a visão de sua bunda.
- Puta merda. - murmurei sentindo meu membro latejando na calça.
- Tem várias, qual? - ele perguntou mostrando uma pasta.
- O último, acho que ficaria perfeito para o desfile. - Bu disse e ele assentiu.
- Sério que vou poder usar? - ele perguntou e ela ficou em pé.
- Muito sério. - ela disse e ele abraçou-a forte.
- Obrigado Bru. - ele disse e aquele abraço já estava me incomodando.
- Você merece, tem muito talento. - ela disse separando o abraço.
- Nossa... Muito obrigado mesmo. - ele disse e ela sorriu.
- Chama a Liz pra mim? - Bu perguntou e ele assentiu.
- Chamaria até o papa, muito obrigado. - ele disse e abraçou-a antes de sair da sala.
- Não teve muito abraço não? - perguntei e Bu me olhou.
- Não começa Lu. - ela disse e eu bufei.
- Agora é não começa, mas ele estava abraçando você. - murmurei e ela sentou no meu colo.
- Que ciumenta, relaxa Lu. Ele só está muito animado, era o sonho dele. - ela disse e beijou meu pescoço.
- Pode se animar longe de você. - disse e alisei sua coxa.
- Sem ciúmes Lud. - ela disse e me deu um selinho. - Lu?
- Fala comigo. - disse e ela escondeu o rosto no meu pescoço.
- Você está excitada? - ela perguntou baixinho.
- Um pouco, você estava com a bunda empinada na minha direção. - disse e ela riu baixinho.
- Foi sem querer. - ela disse e eu ri.
A porta foi aberta e entrou uma jovem segurando algumas tesouras e tinha um olhar forte, junto com o almofadinha do Leon.
- Pronto Bru. - Leon disse e eu bufei.
- Sem ciúmes. - Bu disse e levantou.
- Pois não senhora Oliveira. - a mulher disse.
- Sem formalidades, apenas Brunna ou Bru. - Bu disse sorrindo.
- Como quiser sen... Brunna. - a mulher disse.
- Acha que consegue até amanhã? - Brunna perguntou mostrando um papel.
- Até amanhã a tarde sim. - ela disse e Bu sorriu.
- Você é a melhor, confiamos em você. - Bu disse e ela sorriu.
- Obrigada senhora. - a mulher disse sorrindo.
- O Leon vai auxiliar em todas as finalizações que precisar okay? - Bu disse sorrindo.
- Okay. - a mulher disse.
Bu explicou algumas coisas e eles saíram, fiquei conversando com meus filhos enquanto esperava Bu terminar de resolver algumas coisas para irmos ao shopping.
- Mama, a gente vai poder ir na viagem? - Jasmine perguntou e Bu deu de ombros.
- Pergunta sua chefe se libera. - Bu disse rindo.
- Nem olhe pra mim, você é só minha funcionária. - disse fingindo estar séria.
- Papa, por favorzinho. - Jasmine disse vindo para meu colo.
- O que você acha Te? Quer ir? - perguntei e pisquei para ele.
- Acho que não, a Jasmine pode ficar com a gente. - Te disse e ela escondeu o rosto no meu pescoço.
- Papa, eu quero ir. - ela disse manhosa.
- Tá bom bonequinha, mas avisa no RH. - disse e ela me abraçou forte.
- Obrigada papa. - ela disse e eu sorri.
- Já ia chorar né? Muito mimada mesmo. - Te disse e ela levantou do meu colo.
- Vou te bater. - Jasmine disse e ele riu.
- Vai franguinha? - Te implicou e ela pulou em cima dele.
- Idiota. - Jasmine disse dando vários tapas no braço dele.
- Quem é idiota agora? - Te perguntou ficando por cima dela.
- Papa, o Te. - Jas chamou manhosa.
- Quero nem saber. - disse rindo e ela choramingou.
- Já podemos ir. - Bu disse ajeitando o óculos.
- Vamos antes que o idiota apareça. - disse e ela me puxou pela camisa.
- Só sua lembra? - ela disse e beijou meu rosto.
- Toda minha. - disse segurando sua cintura possessivamente.
- Lu, as crianças. - ela disse quando comecei a dar chupões no pescoço dela.
- O que tem? - perguntei e mordi seu pescoço.
- Sabe que eu não gosto Lu. - ela disse tentando se afastar.
- Eu não estou fazendo nada demais Bu. - disse segurando sua cintura.
- Ludmilla Oliveira. - ela disse séria e suspirei soltando ela.
- Chata. - disse e ela fez biquinho. - Desculpa.
- Vamos logo antes que eu desista. - ela disse e segurei sua cintura novamente.
- Eu te amo minha latina. - disse e abracei-a escondendo meu rosto em seu pescoço.
- Também te amo Bebê. - ela disse e acariciou meus cabelos.
- Que grude, será que a gente pode ir? - Te perguntou e eu assenti rindo.
- Quando você encontrar alguém especial, vai saber exatamente o que eu sinto com essa latina. - disse e ela escondeu o rosto no meu pescoço.
- Vamos? - Jasmine perguntou e eu ri.
- Vamos. - disse e ela sorriu.
Saímos da empresa e Bu estava bem animada, tinha seus momentos calada e pensativa, mas de uma forma geral ela estava bem. Chegamos ao shopping e os meninos contavam sobre um filme de terror, só Brunna que não queria, mas depois de três biquinhos ela cedeu. Agora estamos na fila do cinema para comprar os ingressos, Brunna está com o rosto escondido no meu pescoço enquanto abraço ela pela cintura. Te está olhando os papéis anunciando os próximos filmes e Jasmine está conversando comigo sobre a viagem, além de tentar me convencer a ir.
- Por favorzinho papa. - ela disse agarrando-se em minha cintura.
- Tudo bem, mas você vai ter que me ajudar a resolver as coisas na empresa. - disse e ela assentiu.
- A gente vai pra qual estado? - ela perguntou e Bu olhou.
- São Paulo. - Bu disse e se aconchegou em meus braços.
- Lá é legal? - Jasmine perguntou e Bu riu.
- Eu não passeei por lá, da última vez que fui foi para o desfile e eu estava grávida, então só queria dormir. - Bu disse e ela riu.
Compramos o ingresso e saímos do cinema para comprar os lanches, já que ninguém gosta de pipoca no cinema, manias que pegaram da Bu, que só quer comer chocolate e doritos. Agora estamos nas Americanas comprando todos os chocolates e biscoitos, na verdade eles porque eu só estou esperando pra pagar tudo enquanto seguro a bolsa da Bu.
- Amor, vai querer branco ou ao leite? - Bu perguntou segurando duas barras de chocolate.
- Ao leite. - disse e ela assentiu sorrindo.
- Acho que já podemos ir. - ela disse e pegou uma cesta cheia de doces.
- Vai comer isso tudo? - perguntei e ela riu com a língua entre os dentes.
- Alguns são pra levar pra casa, meus doces acabaram. - ela disse e peguei a cesta.
- Deixa que eu levo. - disse e ela sorriu.
- Obrigada. - ela disse e entrelaçou nossas mãos.
- Vamos logo pra fila, aqui é muito cheio. - disse e ela assentiu.
Seguimos para a fila de pagamento e ela escondeu o rosto no meu pescoço, eu amo essa Brunna toda manhosa, só queria que não fosse por algo ruim. Percebi alguns olhares preconceituosos e aconcheguei-a ainda mais em meus braços.
- Pronto, já escolhemos. - Jasmine disse segurando batatas e chocolates.
- Eu vou falir comprando chocolate. - disse e eles riram.
- Mãe, achei o finny de banana. - Te disse e Bu olhou na hora.
- Pegou pra mim? - Bu perguntou com os olhos brilhando.
- Uhum. - Te disse entregando o doce.
- Obrigada. - Bu disse sorrindo e abracei-a por trás.
Paguei tudo e fomos para o cinema, Bu estava super nervosa e eu já ria antes mesmo do filme, terror é o pior gênero segundo ela. Assistimos o filme sob muitos gritos da Bu, as crianças riam como ninguém e eu apenas aproveitava a Bu me agarrando. Saímos do cinema entre muitos risos, Te contava o que mais achou interessante no filme enquanto Jasmine já planejava outros filmes. Chegamos no estacionamento e senti Brunna me apertar e ela olhava fixamente para um local, acompanhei com o olhar e vi Mia com dois homens ao lado vindo em nossa direção.
- Lu... Ela. - Bu disse e aconcheguei-a em meus braços.
- Calma, eu estou aqui. - disse e beijei seus cabelos.
- Estou com medo. - ela disse agarrando-se a mim.
- Vocês dois fiquem aqui comigo. - disse e Te e Jasmine olharam confusos.
- O que foi? - Te perguntou.
- Quero os dois aqui, depois explico. - disse e eles assentiram. - Liga para os seguranças agora.
- Tá bom. - Jasmine disse já ligando.
- Calma princesa. - disse e fomos andando até a mesa mais próxima.
Como eles estavam do outro lado do estacionamento quando vi, eles ainda estavam afastados. Coloquei Brunna sentada no capô do carro e ela me abraçou forte, meus filhos olhavam assustados, provavelmente pelo medo da Bu ter um novo surto. Aconcheguei-a em meus braços e ela suspirou tentando se acalmar.
- Eu estou aqui Princesa. - disse e ela deixou uma lágrima cair.
- Eu disse que você iria me pagar Brunna. - escutei a voz de Mia.
- Calma princesa. - disse e beijei o rosto da Bu antes de levantar do capô do carro. - Eu disse pra nunca mais se aproximar da minha mulher.
- Vai fazer o que? Me agredir num shopping? - ela questionou e eu assenti.
- É isso mesmo que eu vou fazer. - disse e dei um soco na cara dela com força.
Ela desequilibrou e continuei socando ela fazendo sangrar até sentir um dos homens me segurando, quando o outro homem ia me dar um soco foi imobilizado por Ian.
- Não no meu turno. - Ian disse sério.
- Solta ela agora ou vai ficar pior pra vocês. - Ricky disse apontando a arma e o homem me soltou na hora.
- Nunca mais chegue perto da minha família entendeu? Eu vou destruir a sua vida, você vai se arrepender de ter saído daquela prisão. - disse segurando Mia pela roupa.
- Me solta Oliveira. - ela disse com o rosto sangrando.
- Eu poderia te matar, mas seria muito fácil. Nem o inferno merece você sua desgraçada. - disse e dei um soco fazendo ela cambalear.
- O que fazemos com eles Oliveira? - Ian perguntou e respirei fundo.
- Manda embora, não tem como eu colocar na cadeia de novo, não agora. - disse e abri a porta do carro.
- Sim senhora. - ele disse e me aproximei de Brunna.
- Vem princesa. - disse e ela levantou me abraçando. - Os dois pro carro.
Levei Brunna para o carro e entrei, ela me olhava diferente. Segurei sua mão e beijei devagar tentando transmitir paz, ela sorriu fraco e beijou meu rosto.
- Obrigada. - ela disse baixinho.
- Vai ficar tudo bem, eu vou resolver isso. - disse e abaixei o vidro do carro. - Ei?
- Fala Oliveira. - Ricky disse.
- Obrigada aí, pizza por minha conta. - disse e dei partida no carro.
- A mama está bem? - escutei Jasmine perguntando.
- Estou filha, só preciso descansar um pouco. - Bu disse baixo.
- Come chocolate princesa. - disse e ela negou suspirando.
- Só preciso do seu abraço. - ela disse baixo e eu assenti.
- Já estamos chegando. - disse e acelerei o carro.
(...)
Pov Brunna
- Fica aqui Lu. - disse e me agarrei ainda mais nela.
- Eu não vou sair daqui princesa. - Lud disse acariciando meus cabelos.
- Desculpa ser assim. - disse e escondi meu rosto em seu pescoço.
- Eu estou muito orgulhosa de você sabia? Você conseguiu se manter tranquila na medida do possível, você é muito forte. - ela disse e beijou meus cabelos.
- Obrigada por nunca deixar eu desabar. - disse e beijei seu pescoço.
- Nunca vou deixar, eu te amo minha lua. - ela disse e virou meu rosto com seu indicador.
- Também meu sol. - disse e selei nossos lábios.
O beijo era calmo e carinhoso, Lud segurou minha cintura colando nossos corpos e pediu passagem com a língua, cedi e ela explorou cada canto da minha boca, suguei sua língua enquanto arranhava sua nuca, ela gemeu baixinho e sorri entre o beijo.
- Vou resolver isso amanhã mesmo, ela não vai se aproximar de vocês. - ela disse e eu assenti.
- Obrigada Bebê. - disse e ela sorriu.
Fiquei agarrada em seu corpo enquanto arranhava seu abdômen devagar, Lud brincava com uma mecha do meu cabelo enquanto assistia um jogo na televisão. Sempre gostei de ficar abraçada com ela, me sinto tão segura, protegida, ela sabe exatamente o que dizer, o que fazer, ela simplesmente é perfeita demais pra mim.1
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