Só disse a verdade
Duas semanas depois
Pov Brunna
Depois de todo o acontecimento com Caio, Lud resolveu usar o sobrenome a seu favor, ele foi praticamente obrigado a ir embora de Miami se quisesse sobreviver. Jasmine e Lud aproximaram-se ainda mais, Theo já é mais agarrado comigo, o que acho justo porque se os dois fossem agarrados com Ludmilla eu surtaria de ciúmes. Agora estou aqui na bancada da cozinha comendo mousse de limão enquanto espero Lud chegar da empresa, já que eu sempre volto antes e hoje não fui visitá-la na Oliveira's Engenharia.
- BU? - escutei a voz rouca que sou apaixonada.
- Na cozinha Amor. - disse alto e continuei comendo.
- Quase bati o carro hoje. - Lud disse entrando na cozinha enquanto abria a camisa.
- Por que? - perguntei e voltei a comer.
- Apareceu um gato do nada, desviei, mas quase bati no poste. - ela disse aproximando-se.
- Oi minha Bebê. - disse e ela me deu um selinho.
- Está tudo bem? - ela perguntou ficando em pé entre minhas pernas.
- Está sim Amor, quer mousse? - perguntei e ela negou.
- Já falei com a Emilly e ela vai resolver a documentação da modelo. - Lud disse e me deu um selinho.
- Obrigada, esqueci de falar quando saí de lá. - disse tirando a camisa social dela. – Amor?
- Oi Princesa. - ela disse tirando a blusa que estava por baixo da social.
- Daqui duas semanas eu tenho que viajar para o Brasil. - disse e ela suspirou.
- Tudo bem, pensei que não fosse mais. - ela disse indo até a geladeira.
- É porque eles mudaram a data. - disse e ela assentiu suspirando.
- Quanto tempo? - ela perguntou bebendo água.
- Quatro dias. - disse e ela assentiu.
- Quem vai? - ela perguntou e sabia que era ciúme.
- O Leon vai se é isso que você quer saber. - disse e ela respirou fundo.
- Já disse que esse cara gosta de você. - ela disse e eu assenti.
- Ele é um dos melhores estilistas Lu, tem que ir. - disse e ela veio até mim.
- Não quero você de amizade com ele. - ela disse e eu ri.
- Ele não é meu amigo Lu, é meu funcionário e trato ele da mesma forma que trato os outros. - disse e beijei seu abdômen.
- Mas ele gosta de você, ouvi ele conversando uma vez com a recepcionista. - ela disse e arranhei seu abdômen.
- Nunca dei liberdade nenhuma pra ele, então segura esse ciúme. - disse e levantei da banqueta.
- Ele olha pra você Bu. - ela disse manhosa e beijei seu pescoço.
- Eu não olho e nunca dei confiança, na verdade nem ele nunca passou do limite profissional, então não fica assim. - disse e ela segurou minha cintura colando nossos corpos.
- Você é só minha. - ela disse e eu assenti sorrindo.
- Toda sua. - disse e ela me beijou.
O beijo era calmo e carinhoso, levei minha mão até seu rosto e fiz um leve carinho, ela invadiu minha boca com sua língua e explorou cada canto, finalizamos o beijo e ela sorriu com aquela carinha de bebê dela. Eu amo saber que ela sente ciúmes, nossa relação é bem tranquila e sólida, nunca foi abusiva em relação à nada. Quando ela diz que eu sou dela é só o nosso jeito de confirmar a todo instante que nosso amor não morreu.
- Eu te amo minha Princesa. - ela disse e eu sorri.
- Também te amo meu Amor. - disse e ela me colocou sentada na bancada.
- Você vai poder ir comigo? - perguntei e ela ficou entre minhas pernas.
- Se a Patty conseguir segurar a empresa sozinha, eu vou. - ela disse e acariciei seus cabelos.
- Está muito ocupada? - perguntei e ela apoiou a cabeça em meu peito.
- Um pouco, quatro novos contratos essa semana, semana que vem vai estar um forno pra resolver documentação. - ela disse e beijei seus cabelos.
- Então não precisa ir Amor, fica aqui pra ajudar a Patty. - disse e ela assentiu.
- Mãe, sabe dizer se... Ah, já chegou. - escutei a voz da Jasmine.
- Oi filha. - disse olhando para ela.
- Eu acho que a gente atrapalhou alguma coisa Jas. - Theo disse e eu ri.
- Não estávamos fazendo nada. - disse e eles riram.
- Certeza? - Jasmine perguntou pegando a camisa social.
- Certeza, mas bem que eu queria. - Lud disse e eu corei.
- Amor. 0 repreendi e ela riu.
- Só disse a verdade. - ela disse rindo.
- Vai logo tomar banho vai. - disse e ela riu mais.
- Tô indo. - ela disse pegando as blusas.
- Papa, depois vamos jogar vídeo-game? - Jasmine perguntou e Lud assentiu.
- Vamos, já vou descer. - Lud disse e me tirou da bancada.
- Traz meu celular Amor. - disse e ela assentiu.
Sem que eu esperasse ela segurou minha cintura possessivamente com uma das mãos e selou nossos lábios num beijo apaixonado, levei minha mão até sua nuca e arranhei bem devagar, ela pediu passagem com a língua e eu cedi, ela explorou cada canto da minha boca e apertou minha cintura colando nossos corpos me fazendo gemer em sua boca, finalizamos o beijo e ela deu um sorriso safado antes de sair da cozinha me deixando sem reação alguma. Soltei um suspiro e mordi os lábios, quando ia sentar me lembrei dos meus filhos que estavam me olhando e corei violentamente.
- Isso foi... Nossa. - Jasmine disse e eu corei ainda mais se possível.
- Caralho, que beijo. - Theo disse e eu arqueei a sobrancelha. - Desculpa.
- É... Vocês não têm nada pra fazer não? - perguntei totalmente sem graça.
- Fiquei até com calor. - Jasmine disse rindo.
- Vão tomar café logo. - disse e sentei à mesa.
Eles foram sentar rindo e eu fiquei apenas observando os dois, como diz a Daiane "Eu não tenho um útero, tenho máquina de perfeição". Eles ficaram conversando e me contando sobre a escola e Jasmine falou sobre o estágio, sobre as pessoas na empresa, na verdade depois que eles cresceram foram raras as vezes que eles foram lá, então ninguém sabe que são nossos filhos, o que acho muito bom, pelo menos ninguém vai tratá-los bem por interesse.
- Bu, você viu onde deixei meu chinelo branco? - Lud perguntou entrando na cozinha.
- Está no closet, próximo a porta, você deixou hoje cedo. - disse e ela assentiu coçando os olhos. - Vem cá Bebê.
- Papa, quero começar a ir pra academia. - Theo disse e Lud sentou no meu colo.
- Tá bom, na da empresa ou em outra? - Lud perguntou e fiquei arranhando seu abdômen.
- A da empresa, deve ser muito boa porque você é toda trincada. - Theo disse e Lud sorriu.
- Tenho que me cuidar né? Além do mais sua mãe adora. - Lud disse e começou a comer.
- Dá pra ver de longe que sim, a mama baba no seu tanquinho. - Jasmine disse e eu corei.
Ficamos conversando enquanto eles tomavam café, seguimos para a sala e eles ficaram jogando enquanto eu respondia as meninas no WhatsApp, depois de horas jogando Lud veio deitar no meio das minhas pernas com a cabeça apoiada em meu peito enquanto assistimos televisão.
(...)
Pov Ludmilla
Acordei sentindo o corpo de Brunna em cima de mim, seu rosto na curva do meu pescoço e sua mão em meu abdômen. Sorri por saber que há quase dezessete anos ela tem a mesma mania, o mesmo jeitinho fofo e adorável de sempre. No início achei que seria difícil compreender tudo, principalmente essa dificuldade que ela tem quando fica nervosa, pensei em tantas coisas, mas agora sei que cada esforço pra ganhar seu sorriso valeu a pena.
- Amor? - escutei Bu chamando mais manhosa que de costume.
- Oi princesa. - disse e beijei seus cabelos.
- Fica em casa hoje, por favor. - ela pediu manhosa ainda com o rosto no meu pescoço.
- O que você quiser Princesa. - disse e ela beijou meu pescoço.
Ela voltou a dormir e eu fiquei mexendo no celular enquanto isso, quase duas horas depois ela levantou e foi ao banheiro para tomar banho, aproveitei e tomei banho com ela que estava muito manhosa, percebi que ela estava um pouco quente então entendi o motivo da manha. Agora estamos na sala conversando depois de termos tomado café, Bu ainda está um pouco quente apesar de ter tomado remédio, o que me faz pensar que é uma febre emocional.
- Está tudo bem Princesa? - perguntei acariciando seus cabelos.
- Eu estou sentindo uma coisa ruim aqui dentro Lud. - ela disse se aconchegando em meus braços.
- Ruim como? - perguntei e ela deu de ombros.
- Uma sensação muito ruim sabe? - ela disse e entrelacei nossas mãos.
- Está tudo bem Princesa. - disse e ela assentiu suspirando.
- A gente pode buscar as crianças? Eu preciso deles aqui hoje. - ela disse e eu assenti.
- Tudo que você quiser, só tenta relaxar pra ver se essa febre passa. - disse e beijei seu rosto.
- Você está estranha desde a ligação ontem a noite, aconteceu alguma coisa? - ela perguntou e eu engoli a seco.
- É... E-eu acho que não... Não. - disse nervosa e ela me olhou séria.
- Ludmilla o que aconteceu? - ela perguntou séria.
- Ela saiu da cadeia. - disse e ela me olhou assustada.
- Co-como assim? - ela perguntou e puxei-a para meus braços.
- Já passou o tempo dela na cadeia, ela teve redução de pena. - disse e senti minha blusa molhando.
- Lu... Ela... Ela não pode... Por que? - ela perguntou nervosa.
- Calma Amor, está tudo bem. - disse e ela começou a tremer enquanto chorava. - Ei? Calma Princesa, eu estou aqui.
- Tô com medo...Lu... Ela... Ela pode... - ela nem terminou e estava chorando compulsivamente.
- Ela não vai machucar você nunca mais, eu vou proteger você sempre lembra? - disse e ela assentiu chorando.
Segurei sua mão e dei um beijo, fiquei ninando ela como um bebê até dar a hora de ir buscar os meninos. Como estou com medo dela ter um surto de medo, como aconteceu algumas vezes, preferi levá-la comigo mesmo dormindo. Foram horríveis demais as vezes que tive que vê-la surtando de medo, felizmente isso aconteceu no nosso quarto então as crianças nem sabem, apenas eu, ela, a psicóloga dela. Ajeitei o banco de carro pra deixá-la o mais confortável possível, mandei mensagem avisando que estaria esperando os dois e que não era pra demorar. Segui para a escola e volta e meia olhava pra ver se ela estava bem, vinte minutos depois chegamos na porta da escola, até hoje eles continuam estudando longe de casa. Parei o carro e logo eles vieram conversando animados, mas quando perceberam a mãe dormindo acalmaram-se.
- O que ela tem papa? - Jasmine perguntou e dei partida no carro.
- Febre emocional, mas vai ficar tudo bem. - disse seguindo com o carro.
- Mas o que aconteceu? Ontem ela estava super bem, vocês brigaram? - Te perguntou e eu neguei.
- A Mia saiu da cadeia, eu não ia contar, mas ela já estava com uma sensação ruim e seria pior se ela encontrasse no meio da rua. - disse e eles assentiram.
- Mia é a mãe dela certo? - Theo perguntou e eu assenti.
- Prefiro falar progenitora, mas é ela sim. A mãe de vocês está bem sensível, com medo, então por favor colaborem. - disse e eles assentiram.
- Que tal a gente fazer um almoço pra ela? - Jasmine sugeriu e eu assenti.
- O que vamos fazer? - perguntei e parei no sinal vermelho.
- Faz aquele bolo gelado, eu e Te preparamos o almoço. - Jasmine disse e eu assenti.
- Strogonnof de frango com batatas fritas. - Theo disse e eu assenti.
Seguimos para casa enquanto eles conversavam sobre filmes para ver com Brunna, nossa família sempre foi assim, bastante unida. Percebi Bu se mexendo no banco e abriu os olhos devagar.
- Oi princesa. - disse e dei um selinho nela.
- Oi Lud, Oi meus amores. - Bu disse coçando os olhos.
- Oi mama. - os dois disseram juntos.
- Está melhor? - perguntei e ela assentiu.
- Um pouco, quero chocolate Lu. - ela disse e eu assenti fazendo a curva.
- Só o chocolate? - perguntei e ela assentiu.
- Como foi a aula hoje? - ela perguntou.
- Foi legal, tirando um idiota dando em cima. - Jasmine disse e eu parei o carro.
- A minha foi tranquila, só o Miguel que teve um pouquinho de dificuldade, mas consegui ajudar. - Te disse e peguei minha carteira.
- Só o chocolate né? - perguntei e Bu assentiu.
Saí do carro e fui comprar o chocolate, peguei algumas trufas, barras de chocolate e um pote enorme de Nutella para eu fazer o bolo. Voltei para o carro e entreguei a sacola para Bu, que ficou olhando todos os chocolates, mas acabou não comendo nenhum. Kkkkk Seguimos para casa entre conversas aleatórias, chegamos e nossos filhos subiram para tomar banho enquanto estou aqui na cozinha com Brunna me olhando com os olhinhos fundos.
- Está tudo bem Princesa? - perguntei e ela assentiu.
- Só estou com frio. - ela disse e eu assenti.
- Toma, coloca enquanto vou buscar seu remédio. - disse tirando um moletom vermelho que usava.
- Obrigada Bebê. - ela disse e dei um selinho nela.
Fui no quarto e peguei o remédio, desci e ela estava tirando uma foto com meu moletom, abracei-a por trás deixando um beijo em seu pescoço.
- Senta que hoje você não vai fazer o almoço. - disse entregando o remédio pra ela.
- Não? - ela perguntou e peguei-a no colo.
- Não, hoje você vai apenas aproveitar. - disse e ela enlaçou as pernas em minha cintura.
- Você é um amor. - ela disse e me deu um selinho.
Levei-a até a bancada e coloquei-a sentada, ela me deu um sorriso e estendi o pote de Nutella. Ela abriu o pote com os olhinhos brilhando e enfiou o dedo levando até a boca.
- Hmmmmm... Eu amo Nutella. - ela disse e eu ri.
- Só não come tudo que eu vou fazer bolo. - disse e ela assentiu sorrindo como uma criança.
- Pronto papa, já vamos começar. - Jasmine disse entrando na cozinha.
- Começar o que? - Bu perguntou comendo Nutella.
- Eles vão cozinhar hoje. - disse e ela assentiu sorrindo.
- Hmmm, o que vamos comer? - Bu perguntou.
- Strogonnof de frango com batatas fritas. - Jasmine disse e ela sorriu.
Ficamos cozinhando enquanto conversávamos, Bu provava tudo e dava vários sorrisos. Eu sei o quanto momentos assim ajudam Bu a ficar melhor, passamos o almoço brincando e sorrindo, sua febre até melhorou. Agora estamos aqui numa briga para escolher o filme, Theo quer de ação, Jasmine de romance e eu de terror.
- Escolhe mama. - Jasmine disse fazendo uma carinha fofa.
- Nem começa Jasmine. - Te disse e eu ri.
- Sabe que eu amo você né? - disse e Bu gargalhou.
- Já que ninguém vai ceder, iremos ver comédia. - Bu disse e pegou o controle.
Passamos a tarde assistindo maratonas de filmes juntos e comendo meu famoso bolo gelado de baunilha com Nutella e morango. Bu estava bem mais animada e amando a tarde com nossos filhos, ficamos jogando banco imobiliário por horas até eu infelizmente receber a notícia de que Mia está em Miami novamente, mais uma coisa para me preocupar. Agora estou deitada com Bu em meus braços dormindo, daria tudo pra ela nunca mais sofrer com esses traumas do passado, mas a psicóloga dela disse que o trauma foi muito grande, durante anos ela sofreu com isso, então é normal que ela não fique cem por cento. Vê-la tão frágil, tão sensível faz meu coração doer e ao mesmo tempo me dá forças pra nunca mais deixar ninguém fazer mal pra ela.
- Sempre vou proteger você minha Princesa. - sussurrei em seu ouvido e percebi seu corpo arrepiar.
Até segunda, baby's!❤
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